Mostrando postagens com marcador Julio Benchimol Pinto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Julio Benchimol Pinto. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

CPI da Covid: finalmente vai provocar processo contra os sabotadores da pandemia - Olympio Pinheiro, Julio Benchimol Pinto

CPI DA COVID: ENGAVETAR POLÍTICA PÚBLICA CRIMINOSA NUNCA MAIS 

TV COLONIAL BREAKING 

Olympio Pinheiro

A CPI da Covid - lembra-se? - que o PGR de triste memória Augusto Aras engavetou, perdão, jogou no lixo, foi resgatada. Valeu a pena? 

Milhares de pessoas morreram ou ficaram com sequelas, e milhares de famílias sofreram com uma política pública negacionista dos consensos científicos, promovendo e difundindo tratamentos e medicamentos ineficazes. 

E por quê? Por que o presidente da república, Jair Bolsonaro, e alguns de seus ministros da saúde (entre eles, o general Pazuello), sem qualquer competência médica, adotaram a mando do presidente a teoria de "imunidade de rebanho". 

Por conta dessa política, imunidade de rebanho, o governo federal desenvolveu programas de tratamento ("Kit Covid") e medicamentos  cientificamente ineficazes para tratamento do vírus da Covid 19 (Cloroquina, entre outros).

Por sorte, o governo federal não conseguiu implantar inteiramente essa política, imunidade de rebanho, porque o governador de Sâo Paulo, João Dória - que o presidente via então como candidato concorrente à presidência - na contramão da política do governo federal -, adotou a política internacional de vacinação em massa. 

Muitos mais milhares de brasileiros teriam morrido não tivesse ocorrido essa delirante ameaça persecútoria do presidente da república ao suposto agonista concorrente que, afinal, nem foi. E, por conta dessa imaginária persecução, o governo federal acabou sendo obrigado, pela feliz ameaça da delirante concorrência, a abrir caminho para a compra de vacinas. 

Não sem atraso na compra das vacinas mais eficazes (mRNA) , e sem corrupção no governo pela compra de outras vacinas, Covaxim, que nem sequer existiam.  

Tudo isso ficou comprovado na CPI da Covid. Que foi jogada no lixo pelo PGR, Augusto Aras, conivente com os crimes do presidente da república. E é agora resgatada pelo ministro Dino do STF. 

Conforme descreve nosso correspondente especial Julio Benchimol Pinto de Brasilia: 

🧑‍⚖️ Do alto do Supremo: Flávio Dino abriu inquérito contra Bolsonaro, seus filhos e aliados, dando vida ao relatório da CPI da Covid.

👀 Alvos? Jair Bolsonaro (o chefe da orquestra negacionista), seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos, e ex-ministros como Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga, Onyx Lorenzoni, além de operadores de bastidores como Ricardo Barros e empresas envolvidas em contratos suspeitos.

⚖️ Lição de Direito 1: política pública não é salvo-conduto para crime.

⚖️ Lição de Direito 2: omissão dolosa e contratos fantasmas podem sair caro quando o palco não é o cercadinho, mas o Supremo Tribunal Federal.

💉 A CPI já apontava nove crimes atribuídos a Bolsonaro. Agora a PF tem 60 dias para separar a fumaça dos indícios do fogo das provas. Depois, a PGR decide se denuncia ou se arquiva.

💣 Mas não se iluda: os mesmos que venderam cloroquina como panaceia agora vão alegar que se tratava apenas de “erro administrativo”. E tentarão transformar crime em política, e política em perseguição.

🔎 No Direito, chamamos isso de fumus boni iuris (fumaça de bom direito). Na vida real, é só a fumaça da Covaxin queimando no altar da impunidade.

👉🏻 E você? Acredita que esse inquérito é divisor de águas ou mais um capítulo na novela da impunidade brasileira?

📌 #STF #Bolsonaro #CPIdaCovid #Direito #Justiça #NuncaMais1

quinta-feira, 22 de maio de 2025

GOLPE COM FARDAS E MINUTA - Julio Benchimol Pinto

 GOLPE COM FARDAS E MINUTA

Julio Benchimol Pinto

22/05/2025

O tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira, confirmou: o golpe não foi delírio da oposição, nem paranoia de comunista, nem roteiro de novela mexicana. Foi reunião oficial, com café, minuta impressa, PowerPoint e farda passada no vinagre.

