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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Quanto custou a Copa, leitor? Dificil dizer, mas foi o dobro do dobro...

A pergunta do título, até o ?, é do autor deste artigo, e ele já diz que será impossível medir precisamente.
Mas eu acrescento, e isso está no meu "sub-título": qualquer que seja o valor que se conseguir estimar, e ainda que fosse possível ter tudo numa planilha só  -- tantas são as complexidades desse assunto, bem discutidas no artigo em questão --, seria sempre um valor aproximado, eu acho que será o dobro do estimado, por diversas razões.
Não apenas não conseguiremos ter todos os gastos devidamente computados, como tampouco os alegados ganhos que a sociedade vai ter não se materializarão.
Se fosse publicidade para turismo, não precisaria ter estádio, e sim portos, aeroportos, hoteis, museus, cidades decentes com transportes idem, ou seja TUDO o que NÃO se está tendo, pois o governo serviu de capacho para a Fifa, até violando as leis brasileiras.
Teríamos também de computar os "gastos indiretos", que é o custo-oportunidade: os recursos empregados para os elefantes brancos poderiam estar sendo investidos em áreas realmente prioritárias.
Essa Copa foi uma roubada CONTRA o povo brasileiro.
E, finalmente, por que o dobro do dobro?
Bem, todos vocês conhecem o Brasil e devem imaginar quanto custariam os mesmos estádios e outras obras em condições normais em um país normal, não um dominado pelas máfias companheiras...
Talvez seja até mais do que o dobro do dobro, pois isso também tem superfaturamento, e custo-oporunidade.
Paulo Roberto de Almeida

CONTAS À VISTA

Afinal, quanto custou a Copa do Mundo para a sociedade brasileira?



