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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Venezuela: fascismo do seculo XXI - Blog Venezuela News and Views


Blog Venezuela News and Views, Wednesday, May 01, 2013

XXI century fascism in full blown action in Venezuela

Representatives Machado and Borges after a working day
Little did I know that the post I finished Sunday, to let up for a few days, would be proven prophetic 48 hours later, as reader Luis F already commented. The musings about chavismo becoming what could not dare say its name, XXI century fascism, came home today home to root with a vengeance  At the Nazional Assembly, Diosdado Cabello and Pedro Carreño set up an ambush on opposition deputies to beat them up, while locking the doors so no one could escape so guards could try to stop them from taking videos of the scene. Female chavista representatives had the courtesy of being the ones beating up opposition female representatives like Maria Corina Machado.

I am not going to go into the beating up details, there are articles already up, and already in English. I am just putting the basic video below where you can see clearly that Venezuelan flagged jackets wearing chavista representatives are brutally attacking opposition Representatives  It says it all, this was not a "spur of the moment angst expression".



Exclusivo: Video muestra la golpiza que ocurrió... por Globovision

You also need to know that while the brawl took place the TV cameras went up to the ceiling, while the microphones amplified the voice of the chavista speaker pretending that all was normal. Of course  Maduro was in national cadena so we had to wait a while until thecadena was over so finally Globovision showed the violence. No word yet as tot he Televen or Venevision mentioning "the incident". The deliberate set up, with the stupid aim that just maybe the country would not find out.....

Now, rather than go into the gory details that regular readers of this blog already know happened, let's try to think about the why.

The first thing to note is that the Speaker, Diosdado Cabello, not selected by Chavez to succeed him, was presiding over it all, did not try to stop it, had armed body guards just in case and even laughed at the thing. So yes, he did all what a fascist would be expected to do.

But surely he cannot be THAT stupid not to know that this is going to have repercussions internationally (and at home as apparently chavismo numbers would be already dropping in surveys). Why is Diosdado thus doing something which in the end can only damage Maduro as the opposition representatives are already pointing out? Well, those able to comment, because 7 are reported injured and one in a hospital tonight. We must also comment that even if Cabello and Carreño argument that the opposition representatives are in open rebellion, there are legal mechanisms available to silence them fast without having to make such a public PR disaster. What gives?

It is possible that it is the order from Cuba and that they are trying to go as far as they can to silence the opposition through repression (1). But this is dangerous because a delegation of 3 representatives with that video in hand would be enough to go to the OAS and demand that the Chart for democracy and human rights is applied to Venezuela. Small comfort you may say but forcing people like Dilma or Santos to take position at the OAS in favor a Maduro can bring them quite a lot of grief at the time where they are planning their reelection.... (2)

Or, it is possible that a scorn Cabello, knowing that Maduro is getting ready to do him in, who knows that he is unelectable, is doing such idiotico-fascist antics to sink along with Maduro. With an even crazier variation, that he may be able to replace Maduro through a coup, because Maduro cannot silence the opposition. This has to be the reason, there is no other one that makes sense. I am open to suggestions and will add them below this line if any reader comes up with something original and believable.

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1) It is possible that this hypothesis is operating as unaccountably the Venezuelan american has arrested for terrorism a rather naive "gringo" making a documentary. This last week end, pre-Tuesday night parliament battle is already picked up by a very strongly worded Washington Post Editorial that covers this week end repressive actions including the arrest of General Rivero (while the New York Times seems concerned elsewhere?).

2) In Colombia not only Uribe but now Pastrana is attacking Santos policies on Venezuela.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Os novos reacionarios, fascistas pretensamente esquerdistas - Merval Pereira

Os sindicatos, como se sabe, são máquinas para provocar desemprego. Centrais sindicais, como se sabe, são máquina corruptas de extração de dinheiros dos sindicatos filiados (que elas tentam seduzir) e diretamente da máquina do Estado, já devidamente assaltada pelas corporações mafiosas que se pretendem representantes de trabalhadores, quando já são da chamada "nova classe", a nomenklatura (muitos não deve saber o que é isso; recomenda-se um pouco de Google ou Wikisearch) que já se apossou do Estado, submetendo todos os demais cidadãos às suas práticas extorsivas e extrativistas.
Os jovens esquerdistas, isso não se sabia até agora, são as novas milícas fascistas das forças reacionárias descritas acima, que acreditam estar defendendo não se sabe quais causas "populares", mas que só estão atrasando o Brasil, com sua defesa do atraso.
O que agora também se percebe é que, não contentes de se manifestar -- como jornalistas complacentes, e talvez coniventes, escrevem --, eles também urlam, gritam, batem, chutam, enfim praticam intimidações e até violência, como uma tribo de trogloditas fascistas que são.
O Brasil, por falta de autoridade -- ou a simples aplicação do velho princípio segundo o qual "cacete não é santo, mas de vez em quando faz milagres" -- está sendo contaminado pelo ódio, serviços estão sendo paralisados, atividades econômicas sendo perdidas, o tempo dos cidadãos sendo gasto inutilmente, e até recursos e ativos sendo colocados em perigo pelo novos reacionários fascistas.
Até quando isso vai continuar?
Quando é que as autoridades vão aplicar, democraticamente (ou seja, para todo mundo), o milagre do cacete corretor das violências dos trogloditas?
Paulo Roberto de Almeida