Freire Gomes, do Exército, disse a Bolsonaro com fleuma de britânico: “Se você tentar isso, eu vou ter que lhe prender.” Não foi bravata de mesa de bar, foi advertência de comandante. Já o almirante Garnier, da Marinha, disse o oposto: “As tropas estão à disposição.” Ou seja, queria brincar de 1964 em versão digital.

E Bolsonaro? Presidiu um “brainstorm golpista” com ministros e militares, ponderando se deveriam prender o ministro do STF Alexandre de Moraes. Não é ficção: é depoimento registrado no Supremo Tribunal Federal, com nome, posto e sobrenome.

Enquanto isso, o general Braga Netto, derrotado nas urnas e no pudor, teria incentivado ameaças contra a família do brigadeiro - aquele que se recusou a aderir à quartelada. “Ainda me chamam de melancia”, disse o militar, referindo-se ao estigma que carrega por ter se mantido fiel à Constituição.

E agora, Brasil?

Querem mesmo que a gente “siga em frente” como se nada tivesse acontecido?

Querem anistia para quem planejou prender ministros e rasgar a Constituição com apoio armado de uma força militar?

Não. Que sejam responsabilizados. Todos. Sem exceção. Sem retórica conciliatória. Sem mi-mi-mi.

Porque se não houver justiça agora, o próximo “brainstorm” não será numa sala - será no Planalto.

#GolpeNuncaMais #STF #Bolsonaro #MinutaDoGolpe #DitaduraNuncaMais #EstadoDeDireito 

Julio Benchimol Pinto

sábado, 29 de março de 2025

O apoio objetivo de Lula a Putin na guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia - Julio Benchimol Pinto

O apoio objetivo de Lula a Putin na guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia

 Julio Benchimol Pinto

Introdução PRA: “ Lula nunca escondeu sua aliança implícita e explícita com a Rússia, e com Putin particularmente. Não quer reconhecer sua aliança com duas grandes potências autoritárias, bem mais forte nos objetivos inconfessáveis da “nova ordem global multipolar”, do que o apoio oportunista de Bolsonaro à Rússia. O ex-presidente havia  insistido, contra as recomendações do Itamaraty, em visitar o ditador uma semana antes da invasão, quando se declarou solidário a ele, por razões basicamente eleitoreiras (fertilizantes e combustíveis). 

Lula tem razões ideológicas, supostamente geopolíticas, para desejar a vitória russa, o que é uma postura sórdida.”

=========

Julio Benchimol Pinto (28/03/2025):

“ Nem todo “intermediador” é neutro - e nem toda “paz” é justa

Lula anuncia que conversará com Zelenskyy “esperando que agora ele esteja preocupado com a paz”. Como se a Ucrânia, invadida, destruída e mutilada, fosse a parte menos interessada em encerrar a guerra. Como se a vítima da agressão russa tivesse responsabilidade equivalente à do agressor. Como se “impor a vontade” fosse um gesto simétrico entre quem resiste e quem invade.

A retórica do presidente brasileiro busca se equilibrar sobre um falso “nem-nem”: nem com Putin, nem com Zelenskyy. Mas, na prática, relativiza a barbárie da invasão russa ao diluir responsabilidades e tratar a paz como uma equação matemática de boa vontade mútua - e não como o que ela realmente é: o fim da agressão iniciada por Moscou.

O direito internacional é claro: a invasão russa da Ucrânia é uma violação frontal do artigo 2º, § 4º da Carta da ONU. A Rússia é o agressor. A Ucrânia tem o direito, inclusive jurídico, de se defender com todos os meios necessários, inclusive com apoio de terceiros (artigo 51).

A fala de Lula joga água no moinho do discurso revisionista de potências autoritárias, que usam a retórica da “segurança” para justificar expansão territorial. O paralelo histórico é sombrio.

A neutralidade entre opressor e oprimido não é neutralidade - é cumplicidade.

O Brasil pode e deve buscar a paz. Mas uma paz justa, que respeite a soberania das nações e puna a violação do direito internacional. Paz sem justiça é apenas o nome elegante da rendição.

Se Lula pretende ser ouvido como interlocutor legítimo, deve começar por reconhecer, sem tergiversar: a Rússia é o agressor, a Ucrânia é a vítima.

E se alguém aí ainda duvida, a história julgará - e como sempre, será implacável com os omissos e equidistantes.”


Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...