Consultor Jurídico, 3 de junho de 2014
É “a pergunta que não quer calar” este ano. E que muito provavelmente, já adianto, ficará sem resposta. O Direito Financeiro e as Finanças Públicas dificilmente poderão satisfazer a curiosidade da sociedade brasileira, até porque se trata de uma questão muito mais complexa do que parece à primeira vista.
A começar pelo fato de que os gastos não se resumem a construção de estádios, pois abrangem uma complexa infraestrutura de aeroportos, portos, metrôs, rodovias, rede hoteleira, mobilidade urbana, um sem-número de serviços públicos de segurança, logística e tantos outros que é difícil nominar sem esquecer algum.
Mais. É uma despesa distribuída entre o poder público e os particulares, em relações nem sempre claras e simples de serem contabilizadas, explicáveis pela multiplicidade e diversidade de meios e instrumentos pelos quais se viabilizam.
E, nesse caso, não nos esqueçamos, a relação com o poder público abrange todas as esferas de governo, pois a Copa do Mundo envolveu União, estados e municípios, o que é um grande fator complicador para mensurar, avaliar e tornar transparentes essas despesas. “Vivemos um inferno, sobretudo porque no Brasil tem três níveis políticos”, reclamou Jérôme Valcke[1]. A frase do Secretário-Geral da FIFA, responsável por acompanhar as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo no Brasil, traduz em poucas palavras as dificuldades enfrentadas pela administração pública em um país de dimensões continentais como o nosso, cuja organização adota o sistema federativo, e com clara separação de poderes.
Desde o início, falou-se que a Copa do Mundo seria realizada com recursos privados. Afirmação que, como já se suspeitava, se mostrou inverídica, pois, ainda que muitas ações tenham sido realizadas pelo setor privado, várias delas acabaram sendo de responsabilidade da administração pública, sem contar as inúmeras situações em que a despesa “privada” foi, em boa parte, composta por recursos públicos, como veremos ao longo deste texto.
Neste ponto, é importante ressaltar que nem toda despesa pública consta dos orçamentos públicos. É cada vez mais frequente o fenômeno da “desorçamentação” ou das “off-budget expenditures”, que compreendem uma série de operações financeiras que “escapam” da lei orçamentária anual, mitigando a transparência e dificultando o controle[2]. E elas estão bem presentes em nossa Copa do Mundo.
Especial atenção merecem os gastos tributários (ou tax expenditures, para usar a expressão consagrada por Stanley Surrey), financiamentos (diretos ou garantidos pelo poder público) e gastos realizados por empresas estatais, além de outros que não são apuráveis pela análise dos orçamentos públicos.
Os chamados “gastos tributários” abrangem inúmeras formas de benefícios fiscais, tais como isenções, diferimentos, facilidades tributárias de diversas naturezas que, na prática, resultam em redução de receitas pelo não pagamento de tributos, e devem ser interpretados como verdadeiras despesas públicas. Ainda que os orçamentos devam conter demonstrativo que os contemplem (Constituição da República, artigo 165, parágrafo 6º, e Lei de Responsabilidade Fiscal, artigo 5º, II), nem todos os entes da federação cumprem o que foi determinado, e outros o fazem de forma pouco específica, impedindo que se tenha o exato conhecimento de quanto esses valores efetivamente representam para os cofres públicos. Foram largamente utilizados por todos os entes da federação, e não há dados suficientes e claros que permitam precisar o valor exato[3].
Operações financeiras envolvendo o poder público, quer diretamente pela concessão de empréstimos, quer na forma de garantias, podem onerar o tesouro, e não há como mensurá-las com precisão, deixando uma interrogação sobre quanto custaram muitas das ações governamentais importantes para completar toda a infraestrutura necessária ao evento[4].
De outro lado, grandes obras, apesar de terem sido impulsionadas pela realização da Copa do Mundo, foram e são necessárias para nossa sociedade, e não é razoável considerá-las como “gastos da Copa”, pois continuarão sendo úteis independentemente do evento. Vide os principais aeroportos do país, já há muito defasados em relação às nossas necessidades, e as obras neles realizadas são o mínimo que se espera para que cumpram suas funções de forma eficiente. Por oportuno, registre-se que nisto a Copa do Mundo foi importante: chamou a atenção para as deficiências na infraestrutura do país, extremamente defasada, não só nos aeroportos, mas em muitas áreas essenciais para o desenvolvimento.
A multiplicidade de entes federados, todos autônomos e com seu próprio orçamento, e a necessidade de participação conjunta deles em muitas das ações governamentais voltadas à realização do evento, em um exemplo de cooperação federativa que caracteriza o Estado brasileiro, descentralizam a contabilização dos custos. Embora alguns entes da federação tenham criado programas orçamentários específicos[5], outros diluíram as despesas em dotações de programas diversos, impedindo que se possa saber com clareza e transparência os valores aplicados.
Como se pode ver, a questão é complexa e não é fácil computar os gastos públicos com a Copa do Mundo.
De qualquer forma, alguns valores são interessantes mencionar, e permitem dar uma dimensão aproximada e parcial deles, afastando alguns mitos que foram criados.
Informações recém-divulgadas dão conta que os custos da Copa do Mundo somam R$ 25,8 bilhões, o que corresponde a 9% das despesas públicas anuais em educação[6], e equivale às despesas previstas no orçamento do estado de São Paulo para a área da segurança pública neste ano de 2014, como mencionado na coluna publicada no último dia 6 de maio (Financiamento da segurança pública precisa de atenção).
Ainda que devam ser relativizados, dadas as considerações feitas ao longo de tudo o que foi dito anteriormente, há que se reconhecer serem valores de dimensões menores do que se imaginava, ao pensar que com esses recursos seria possível resolver nossos graves problemas, como saúde, educação e segurança pública, serviços públicos prestados pelo Estado que asseguram direitos fundamentais do cidadão.
Além de serem muito caros, esses serviços utilizam-se essencialmente de despesas de custeio, que são permanentes e praticamente incomprimíveis, diferentemente do que foi gasto com a Copa do Mundo, cujas obras de infraestrutura, por serem basicamente despesas de capital, não vão onerar com a mesma intensidade, de forma permanente, os cofres públicos.
Apesar disso, não podemos, de forma alguma, concluir que a Copa do Mundo nos custou pouco, pelo contrário. Nela há muito dinheiro público, e não se pode dizer que tenha sido bem gasto, pois, ainda que não fosse suficiente para suprir as falhas nesses serviços públicos cuja melhora é reivindicação permanente da população, é de se pensar se não teria sido mais conveniente destinar os recursos para essa finalidade. Sem esquecer do alerta já várias vezes repetido: o importante é gastar bem, e não gastar mais[7].
Enfim, vê-se que este assunto é interessante, importante e muito instigante, e merece uma análise mais detalhada. Mas é hora de parar de falar sobre Direito Financeiro e começar a torcer. Semana que vem nossa seleção entra em campo. Infelizmente o Direito Financeiro, nesta Copa, não vai levar a taça. Nem uma medalhinha. Mas seguramente ganharemos experiência no assunto, extraindo lições úteis para o futuro.
Agora que a conta já foi e está sendo paga, chega de chorar sobre o leite derramado. Pode ter custado caro, mas nosso futebol vai fazer valer cada centavo e nos trazer essa taça!