Meu momento Yoani 

MERVAL PEREIRA

O Globo, 03/03/2013

Na sexta-feira à noite, na inauguração do museu MAR na Praça Mauá, passei por rápidos instantes a mesma situação que enfrentou a blogueira Yoani Sanchez quando esteve no país recentemente. Havia diversas manifestações nos arredores do museu, onde participavam da inauguração a presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. O barulho era insuportável dentro do museu, que, com seu lindo teto ondulado, criou um inesperado efeito acústico dentro do prédio.
Uma era contra o fechamento dos teatros do Rio depois da tragédia de Santa Maria. Muitos teatros, que funcionavam sem as medidas de segurança necessárias, continuam fechados e os artistas estavam ali protestando. Mas protestavam contra o quê? Deveriam mesmo protestar contra o fato de terem passado todo esse tempo trabalhando e recebendo pessoas em lugares sem condições de segurança adequadas. Deveriam protestar contra a prefeitura, mas pelo que ela não fez, e não pelo que está fazendo, embora tardiamente.
Havia um pequeno grupo reclamando casas prometidas e não entregues. E um terceiro grupo, mais barulhento e agressivo, que protestava contra a Medida Provisória dos Portos que, em boa hora, a presidente Dilma enviou ao Congresso. Aparentemente, não havia no grupo nenhum estivador ou operário. Eram todos jovens estudantes com máscaras e cartazes que alertavam: "Gestão mata".
O que esses jovens do PT, do PCdoB, da Juventude Socialista, do PDT queriam dizer é que a nova legislação sobre os portos trará prejuízos aos trabalhadores. O que está por trás dos protestos, no entanto, é uma nada estranhável, embora exótica, aliança entre órgãos sindicais e empresários que operam os portos sem competição beneficiando-se de uma reserva de mercado tão ultrapassada quanto prejudicial à economia.
Os jovens radicais estavam ali protestando contra a possibilidade de os novos administradores de portos disputarem cargas com os terminais já existentes e contratarem mão de obra pelo regime da CLT, à qual estão subordinados todos os trabalhadores brasileiros.
Sindicatos liderados pelo Paulinho da Força Sindical, deputado federal (PDT), querem impedir a modernização dos portos, obrigando os novos terminais a contratarem os estivadores pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). E têm o apoio de concessionários dos portos que querem tudo menos competição para melhorar a produtividade.
No entanto, dar competitividade ao setor portuário é fundamental para a retomada do crescimento, reduzindo o chamado custo Brasil. E lá estavam os jovens esquerdistas não apenas protestando, como seria normal em uma democracia, mas agredindo verbal e quase fisicamente as pessoas que passavam por uma espécie de corredor polonês que a polícia deixou que fizessem.
As pessoas que saiam da festa de inauguração forçosamente tinham que passar pelos manifestantes para pegar seus carros, e houve momentos em que as agressões verbais chegaram às raias da agressão física. Uma senhora que ia à nossa frente foi chamada de "fascista"por um manifestante que gritou tão perto do seu rosto que quase houve contato físico.
Passei pelo grupo com minha mulher sob os gritos dos manifestantes, e um deles me reconheceu. Gritou alto: "Aí, Merval fdp". Foi o que bastou para que outros cercassem o carro em que estávamos, impedindo que saísse. Chutaram-no, socaram os vidros, puseram-se na frente com faixas e cartazes impedindo a visão do motorista. Só desistiram da agressão quando um grupo de PMs chegou para abrir caminho e permitir que o carro andasse.
Foram instantes de tensão que permitiram sentir a violência que está no ar nesses dias em que, como previu o ministro Gilberto Carvalho, "o bicho vai pegar". É claro que o que aconteceu com a blogueira cubana Yoani Sanchez nem se compara, mas o ocorrido na noite de sexta-feira mostra bem o clima belicoso que os manifestantes extremistas estão impondo a seus atos supostamente de protesto.
E é impressionante que jovens ditos revolucionários se empenhem em defender um sistema arcaico que só interessa às corporações sindicais que já estão instaladas nos portos e a empresários que se beneficiam de privilégios que emperram a economia brasileira. A presidente Dilma está certa ao não aceitar as pressões políticas para mudar a medida provisória dos portos, essencial para a revitalização da economia.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Este dia na Historia: Alemanha e Italia declaram guerra aos EUA, 11/12/1941

Bem, facilitou as coisas não é: já que os EUA teriam de combater o Japão, no teatro do Pacífico, melhor já combater toda a trinca de vilões em mais dois ou três cenários de guerra.
Só me pergunto porque Hitler e Mussolini foram tão estúpidos a ponto de fazerem aquilo que os americanos, e japoneses, desejavam...
Paulo Roberto de Almeida

On This Day: December 11

NYT Front Page
On Dec. 11, 1941, Germany and Italy declared war on the United States; the U.S. responded in kind.


