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terça-feira, 30 de março de 2021

Exército já espera 3ª onda da covid - Entrevista General Paulo Sérgio (CB)

Correio Braziliense

General Paulo Sérgio diz que Exército já espera 3ª onda da covid

Renato Souza

 https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/03/4914583-general-paulo-sergio-diz-que-exercito-ja-espera-3---onda-da-covid.html


Assim que o Brasil registrou as primeiras infecções pelo novo coronavírus, em fevereiro do ano passado, o Exército percebeu que o país enfrentaria um dos maiores desafios de saúde do século. Os números de mortes e casos que aumentavam rapidamente na Europa enviaram o alerta para a tropa terrestre mais poderosa da América Latina. Ao Departamento-Geral de Pessoal foi incumbida a missão de aplicar medidas sanitárias, realizar campanhas e proteger o contingente da covid-19.


Além dos militares da ativa, são de responsabilidade da Força os que estão na reserva e os dependentes — o que engloba uma rede de 700 mil pessoas. Com 60 unidades de saúde, entre hospitais, policlínicas e postos avançados, o Exército mantém uma taxa de mortalidade pela doença de 0,13%, bem abaixo do índice de 2,5% registrado na população em geral do país. A receita é uma política totalmente oposta à adotada pelo governo federal.


Autoridade máxima de saúde no Exército, o general Paulo Sérgio conta que a Força entrou em uma espécie de lockdown, em que integrantes de grupos de risco foram enviados para home office e cerimônias militares acabaram suspensas em todos os quartéis. Além disso, estão sendo realizadas campanhas massivas de distanciamento social e outras ações, como uso de máscaras e higienização das mãos.


Os novos recrutas, que ingressam para o serviço militar obrigatório, estão em regime de internato e passam semanas sem ir para casa, a fim de evitar infecções pelo novo coronavírus. Apesar das medidas intensas, a segunda onda já começa a ter efeitos severos no Exército, com o registro de internação de militares jovens e colapso nos hospitais da rede — obrigando o uso de unidades de saúde privadas.


Enquanto o país enfrenta a segunda onda e vê a taxa de mortes explodir, a Força já prevê uma terceira onda, que pode ser ainda mais grave e começar por Manaus, dentro de dois meses. Em entrevista ao Correio, o general Paulo Sérgio fala sobre as ações que evitaram mortes no Exército, lamenta as perdas no meio civil e destaca que integração, logística e planejamento são as armas mais eficazes para entrar na guerra contra o vírus. A seguir, os principais trechos.


Quais são as obrigações do Departamento-Geral de Pessoal do Exército?


É o órgão que cuida da estrutura, planeja e coordena todas as ações referentes aos nossos recursos humanos, nas áreas de avaliação de desempenho, promoções, atendimento aos pensionistas, assistência social, religiosa, entre outras. E, neste período que estamos vivendo, na saúde.


Quantas pessoas são atendidas pelo departamento?


Estamos falando numa força de 220 mil homens. E, aqui no DGP, eu sou a autoridade máxima do departamento de todas essas áreas de atuação. É um órgão que cuida da dimensão humana da Força, que é aquilo que temos de mais sublime. Então, nessa valorização dos recursos humanos, no apoio à família militar que a gente busca, damos ao Exército a operacionalização de que a gente precisa. A fatia dos nossos usuários, que são inativos, pensionistas, dependentes, eu diria que é de cerca de 700 mil do sistema. Quando se somam ativos, inativos e dependentes, chega a esse número de usuários do sistema de saúde.


São quantos hospitais nesta rede atualmente?


Nós temos cerca de 60 hospitais, policlínicas e postos médicos; isso espalhado nos oito comandos militares de área. Vem desde Amazônia, Nordeste, Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Planalto. É uma rede adequada ao efetivo que a gente tem. Mas 60 hospitais em um país continental como o nosso é pouco. O Hospital de Manaus recebe pacientes de São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Rio Branco, Porto Velho, Boa Vista. A cadeia de evacuação da Amazônia Ocidental se baseia no Hospital de Manaus. É um hospital muito importante para o Exército. É uma rede adequada à nossa Força, e temos de trabalhar, aqui, para que o recurso seja empregado. São quase 750 organizações militares espalhadas pelo Brasil.


Manaus e a Região Norte, no geral, foram as localidades mais atingidas pelas ondas da pandemia até o momento. Isso foi uma surpresa para o Exército?