[1] Folha de São Paulo, 11 de maio de 2014, p. C8.
 [2] Veja-se, a respeito do tema, o recente trabalho “Regime jurídico da despesa pública no Brasil”, de Emerson Gomes (Tese de doutorado em Direito Financeiro – USP, 2014, pp. 30 e seguintes).
[3] Há detalhado relatório de levantamento do rol de renúncias de receitas tributárias, financeiras e creditícias relacionadas ao evento Copa 2014, produzido pelo Tribunal de Contas da União – TCU (TC-034.303/2011-1, Acórdão 3249/2012, Plenário, relator Min. Valmir Campelo, em 28.11.2012).
[4] Vide, por exemplo, o ProCopa Arenas, linha de financiamento do BNDES destinada a “apoio a projetos de construção e reforma das arenas que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 e de urbanização de seu entorno” (Resolução 1.888/2010/BNDES).
[5] Como exemplificam André Carvalho e Leonardo Dias, “Panorama dos investimentos públicos e privados para a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016”, in Revista de Direito Bancário e do Mercado de Capitais, n. 48, 2010, pp. 86-87.
[6] “Custo da Copa equivale a um mês de gastos com educação”. In Folha de S. Paulo, 23.5.2014, p. A-8.
[7] Coluna Responsabilidade orçamentária precisa de melhorias, publicada em 12 de março de 2013, dentre outras.
 é juiz de Direito em São Paulo, professor associado da Faculdade de Direito da USP, doutor e livre-docente em Direito Financeiro pela USP.
Revista Consultor Jurídico, 03 de junho de 2014, 08:00h
Comentário










George (Advogado Sócio de Escritório)
 
Uma Copa:
a) que está custando mais que as 3 (três) últimas edições somadas;
b) que entra para a história como a 1ª (primeira) na qual a FIFA --- entidade privada --- não pagará impostos, o que duplicará seus bilionários lucros;
c) para a qual se construiu o 2º (segundo) estádio mais caro do planeta, 61% mais caro que a mais que arena nababesca na Arábia Saudita (edificado em Brasília/DF, que levaria Mil anos para ter seu custo recuperado, cfe. http://www.folhapolitica.org/2014/04/estadio-mais-caro-da-copa-levaria-mais.html ];
d) que consegue levar esse país miserável, carente dos mais básicos serviços públicos (onde há 45 milhões de dependentes do "bolsa família"; com IDEH e educação equivalentes a países africanos; níveis de violência, competindo com os de El Salvador) a ser objeto de matérias jornalísticas no exterior, como administrado por corruptos e habitado por um povo inculto, que se orgulha da execução de estádios de futebol ao custo final superior a 318 vezes o custo original [V. entre outros: http://www.washingtonpost.com/blogs/early-lead/wp/2014/05/12/five-sad-and-shocking-facts-about-world-cup-corruption-in-brazil/];
e) para qual até ex-jogadores de Copas anteriores passaram a receber o teto da Previdência, independentemente de contribuição, enquanto milhares de brasileiros que contribuíram pelo teto não o recebem.
Para essa Copa, colunista José Maurício --- que seguramente está custando caríssimo, não apenas "pode" ter custado caro, como escrevestes --- já recebemos a Taça de Idiotas do Planeta, comprada com nossos impostos e contribuições previdenciárias.
O único acerto dessa Copa está no nome do Mascote "Fuleco" [consulte "fulecar" no Pai dos Burros ou em http://www.priberam.pt/dlpo/fulecar ].


Eleicoes 2014: grosseria de eleitores na abertura da Copa deve ter incidencia na campanha dos presidenciaveis

Este blog tem horror de grosserias e xingamentos e normalmente Nunca publicaria matérias como ad que sãi transcritas abaixo.
Mas o que ocorreu deve ter consequências eleitorais e só por isso vai registrado aqui. 
Mas considero, pessoalmente, serem condenáveis as expressōes vulgares do público, além de inaceitáveis, como povo, em face do mundo.
Melhor só vaias, aliás mais do que merecidas, do que xingamentos grosseiros. Isso só depõe contra o Brasil e os brasileiros.
Paulo Roberto de Almeida 
PS.: A culpa é sempre da imprensa, para certos megalomaníacos:

Lula exalta PT e diz que 'imprensa fomentou xingamentos a Dilma'


Torcedores vaiam e xingam Dilma na abertura da Copa

• Apesar de presença discreta no estádio, presidente foi hostilizada quatro vezes

• Acompanhada pela filha, petista assistiu ao jogo ao lado do presidente da Fifa, que também recebeu vaias
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Folha de S. Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2014

SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff foi hostilizada por torcedores quatro vezes nesta quinta (12) na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, apesar do esforço feito pelo governo para manter discreta sua presença no estádio.