U.S. NOW AT WAR WITH GERMANY AND ITALY; JAPANESE CHECKED IN ALL LAND FIGHTING; 3 OF THEIR SHIPS SUNK, 2D BATTLESHIP HIT



WAR OPENED ON US
Congress Acts Quickly as President Meets Hitler Challenge
A GRIM UNANIMITY
Message Warns Nation Foes Aim to Enslave This Hemisphere
By Frank L. Kluckhohn
Special to THE NEW YORK TIMES
RELATED HEADLINES Congress Kills Ban on an A.E.F.: Swift Action Without Debate--Service Terms Are Extended to Six Months After War
Our Declaration of War
Secretary Knox Visits Honolulu; Bases There Were Raided 5 Times
Axis to Get Lesson, Churchill Warns: He Announces Replacement of Libyan General -- Upholds Phillip's Judgment
U.S. Fliers Score: Bombs Send Battleship, Cruiser and Destroyer to the Bottom: Marines Keep Wake: Small Force Fights Off Foe Despite Loss of Some of Planes
City Calm and Grim as the War Widens: Loyalty and a Determination to Win Are Evident in Every Class and National Group
Blocked in Luzon: But Japanese Put Small Force Ashore in South of Philippine Island: Saboteurs Are Held: Some in Manila Seized for Spreading Rumor About City Water
Washington, Dec. 11 --The United States declared war today on Germany and Italy, Japan's Axis partners. This nation acted swiftly after Germany formally declared war on us and Italy followed the German lead. Thus, President Roosevelt told Congress in his message, the long-known and the long-expected has taken place.
"The forces endeavoring to enslave the entire world now are moving toward this hemisphere," he said.
"Never before has there been a greater challenge to life, liberty and civilization."
Delay, the President said, invites great danger. But he added:
"Rapid and united effort by all of the peoples of the world who are determined to remain free will insure a world victory of the forces of justice and righteousness over the forces of savagery and barbarism."
For the first time in its history the United States finds itself at war against powers in both the Atlantic and the Pacific.
Quick and Unanimous Answer
Congress acted not only rapidly but without a dissenting vote to meet the Axis challenge. Within two and three-quarters hours after the reading of Mr. Roosevelt's message was started in the Senate and House at 12:26 P. M., the President had signed the declarations against Germany and Italy. Seventy-two hours previously the Japanese attack on Hawaii had brought about the declaration of war against the other Axis partner.
Congress also quickly completed legislation to allow selectees and National Guardsmen to serve outside the Western Hemisphere and set the term of service in the nation's forces until six months after the termination of the war.
In the Senate the vote was 88 to 0 for war against Germany and 90 to 0 for war against Italy. The vote in the House was 393 to 0 for war against Germany and 399 to 0 for war against Italy. The larger Congressional vote against Italy was attributable to the fact that some members reached the floor too late to vote on the declaration against Germany.
In the House, Miss Jeanette Rankin, Republican, of Montana, who cast the lone dissenting vote on Monday against declaring war on Japan, today voted a non-committal "present" with regard to Germany and Italy.
Ignoring Hitler's declarations before the Reichstag today regarding American policy, and Mussolini's to a crowd before the Palazzo di Venezia in Rome, Congress adopted identical resolutions against Germany and Italy. It merely noted that their governments had thrust war upon the United States.
Grim Mood in Congress
Congress acted in a grim mood, but without excitement. Not only on the floors of the Senate and House, but in the galleries the grim mood prevailed. President Roosevelt, busy at the White House directing the battle and production effort as Commander in Chief, did not appear to read his message, as he did when war was declared upon Japan.
There was a deeply solemn undernote as the members assembled at noon. Senator Walsh, chairman of the Senate Naval Affairs Committee, had announced that the naval casualty lists resulting from the Japanese bombing of Pearl Harbor Sunday had arrived, and that families would be notified by the Navy Department as soon as possible.
Tonight the State Department called newspaper offices to announce that the Hungarian Government had broken off diplomatic relations with the United States. Notice was given to the United States Minister to Budapest at 8 P. M., Budapest time [2 P. M., Eastern standard time], by the Hungarian Prime Minister. The State Department's announcement said:
"The Hungarian Prime Minister at 8 P. M. informed the American Minister that in view of the solidarity of the Central European States, which he compared with the solidarity of the States of the Western Hemisphere, Hungary was obliged to break diplomatic relations with the United States. He said this was not with the intention of declaring war on this country."
The declarations against Germany and Italy pledged all the resources of United States, manpower, material and production "to bring the conflict to a successful termination." After signing that against Germany at 3:05 P. M., and that against Italy at 3:06 P. M., before the same group of congressional leaders who on Monday saw him sign the declaration against Japan, President Roosevelt remarked:
"I've always heard things came in threes. Here they are."
Senator Glass of Virginia, who was Secretary of the Treasury in the last World War, told Mr. Roosevelt that "some men in the Senate Foreign Relations Committee wanted to soften the resolutions so as not to hurt the feelings of civilians in the Axis countries.
"I said, 'Hell, we not only want to hurt their feelings but we want to kill them,'" the Virginian remarked.
As a result of the sending of peace by Germany and the United States which has existed, at least formally, for twenty-three years, the United States is at war with Germany, Italy, Japan and Manchukuo and Hungary has suspended diplomatic relations.
Among the countries at war with one or all of the Axis powers are Great Britain, Canada, Australia, New Zealand, South Africa, the Soviet Union, China, the Netherlands Government and its East Indies possessions; the refugee governments of France, Belgium, Poland, Greece, Yugoslavia, Czechoslovakia and Norway; and these others in the Western Hemisphere: Panama, Nicaragua, El Salvador, Honduras, Haiti, the Dominican Republic, Cuba and Guatemala.
Announcement was made early in the day that the President would send a message to Congress. This was soon after Hans Thomsen, German charge d'affaires, delivered the Nazi dictator's declaration of war to the State Department at 8:15 A. M. and after the Italian declaration was delivered to George Wadsworth, American charge d'affaires in Rome.
Stephen Early, Presidential secretary, told reporters that "as expected," Germany had declared war and "Italy had goose-stepped along, apparently following orders."
After the declaration against Germany was voted the commotion in the House gallery was so great that Speaker Rayburn suspended proceedings until all the visitors who wished to depart had done so. About three-quarters of those in the galleries then left.
Viscount Halifax, the British Ambassador, sat in the front row of the Senate diplomatic gallery with Lady Halifax, Dr. A. Loudon, the Netherlands Minister, and Henrik de Kaufmann, the Danish Minister.
They saw the Senate vote the resolution for war against Germany in five minutes after the start of the President's message, time taken up largely with recording the vote. The House, with a larger roll-call, took twelve minutes to record its unanimous vote. Both houses acted in more leisurely fashion with regard to Italy. The Senate took another thirteen minutes, and the House completed action in another twenty minutes.
The signing ceremony was equally simple and rapid. Congressional leaders did not reach the White House until a minute after 3 P. M. Those present were Vice President Wallace, Senate Majority Leader Barkley, Chairman Connally of the Senate Foreign Relations Committee, Senate Minority Leader McNary and Senators Austin and Glass. From the House came Speaker Rayburn, Majority Leader McCormick, Chairman Bloom of the Foreign Affairs Committee, Minority Leader Martin and Representatives Eaton of New Jersey and Luther Johnson of Texas.
Earlier in the day the President sent telegrams to Representative Martin, as chairman of the Republican National Committee, and to Edward J. Flynn, chairman of the Democratic National Committee, thanking them for the patriotic action of both major parties in eschewing partisan politics and thus promoting unity.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A estreiteza moral dos pequenos homens ricos: um colega com odio (mas anonimo, covardemente)


