Desenvolvimento brasileiro, do século XIX à atualidade:
economia, pobreza, trabalho e educação em perspectiva histórica
Paulo Roberto de Almeida
Ensaio sobre as carências do desenvolvimento brasileiro.
Sumário:
1. Do Império à velha República: o lento desenvolvimento social
2. A modernização conservadora sob tutela militar: 1930-1985
3. As insuficiências sociais da democracia política: 1985-2020
4. Dúvidas e questionamentos sobre o futuro: o que falta ao Brasil?
1. Estabilidade macroeconômica (políticas macro e setoriais);
2. Competição microeconômica (fim de monopólios e carteis);
3. Boa governança (reforma das instituições nos três poderes);
4. Alta qualidade do capital humano (revolução educacional);
5. Abertura ampla a comércio e investimentos internacionais.
O Brasil é, notoriamente, um país contraditório: moderno e atrasado ao mesmo tempo, por vezes digno dos mais legítimos elogios, pela sua pujante economia, mas também sujeito às mais acerbas críticas pelas suas evidentes mazelas sociais. Ambas realidades estão presentes em qualquer análise superficial que se faça sobre o seu panorama econômico e sobre o seu cenário social numa perspectiva de longo prazo.
Deixando de lado, nesta pequena síntese, os aspectos propriamente políticos, ou institucionais, de seu desenvolvimento no longo século republicano – mais de 130 anos atualmente –, e concentrando os esforços analíticos em apenas quatro áreas desse périplo – economia, pobreza, trabalho e educação –, vamos tentar, neste breve texto, oferecer uma explicação para essa trajetória desigual nos aspectos que contam para um indicador de bem estar social válido, ou seja, aquele que conta no plano individual.
A realidade é esta: o Brasil se situa entre as grandes economias planetárias, entre as vinte maiores do mundo (e membro do G20), mas que pelo seu nível de renda per capita e nos demais indicadores sociais é remetido para o meio da lista no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano. De fato, ele foi um dos países que mais cresceu ao longo do século XX, pelo menos até os anos 1980, mas que depois disso estagnou, e vem apresentando traços de uma estagnação quase permanente, incapaz de crescer a um ritmo sustentado (e sustentável), para oferecer um crescimento razoável da renda per capita no espaço de uma ou duas gerações.
(...)
Texto disponível na íntegra neste link:
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