Os protestos contra a presidente foram ouvidos com nitidez dentro do estádio. A terceira manifestação dos torcedores também foi ouvida com clareza por quem acompanhou o jogo pela televisão.

Logo após a cerimônia de abertura da Copa, Dilma foi xingada por cerca de um minuto, depois que o locutor pediu palmas para os operários que trabalharam nas obras dos 12 estádios do Mundial.

Encerrados os aplausos aos trabalhadores, os torcedores xingaram a presidente. "Ei, Dilma, vai tomar no c...", gritaram, em coro. "Ei, Fifa, vai tomar no c...", gritaram outros, voltando-se para a entidade internacional responsável pela organização da Copa.

A vaia começou na área VIP do estádio, mas se espalhou rapidamente por outros setores. Os protestos recomeçaram logo após a execução do Hino Nacional, quando parte da torcida hostilizou a presidente com o mesmo coro.

Dilma recebeu outra vaia por volta dos 30 minutos do segundo tempo, quando apareceu com destaque no telão do estádio, comemorando o segundo gol da seleção, após a cobrança de pênalti de Neymar. E foi hostilizada outra vez perto do fim da partida.

Dilma já tinha sido vaiada na abertura da Copa das Confederações, em junho do ano passado, em Brasília. Desta vez, numa tentativa de reduzir riscos, Dilma decidiu não fazer nenhum pronunciamento na abertura da Copa. Sua presença não foi anunciada pelo locutor e ela só apareceu uma vez no telão.

A presidente assistiu ao jogo acompanhada de sua filha, Paula, e do vice, Michel Temer, ao lado de Blatter. Ela fez figa com os dedos no início do jogo e comemorou com euforia os gols da seleção.

Segundo o Datafolha, a popularidade de Dilma está em queda desde o início do ano e hoje se aproxima do ponto mais baixo que ela alcançou, no auge das manifestações de junho do ano passado. Seu governo é considerado bom ou ótimo por 33% dos brasileiros, segundo o instituto.

A popularidade da presidente é ainda menor entre pessoas de renda mais alta, como as que provavelmente formavam a maioria do público no estádio --os ingressos mais caros para a abertura foram vendidos por R$ 990.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal rival de Dilma na corrida presidencial, disse que ela é uma "presidente sitiada", que "só pode aparecer em eventos públicos protegida". O ex-governador Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência, disse que "as pessoas colhem o que elas plantam".

O ex-ministro Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, saiu em defesa da presidente. "Vai perder quem quer misturar política com a Copa", disse.
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quarta-feira, 11 de junho de 2014

O "ras-le-bol" dos brasileiros com a Copa - Virginie Jacoberger-Lavoué (Valeurs Actuelles)