Até hoje, é um aprendizado para todos nós. O Exército, ou melhor, o Ministério da Defesa, lá em março do ano passado, vendo o problema se adiantar, criou 10 conjuntos em todo o Brasil. Esses conjuntos envolveram as Forças Armadas e as autoridades estaduais e municipais. Esses 10 comandos conjuntos trabalharam harmônicos. No Exército, para dar suporte a esses comandos e aos nossos hospitais, criamos a Operação Apolo. Tem toda uma equipe logística, saúde, administrativa que coordena as ações. Eu estava em Belém, era o comandante da área quando isso começou. O Brasil inteiro se voltou para a Amazônia Ocidental. Nós tomamos nossas medidas. O Exército, por exemplo, baixou recomendações administrativas claras, com relação à prevenção mais especificamente. A partir dali, foi uma coisa muito disciplinada, no uso da máscara, no afastamento social nos refeitórios, nos dormitórios. Aí, começaram a surgir campanhas de conscientização. Os hospitais começaram a pedir sangue, e iniciamos uma campanha. Hoje, já passa de 40 mil doadores de sangue, no Exército, espalhados pelo Brasil. Lançamos a campanha “Ajudar está no nosso sangue”. Todas as medidas sanitárias, diretrizes emanadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), corroboradas pelas nossas diretorias de saúde, são rigorosamente cumpridas em nossos quartéis. É uma Força disciplinada.


Com relação à falta de oxigênio em Manaus, ocorreu alguma falha de previsibilidade?


No nosso caso, não. Tudo foi novidade. Ninguém imaginava aparecer de repente um negócio destes, este coronavírus. Os nossos hospitais na Amazônia têm reserva. Mas quando começou a surgir a crise na rede pública, nós “startamos”, aqui, um planejamento alternativo. Com antecedência, compramos usina de oxigênio, cilindro e, por meio da Força Aérea Brasileira, suprimos São Gabriel, Tabatinga, Porto Velho e Manaus. Não faltou oxigênio para as organizações militares de saúde do Exército. Esse centro de operações funciona e trabalha conjugado com a possibilidade de acontecer isso. Terminou essa crise do oxigênio, agora é Porto Alegre, Santa Maria e Rio Grande do Sul. Médicos de Manaus, engenheiros de Manaus, equipes de saúde para reforçarmos o Hospital de Santa Maria, já levamos.


Como está a situação em Manaus?


Em Manaus acalmou, tranquilizou, e no Sul, apertou. Então, deslocamos equipes. A logística no Amazonas é complicada, tem de usar aviões. Mas deslocamos equipamentos de Manaus para Porto Alegre. Nós temos um comando logístico, uma experiência logística. Não morreu ninguém, militar ou dependente nosso, por falta de leito, de apoio, de equipamento (no Exército). Morreu porque está morrendo gente, e lamentamos profundamente. Perdi parentes, tenho amigos na UTI em estado gravíssimo, generais que foram meus amigos. Nesse sentido, queria até ressaltar outros programas que fazemos para amenizar este estresse e sofrimento. Temos desenvolvido campanhas sobre estresse, desemprego, a morte de um ente querido; temos cuidado da saúde mental.


A segunda onda está afetando mais os jovens. Isso tem sido percebido dentro do Exército?


Sim. Temos militares mais jovens que foram evacuados, ou seja, moravam no interior, onde não tinha hospital, e foram transportados para outro local.


Foram necessários reforços nas equipes de saúde?


Sim, tivemos de convocar pessoal médico. Às vezes, tem equipamento, mas não tem equipe médica. Eu não posso transformar um infectologista em três, um intensivista em quatro, por estar abrindo mais 10 leitos. Então, tivemos de convocar e capacitar novas equipes. A primeira fase da pandemia veio em ondas. Começava por Manaus e descia para o resto do país. Melhorava em um estado e piorava em outros, então, a gente deslocava equipes.


Existe o temor de uma terceira onda em nível nacional?


Quando soubemos que França e Alemanha estão começando novo lockdown com esta terceira onda, imaginamos que, como ocorreu na segunda, que começa na Europa, dois meses depois se alastra por outros continentes. Temos de estar preparados no Brasil. Não podemos esmorecer. É trabalhar, melhorar a estrutura física dos nossos hospitais, ter mais leitos, recursos humanos para, se vier uma onda mais forte, a gente ter capacidade de reação.


O Exército, então, já trabalha com a hipótese de uma terceira onda?


É um planejamento contínuo. Tudo que a gente faz sempre tem a visão do futuro. Se temos a notícia de que, lá na frente, pode ter uma terceira onda, temos de estar preparado. Mas torcemos para não termos, que a gente avance, e a vacina está aí para isso.


Qual foi a estratégia para impedir o adoecimento da tropa nos últimos 12 meses?


Depois que os números caíram no Pará, (os casos) vieram para o Rio de Janeiro. Nós socorremos, deslocamos equipes médicas para Belém. Adquirimos equipamentos para reforçar nossos hospitais no Pará. Não faltou leito, pois tivemos êxito nessa operação. A coisa foi se expandindo para o Sul. Agora, os números estão crescendo no Rio de Janeiro. Vamos manobrando com nossos meios, apoiando estados e municípios. Nosso hospital de campanha no Rio é dividido em quatro módulos. Temos um hospital de campanha apoiando o hospital da rede pública, e outro em Manaus ainda. Também apoiamos a própria rede militar em algumas regiões.


Qual é o quadro atual da covid-19 no Exército?


Os números são relativamente bons em relação à população em geral, por conta da prevenção que temos. O índice de letalidade é muito baixo, menor do que na rede pública, graças a essa conscientização, essa compreensão, que é o que eu acho que, se melhorasse no Brasil, provavelmente, o número de contaminados seria bem menor.


Qual é esse índice de letalidade?


Estamos com uma taxa de mortalidade de 0,13%. Ínfima, em termos de comparação com a do país. Eu diria que a maioria dos hospitais são modernos. Os hospitais de porte mesmo são o HCE (Hospital Central do Exército) e o Hospital de São Paulo. Iniciamos a operação covid com 84 leitos de UTI em toda a rede. Fruto de equipamento comprado e transformação da estrutura dos hospitais, chegamos a 280 leitos de UTI em toda a rede militar. Há hospitais da rede pública de São Paulo, daqueles grandes, que têm 280 leitos. Então, é uma rede muito restrita, que mal atende à própria Força. Inclusive, temos convênios com a rede privada, que chamamos de organizações civis de saúde. Encaminhamos nosso paciente para a rede privada, pois não temos leitos suficientes em nossos hospitais.


Mas mesmo os hospitais privados registram falta de leitos de UTI. O que é feito nesses casos?


Quando o hospital privado diz que não há leitos, aí nós vamos ter de nos virar com os que a gente tem. Então, estamos adquirindo materiais, como respiradores e monitores, e transformando leitos de semi-intensiva em intensiva e leitos de enfermaria em semi-intensiva. Com muita prevenção e cuidado, temos nos mantido nos números adequadamente. Nenhum óbito aconteceu por falta de leito, oxigênio ou medicamento na nossa família militar, entre ativos, pensionistas e dependentes.


Como ocorreu a expansão da rede de saúde militar?


O Hospital de Curitiba é bem pequeno, com oito leitos de UTI. Lançamos um módulo de hospital de campanha lá e levamos 10 a 12 leitos com ato de semi-intensiva. Melhorou aqui, piorou ali, temos de fazer a logística de material e transporte para não deixar faltar onde precisa. Quando eu falei de 60 hospitais, são diversas unidades de saúde. Os postos médicos, nem leitos de intensiva e semi-intensiva têm. O paciente que chega ali em estado crítico é evacuado ou para a rede civil ou para um hospital de referência. Já está acontecendo no nosso caso o que chamamos de evacuação aeromédica. Acionamos uma empresa contratada e trazemos o paciente lá de Tefé, no meio da Floresta Amazônica, para Manaus. Ou traz para o Rio de Janeiro, e assim por diante. Onde tem vias de transporte, como no Sul, em caso leve, vem pela estrada. Mas na Amazônia é por meio aéreo.


A transferência pode ocorrer para um hospital público do Sistema Único de Saúde (SUS)?


Pode, e não tem problema. Só não é o normal. Porém, se o hospital de referência for do SUS, como em Tefé, onde só tem posto de saúde, o militar vai para hospital SUS normal. A depender do caso, nós o retiramos do hospital e trazemos para uma rede nossa. Certamente, ele não ficará no hospital mais de 48 horas.


Se tiver um leito vago em um hospital do Exército e um civil precisar de UTI, ele terá acesso?


É aquilo que falei no início. A nossa rede é adequada à Força, ao nosso efetivo. Se for visitar nossa rede, toda ela já está no limite de ocupação. Quiséramos nós ter a capacidade em nossos hospitais de ajudar nesse sentido. O que fazemos é hospital de campanha, como ocorreu em Manaus, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. São anexos a hospitais da cidade. Esse é o apoio que podemos dar.


Então, existem muitas campanhas de conscientização no Exército para incentivar o distanciamento, o uso de máscaras?


Chega a ser uma febre. Agora mesmo estamos recebendo o novo contingente de soldados incorporados. Eles estão com três semanas de instrução. São aqueles recrutas que se alistam, e todas as medidas sanitárias foram colocadas em prática. Desde a chegada ao quartel até a instrução; à noite, na hora de dormir; é o termômetro na entrada, higienização dos pés, álcool em gel, uso da máscara, distanciamento. Nós testamos praticamente todos os recrutas, quase 90%, e o índice de contaminação foi muito baixo. Os infectados foram isolados, com equipes médicas acompanhando. Em 2020, não tivemos nenhum óbito de soldado incorporado ao Exército. Imaginamos que seja pela idade, pela juventude.