Existem pessoas que não encontram motivos para esconder o que pensam, e existem pessoas que se escondem, não por timidez, mas por algum problema de caráter, o que as torna pequenas, se não ridiculamente covardes.
Existem pessoas que gostam do que escrevo, e existem pessoas que me odeiam, independentemente do que escrevo, e por isso aproveitam qualquer motivo para me atacar, anonimamente.
Como eu não tenho nenhum problema em desvendar, publicamente, esse tipo de ataque, vou retirar um comentário desse tipo da sua insignificante posição de nota de rodapé a um dos meus posts -- onde ele já está devidamente registrado, o que deve ter enchido de satisfação o anônimo que me ataca -- e vou promover esse comentário à altura de um post, dando toda a importância que ele merece, no sentido de revelar um pouco como são alguns colegas, que não pela diplomacia, mas pelo seu comportamento surnois -- ele deve saber o que é isso -- se revelam inteiramente na pequenez de caráter e no ódio incontido que me professam.
Para não alongar demasiado esta introdução, vou postar novamente o comentário já incluído em rodapé, para depois agregar meus comentários.
Apenas dois esclarecimentos iniciais.

1) Quem agora me escreve "Prezado Paulo Roberto", revelando apenas sua condição, mas não sua identidade (colega, portanto), é o mesmo fascista que me ameaçou anteriormente, como registrei neste post: 
2) Vejam como é insano o ódio desse indivíduo, que não ouso considerar meu colega, uma vez que meu post, este aqui:
foi sobre visitas culturais e a museus da Europa, nada a ver com exibicionismo pessoal, como aliás registrou este outro comentarista: "Agradeço pelo post, professor. Obrigado por compartilhar! Abraços e aguardamos mais informações e fotos futuras."

Imagino, assim, que o fascista em questão não tenha hobbies, ou se os têm não gosta que outros tenham os seus, o que é mais um traço de seu caráter. Se ele por exemplo tivesse um blog sobre leituras, diplomacia, ou até sobre coleção de bolinhas de gude, e fizesse um post sobre esses assuntos, creio que jamais usaria da oportunidade para atacá-lo pessoalmente, preferindo talvez comentar o próprio assunto do post.
O fato, portanto, e aqui encerro minha introdução, que seja num post sobre visitas a museus europeus que o fascista em questão utilize para me atacar revela apenas o seu ódio pessoal, não qualquer aversão ao que escrevi, que não mereceu nenhum comentário anterior de sua parte.
Agora, ele parece meio na defensiva, e tenta se explicar.
Vamos lê-lo e depois eu volto.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ah, esses museus europeus...":
Prezado Paulo Roberto,
Tenho alguns anos à sua frente e há muito vivi em França, apreciando excelentes livros e suas belas paisagens passando por Bordeaux, Auvergne, Ile-de-France e tantas outras. Não sou tão imbecil para ficar relatando meus feitos de viagens, visto que a discrição faz parte de minha personalidade. 
Diferente de você que faz parte da escória do MRE envergonhando a carreira, com sua bipolaridade exacerbada, sou um homem respeitado décadas e décadas.
Lembro-me que quando você passava, todo “mocorongo”, nós ríamos de sua bizarrice, inclusive, em suas vestes desalinhadas e o Lula ainda nem sonhava em estar no Poder. 
Eu tenho uma empresa com filhos e noras, o que justifica o meu poder aquisitivo altíssimo: através do trabalho árduo mesmo com a idade que tenho. O tempo que você perde neste blog sem classe alguma, eu ganho trabalhando e gerando renda para o país. 
Agora você ? Vai saber...
Não faço e jamais fiz discursos. Tenho atitude. Quanto ao meu português, verifico que tens razão. De fato, escrevi rapidamente e sem observância das regras da norma culta. Um erro meu, que não me desmoraliza em nada.
Agora, quanto à sua vida – você já confessou uma das falhas de seu IR [tão burro que fez prova contra si mesmo].
Curta bastante suas viagens – relaxe e aprecie a Europa, já tive este prazer por toda a minha vida. Agora, em breve, um determinado “Banco no Brasil” apreciará e muito revelar seus investimentos na monta de R$ 200.000,00 ou mais. (“Brasas” que o diga). Não deve ter entendido a brincadeira devido ao meu português ruim, mas eu quis dizer que gosto muito de “brasas” para fazer churrasco, só nos resta saber quem será o churrasco desta vez?
Um simples professor universitário? 
Quem dera que todos os professores universitários brasileiros pudessem apreciar tamanha cultura e deter sua eloquência na lapidação de seu saber. Pena que ninguém no Brasil, saiba quem é você.
E saiba sonegação, não dá multa, mas sim cadeia, bem como o investimento em nome próprio de monta de instituição alheia.
Continue analisando o meu português, assim poderá ocupar mais o seu tempo até que volte para ao Brasil.
Eu dormirei tranquilo, quanto a você aproveite sua angústia na Alemanha e indico que vá até Augsburg e Munchen. 
Boa viagem, simples professor universitário!
Aguardarei com prazer sua recepção no Brasil...
Um anônimo estatal (e não mais governamental)
Postado por Anônimo no blog Diplomatizzando em 23/04/12 14:16

