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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Um segundo curso que tampouco foi dado : IHEAL-Sorbonne 2010 - Paulo Roberto de Almeida

Esta foi a segunda proposta de curso apresentada ao IHEAL em 2010. Tampouco foi retido, mas muito do que está no programa foi tratado em trabalhos anteriores ou subsequentes, inclusive em livros publicados desde então.

Paulo Roberto de Almeida

Institut de Hautes Études de l’Amérique Latine

IHEAL – Université de Paris 3 – Paris

Deuxième Semestre, Année académique 2011-2012

 

 

Candidat: Paulo Roberto de Almeida, Brésil

(www.pralmeida.org; xxx@xxx.com)

Deuxième semestre, débutant Février 2012

  

Proposition de Cours 2:

L’ordre international et le progrès de la nation:

Relations économiques internationales du Brésil pendant la période républicaine

 

1. Le Sujet 

Ce cours se propose de décrire et de discuter l’intégration du Brésil dans l’économie mondiale pendant la première phase de la vie républicaine, c’est-à-dire, entre 1889 (la fin de la monarchie et le début de la République) et 1945, qui correspond à la réorganisation du système économique mondial à partir des conférences de Bretton Woods. Les domaines couverts par cette investigation comprennent : (a) commerce : accords bilatéraux, négociations « multilatérales » sous la Société des Nations, les politiques commerciales, etc. ; (b) les flux de capitaux : emprunts et financements, investissements directs étrangers ; (c) déplacements de main-d’œuvre : immigration, colonisation, politiques de ressources humaines ; (d) transactions technologiques : surtout brevets ; (e) le cadre institutionnel de la diplomatie économique au Brésil : l’organisation diplomatique et les autres agences d’État, la présence internationale, et la promotion des intérêts nationaux et de l’État.

Les grands domaines d’analyse sont ceux déjà travaillés dans un ouvrage précédent de l’auteur : Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2. ed.; São Paulo/Brasília: Senac/Funag, 2005. 676 p. [1. ed.: 2001]). Certains matériaux touchant au XXème siècle avaient été incorporés dans le livre : O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999).

 

2. Objectifs

L’intention serait celle de discuter comment le Brésil a réagit aux intenses transformations de l’économie mondiale au cours de la première moitié du XXème siècle, caractérisé par des dislocations importantes de pouvoir politique, économique et militaire, notamment suite à la Première Guerre Mondiale et dans les années 1930. 

Il n’existe pas, dans la littérature spécialisée, traitement unifié des sujets choisis, à part des livres d’histoire économique, mais qui couvrent des aspects généraux et rarement l’action diplomatique, ou alors des questions bien précises : le café, l’immigration, les capitaux étrangers. L’historiographie brésilienne ou étrangère sur la diplomatie économique est bien rare. Du côté des Brésiliens, il y a, bien sur, Caio Prado Jr., Celso Furtado et quelques autres – mais pas un traitement systématique de l’interface économique extérieure de la République  pendant cette période. En plus, il n’y a pas d’étude sur la participation du Brésil dans des importantes rencontres de la période d’entre-guerres – comme la conférence de Gênes en 1922 sur des questions monétaires, la conférence frustrée de 1927 sur des questions commerciales, promue par la SDN, ou la conférence monétaire de Londres de 1934 – ou sur des accords bilatéraux de commerce, à part les travaux très poussés de Stanley Hilton.

