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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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domingo, 21 de abril de 2024

O Eixo do Mal: presidente da CRE da House-USA - Hoje no Mundo Militar

Hoje no Mundo Militar transcreve as declarações do Presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA, Michael McCaul (R-Texas), sobre o:

O Eixo do Mal "A queda do Afeganistão, em 2021, enviou uma mensagem poderosamente perigosa aos nossos adversários de que a América era fraca. Quase imediatamente depois, a Federação Russa começou a avançar em direção à Ucrânia. E logo após Xi Jinping se encontrar com Putin nas Olimpíadas, cimentando a sua aliança, a Rússia invadiu! Xi Jinping tornou-se mais agressivo no Pacífico, e guarde as minhas palavras – Xi está observando o que acontece na Ucrânia para determinar se ele invade Taiwan no Pacífico. Então o Aiatolá levantou a sua cabeça feia no Oriente Médio e no último sábado o mundo assistiu em suspense enquanto o Irã – pela primeira vez na história – atacava diretamente Israel com mais de 300 mísseis e drones. Estes ditadores, incluindo a Coreia do Norte, estão todos ligados. Todos ligados no novo Eixo do Mal." - Michael McCaul (Texas), Presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, após a aprovação das ajudas militares para Israel, Ucrânia e Taiwan. Parece que os Republicanos finalmente acordaram para a realidade.

Hoje no Mundo Militar


domingo, 31 de março de 2024

O Talibã reintroduz o apedrejamento feminino - Hoje no Mundo Militar

 A comunidade internacional não faz absolutamente nada em favor das mulheres afegãs desprovidas completamente de quaisquer direitos, submetidas a um cruel regime misógino e tirânico que as impede de estudar e trabalhar dignamente. Muito pior que no regime teocrático iraniano, também opressivo para as mulheres.

Os Talibãs, que voltaram a controlar o Afeganistão em 2020, anunciaram que voltarão a apedrejar mulheres em público até a morte por crimes como o adultério. Recentemente o chefe da ONU, @antonioguterres, parabenizou o Afeganistão pela “estabilidade e segurança” alcançadas nos últimos 4 anos, mas ainda não se pronunciou sobre essa medida dos Talibãs.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Um diálogo sobre o dificil caminho da democracia inclusiva - Paulo Roberto de Almeida, Hoje no Mundo Militar

 Na primeira hora deste dia 2/11/2023, postei uma pequena reflexão em uma de minhas redes sociais:

“ Não se mata uma ideia, por mais equivocada que seja, com bombas. Ao contrário, a crueldade igual ou pior na repressão violenta, pode e deve fortalecê-la. O atual governo extremista de Israel está cavando um fosso que vai perdurar por gerações. Deforma a democracia, mata a razão!”

Paulo Roberto de Almeida 

Em retorno, recebo e acolho a seguinte postagem:

“Trata-se de uma questão muito difícil de ser respondida. Sem bombas, regimes terríveis não podem ser derrubados, mas com bombas, há o risco do extremismo se espalhar e se enraizar ainda mais.

Um exemplo clássico disso aconteceu an 2ª GM. Naquela guerra, os aliados enfrentaram 2 dos regimes mais extremistas e radicalizados da história, os nazistas alemães e os japoneses.

Tanto no caso dos nazistas como no caso dos japoneses, a raiz do extremismo era quase religiosa, com Hitler criando à sua volta uma aura de misticismo que o converteu, aos olhos dos alemães, em um ser quase divino, e no caso do Japão, o Imperador era um autêntico deus vivo.

Para combater aqueles regimes, os aliados precisaram de bombas. Muitas bombas! Havia o risco do extremismo aumentar, e de fato aumentou na fase final da guerra, e basta vermos as mais de 100 mil baixas japonesas em Okinawa, com milhares de civis japoneses se atirando de precipícios para não serem capturados pelos "demônios ocidentais", sem nos esquecermos dos pilotos Kamikaze, com mais de 3.800 jovens pilotos se lançando para a morte. E no caso da Alemanha, um exemplo foram as Volkssturm, batalhões de civis mal treinados e mal equipados que se lançavam contra as colunas blindadas soviéticas em ataques suicidas.