MONDE
 Valeurs Actuelles, 
Mercredi 11 Juin 2014 

Mondial : le ras-le-bol brésilien


A Sao Polo, devant le stade où s'ouvrira la Coup du monde. Pour veiller au maintien de l'ordre, les militaires et 170 000 policiers sont mobilisés. Photo © AFP
Football. La Coupe du monde, du 12 juin au 13 juillet, devait être l’occasion de montrer le fort potentiel de cette puissance émergente. Mais au pays du “futebol”, l’économie chancelle, sur fond de fronde sociale et d’insécurité…
Le Brésil rêve encore d’un Mondial historique qui allégerait le poids des déceptions. L’espoir ne dissipe cependant pas le doute. Au pays du foot roi, la Coupe du monde est devenue impopulaire avant même son coup d’envoi, ce 12 juin, et son premier match (Brésil-Croatie) organisé dans le stade Arena Corinthians, à São Paulo.
Selon un sondage Datafolha, à trois semaines de l’événement, moins de la moitié des Brésiliens (48 %) étaient encore favorables à l’organisation de la Coupe dans leur pays. Ils y croyaient majoritairement en 2008 (79 %). Première ville sous les projecteurs, São Paulo, capitale économique du pays (30 % de son PIB, 22 millions d’habitants avec sa périphérie), accueille six matchs du Mondial, qui devrait attirer sur place au moins 600 000 touristes étrangers — dont 17 000 Français. Quelque 3,3 millions de visiteurs brésiliens sont attendus. Ils vont se déplacer dans un pays continent (16 fois la France en superficie, 203 millions d’habitants) pour se rendre dans les douze villes hôtes. Neuf milliards d’euros ont été investis avec une facture publique faramineuse qui choque les Brésiliens. Le pays est-il prêt pour autant ? Le Mondial fait apparaître un État qui a accumulé les retards avec un amateurisme parfois tragique (huit morts sur les chantiers des stades, contre deux lors de la dernière Coupe en Afrique du Sud).
Selon Associated Press, trois stades du Mondial (São Paulo, Natal et Porto Alegre) étaient encore sources d’inquiétude pour la Fifa à quinze jours de l’événement, alors que Curitiba, un temps menacé de “carton rouge”, donnait enfin matière à satisfaction. Principal grief : des préparatifs à la va-vite. « Le Brésil est un champion de l’improvisation, mais on ne peut faire des miracles », reconnaît un urbaniste. « Il y a un potentiel de risque, parce qu’on n’a pas tout testé », a lâché Jérôme Valcke, secrétaire général de la Fifa.
On s’inquiète encore pour les télécommunications et les liaisons wi-fi dans les stades — quand ce n’est pas l’électricité —, dans un pays réputé vulnérable à une cyberattaque.
Certains projets d’envergure comme le train Rio de Janeiro-São Paulo ont été purement et simplement abandonnés. Cette voie, qui aurait permis de relier deux pôles de compétitivité du Brésil, figurait parmi les promesses de la présidente Dilma Rousseff lors de l’attribution de la Coupe, en 2007. On croyait alors au miracle économique de ce pays émergent, avec une croissance à 5,7 %. Anémique depuis trois ans, celle-ci est tombée à 2,3 % l’an passé et les prix flambent, entraînant le désenchantement de la population…
La Coupe du monde devait être l’occasion de transformer les infrastructures qui font défaut et laisser en héritage de meilleurs aéroports, de nouvelles lignes de métro, de bus… Là aussi, le bilan est accablant. À moins d’une semaine du Mondial, une partie de l’aéroport de Brasília est inondée. À Recife, la passerelle prévue pour rejoindre le métro de l’aéroport n’a pas vu le jour. Le nouveau terminal à l’aéroport de Fortaleza est finalement improvisé… sous une tente !
Les Brésiliens se sentent d’autant plus trahis par ce Mondial qu’on leur présente maintenant la facture. « Ces couacs et les investissements jugés faramineux alimentent le mécontentement. Les Brésiliens acceptent difficilement de voir des investissements publics s’orienter vers des infrastructures dont ils bénéficieront peu ou pas », analyse Fernando Rodrigues, éditorialiste à Folha de S.Paulo. Ces jours-ci, la présidente Dilma Rousseff, dont la réélection est en jeu en octobre, n’affirme plus que son pays « va assurer la Coupe de toutes les Coupes ». Elle attaque bille en tête la Fifa pour non-recours à des fonds 100 % privés. Son objectif est à présent de contenir la vague de mécontentement. Ces derniers jours, la situation s’est encore tendue. Après les conducteurs de bus de plusieurs villes, dont Rio de Janeiro, les employés du métro de São Paulo avaient entamé une grève illimitée suspendue le 9 juin. Les autorités craignent la reprise des troubles qui s’étaient produits en pleine Coupe des confédérations en juin 2013, sur fond de colère contre les dépenses du Mondial, alors que les services publics (santé, éducation…) sont en déshérence. Le risque de paralysie des transports n’est pas à écarter si ces mouvements s’amplifient.
« Ces dernières semaines, la contestation s’est ravivée. Sur les réseaux sociaux, le mot d’ordre est “Não vai ter Copa” [Il n’y aura pas de Coupe, NDLR], les Brésiliens sont excédés de la gabegie de l’État et veulent faire entendre leurs revendications en cette année électorale », remarque un informaticien prêt à manifester...Lire la suite dans le numéro disponible en kiosque le jeudi 12 juin...

quinta-feira, 5 de junho de 2014

FIFA chama os brasileiros de idiotas

Como bem disse meu amigo Orlando Tambosi, a FIFA acaba de chamar os torcedores brasileiros de idiotas.
Só há uma resposta possível a isso: uma grande vaia para a FIFA na abertura da Copa. E para os dirigentes brasileiros também, que eles merecem...
Paulo Roberto de Almeida 
Para a Fifa, torcedores brasileiros são idiotas.
A entidade que ajuda a promover a Copa da Roubalheira disse que os brasileiros "não entenderam a mensagem que Fifa passou - e que resultou em frustração para os torcedores. Em outras palavras, chamou os brasileiros de idiotas pela esculhambação que ela própria causou:

Fifa considera que parte dos torcedores brasileiros "não entenderam" a mensagem que a entidade passou sobre a venda de ingressos ontem e por isso a frustração de muitos foi grande. Em declarações ao Estado, o diretor de Marketing da Fifa, Thierry Weil, explicou que a lógica da entidade era a de abrir a venda online antes dos centros de distribuição, justamente para evitar filas ainda maiores e uma confusão ainda maior.
"Nossa mensagem passada para a imprensa não foi entendida pelos torcedores", declarou. "Abrimos a venda online justamente para dar mais chance e para que as pessoas entendessem que o melhor seria comprar pela Internet", declarou. "Se não tivéssemos feito isso, a frustração teria sido ainda maior", insistiu.
Na quarta-feira, a Fifa colocou à venda cerca de 180 mil entradas. Em poucos minutos, tudo o que existia para a abertura e para o encerramento se esgotou na Internet. Quando as pessoas chegaram aos locais de vendas nas diferentes sedes, horas depois da venda online, a frustração foi grande. (Continua).
(Matéria do Estadão)

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Eleicoes 2014: descontentamento dos eleitores e campanha esquentando

Brasil Mundial 2014

Encuesta revela un amplio descontento en Brasil a pocos días del Mundial

Reuters
Sao Paulo, 3 de junio de 2014
Las claves
  • La inflación es considerada el mayor problema económico, según la encuesta. Esto podría ser una mala noticia para la presidenta Dilma Rousseff, que buscará la reelección en octubre.

Brasil: ¿Se puede cambiar el rumbo de la prosa electoral?

El análisis
Sergio Fausto
(Infolatam).- “El gobierno busca pintar el cuadro electoral como una contienda entre dos “modelos socioeconómicos” radicalmente diferentes: uno comprometido con las causas del pueblo y de Brasil; otro antisocial y sumiso. Cualquier obervador minimamente libre e informado, sabe que ese cuadro no retrata la realidad de los hechos. Ni un eventual futuro mandato de Dilma haría al país abrazar un “modelo bolivariano” ni una victoria de Aécio nos llevaría a la adopción de un “modelo neoliberal”. ”
Una encuesta publicada el martes mostró un panorama sombrío en Brasil a pocos días de acoger el Mundial de fútbol, en una señal de la frustración generalizada que existe por el estado de la economía y el desempeño de la presidenta Dilma Rousseff.
El nivel general de insatisfacción en Brasil es del 72 por ciento de acuerdo con la encuesta realizada por elPew Research Center, con sede en Washington.
La cifra representa un alza desde el 55 por ciento registrado en la encuesta que Pew realizó en el 2013, justo antes de que estallaran las mayores protestas callejeras en dos décadas en el gigante sudamericano.
Seis de cada 10 encuestados dijeron que ser sede del Mundial, que comienza la próxima semana, es malo para Brasil, ya que los miles de millones de dólares gastados en el torneo serían mejor invertidos en servicios como la salud, escuelas y transporte público.
Los resultados se asemejan a los de otras encuestas recientes realizadas por firmas brasileñas, que también mostraron que el respaldo al Mundial disminuyó durante los últimos dos años debido a que el Gobierno no ha cumplido con las infraestructuras y otras muchas inversiones prometidas.
El torneo de un mes de duración se inicia el 12 de junio en el nuevo estadio de Sao Paulo.
El Pew Center encontró que los brasileños estaban particularmente preocupados por la economía de su país, que se ha desacelerado hasta casi detenerse en los últimos tres años después de un auge de una década.
Las dos terceras partes de los consultados dijeron que la economía está en mal estado, mientras que sólo el 32 por ciento cree que las cosas van bien.
Esto muestra un cambio de actitud con respecto a hace un año, cuando el 59 por ciento creía que el país estaba en buena forma económicamente. Las esperanzas de que la Copa del Mundo proporcionaría un impulso muy necesario también se han desvanecido, ya que datos divulgados el viernes mostraron que el Producto Interno Bruto apenas creció en el primer trimestre.
La inflación es considerada el mayor problema económico, según la encuesta. Esto podría ser una mala noticia para la presidenta Dilma Rousseff, que buscará la reelección en octubre.
La delincuencia, la salud y la corrupción política encabezan la lista de preocupaciones no económicas de la encuesta.
El 48 por ciento de los brasileños dijo que cree que Rousseff está ejerciendo una “buena influencia” en el país y el 52 por ciento describió su influencia como “mala”. Sus cifras fueron particularmente negativas en aspectos como manejo de la corrupción y la delincuencia, aunque son mejores entre los grupos de menores ingresos, su base política.
Aún así, el 51 por ciento de los encuestados dijo que tenía una opinión favorable de Rousseff, una cifra mucho más alta que la obtenida por dos de sus posibles rivales en la elección de octubre. Sólo el 27 por ciento tiene una opinión favorable de Aecio Neves, del Partido Social Demócrata Brasileño, y un 24 por ciento tuvo una opinión favorable sobre Eduardo Campos, del Partido Socialista Brasileño.
La encuesta de Pew, que tiene un margen de error del 3,8 puntos porcentuales, se basó en 1.003 entrevistas realizadas a nivel nacional a mayores de 18 años entre el 10 y el 30 de abril.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Vai ter copa, mas nao vao ter o meu voto - Mario Machado (Coisas Internacionais)

