Um dos textos que sempre preparo, e não leio, para os eventos em que sou convidado; texto de apoio para mais um debate organizado pelo jornalista Mano Ferreira, do Livres, na companhia do embaixador Rubens Ricupero e da economista Sandra Polonio Rios, em torno do tema-título:
3670. “O mundo pós-pandemia: contextos políticos e tendências internacionais”, Brasília, 15 maio 2020, 13 p.
Ensaio sobre os desenvolvimentos econômicos e políticos do mundo atual, para apoiar participação em debate online para o Livres, na companhia do embaixador Rubens Ricupero e da economista Sandra Rios, previsto para o dia 25/05, às 19hs.
Disponível na plataforma Academia.edu; link:
O mundo pós-pandemia: contextos políticos e tendências internacionais
Paulo Roberto de Almeida
[Objetivo: notas para programa do Livres online; finalidade: divulgação pública]
Sumário:
Adivinhos, oráculos e previsões
Mudanças e continuidades, com pandemias que vão e que voltam
Contextos nacionais e forças transnacionais
Globalização micro e macro: qual avança, qual recua?
Da Guerra Fria geopolítica a Guerra Fria econômica: quem perde, quem ganha?
Como será, então, o mundo pós-pandemia: muito diferente do atual?
Adivinhos, oráculos e previsões
A primeira observação que poderia ser feita em relação ao mundo pós-pandemia é, talvez, a de que, todos nós, palestrantes e audiência destes programas online, estaremos todos fartos destes programas online, e com razão. O que estamos assistindo, e participando, desde o início da quarentena, é a uma verdadeira inflação de programas como este, um grande dilúvio, de dimensões bíblicas, do qual talvez poucos poderão sobreviver como náufragos. Ou estaremos enfastiados, enjoados, com síndrome de rejeição destes programas online, ou então, ao contrário, teremos nos acostumado de tal forma, que dispensaremos, doravante, encontros presenciais, passagens, diárias, honorários, para fazer aqueles seminários de um dia, que na verdade nos tomavam três dias, entre a viagem de ida, a de volta e a necessária preparação para encontrar o que falar de minimamente inteligente nesses encontros físicos.
A segunda observação que eu gostaria de fazer, em toda sinceridade também, é a de que nós não sabemos, de verdade, como será o mundo pós-pandemia. Não somos como aqueles astrólogos que, todo início de ano, anunciam o seu lote de catástrofes, de mortes de pessoas famosas, terminando finalmente por dizer que, independentemente dessas pequenas ou grandes misérias, o ano que se inicia será certamente melhor do que aquele que acaba de se encerrar. (...)
Ler a íntegra neste link:
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