Mas, depois dos respectivos regimes terem sido derrubados, os aliados avançaram com gigantescos programas de reconstrução que converteram países outrora extremistas e radicalizados, em grandes e poderosas potências econômicas (o Japão é a 3ª maior economia do mundo e a Alemanha é a 4ª).

Essa mesma receita deve ser seguida na Palestina: atacar, destruir e derrubar o regime terrorista do Hamas que controla a Faixa de Gaza, algo que só pode ser alcançado com bombas, e depois investir pesado na região, mas sempre sob o olhar atento da comunidade internacional, que foi o que aconteceu na Alemanha e no Japão, que foram administrados pelos aliados por muitos anos após o fim da guerra.”

Hoje no Mundo Militar

2/11/2023

sábado, 30 de setembro de 2023

Às vésperas de uma grande ruptura na política externa? - Paulo Roberto de Almeida, Hoje no Mundo Militar

 Às vésperas de uma grande ruptura na política externa?

A doutrina jurídico-diplomática brasileira se opõe à incorporação forçada de territórios, isso desde antes da ONU: assim fizemos em 1939 (Polônia) e 1940 (Bálticos), tomados por Hitler e Stalin. Lula seria o primeiro a reconhecer usurpação como legal, se continuar apoiando Putin!

Paulo Roberto de Almeida


Hoje no Mundo Militar (30/09/2023):

“Vladimir Putin comemorou hoje o primeiro aniversário da anexação forçada das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson. Apesar de a anexação territorial resultante de guerras ser expressamente proibida pela carta fundadora das Nações Unidas, Putin prosseguiu com a ação, após invadir e ocupar militarmente partes dessas regiões ucranianas. Por esse motivo, tais anexações não são reconhecidas internacionalmente.

Além de Putin, as únicas outras quatro ocasiões nos últimos 84 anos em que guerras foram iniciadas com o propósito de anexar territórios foram com Hitler, em 1939, Stalin, também em 1939, e mais recentemente Saddam Hussein ao invadir o Irã, em 1980, e o Kuwait, em 1990.”

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

O futuro incerto do Brics - Hoje no Mundo Militar

 Eu já disse que o aumento em 120% do numero ddmembros do Brics reduziria em 200% sua importância geopolítica, o que não diminui o equívoco fundamental e o enorme erro estratégico de Lula. (PRA)

Hoje no Mundo Militar:

“De acordo com a Reuters, a Arábia Saudita deseja estabelecer uma aliança militar com os EUA, compelindo Washington a defendê-la em caso de agressão externa. Em contrapartida, a Arábia Saudita reconheceria Israel e estabeleceria relações plenas com Tel Aviv. Caso isso ocorra, haverá um impacto significativo na geopolítica do Oriente Médio.

O Irã, arquirrival da Arábia Saudita, obviamente não ficará satisfeito com essa situação, e a Rússia, que buscava uma aproximação maior com os sauditas, será completamente afastada da região.

Com relação ao BRICS, como a Arábia Saudita e o Irã entraram recentemente no fórum, uma aliança militar entre sauditas e norte-americanos e, acima de tudo, o reconhecimento saudita de Israel, criará ainda mais antagonismo entre as delegações iraniana e saudita, o que dificultará ainda mais qualquer tomada de decisão ou acordo no âmbito desse fórum.“

(29/09/2023)

Babi Yar (Ucrânia): o começo do Holocausto - Paulo Roberto de Almeida e Hoje no Mundo Militar

Na pré-história prática do Holocausto:

Paulo Roberto de Almeida 

Babi Yar foi o primeiro experimento de execução de judeus em massa perpetrado por ordens expressas de Hitler, mas tinha um “defeito”: era “labour intensive”, ou seja, estava ainda baseado naquilo que os marxistas chamariam de “modo artesanal de produção” (neste caso, de eliminação em massa  de judeus).