E entre os militares mais idosos?


Entre esses, tivemos baixas, generais da ativa que morreram no HFA (Hospital das Forças Armadas). Entram naqueles 0,13% de óbitos. Ao recruta, fizemos um período de internato, e eles conversam com a família por vídeo. Ele pode ir no fim de semana. Eu acho que não tem local mais seguro para um jovem, hoje, do que dentro do quartel, pois ele está sendo acompanhado, fiscalizado sobre as medidas preventivas, instruído. Os índices de infecção são mínimos, e aqueles que se contaminam são resolvidos em internação. Nós temos locais isolados nos quartéis para esse tipo de coisa.


O General Miotto, ex-comandante militar do Sul, morreu por covid-19. Ele era influente no Exército. Existe preocupação maior com os oficiais de mais idade?


Hoje, no Quartel General, não estamos com todo o efetivo cumprindo o expediente normal. Metade vem um dia; outra metade, no outro. Ou metade vem de manhã e metade, à tarde. Todo mundo no ambiente é um risco, almoçando junto... Isso é prevenção que vem sendo feita há um ano. Quem não pode vir, é mais idoso, fica em casa. O general Miotto era um chefe militar, um amigo, que a gente lamenta muito. Mas é um risco, e eu estou aqui agora. Em duas semanas, posso me contaminar e não resistir. Temos oficiais generais internados, e não tem diferença para ocupar um leito. Se um soldado precisar de um leito naquele momento, tem de ser para ele. Temos maior preocupação com quem está com mais de 60 anos. Eu sou de risco, tenho 62, e já tive covid em Belém. Tive sintomas leves, em maio do ano passado. Eu estava em missão, na ponta da linha, viajando. Em algum momento, peguei, levei para minha esposa. Minha sogra, que mora comigo, e tem 84, não pegou.


O índice de infecção aumenta para militares que vão a campo?


Isso aí não tem jeito. A Força não pode parar, a missão continua, com a defesa da Pátria. Tem de ter instrução, adestramento. Estamos em operação, como a Verde Brasil, na defesa do meio ambiente. Então, com precaução, prevenção, fiscalização e disciplina, estamos conseguindo combater a covid sem perder a operacionalidade da tropa.


A segunda onda veio forte, e registramos mais de 3 mil óbitos em um dia. O senhor acredita que o Exército pode colaborar mais no combate à pandemia?


O reflexo na Força é igual. Estamos no limite. Se for, agora, ao Hospital das Forças Armadas, verá dois compartimentos de UTI completamente lotados. Eu sempre vou lá para verificar, pela minha posição de ser o 01 da saúde na Força. Nós estamos no limite, e a gente torce e até reza para que esses números decresçam para não faltar. Até hoje não faltou, mas é um risco que a gente corre.


O país quase todo enfrenta uma situação grave…


É, mas tem locais onde começa a reduzir. No Sul, está tendo uma leve desaceleração. Manaus desacelerou de uma forma que a terceira onda, que já está surgindo na Europa, a gente imagina que, se mantiver a tradição da primeira para a segunda, daqui a dois meses vamos sofrer essa terceira onda. E queremos exatamente a manutenção do planejamento para nos prepararmos para essa terceira onda. É isso que estamos fazendo, e esperamos que o poder público faça também. Eu acredito que, neste momento, estamos no nosso limite. Nossas organizações militares de saúde, nossos hospitais, são muito modestos. Estamos salvando vidas militares nos hospitais privados, pagando de acordo com o contrato. É uma válvula de escape nossa.


O Exército pode atuar na adoção de medidas sanitárias, como o fechamento de vias, se for o caso?


Sim, nós temos organizações militares muito capacitadas, na área de defesa química, biológica. Capacitamos mais de 5 mil militares no Brasil na parte de descontaminação. Hoje, todos os nossos quartéis têm pelotão, de 30 homens, por exemplo, capacitado. É muito comum a imagem daquele grupo de militares encapados, em aeroportos, portos, praças públicas. Em Belém, eu montei a patrulha do ponto de ônibus, com uma equipe protegida, equipamento apropriado, e saía na avenida à noite para desinfetar. Neste ano, realizamos muitas campanhas. Fizemos doações de sangue.


Como a sociedade civil pode se beneficiar desses programas?


Se o presidente de uma empresa quiser fazer descontaminação, é só falar com a gente. Não tem critério, e acontece muito. Em Belém, o Ministério Público pedia, a rodoviária de Belém pedia. Foi feita uma grande descontaminação na Rodoviária do Plano Piloto, nas estações de metrô, pelo Batalhão de Goiânia. Se for privado, às vezes, a empresa tem recursos para bancar, então, às vezes, atuamos na capacitação da equipe de limpeza, por exemplo. Fica três quatro dias no quartel aprendendo a descontaminar.


O Brasil está em guerra contra o vírus?


É um trabalho árduo, pois a medicina ainda não sabe tudo sobre o vírus. É uma mobilização, e o mais importante é que o Exército está pronto para ajudar a nação. As baixas que temos todos os dias são números de guerra. É uma força de expressão, mas é isso. Exige planejamento, integração, conjugação de esforços. Não conseguimos fazer tudo sozinho. Na Amazônia, é muito comum solicitar apoio. A Força esteve nesse ano inteiro e estará até o último momento do lado do Brasil, reduzindo o sofrimento desta, em tese, guerra.


O senhor falou em coordenação, campanha. O governo federal não tem uma campanha em nível nacional pelo uso de máscaras, distanciamento. Falta orientação para a população?


Nós acompanhamos o que acontece pelas mídias sociais, pela imprensa. Eu não tenho a condição de fazer um juízo de valor sobre o que está sendo feito ou deixado de fazer. Eu vejo um esforço grande, por parte dos órgãos gerais, de tentar conscientizar. Agora, é uma população de 200 milhões de habitantes, com problemas sociais diversos, com cinturões marginais nas grandes megalópoles. Às vezes, é difícil chegar à ponta da linha com essa orientação. Acho que há campanhas positivas.


O ministro da saúde e o próprio presidente chegaram a recomendar o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19. No Exército, isso não acontece...


No Exército, temos protocolos muito bem elaborados, difundidos, que dizem qual a conduta entre médico, paciente e família para o melhor tratamento. Se vai dar a medicação A, B, C, O, D, é decidido entre médico e paciente. Eu não tenho restrição, nem a medicamento nem a tratamento.


O Ministério Público Federal investiga o governo por eventuais irregularidades na condução da pandemia. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é do Exército, e tem outros 6 mil militares no Executivo. Existe algum constrangimento da ligação da imagem das Forças Armadas com as falhas do governo?


Nessa área política, fica difícil para a gente. Eu prefiro não comentar. Mas acho que o Pazuello foi convocado pelo presidente para uma missão. Ele aceitou, saiu da Força, pediu licença e está lá fazendo seu papel. Não vou fazer juízo de valor do trabalho dele. Eu não conheço o âmago do que ocorre lá dentro. Conheço o Pazuello, convivi com ele na Amazônia, na 12ª Região Militar. Ele cumpriu a missão que o presidente deu a ele.


A segunda onda está preocupando mais?


Total. Está sendo pior que a primeira para o Brasil inteiro. A curva é muito mais ascendente. Aprendemos com a primeira, e, com certeza, se vier a terceira, a segunda terá nos dado lições. O esforço hoje do Exército para reduzir os números de contaminação é impressionante. Todo dia, nosso comandante, o general Leal Pujol, faz videoconferência conosco e recomenda para que a ponta da linha use máscara, álcool em gel, distanciamento. Não tem mais formatura militar. Quando vai fazer algum evento são 10, 20, no máximo. Agora mesmo, teve aniversário de uma companhia, e foi meia dúzia de gatos pingados.


O Exército está em lockdown?


É... Seria isso. É uma preocupação propagar o vírus. Mas não paramos nada. Se for ali ao Batalhão de Guarda Presidencial, está tendo instrução de tiro, de armamento, educação física. O treinamento físico controlado, tomar sol, vitamina, com nossos médicos acompanhando o tempo todo. Por isso, está com 0,13% de mortalidade. Tem internato de quatro semanas para todos. Antes, os recrutas voltavam para casa todo dia. Essa gurizada, agora, quando chegar em casa, estará consciente. Eles estão sendo massificados com campanha. Os militares que têm parentes em grupos de risco não precisam ir para casa. Aqui, temos alimentação, dormitório.


Como está o apoio às comunidades indígenas?


A nossa tropa é muito próxima das comunidades indígenas. Apenas na Amazônia Ocidental são 24 pelotões de fronteira, perto da Colômbia, da Venezuela. E, do lado de cá, é índio, do lado de lá, também, ou estamos dentro da própria terra indígena. Na área da Cabeça do Cachorro, tem dois pelotões. O médico do pelotão é o da tribo. Essa interação é impressionante. O indígena tem uma imunidade diferente, e existe um cuidado maior da nossa parte. Na vacinação, helicópteros vão lá com todos da equipe testados e com resultado negativo, todos empacotados para ir lá, vacinar e sair para não deixar contaminar. Um só que se contamine causa um grande estrago. Quando surge uma notícia de infecção em determinada comunidade, nós vamos avaliar. Surgiu a notícia da morte de três indígenas por covid. Chegamos lá, e não era covid, mas houve casos. Agora, a população indígena está toda vacinada, todas as comunidades. Risco sempre tem, mas reduzimos isso.


O Brasil poderia estar numa situação melhor?


Eu respondo pelo nosso DGP, nosso Exército. Como autoridade máxima na área de saúde da Força, acho que estamos cumprindo nosso dever. Os números estão aí, e apoiando a nação naquilo que é possível para enfrentar esse problema

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Frank D. McCann: Soldados da Patria: o papel politico do Exercito na historia do Brasil

Uma resenha antiga de um livro já traduzido e publicado no Brasil sobre a construção institucional do moderno Estado brasileiro pela única força organizada do país durante décadas a fio, até a reconstrução do Estado burocrático que eles mesmos conduziram depois de 1964: os soldados da pátria sempre foram nacionalistas e tecnocráticos, e Frank McCann conhece bem a sua história.

Soldiers of the Patria: A History of the Brazilian Army, 1889-1937 (review)
From: The Journal of Military History
Volume 69, Number 1, January 2005
pp. 257-258 | 10.1353/jmh.2005.0016
In lieu of an abstract, here is a brief excerpt of the content:
The Journal of Military History 69.1 (2005) 257-258
Soldiers of the Pátria: A History of the Brazilian Army, 1889-1937. By Frank D. McCann. Stanford, Calif.: Stanford University Press, 2004. ISBN 0-8047-3222-1. Maps. Tables. Notes. Select bibliography. Index. Pp. xxvi, 593. $75.00.

Veteran Brazilianist Frank McCann seeks to present a solid historical foundation for understanding the military's role in Brazil's national development by explaining how it defended its institutional identity between 1889 and 1937. During this period, Brazil experimented with a decentralized republic after having deposed the monarchy and then imposed, in 1937, a short-lived civilian-led dictatorship. The military, and especially the Army, played a crucial role in these and most other critical political events throughout the period. McCann's extensive archival research and review of the growing volume of secondary literature leads him to conclude that the military's defense of national unity—the concept of "Pátria" or "motherland"—earns it the distinction of being the only truly national institution during this period.
McCann supports this argument by recounting in detail how the Army matured institutionally while honoring its commitment to Brazilian unity. It dutifully responded to a series of armed challenges to the agrarian-oriented regional elites whose effectiveness in governing decreased progressively in the face of growing urbanism and industrialism. With officers largely from the urban middle or lower middle classes, and soldiers and sailors often impressed off the street, the military struggled to assert the central government's authority in Brazil's vast hinterland. Although eventually victorious, its disastrous battlefield experiences—the product of poor leadership, inadequate planning, and, especially, logistical deficiencies—and then contact with German and French military experts engendered a spirit of reform. This generated core institutional values and a desire for national industrial self-sufficiency. By 1937, the Army's institutional strength made it the nation's foremost national political broker, supporting the onset of Getúlio Vargas's dictatorship in exchange for his commitments to the military's short-term rearmament and the nation's long-term industrialization.
Along the way, McCann's account also serves as a traditional institutional history imbued with personal histories of prominent officers and of institutional tensions produced by pressures for reform from both within and outside of Brazil. He delivers detailed accounts of the critical battles of Canudos, the War of the Contestado, and the 1922 uprising at Copacabana, as well as of minor uprisings that attested to the proclivity of troops at all levels to engage in political activism. He shows how the military struggled to improve its education, training, and armament even while hamstrung by a tradition of lax discipline and an unworkable conscription system.
This work deserves serious consideration by military historians and scholars of Brazil and civil-military relations in Latin America. McCann contributes to the debate on the Brazilian state's development by arguing that only in the 1930s did the military's institutional development endow it with the capabilities to perform a "moderating role" in society, and not earlier. McCann also disputes the argument that only after the 1964 coup did the military shift its focus from external threats to internal development. The post-1964 military professionally defended its institutional interests just as it had done during the period of McCann's study. Finally, he implies that the burdens of military government and then the adoption of the Constitution of 1988 have forced the military to redefine its role—finally relegating to society as a whole its role of defending the Pátria.

Richard Downes

Downes Technology Consulting
Miami, Florida

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O Imperio repensa o seu exercito - Foreign Policy

Foreign Policy Situation Report
Foreign Policy February 9, 2013

FP Exclusive: Odierno says the Army must change

Whither the Army? At the end of more than a decade of two large land wars and budget cuts forcing new thinking in the military's role in the world, the Army is at a crossroads. While the much-hyped pivot to Asia seems to give the strategic nod to the Air Force and the Navy, with the small Marine Corps not far behind, the Army is now seen as having to adapt quickly to position itself for a new future. For the man who has to lead that transition, it's all about explaining what the Army does, how important decisions today will affect tomorrow, and what the service must do to change. Army Chief of Staff Gen. Ray Odierno is releasing his "strategic intent" this morning exclusively on FP and here in Situation Report, where he makes the case that his service is still critical, still relevant, and still necessary in an uncertain world. But he says the service must also adapt to meet an array of new challenges by making forces more scalable and investing heavily -- and earlier in their careers -- in building leaders, all while remaining accountable to the taxpayers who make the force possible.

Odierno: "To posture the force for the complexities of the strategic environment, we must simultaneously reform our processes and training to generate forces scalable from squad to corps. We cannot afford to limit our planning to brigade combat teams. Our success going forward will be built on deploying the right soldiers, with the right training, in the right size units, at the right time. Small unit leadership will be at a premium in this potential environment of dispersed, decentralized operations. In some circumstances that may require small teams of soldiers engaged in partnership activities. Others may require the combined mass of brigades, divisions, or corps. This does not necessarily suggest a smaller force, but an Army capable of deploying tailored packages to the point of need, while retaining the ability to rapidly reassemble into larger combat formations as requirements change or small conflicts expand."

On the Army of today: "[A]n objective assessment of what is required to fulfill our mission in a complex future environment against a constantly evolving range of threats demands that we continue to invest in the specific skills, equipment, and forces needed to do so effectively. This demands foresight and innovation, as well as a bottom-up engagement by our most valuable asset -- our soldiers and leaders. It also requires recognition that the Army, like our nation, must be good stewards of our resources in an era of increasing fiscal austerity."

On keeping pace with technology: "The cyber revolution has created new ways for people to connect. Information passes instantly over great distances, and entire virtual communities have been created through social media.... [M]any of our adversaries lack the ability to confront our forces physically, choosing instead to employ virtual weapons with potentially devastating effect. We must take full advantage of these technologies, building our own capabilities to operate in cyberspace with the same level of skill and confidence we enjoy on the land. We will either adapt to this reality or risk ceding the advantage to future enemies."

On equipment and the leaders it needs: "This effort requires equipment that gives our squads, as the foundation of the force, capabilities that overwhelm any potential foe, enabled by vehicles that improve mobility and lethality while retaining survivability. It needs a network that connects all our assets across the joint force together in the most austere of environments to deliver decisive results in the shortest time possible. It demands leaders with the ability to think broadly and critically, aware of the cultural lenses through which their actions will be viewed and cognizant of the potential strategic ramifications of their decisions."

The Navy's Adm. Jon Greenert wrote on FP about the Navy's pivot to Asia in November and the Marine Corps' Lt. Gen. Richard Mills wrote on FP last fall about the need for the Corps to return to the littorals for the bulk of the operations in the future.

Odierno's likely new boss will probably be confirmed by the full Senate next week, we're told. There are still a good many people who believe Chuck Hagel is the right man for the Pentagon's top job, but his showing at the confirmation hearing Thursday was roundly considered lackluster. That's why he's still working the Hill this week, visiting senators who are seen as key to getting him the 70 votes the Hagel camp wants. The Senate Armed Services Committee is expected to vote Thursday, and the full Senate will take up the confirmation next week before the President's Day recess, Situation Report is told. That could put Hagel in office within a couple of weeks. Indeed, Panetta's Farewell Tour begins this week.

domingo, 26 de agosto de 2012

Bondades la, e aqui...: Exercito salvando pessoas

Tem gente que acha que o Exército brasileiro deveria dispensar o mesmo tipo de atenção com os brasileiros humildes, quando acontece este tipo de tragédia no próprio Brasil...


Tropas brasileiras socorrem vítimas de tempestade no Haiti

Haiti – BBC – 26/08/2012.

Desabrigados fogem de áreas alagadas pela tempestade tropical Isaac em Porto Príncipe
Tropas brasileiras em missão de paz no Haiti já identificaram mais de 1.200 pessoas em situação de emergência em Porto Príncipe, devido à passagem da tempestade tropical Issac pelo Haiti.
Bases do Brasil no Campo Charlie – a maior instalação militar da ONU no mundo – e em Cité Soleil foram parcialmente destelhadas e perderam boa parte de sua capacidade de comunicação devido a ventos cuja velocidade ultrapassa 100 km/h.
“Caíram muitas árvores e postes de luz. Algumas portas dos alojamentos foram danificadas, uma foi até arrancada, e houve muito destelhamento. Estamos agora reinstalando as antenas de rádio para retomar as comunicações. A internet não está funcionando”, afirmou à BBC Brasil o tenente-coronel Rubens Costa Neto, porta-voz do Brabatt 1, um dos batalhões brasileiros no país.
O pico da tempestade ocorreu na madrugada, quando era possível transitar pela cidade apenas em blindados anfíbios. Apesar dos estragos nas bases brasileiras, segundo ele, as tropas continuam em condições de atuar e inciaram na manhã deste sábado um processo de identificação das regiões mais atingidas.
Após o levantamento, operações de socorro devem ser iniciadas sob o comando das agências de ajuda humanitária da ONU e do governo haitiano.
Até a tarde de sábado, ao menos quatro mortes foram notificadas à organização britânica Oxfam. Apenas uma delas foi confirmada, a de uma menina soterrada no desabamento de um muro.
Segundo Costa Neto, parte de uma companhia de engenharia brasileria chegou a ser despachada para Les Cayes, a cidade no sul do país onde esperava-se os maiores danos. Contudo, eles não se confirmaram.
Aproximadamente 400 mil pessoas ainda vivem em tendas e acampamentos improvisados no país após terem perdido suas casas no terremoto de janeiro de 2010, que matou cerca de 300 mil pessoas.
Há dois dias, quando a tempestade Isaac se aproximava, a ONU levou cerca de 80% dos moradores de acampamentos para abrigos de tempestade feitos de alvenaria, segundo a entidade.
Áreas afetadas
Mas, segundo Costa Neto, cerca de 700 novos desabrigados foram identificados na favela de Cité Soleil e 500 no bairro industrial de Sonapi. “Muitas construções foram afetadas nessas regiões. Os moradores estão em situação de calamidade”, disse
“Na sexta-feira todos foram orientados a não deixarem suas casas. O tempo melhorou na manhã de hoje (sábado) mas voltou a piorar agora de tarde. Está chovendo muito forte as áreas alagadas devem aumentar”, afirmou.
Segundo ele, a tempestade começa a deixar o país, mas a chuva continua forte. Diversas regiões da capital estão alagadas.
A Comissão de Ajuda Humanitária e Proteção Civil da União Europeia monitora a situação e deve acionar equipes de socorro. A entidade afirmou que os ventos chegaram à velocidade de 375 km/h no centro da tempestade.
A comunidade internacional deve ajudar o governo do Haiti no socorro aos desabrigados. Há reserva de alimentos para 300 mil pessoas, estoque de água para 400 mil e abrigos de emergência para atender 70 mil famílias.
Além das equipes das agências humanitárias, 5.700 fuzileiros estão de prontidão nas bases da ONU aguardando o fim da tempestade. Eles devem garantir a segurança das equipes de socorro e impedir eventuais ações criminosas nas áreas mais afetadas.
A tempestade Isaac agora se dirige para Cuba. Especialistas estimam que em seguida ela atinja a Flórida, nos Estados Unidos.
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segunda-feira, 9 de maio de 2011

David Ricardo visita Beijing: exercito, e exercito industrial...

Depois que Adam Smith esteve em Pequim, nada mais lógico que seu discípulo e sucessor, David Ricardo, também fosse à China, neste caso para aplicar sua "teoria das vantagens comparativas", ou quem sabe até as vantagens absolutas de Adam Smith.
A notícia abaixo refere-se ao uso extensivo de mão-de-obra no exército chinês, que aliás reproduz o que ocorre na esfera industrial: a China produz, com 99 milhões de operários industriais, o mesmo volume de manufaturas que os EUA fazem com apenas 11,5 milhões de trabalhadores. Ou seja, um diferencial de produtividade de mais ou menos 10 para 1.
Paulo Roberto de Almeida

China considera adequado ter um exército de 2,3 milhões de pessoas
O Estado de S.Paulo, 09 de Maio de 2011

PEQUIM - Um exército integrado por 2,3 milhões de pessoas é adequado para a defesa da segurança nacional da China e seu papel em aumento como potência, informou o Ministério da Defesa do país em seu site.

Informações circuladas na internet nos últimos meses sugeriam que o Exército Popular de Libertação (EPL) ia desmobilizar 800 mil soldados, seguindo reduções iniciadas em 1987 quando de 4,2 milhões de militares se passou para 3,2 milhões e assim sucessivamente até chegar aos 2,3 milhões atuais.

"Não é certo que vá se reduzir mais. O número de 2,3 milhões de pessoas para integrar o EPL é adequada", disse um porta-voz oficial na web.

Os rumores começaram a surgir antes da análise do plano até 2010 efetuado pela Comissão Militar Central.

"A magnitude do exército chinês está dentro do adequado para satisfazer as exigências de segurança do país e de acordo com o peso cada vez maior da China", acrescentou a fonte oficial.