 

3. Questions à discuter:

 

1) Le Brésil dans la division internationale du travail

     (transformations économiques et contexte économique mondial)

2) La diplomatie commerciale: du protectionnisme à la fermeture des marchés

     (les accords de réciprocité ; évolution de la politique commerciale)

3) Diplomatie financière : de l’hégémonie britannique à l’américaine 

     (le financement extérieur du Brésil : emprunts et investissements directs)

4) La diplomatie des investissements : diversification et nationalisme

     (ouverture et traitement national ; les nationalisations et l’étatisation) 

5) La diplomatie de la force-de-travail : montée et déclin de l’immigration

     (ouverture sélective ; le débat au Congrès ; fermeture sélective) 

6) La nationalisation de la diplomatie économique : la construction de l’outil 

     (des changements républicains : industrialisation nationale en tant qu’idéologie) 

7) Crise des relations internationales et introversion diplomatique

     (fin de la coopération, chacun pour soi ; le Brésil dans un monde hostile)

8) Entre impérialismes rivaux: l’ère des affrontements décisifs

     (l’ambivalence de la diplomatie brésilienne ; des avantages à droite et au centre)

9) Construction d’une diplomatie d’État : la conscience des intérêts nationaux  

     (la présence internationale du Brésil et la modernisation de l’État)

 

 

4. Bibliographie (indicative ; à compléter)

ALMEIDA, Paulo Roberto de. Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2. ed.; São Paulo/Brasília: Senac/Funag, 2005; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/80FDESenac2005.html).

———. O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999; link:http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/30Multilateralismo1999.html).

———. Oliveira Lima e a Diplomacia Brasileira no Início da República, Historia Actual Online (n. 19, Spring 2009, p. 97-108; ISSN: 1696-2060; link: http://www.historia-actual.com/HAO/pbhaopdf.asp?idi=ENG&pgt=2&pid=4&pbl=HAO&vol=1&iss=19&cont=8).

———. A herança portuguesa e a obra brasileira: um balanço e uma avaliação de dois séculos. Espaço da Sophia (v.1, 12, p.01-23, 2008; link: http://www.espacodasophia.com.br/colunistas/paulo_roberto_de_almeida_a_heranca_portuguesa_e_a_obra_brasileira_um_balanco_e_uma_avaliacao_de_dois.pdf;Digesto Econômico (v.62, 446, p.18-31, 2008; link: http://www.dcomercio.com.br/especiais/outros/digesto/digesto_07/02.htm).

———. O desenvolvimento econômico do Brasil no contexto mundial, de 1820 a 2006: uma análise histórica com base em indicadores de desempenho. Revista de Economia & Relações Internacionais (v.5, 10, p.5 - 29, 2007; link: http://www.faapmba.com/revista_faap/rel_internacionais/pdf/revista_economia_10.pdf

———. O Brasil e a construção da ordem econômica internacional contemporânea. Contexto Internacional (v.26, 1, p.7 - 63, 2004; link: http://publique.rdc.puc-rio.br/contextointernacional/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=77&sid=21).

———. A economia internacional no século XX; um ensaio de síntese. Revista Brasileira de Política Internacional (v.44, 1, p.112 - 136, 2001; link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0034-732920010001&lng=pt&nrm=iso).

 

 

Paulo Roberto de Almeida

 


domingo, 3 de maio de 2020

Desenvolvimento brasileiro, do século XIX à atualidade - Paulo Roberto de Almeida

Desenvolvimento brasileiro, do século XIX à atualidade:
economia, pobreza, trabalho e educação em perspectiva histórica


Paulo Roberto de Almeida
Ensaio sobre as carências do desenvolvimento brasileiro.


Sumário: 
1. Do Império à velha República: o lento desenvolvimento social
2. A modernização conservadora sob tutela militar: 1930-1985
3. As insuficiências sociais da democracia política: 1985-2020
4. Dúvidas e questionamentos sobre o futuro: o que falta ao Brasil?
1. Estabilidade macroeconômica (políticas macro e setoriais);
2. Competição microeconômica (fim de monopólios e carteis);
3. Boa governança (reforma das instituições nos três poderes);
4. Alta qualidade do capital humano (revolução educacional);
5. Abertura ampla a comércio e investimentos internacionais.


O Brasil é, notoriamente, um país contraditório: moderno e atrasado ao mesmo tempo, por vezes digno dos mais legítimos elogios, pela sua pujante economia, mas também sujeito às mais acerbas críticas pelas suas evidentes mazelas sociais. Ambas realidades estão presentes em qualquer análise superficial que se faça sobre o seu panorama econômico e sobre o seu cenário social numa perspectiva de longo prazo. 
Deixando de lado, nesta pequena síntese, os aspectos propriamente políticos, ou institucionais, de seu desenvolvimento no longo século republicano – mais de 130 anos atualmente –, e concentrando os esforços analíticos em apenas quatro áreas desse périplo – economia, pobreza, trabalho e educação –, vamos tentar, neste breve texto, oferecer uma explicação para essa trajetória desigual nos aspectos que contam para um indicador de bem estar social válido, ou seja, aquele que conta no plano individual. 
A realidade é esta: o Brasil se situa entre as grandes economias planetárias, entre as vinte maiores do mundo (e membro do G20), mas que pelo seu nível de renda per capita e nos demais indicadores sociais é remetido para o meio da lista no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano. De fato, ele foi um dos países que mais cresceu ao longo do século XX, pelo menos até os anos 1980, mas que depois disso estagnou, e vem apresentando traços de uma estagnação quase permanente, incapaz de crescer a um ritmo sustentado (e sustentável), para oferecer um crescimento razoável da renda per capita no espaço de uma ou duas gerações.
(...)

Texto disponível na íntegra neste link: 


domingo, 28 de abril de 2019

Tragédias: o primeiro artigo de Armínio Fraga na FSP

Tragédias

Somos um país de renda média e também um dos mais desiguais, atrasado portanto

Entrego aqui o primeiro artigo para o espaço mensal que esta Folha acaba de me conceder e pelo qual sou grato. 

Temendo algum bloqueio, sentei para escrever na Sexta-Feira Santa. Naquele dia, no caderno Mercado, li uma matéria sobre a evolução da participação do nosso PIB no PIB mundial desde 1980: caiu de 4,4% para 2,5%. Se tivéssemos acompanhado a média do crescimento global, teríamos um PIB 76% maior. Imaginem só como seria. 
Com frequência se diz que o Brasil é a oitava economia do mundo. Tudo bem, não é de se jogar fora. Mas o que importa mesmo é a renda per capita, e aí caímos para a 75ª posição. Somos um país de renda média e também um dos mais desiguais, atrasado portanto. Refiro-me a dados do FMI e do Banco Mundial.
Estamos como na estorinha irlandesa: um viajante perdido no campo verde para na estrada e pergunta a um velho pastor como se chega a Dublin. Ele responde: "Não sei, mas não começaria aqui...".
Como não temos essa opção, nos resta por ora evitar problemas maiores e avançar onde der. Mas as pessoas estão descrentes de tudo e todos, e sentem que se exige mais sacrifício dos que menos podem, não sem razão. Quero discutir neste espaço como criar genuínas oportunidades para os que menos podem e como exigir dos que mais podem uma contribuição relevante. 
Um país atrasado em tese deveria ser capaz de acelerar seu crescimento investindo mais do que os avançados, especialmente em gente, e absorvendo melhores tecnologias e práticas. Não foi o que aconteceu aqui. Isso fica claro quando se compara a evolução da nossa renda per capita com a dos Estados Unidos. A comparação é deprimente: estamos em torno de 20% desde 1960.
Perdura uma certa nostalgia quanto ao período do pós-guerra, quando atingimos 29% da renda americana, mas se ignora que a estratégia adotada (economia fechada e estatizada) foi incapaz de nos levar até os padrões de vida dos avançados, por falhas fatais de desenho (fragilidade macroeconômica, descaso com educação e desigualdade). A economia acabou se espatifando na década perdida de 1981-1993, quando se devolveu boa parte dos ganhos auferidos desde 1960.
Verdade que desde então avançamos bastante com a estabilização e a mudança de foco do Estado a partir de 1995, mas aos poucos um bom caminho foi sendo abandonado. A partir de 2011, o intervencionismo e a radical perda de disciplina fiscal levaram a um novo colapso. Foi uma volta a erros do passado, amplamente apoiada pelo andar de cima. A queda na renda per capita repetiu os 10% da década perdida, desta vez em um terço do tempo. Voltamos aos 20% da renda americana de 1960.
Não fora suficiente a atual depressão econômica, metade das pessoas empregadas não tem carteira assinada e se aposenta mais tarde. A educação continua deficiente e metade das moradias não tem esgoto adequado. Não há solução para melhorar a vida de quem mora nas favelas e tampouco para a violência. E por aí vai.
E agora? Como construir um caminho para um desenvolvimento mais inclusivo, acelerado e sustentável? Estamos diante de múltiplas crises, que se reforçam, desafiam as instituições e ameaçam a qualidade da democracia. Difícil imaginar um caminho completo, coerente e viável a partir daqui. 
No momento a prioridade é a reforma da Previdência, passo crucial para sanar a crise fiscal e redutora ela própria de desigualdade. Urge também uma reforma do Estado, que precisa fazer mais com menos. Em ambos os casos as resistências já estão se armando. Como parte da resposta, urge também a eliminação dos subsídios e vantagens tributárias aos de renda mais alta, que envenenam o tecido social. Só assim as pessoas apoiarão as transformações necessárias.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A contribuição teuta à formação da nação brasileira - Dietrich Böhnke

A contribuição teuta à formação da nação brasileira - por Dietrich Böhnke

Blog Brasil-Alemanha, 16/01/2014
A história teuto-brasileira está cheia de fatos impressionantes. Não dá para entender por que os brasileiros nada sabem a respeito da contribuição de seus concidadãos alemães. A historiografia brasileira está orientada só para o lado luso. 
Saiba mais >>>

Uma matéria marcante e abrangente sobre a presença alemã no Brasil desde o seu descobrimento está nas páginas 1 e 8 do semanário Brasil-Post de 20 de julho 2001. O jornalista e historiador Dieter Böhnke, ex-assessor de Imprensa da Bayer S. A., faz um amplo relato da participação contínua de alemães na história do Brasil, presentes já na esquadra de Pedro Álvares Cabral, e de sua profunda influência nos mais diversos setores. A bandeira do Brasil, por exemplo, é a expressão da feliz união de duas dinastias: o verde representa a Casa de Bragança de Dom Pedro I e o amarelo a Casa de Loríngia e Habsburg, da qual descende a Imperatriz Dona Leopoldina, esposa de Dom Pedro I. O verde e o amarelo representam também, como cores nacionais, a República. “Wo, bitte - fragt Dieter Böhnke – wird das an brasilianischen Schulen gelehrt - Onde, por favor - pergunta Dietrich Böhnke – isso é ensinado em escolas brasileiras?” Também o brasão da República do Brasil foi projetado por um engenheiro alemão, Artur Sauer, em 1889, por incumbência de seu amigo Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente da nova República e grão-mestre do Grande Oriente dos maçons. (Íntegra, em alemão, do artigo de Dieter Böhnke em “Destaques” no site www.bralon.com  -  obs.: bralon foi durante algum tempo a forma abreviada de designar "brasilalemanhaonline"). Esperamos em breve recuperar este texto também no original alemão, publicado no BrasilAlemanha em 2001 - Nota da Redação).

* * * * *
Em complemento a este breve relato, BrasilAlemanha recebeu o seguinte Comentário esclarecedor, de André Luís Hammann, de Montenegro, RS, aqui reproduzido na sua sequência lógica e na íntegra:
“Olá caro Rockenbach,

Eu li o artigo postado no site Brasil-Alemanha, elaborado pelo Sr. Böhnke, o felicito pelo excelente e preciso resgate histórico sobre a importância dos imigrantes germânicos na formação do nosso país.

Quero apenas complementar que na parte de Economia se falou de uma forma mais exclusiva sobre a Indústria, porém gostaria de reforçar que o imigrante alemão e seus descendentes também foram a chave para o boom agrícola do Brasil, a produção em larga escala da soja protagonizada pela cidade de Santa Rosa no RS e com isto veio o surgimento e expansão da indústria agrícola ou de máquinas agrícolas, como grande ícone a antiga SLC de Horizontina RS – veja um breve relato que fiz um tempos atrás, mas que pode complementar este resgate histórico:

“Cito empreendedores de origem alemã como Gerdau (maior multinacional brasileira, com grande número de fábricas de aço nos EUA), a antiga SLC (Schneider, Logemann e Cia) fabricante da primeira colheitadeira de grãos (soja, milho, trigo, arroz...) brasileira, consagrando Horizontina como a capital nacional da colheita mecanizada, a IDEAL da família Gelbhaar de Santa Rosa (também fábrica de colheitadeiras), Eickhoff e Fankhauser fabricantes de plantadeiras, antiga fábrica de tratores Müller, as indústrias de couro e calçadistas do Vale do Rio dos Sinos no RS, cidades do noroeste gaúcho, colonizadas em sua maioria por alemães, responsáveis pela produção leiteira e de suínos do Estado, o pastor luterano teuto-americano Lehenbauer que trouxe as primeiras sementes de soja para Santa Rosa (“Capital Nacional da Soja”), de onde a cultura foi difundida, tornando-se hoje o produto agrícola mais produzido no Brasil, importantíssimo para a economia nacional e exportações. Temos ainda Kohlbach, Renner, WEG, Schulz, VARIG... Ainda temos indústriis de capital alemão, como Stihl, Thyssen Krupp, Mannesmann, Siemens, Voith, Volkswagen, Mercedes-Benz, Motores MWM... A Alemanha é um dos países que mais possui investimentos no Brasil, sendo responsável por cerca de 10% do seu PIB.”

Eu espero que o Governo Brasileiro e a Sociedade reconheçam neste ano Festivo a importância dos alemães e seus descendentes para a formação da nossa cultura e economia, além de outras áreas...”

André Luís HAMMANN 
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Comentários


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Historiadores em geral são brasileiros descendentes de portugueses de Rio e SP, e menosprezam a presença germânica, italiana, polonesa, japonesa, dentre outros tantos povos que construíram este país... Meu doutorado foi sobre os alemães no Rio de Janeiro, de 1816-1866, formada por negociantes, artífices, fabricantes e artistas.

Eu e minha turma de gastronomia da UNIMONTE de Santos, SP, estamos organizando um pequeno evento cujo tema é Alemanha no Sul do Brasil. Será realizado nas dependências da faculdade no dia 10/06. Agradeço por compartilharem conosco suas tradições e costumes. Nos sentimos honrados por divulgar esta rica cultura em nossa região. Este site foi de grande valia para nós.


Parabenizo este site pela ótima reportagem, tivessem mais sites, escolas, e outros meios culturais no Brasil, que, infelizmente carece muito destes, o povo brasileiro teria mais acesso ao conhecimento e a sua história verdadeira! Infelizmente nada do que se pode ler acima é ensinado nas escolas e nem faculdades, o povo brasileiro sequer conhece metade de sua história! No desenvolvimento, nas artes, cultura, e até na criação de símbolos nacionais do nosso país sempre esteve o conhecimento e a participação dos valorosos imigrantes Alemães que, outrora e as vezes ainda pouco são valorizados e reconhecidos! A bem da verdade, sem a participação dos imigrantes Alemães, nem sei onde estaríamos hoje neste país, que mesmo assim, ainda engatinha e esta tão difícil conseguir tirar do atoleiro generalizado em que sempre está com suas corrupções, desvios, altos impostos e demais desorganizações, em todos os sentidos! Parabéns ao Sr. Dieter Böhnke por este belo trabalho de esclarecimento, e tamb... (...)



Olá caro Rockenbach, Eu li o artigo postado acima escrito pelo Sr. Böhnke, o felicito pelo excelente e preciso resgate histórico sobre a importância dos imigrantes germânicos na formação do nosso país. Quero apenas complementar que na parte de Economia se falou de uma forma mais exclusiva sobre a Indústria, porém gostaria de reforçar que o imigrante alemão e seus descendentes também foram a chave para o Boom agrícola do Brasil, a produção em larga escala da Soja protagonizada pela cidade de Santa Rosa no RS e com isto veio o surgimento e expansão da Indústria Agrícola ou de máquinas agrícolas como grande ícone a antiga SLC de Horizontina RS – veja um breve relato que fiz um tempo atrás, mas que pode complementar este resgate histórico: “Cito empreendedores de origem alemã como Gerdau (maior multinacional brasileira, com grande número de fábricas de Aço nos EUA), a antiga SLC (Schneider, Logemann e Cia) fabricante da primeira colheitadeira de grãos (soja, milho, trigo, arroz...) brasileira, consagrando Horizontina como a capital nacional da colheita mecanizada, a IDEAL da família Gelbhaar de Santa Rosa (também fábrica de Colheitadeiras), Eickhoff e Fankhauser fabricantes de plantadeiras, antiga fábrica de tratores Müller, as Indústrias de Couro e Calçadistas do Vale dos Sinos no RS, cidades do noroeste Gaúcho, colonizadas em sua maioria por alemães, responsáveis pela produção leiteira e de suínos do Estado, o Pastor Luterano Teuto-Americano Lehenbauer que trouxe as primeiras sementes de soja para Santa Rosa (capital nacional da soja), de onde a cultura foi difundida, tornando-se hoje o produto agrícola mais produzido no Brasil, importantíssimo para a economia Nacional e exportações, temos ainda Kohlbach, Renner, WEG, Schulz, VARIG... Ainda temos Indústrais de capital alemão, como Stihl, Thyssen Krupp, Siemens Voith, Volkswagen, Mercedes-Benz, Motores MWM... a Alemanha é um dos países que mais possui investimentos no Brasil.”
 (incompleto...)

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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Historia economica brasileira: biografia de Edmundo P. Barbosa da Silva - Rogerio S. Farias

Recomendo vivamente. Podem downloadar neste link: 
 http://funag.gov.br/index.php/pt-br/component/content/article?id=1986


Rogério de Souza Farias:
       Edmundo P. Barbosa da Silva e a construção da diplomacia econômica brasileira
       (Brasília: Funag, 2017, 589 p.; ISBN: 978-85-7631-682-4)

Assim como as memórias de Roberto Campos, Lanterna na Popa, constituem, bem mais que mera autobiografia, uma verdadeira história econômica do Brasil, esta densa biografia de um dos grandes construtores da diplomacia econômica no Itamaraty representa, igualmente, uma verdadeira reconstrução historiográfica de toda a história econômica do Brasil na segunda metade do século XX, sendo, como a obra de Campos, de leitura obrigatória por todos aqueles que pretendem abordar, doravante, as relações econômicas internacionais do Brasil, e as políticas econômicas, em especial a comercial e a industrial no período. Enriquecida por um belo e substantivo prefácio do colega de Edmundo, embaixador Marcílio Marques Moreira, a biografia se estende do século XIX ao XXI, e representa um monumento à inteligência econômica, como feita no Itamaraty.
Paulo Roberto de Almeida 


A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) publica a obra “Edmundo P. Barbosa da Silva e a construção da diplomacia econômica brasileira”, do doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, Rogério de Souza Farias. Diplomata de carreira, Edmundo Penna Barbosa da Silva (1917-2012) exerceu papel crucial nas negociações em favor do comércio externo brasileiro, sendo personalidade central do desenvolvimentismo da década de 1950. Foi articulador da diplomacia econômica na busca de capital estrangeiro, na elevação das tarifas aduaneiras, no aumento de laços com os vizinhos, bem como na reabertura das relações comerciais com a União Soviética. A obra tem o prefácio assinado pelo embaixador Marcilio Marques Moreira.
O livro está disponível para download gratuito na biblioteca digital da FUNAG.