Os nazistas, animados pelo princípio do produtivismo, aspiravam um método mais eficiente de elimina massa de judeus, mais “capital intensive”, e por isso passaram a um “modo industrial de produção” de cadáveres dentre as comunidades judaicas da Europa central e oriental. Adoraram as câmaras de gás e os fornos crematórios adjuntos aos campos de concentração, dentre os quais Auschwitz foi o mais, tristemente, famoso.

Jamais tinha ocorrido, na história da humanidade, um projeto burocraticamente organizado tão perverso e insano como foi concebido e organizado pelos líderes nazistas, Hitler en tête, o genocídio de TODO um povo conhecido como Holocausto. O stalinismo e o maoismo (e, proporcionalmente, o pol-potismo) mataram, deliberadamente ou involuntariamente, muito mais seres humanos, mas nada se igualou, na história de toda a humanidade, ao nazismo hitlerista, que também suscitou uma indústria secundária de negacionismo jamais vista nos anais do trabalho historiográfico, com efeitos politicos.

Por todas essas razões, Babi Yar deve ser sempre relembrado na história da Ucrânia e de toda a Europa oriental que esteve, alguma vez, sob ocupação nazista.

Paulo Roberto de Almeida

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De uma postagem de 29/09/2023 do site Hoje no Mundo Militar:

“Neste dia, no ano de 1941, teve início o massacre nazista de Babi Yar, na Ucrânia.

No dia 26 de setembro daquele ano, as forças nazistas de ocupação, que controlavam Kiev desde o dia 19, emitiram uma ordem obrigando todos os judeus ucranianos da cidade a se apresentarem na esquina da rua Mel'nikova e a rua Dokterivskaya. Os nazistas esperavam que fossem aparecer no máximo 6 mil judeus, mas às 8h da manhã do dia 29 de setembro, mais de 30 mil judeus ucranianos estavam no local designado.

Foram transportados em pequenos grupos para a ravina de Babi Yar, localizada a poucos quilômetros do centro de Kiev. No local, os nazistas, aproveitando-se do declive do terreno, executavam os grupos no fundo da ravina conforme iam chegando. À medida que os corpos se amontoavam, jogavam cal e uma fina camada de terra por cima para receber o grupo seguinte.

Entre os dias 29 e 30 de setembro de 1941, 33.771 judeus ucranianos foram brutalmente executados em Babi Yar. No total, considerando todo o período de ocupação, os nazistas mataram naquele local um número estimado em quase 150 mil judeus.”

domingo, 14 de maio de 2023

A partição da Palestina britânica, a criação do Estado de Israel e a primeira guerra contra os estados árabes circundantes, 1947-48 - Hoje no Mundo Militar

A partição da Palestina britânica, a criação do Estado de Israel e a primeira guerra contra os estados árabes circundantes, 1947-48: 

Copiando desta fonte: "Hoje no Mundo Militar", 14/05/2023: 

https://twitter.com/hoje_no/status/1657769386730463232/photo/3

Neste dia no ano de 1948, respeitando a Resolução 181 da ONU votada no ano anterior p/a partição da Palestina, Israel declarou a sua independência. O estado israelense nasceu reconhecendo a existência de um estado palestino (em amarelo no mapa), mas os palestinos se recusaram a aceitar e logo no dia seguinte, 15 de maio de 1948, dezenas de milhares de soldados do Egito, Transjordânia, Iraque, Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iêmen e uma liga de voluntários árabes oriundos de outros 10 países, atacaram Israel a partir do sul, do leste e do norte. Como disse Azzam Pasha, chefe da Liga Árabe: "esta é uma guerra de extermínio... será lembrada nos livros de história". Mas contrariando esse desejo, Israel venceu a guerra.

Mapa de Israel, em sua origem: