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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Itamaraty: caso Eduardo Saboia ainda nao resolvido, vulgo caso Senador Roger Pinto - Rodrigo Constantino

Bolívia: queremos investigação sobre o caso Roger Pinto!

Uma reportagem do jornal Valor de 8/10/2014 lembra que o Brasil está há mais de um ano sem embaixador na Bolívia, e que as relações entre nosso país e o vizinho estão ruins. Os investidores brasileiros se recusam a apostar no país, com medo da insegurança jurídia, fomentada após o episódio com a Petrobras, que teve propriedade ocupada pelo governo Evo Morales sem reação do nosso governo. Diz o jornal:
Fontes do governo brasileiro apontam a fuga do senador boliviano Roger Pinto, que culminou no ano passado com a demissão do chanceler Antonio Patriota, como consequência direta desse distanciamento. O Itamaraty indicou o embaixador Raymundo Santos Rocha Magno para assumir o posto em La Paz, mas a Comissão de Relações Exteriores do Senado recusa-se a sabatiná-lo até que o caso Roger Pinto seja esclarecido.
Como mostra outra reportagem, o caso da fuga do senador boliviano ainda está sob análise:
A sindicância que apura a participação do diplomata Eduardo Saboia na fuga do senador Roger Pinto da Bolívia ao Brasil está na mesa do chanceler Luiz Alberto Figueiredo desde abril. No Itamaraty, a sensação relatada por diplomatas ouvidos pelo Valor é a de que a sorte de Saboia depende do resultado da eleição presidencial.
Sua atuação foi elogiada à época tanto por Aécio Neves (PSDB) como pelo então pré-candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos. “Ao expor à execração pública o diplomata, o governo brasileiro se curva, mais uma vez, a conveniências ideológicas. Mais grave, abandona as melhores tradições da nossa diplomacia”, disse Aécio dias depois do episódio.
Eduardo Saboia, em minha opinião, praticou um ato corajoso e humanitário, e a postura do Itamaraty sob a presidente Dilma é que foi vergonhosa e merece punição. Como não haverá punição oficial, que venha nas urnas. Quem acha que o Brasil deve se curvar diante de Evo Morales, vota na Dilma; mas quem acha que estamos acima disso e precisamos manter nossa independência, vota em Aécio.
PS: Há alguns dias publiquei aqui com exclusividade o documentário do baiano Dado Galvão sobre o caso. São duas horas de muita informação, e fica evidente o absurdo de tudo que o governo fez. Recomendo para quem ainda não viu.
Rodrigo Constantino

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Brasil-Bolivia: saga do senador boliviano asilado politico em documentario

Augusto Nunes, 4/06/2014

Em 28 de maio de 2012, acuado por ameaças que passou a receber por ter denunciado o envolvimento do governo de Evo Morales com o narcotráfico, o senador boliviano Roger Pinto Molina abrigou-se na embaixada brasileira em La Paz. A concessão do asilo pelo governo Dilma Rousseff  parecia anunciar o fim de um calvário. Era apenas outra etapa do drama ainda longe do desfecho.
Molina permaneceu 455 dias num quarto de 20 metros quadrados, impedido de tomar sol, dar entrevistas ou receber visitas livremente. A saída do inferno só se consumou porque o diplomata Eduardo Saboia, encarregado de negócios da embaixada, resolveu agir. Sem consulta ao Itamaraty, escondeu o prisioneiro num carro oficial e o trouxe para o Brasil. A viagem entre La Paz e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, durou 22 horas.
A saga de Roger Pinto Molina é o fio condutor do documentário Missão Bolívar, de Dado Galvão, que estreia em julho. Além do protagonista, entre os entrevistados figuram Eduardo Saboia, os ex-presidentes bolivianos Carlos Mesa e Jorge Quiroga, o advogado Fernando Tibúrcio e os senadores Ricardo Ferraço (PMDB), Álvaro Dias (PSDB) e Sérgio Petecão (PSD).
Galvão também dirigiu o documentário Conexão Cuba-Honduras, de 2012, que evoca a situação política dos dois países caribenhos para tratar de liberdade de expressão e direitos humanos. Foi ele o articulador da visita ao Brasil da blogueira cubana Yoani Sánchez, em março do ano passado.