A conhecida “linha auxiliar” entra em ação:
Transcrevo teor de comentário efetuado por Demetrio Carneiro em uma de minhas muitas postagens sobre a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia:
“Quando o governo russo fala do interesse na proposta de Lula atua para abrir uma brecha na postura pela retirada total das tropas do território ucraniano. A proposta de Lula de cessar fogo em momento algum fala em retirada das tropas invasoras como condição de acordo de paz, portanto é de apoio à Rússia. Um cessar fogo com as tropas russas onde estão é de total interesse de Putin. O Brasil se posiciona na geopolítica do lado errado da história. Infelizmente.”
Comento (PRA):
Em resumo, se não for pura ingenuidade fruto da ignorância, trata-se de impostura sórdida, destinada a ficar bem com a parte agressora, jamais identificada nesse inútil acréscimo patrocinado por Lula.
A diplomacia profissional não deveria se orgulhar de prestar auxilio a uma manobra claramente enviesada, aliás, ridicula em sua essência, pois quando se exige retirada imediata de tropas é lógico que isso implicaria “cessação de hostilidades” (que, por evidência mais do que evidente, não são recíprocas).
Lula ainda não entendeu a raiz do problema, ou se entendeu, continua tão refratário à postura correta e tão solidário a Putin quanto era o idiota do Bolsonaro em seu patético exercício de diplomacia aloprada uma semana antes da invasão criminosa do tirano de Moscou.
Infelizmente, o BRICS, esse equívoco monumental da primeira diplomacia lulopetista, continua levando o Brasil a marchar na via contrária de uma política externa responsável e digna de seus fundamentos no Direito Internacional.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25/02/2023