Volto agora, para comentar, topicamente, como sempre faço. Destaco cada frase relevante -- deixando de lado o irrelevante -- e venho aos assuntos:

1) Prezado Paulo Roberto,
PRA: Alto lá!. Não aceito a qualificação: nenhum fascista que diz que vai me espionar e me denunciar para a Receita pode se pretender meu "prezado". Ele certamente errou e queria, na verdade, dizer "Desprezado PR".

2) Tenho alguns anos à sua frente e há muito vivi em França, apreciando excelentes livros e suas belas paisagens passando por Bordeaux, Auvergne, Ile-de-France e tantas outras.
PRA: Fascistas também sabem apreciar o que é bom, o que torna ainda mais incompreensível, e odioso, seu ataque a um post que procurava realçar, justamente, as virtudes do turismo cultural.

3) Não sou tão imbecil para ficar relatando meus feitos de viagens, visto que a discrição faz parte de minha personalidade.
PRA: Pois é, falta de discrição agora virou “imbecilidade”. Creio que esse tipo de imbecilidade pode ser apreciada por outras pessoas, que leem os meus posts e podem até descobrir, no meio da aridez dos temas econômicos e políticos que poluem habitualmente este ambiente, alguns motivos de deleite cultural. Apenas o ódio pessoal do fascista pela minha pessoa o levou a atacar-me por meio de um post cultural.

4) Diferente de você que faz parte da escória do MRE envergonhando a carreira, com sua bipolaridade exacerbada, sou um homem respeitado décadas e décadas.
PRA: Bem, aqui ficamos sabendo que o Itamaraty -- sempre tão elogiado mesmo em certos círculos fascistas-esquerdistas -- tem uma "escória", da qual eu faço parte. Obrigado por me esclarecer. Vou tentar descobrir quais seriam os outros colegas da escória, para escrever uma história, digamos assim, isenta, do Itamaraty, falando da escória e dos homens respeitados. Precisamos apenas saber a identidade do fascista em questão, para colocá-lo no lugar certo, os de tendências totalitárias e policialescas, ainda que de grandes qualidades e "respeitado há décadas". Apareça hombre!
Agora uma coisa não entendi: “bipolaridade exacerbada”? Isso quer dizer o que? Que eu defendo dois pontos de vista opostos ao mesmo tempo? Acho que ele se engana: eu tenho sempre um lado só: o da democracia, o da transparência, nunca escondo o que digo. Por exemplo: detesto fascistas de esquerda e de direita. Acho que ambos – na verdade é uma coisa só, os fascistas, os totalitários, os polícias do pensamento – estão conduzindo o Brasil a um desastre, a começar pelo desastre moral da intolerância e do fanatismo.

5) Lembro-me que quando você passava, todo “mocorongo”, nós ríamos de sua bizarrice, inclusive, em suas vestes desalinhadas e o Lula ainda nem sonhava em estar no Poder.
PRA: Vejam vocês, eu tinha admiradores ("nós ríamos..."), do meu desalinhamento, e nem desconfiava desses críticos secretos de minha aparência desconjuntada. Confesso, ao fascista de qualidades, e a todos que me leem, que, quando penso em comprar um terno, por exemplo, logo em seguida penso que com aquele dinheiro eu poderia comprar pelo menos dez livros. E assim faço, ou desisto... Não ligo para roupas, para sapatos, para a aparência pessoal; sou, sim, muito diferente do nosso fascista de qualidade, que deve andar sempre bem vestido (ele tem dinheiro, o que eu não tenho, ou não tanto quanto ele); ele se orgulha de ser chic, e detesta mocorongos, uma preocupação estética, digamos assim. Ainda bem que o Itamaraty tem um departamento de modas e adereços, do contrário onde colocaríamos todas essas vocações frustradas?
Mas eu acho que ele se engana: o Lula passou a se vestir de Armani e a cultivar todos os luxos e nisso ele também é diferente deste diplomata mocorongo. Eu, mesmo que chegasse a ser eleito presidente -- uh, lá, lá, lá, estou brincando, claro -- continuaria a preferir os livros a comprar roupas novas. Eu sou realmente um mocorongo desalinhado, muito diferente dos companheiros arrivistas e dos fascistas de qualidades.

