Um momento de verdade para a diplomacia brasileira, infelizmente submergido pelo mais vulgar escapismo
Lula, como fundador do BRIC original, não é só um aliado da Rússia, mas, sobretudo, um amigo de Putin. Ao defender uma falsa “neutralidade” e ao tergiversar sobre a natureza da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, ele vai confrontar não só a Carta da ONU, mas todos os valores e princípios da diplomacia brasileira, tendo de enganar a si próprio, e mentir ao país e aos interlocutores estrangeiros, para manter tal postura indefensável.
Mais do que tudo, lhe falta qualquer sentido moral em face dos bárbaros crimes de guerra, contra a paz e contra a humanidade sendo perpetrados pelo tirano de Moscou contra o povo ucraniano.
O oportunismo calhorda da diplomacia lulista, no tocante à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, produz o resultado infeliz de equipará-la objetivamente à antidiplomacia sem quaisquer princípios da Bolsodiplomacia anterior.
Um dos momentos mais baixos da diplomacia brasileira nos últimos duzentos anos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 31/01/2023