Uma excelente crônica sobre os eventos correntes, como diriam alguns cronistas da atualidade, do meu amigo e colega de blog internacionalista Mario Machado. Faço minhas as suas palavras, se ele me permite o empréstimo sem pagar direitos autorais...
Paulo Roberto de Almeida


Posted: 02 Jun 2014 12:56 PM PDT

O Brasil por esforço do governo e diversas organizações não estatais (como Igrejas e federações esportivas) trouxe para o Brasil alguns dos mais chamativos megaeventos do mundo. A estratégia construída durante o boom das commodities parecia clara: dinamizar o turismo e reforçar a imagem do Brasil e assim marcar um novo status nacional. E, talvez alimentada pelos resultados positivos dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Outros emergentes se valeram da mesma estratégia. Temos as Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008, a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, os Jogos Olímpicos de Sochi 2014 e em menor escala os Jogos da Commowealth, em Nova Déli, 2010, com exemplos dessa estratégia. Outro traço comum a esses eventos é que todos provocaram ondas de protesto.
O Brasil se arrogou receber uma seqüência de megaeventos com os Jogos Mundiais Militares, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Quando esses compromissos foram assumidos pelo governo e sua base aliada (sem consulta popular, é bom salientar) atentar quanto ao gigantismo do projeto a frente e levantar dúvidas sobre sua exeqüibilidade era ser do contra, tucano, vendido e até mesmo vira-lata.
Ambição, como sabemos, não faltou aos líderes políticos quando assumiram esses compromissos, agora planejamento extensivo e execução eficiente, bom isso faltou e muito.
É preciso ter em mente que o Brasil é um importador de poupança, ou seja, é historicamente incapaz de poupar internamente para assim ter recursos para investimento, qualquer que já tenha aberto ao menos um livro de economia sabe que S=I, ou seja, poupança é igual a investimento. E o setor público brasileiro, regido por um pacto social, que deseja muita intervenção estatal é incapaz de investir no montante necessário. Assim, os megaeventos eram vistos como uma chance de atrair investimento estrangeiro para setores de infra-estrutura como portos (pelo menos os terminais de passageiro), aeroportos e mobilidade urbana, além de empregos e treinamento profissional nas obras de infra-estrutura e nos estádios. E então a palavra legado fez sua entrada no vocabulário corrente da política nacional.
O investimento privado não veio (e, talvez tenham faltado estímulos corretos para sua atração) e o dispêndio público elevado na construção de estádios começou a irritar a opinião pública pressionada pelos elevados custos de vida e pelo peso dos impostos. Em outro front os grupos mais ligados a extrema-esquerda viram a invasão do capital e substituíram o FMI pela FIFA no papel de inimigo externo e nesse processo denunciaram as desapropriações e deslocamentos forçados que as obras públicas e os estádios ocasionaram.
Essas duas ondas principais de descontentamento se somaram (mas, não misturaram vide as denuncias de lado a lado por traição ao movimento) e foram as ruas em enormes protestos cada vez mais exacerbados e nisso a reação por vezes truculenta da PM contribuiu, embora em alguns momentos alguma força coercitiva é necessária.
Esses descontentamento e protestos não são exclusividades do Brasil, na verdade parece ter havido aqui um almalgama dos protestos que precederam os Jogos da Commowealth e os protestos e greves pré-copa da África. Até mesmo o clima de dúvida “vai ter copa, não vai ter copa”, o comunicado feito pelo movimento “Anti Commonwealth Games Front” deixa escancarada as semelhanças, transcrevo um resumo abaixo o total pode ser lido aqui:
The Front protested the Commonwealth Games on the following grounds:
1. In the run-up to the Commonwealth Games, the city has seen the most blatant violation of human rights of the urban poor.
2. The government has completely lost its sense of priorities. While Rs. 70,000 to 100,000 crore (US$ 15 – 21 billion) are being spent on hosting a twelve day sporting extravaganza,
3. India is a poor country and cannot afford this kind of wastage of precious resources.
5. Residents of Delhi have had to put up with a lot of inconveniences to host an event they were not consulted about and did not ask for.
6. It has been reported that CWG is being counted as one of the biggest corruption scandals in the country.
7. Rs. 744 crore meant for Scheduled Castes in Delhi has been diverted to meet the Games related costs, in complete violation of the Special Component Plan and the 2006 Planning Commission Guidelines.