6) Eu tenho uma empresa com filhos e noras, o que justifica o meu poder aquisitivo altíssimo: através do trabalho árduo mesmo com a idade que tenho.
PRA: Uau! O fascista se revela, perigosamente. Depois de ser diplomata, ele se tornou um capitalista, e de sucesso. Meus parabéns, fascistas também podem ser capitalistas, e ganhar muito dinheiro. Meu poder aquisitivo não é baixíssimo, mas não saio por aí torrando como um nababo, meu único vício são os livros.
Confesso que não tenho pendor, nem competência para ganhar dinheiro. Se por acaso eu deixar de ser um "simples diplomata", como o fascista escreveu anteriormente, vou ser um simples professor. E isso me basta. Não pretendo ficar rico, nem ter sucesso: quero apenas ter o suficiente para, e me repito: (a) comprar livros; (b) comprar livros; (c) comprar livros; (d) frequentar alguns restaurantes (não tão caros quanto os do fascista capitalista, ex-diplomata); (e) viajar, culturalmente, não para praias e outros atrativos telúricos, digamos assim; (f) comprar livros, etc., etc., etc.

7) O tempo que você perde neste blog sem classe alguma, eu ganho trabalhando e gerando renda para o país.
PRA: Corrijo, meu desprezível fascista: você ganha renda para você mesmo. O Estado (que você aprecia tanto, a ponto de me ameaçar com a Receita Federal e sabe-se lá quais outras agências fascistas e policialescas) se apropria, compulsoriamente, de parte substancial da renda que você cria, para gastos improdutivos, como todo esse aparato de espionagem e arapongagem que você pretende mobilizar contra este "simples diplomata" e modesto professor.
Confesso também que meu blog e meu site não têm "classe alguma": eles são feios, desajeitados, disfuncionais, enfim, tem vários defeitos, e nisso está minha "falta de classe": sou um incompetente total em matéria técnica, e se ouso empreender essas aventuras na internet é apenas por uma incontida vocação didática, por certo não parecida com sua incontida vocação policialesca.
Meus espaços têm apenas a função didática de revelar textos e materiais que podem ser úteis à formação de jovens e outros curiosos que por eles passam.
Nisso eu não crio renda nenhuma para mim; ao contrário, eu gasto parte da minha renda alugando espaço na internet (mas apenas para o site, pois o blog é free lunch, um presente de capitalistas americanos, algo que o nosso capitalista-fascista não faria, eu acredito).
E com isso eu crio, ou ajudo a reforçar, o que se chama de "capital humano", que, numa certa ótica, vale muito mais do que a "renda" que o fascista-capitalista acredita que está “criando para o país”. Países bem sucedidos, como os EUA, por exemplo, têm 70% do seu PIB expressos em termos de knowledge, ou seja, capital humano, não capital físico.
Portanto, meu desprezível capitalista-fascista, se você realmente quiser criar renda para o país, tente aumentar o capital humano, não produzir renda para seu próprio consumo conspícuo (apud Thorsten Veblen, que você deve saber quem é, talvez já tenha até lido).

8) Não faço e jamais fiz discursos. Tenho atitude.
PRA: Claro que tem atitude. A de intimidar, ameaçar, policiar, denunciar. Isso agora, que é um ex-diplomata aposentado e capitalista de sucesso. Mas nunca deixou de ser fascista, pois isso está entranhado em sua personalidade doentia. Tão doentia que costuma julgar os colegas pela maneira que se vestem, e não pelo que eles pensam e pelo que escrevem ou defendem. Como se o Itamaraty fosse um concurso de moda, uma disputa de beleza, e como se negociações internacionais se ganhassem com a marca do terno ou o corte de cabelo. Enfim, existem alguns dandys na carreira: eles têm todo o direito...
Vou lhe confessar uma coisa, fascista policialesco. Toda a minha vida eu li, estudei o Brasil e procurei saber o máximo possível sobre o que é o Brasil para melhor defendê-lo nas negociações internacionais. Valorizo muito mais o conhecimento sólido do que as aparências externas, que alguns ignaros continuam a chamar de "punhos de renda". Talvez você as tenha, ou mereça o apodo. Eu apenas procuro formular instruções corretamente, mesmo contra a opinião de certos chefes empolados e ignorantes, que apenas valorizam a disciplina e a hierarquia, mesmo sem qualquer conteúdo prático. Esse seu estilo ancien régime (fascista, bien sur) é a coisa mais inútil que existe na diplomacia brasileira. Aliás, me diga como se vestem e se comportam seus novos amigos de partido.

9) Agora, quanto à sua vida – você já confessou uma das falhas de seu IR [tão burro que fez prova contra si mesmo].
PRA: Pois é, eu sou tão burro que produzo provas contra mim mesmo. Esteja certo de uma coisa, meu caro fascista. A agência proto-fascista que se chama Receita Federal vai provavelmente me fiscalizar outra vez, e me dar nova multa e bloqueio de qualquer outro recebimento que eu tenha de órgão federal. É simples, e dou mais uma prova. 
Não sei quantos livros, exatamente, eu tenho, cada um de uma editora. Tem aquelas que pagam direitos autorais, e outras que não pagam, tem aquelas que avisam que o fizeram, e outras não. E assim é a vida. Eu não ligo muito, pois perderia mais tempo procurando do que vale meu tempo escasso de leitura. A Receita, que tem supercomputadores -- você deve ter acesso, caro fascista, ou peça a seus colegas de partido -- faz os cruzamentos e, pimba!, descobre para mim quem me pagou e tudo o que eu não declarei. Pronto, fica tudo mais simples assim. Ele me avisam que eu recebi aqueles míseros trocados -- acredite, nunca superou 500 reais -- de tal editora, me colocam uma multa e corrigem para mim essa declaração tão chata que tenho de fazer. Uma declaração fascista...
Não sou um capitalista como você, de sucesso, e com amigos na Receita, que pode ter contabilistas para fazer sua declaração de IR. Mal dou conta de meus parcos haveres...
Eu detesto tudo isso, não tenho paciência, e sempre quero dar todo o meu dinheiro para minha mulher para ela me dar uma mesada para comprar livros, e assim me deixar livre dessas maluquices. Ela, como não é maluca, nunca aceita, e lá vou eu me atrapalhar com a Receita mais uma vez.
Façamos assim, capitalista-fascista: avise antecipadamente seus amigos da Receita para me fiscalizarem preventivamente, e me avisar de todos os royalties que preciso declarar, pois eu sinceramente não sei. Obrigado, por uma vez, sinceramente...

10) Agora, em breve, um determinado “Banco no Brasil” apreciará e muito revelar seus investimentos na monta de R$ 200.000,00 ou mais.
PRA: Uau! Nosso fascista já investigou minha vida, devassou os meus livros contábeis (que aliás não existem) e sabe mais sobre mim do que eu mesmo. Deve ser legal, no reino dos fascistas, se imiscuir nas contas dos outros. Mais um pouco e eles chegam lá...
Confesso que nunca somei o que tenho de Tesouro Direto, CDBs, poupança e dois ou três carros. Talvez o fascista amigo da Receita queira fazer a soma para mim e mandar por este mesmo meio, aberto, transparente, absolutamente devassável, como deve ser a vida de um "simples diplomata" e de um modesto professor. Isso é que é caráter...

11) Quem dera que todos os professores universitários brasileiros pudessem apreciar tamanha cultura e deter sua eloquência na lapidação de seu saber. Pena que ninguém no Brasil, saiba quem é você.
PRA: Mas isso é um elogio? Do fascista que me odeia? Estou surpreso.
Mas em seguida vem o ataque, aliás incorreto. Não sei se ele me ataca pelos livros, pelos artigos, pelo site ou pelos blogs, mas acho que sou moderadamente conhecido.
Faça o teste, fascista: coloque o meu nome, entre aspas, no Google (pode ser no Yahoo ou no Bing, também serve), e o seu; depois compare os resultados. Mas isso é enganoso, pois o Google normal é um péssimo instrumento de pesquisa para o que realmente me interessa. Não sei se você sabe o que é o Google Scholar, que retém apenas citações de obras acadêmicas. Coloque meu nome lá, e você verá quão desconhecido eu sou, no Brasil, ou no exterior. Não gosto de fazer comparações, pois sou um "simples diplomata", e um mero professor, e nunca serei um capitalista de sucesso - e certamente não tenho vocação para fascista denunciante -- mas creio que não sou tão desconhecido quanto você pensa.

12) E saiba sonegação, não dá multa, mas sim cadeia, bem como o investimento em nome próprio de monta de instituição alheia.
PRA: Acho que o fascista ou seus informantes da Receita estão enganados, ou foram enganados por homonímia. Uma vez veio um oficial de justiça em minha casa, para embargar meus bens, por causa de uma dívida não paga de um homônimo. Outra vez, foi um cartão de crédito clonado; uma outra, a propriedade de imóvel não sei onde. O Estado brasileiro trabalha mal. O fascista por certo investigou mal e me toma por um capitalista enrustido, justo eu, que não sou um capitalista de sucesso, como ele. Eu mesmo gostaria de conhecer esses meus fabulosos investimentos (em paraíso fiscal?).
Mas o Português, mais uma vez deficiente, do nosso fascista, me impede de saber o que ele pretende insinuar: “nome próprio de monta”? Parbleu: e de “instituição alheia” ainda por cima? Sou um laranja, seria isso? Ele precisa ser mais explícito, e revelar aqui, à vista de todo mundo, todos os meus investimentos não declarados. Vai ver que eu sou como aquele personagem de Molière: sou rico sem o saber... Ou então aquele chefe de quadrilha que anda solto por aí registrou coisas em meu nome, sem que eu saiba...

13) Um anônimo estatal (e não mais governamental)
PRA: E aqui termina o nosso fascista, sempre covarde para revelar o seu nome, e que aproveitou minha correção quanto às distinções a serem feitas entre o "governamental" e "estatal" para se apresentar melhor, mas sem pagar direitos autorais pela minha aula de direito administrativo.