E na África do Sul milhares foram as ruas durante a Copa para protestar os enormes gastos com o evento, como ilustra reportagem da época que destaco a frase abaixo:
“If we have money for stadiums, we should not have any homeless people or people having to live in shacks”.
Não é coincidência, também, que os mais abertos dos emergentes tenham enfrentado as maiores resistências, greves, protestos e campanhas contrárias aos mega-eventos, afinal é parte da democracia a liberdade de expressão e a liberdade de se opor ao governo.
Índia, Brasil e África do Sul sofreram (e sofrem) com o mesmo problema de ineficiência na gestão de recursos públicos e no planejamento das obras para os eventos e o não cumprimento de prazos e padrões, é mais fácil para a Rússia e China passarem por cima dos prejudicados e continuarem os trabalhos com rigor marcial. E mesmo para os dois mais fechados protestos foram feitos contra suas políticas, no caso chinês a intervenção no Tibet que sistematicamente atacaram a tocha olímpica e no caso russo protestos contra suas políticas anti-homossexuais.
O Brasil não está preparado adequadamente para esse evento, e isso não é novidade, afinal, todas as obras de infra-estrutura prometidas e melhorias de mobilidade urbana eram apenas paliativos, o problema continua sendo a superação do subdesenvolvimento. Mas, nem os paliativos ficaram prontos a tempo e teremos o improviso como solução, um bom marketeiro ainda coloca o spin de criatividade e adaptabilidade do povo brasileiro ao falar disso. E é bem possível que o turista ávido por diversão e pelo Brasil do imaginário mundial, nem se importe tanto assim com as falhas de infra-estrutura, se as condições de segurança forem melhoradas durante o mundial. Sempre haverá o que não vai gostar e o que vai festejar e se divertir olhando tudo com as benévolas lentes das férias.
Contudo, quem protesta a decisão de trazer a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos tem uma razão insofismável, diante do tamanho de desafios e da necessidade de investimento que o Brasil precisa esse montante não teria sido mais bem aproveitado em outros projetos?
Precisamos, sim, de mais e melhores aeroportos (ou por que agora que mais pessoas podem voar devemos aceitar uma queda no padrão dos serviços e espaços aeroportuários, como se ele não “merecessem”?) e de mais segurança pública e melhorias significativas nos transporte público e de um novo modelo educacional, mais eficiente na gestão de recursos, mas um megaevento tem gastos com a festa, estádios e outros que drenam recursos e energia da administração pública, isso sem falar da corrupção percebida.
A Copa vai acontecer e as forças de segurança estão sob muita pressão para garantir a paz e a tranqüilidade de quem quer assistir aos jogos e aproveitar a festa, contudo, não podem usar métodos coercitivos que se configurem como cerceamento do direito a assembléia dos contrários a Copa. E com tanta pressão, ânimos exaltados e agentes provocadores de toda sorte não é difícil imaginar cenas horrorosas, que afastarão futuros turistas muito mais que aeroportos precários e hotéis caros.
Fica claro, que protestos e choques pré-megaeventos são características dos megaeventos sediados pelos emergentes, contudo alcançaram um nova escala aqui por conta de dinâmicas da política e da economia brasileira.
Alguns já devem saber que sou grande torcedor de futebol e corinthiano, sim grafado com th, desde criancinha (fora Mano) e por isso tenho grande apreço pelo mundial e pela chance de ver os melhores jogarem sob uma pressão incrível. Não sou adepto, contudo, das patriotadas, mas sim torço pela seleção canarinho, com menos entusiasmo que torço pelo Timão, é verdade.
A meu ver, é tolice tentar caracterizar o grau de politização ou sua filiação partidária e/ou ideológica de um cidadão por assistir ou não aos jogos da Copa, ou por vibrar o não com os gols do scratch canarinho (ainda se usa essa expressão?). Ainda mais, por que é preciso lembrar que esse amplo guarda-chuva dos protestos anti-copa do mundo abriga linhas de pensamento como a dos black blocs (recomendo essa matéria must-read do Estadão), que nunca vou subscrever, nem apoiar.
Eu vou assistir aos jogos, em casa e nos bares, vou comemorar (nem que seja pra irritar a extrema esquerda), vou tentar contribuir para que não seja um prejuízo maior ainda, mas meus caros, não vou esquecer de responsabilizar quem trouxe os megaeventos e demonstrou uma falta de visão estratégica e de necessidades nacionais.
Vai ter Copa! Não vão ter meu voto!