Confesso que fico desconfortável em tão fascista companhia, mas, como Erasmo, eu sou tolerante. O Itamaraty é uma grande burocracia, tão grande, em espírito, quanto o Vaticano, com seus segredos e tendências, escolas de pensamento e preferências pessoais e isso faz a sua diversidade. Temos desalinhados mocorongos, que preferem comprar livros a comprar roupas novas; temos fascistas alinhadíssimos, que passam o seu tempo vigiando companheiros, e se possível denunciando-os à "polícia dos costumes" e aos órgãos do fascismo tributário; temos anarquistas e liberais; temos petistas e social-democratas, negros e brancos, heterodoxos e ortodoxos, e várias preferências sexuais, cela va de soi.
Existem, sobretudo, pessoas que dizem o que pensam, e não têm restrições mentais em assinar embaixo do que escrevem; que escrevem o que pensam, em total liberdade.
Mas também existem aqueles que preferem se esconder para expressar o seu ódio no plano pessoal, sem qualquer motivo, assim gratuitamente; talvez por inveja, talvez por despeito, sabe-se lá o motivo para que fascistas -- que são a escória da humanidade -- resolvam atacar colegas, chamando-os de  "escória do Itamaraty" (devo estar na pouco saudável companhia de outros anarco-libertários, também desalinhados, certamente).
Ficamos por aqui, pois este post já está cansativo.

Mil perdões a meus leitores por este assunto aborrecidíssimo, mas creio que era necessário chamar as coisas pelo nome.
E fascistas devem ser chamados pelo que são: fascistas!

Paulo Roberto de Almeida 
(Basileia, 24/04/2012; 00h53)

sábado, 22 de outubro de 2011

A frase (ou a piada?) da semana, do mes, do ano e do seculo (miseravel dos maoistas)

Maoistas, como os do PCdoB, são inerentemente autoritários, e eu até diria totalitários.
Claro, esse pessoalzinho do PCdoB já não está mais interessado em construir o socialismo, o comunismo, o maoismo, ou qualquer coisa parecida, pois sabem -- ou pelo menos se renderam às evidências, mesmo a contragosto -- que isso nunca deu certo e nunca vai dar certo, embora alguns malucos ainda achem que o socialismo é a solução para todos os problemas humanos, sociais, animais, etc...
Eles agora só querem viver das prebendas do capitalismo, ou  melhor, estão interessados em explorar os capitalistas, invertendo a concepção marxista original (ironias da História, claro...).
Mais do que viver às custas dos capitalistas, ou explorá-los, esse pessoalzinho com DNA de mafiosos fascistas -- sim, existe a categoria no dicionário da política, pelo menos no meu -- querem mesmo é assaltar o Estado, que é muito mais fácil do que assaltar os capitalistas. Afinal de contas, os capitalistas são muitos, e dá muito trabalho ir atrás de cada um deles. O Estado é um só, e é muito melhor grudar nele e sugar recursos de todas as suas numerosas tetas e bolsos...
Pois é, os novos mafiosos fascistas acham que resolvem seus problemas atuais -- derivados justamente dos crimes que cometem continuamente -- tapando os canais de comunicação livres.
Isso apenas revela que, se eles deixaram de ser socialistas, eles continuam totalitários, como sempre...
Paulo Roberto de Almeida 



Augusto Nunes

As calúnias lançadas contra o ministro e contra seu partido, o PCdoB, são o melhor exemplo da necessidade, da imposição, de uma legislação para regular a mídia e democratizar os meios de comunicação.”

Nota divulgada pelo PCdoB, para explicar ao povo brasileiro que a melhor maneira de acabar com a corrupção no Ministério do Esporte é proibir a imprensa de divulgar notícias sobre as roubalheiras promovidas pelo bando de comunistas capitalistas liderados por Orlando Silva.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Causa Operaria: misturando fascismos (Caso Battisti)

O que vai abaixo é uma matéria de corte nitidamente fascista, tentando imputar essa postura à Justiça italiana, que o articulista confunde com o governo Berlusconi.
Noto, en passant, que os redatores da Causa Operária fariam melhor se aprendesse primeiro a escrever direito em Português...


Caso Battisti: o governo não pode aceitar nenhuma imposição dos fascistas italianos


Editorial Causa Operária online, 2 de outubro de 2011

Mesmo após a decisão soberana do Estado brasileiro em conceder asilo político ao ex-militante Cesare Battisti, decisão tomada pelos poderes Executivo e Judiciário, o Brasil continua sendo vítima da chantagem do governo Silvio Berlusconi. A prova de que o governo italiano busca passar por cima das decisões brasileiras foi dada em um recente evento comemorativo da juventude do Partido da Liberdade onde o primeiro ministro italiano declarou que “Não foi dada a última palavra [sobre o caso Battisti], acho que podem acontecer coisas que podem mudar a situação.
E de fato, o governo italiano tem realizado uma ofensiva no último mês para reverter a decisão. Primeiro, deu um ultimato ao governo brasileiro afirmando que daria como prazo final o dia 15 de setembro e se o caso não fosse reconsiderado recorreria da decisão no Tribunal de Haia. Depois disso, deu a primeira demonstração de boicote econômico. Na semana passada, o contrato entre o Ministério da Defesa e o estaleiro italiano Fincantieri foi suspenso pela recusa brasileira em não extraditar Battisti.
A tentativa de reverter a decisão é uma afronta a soberania brasileira, pois a decisão de conceder asilo político, ou seja, a decisão de um Estado em acolher alguém perseguido em seu país de origem, cabe unicamente ao Brasil.
Recentemente, o governo francês negou o pedido de extradição feito pelo governo Berlusconi de Marina Petrella, ex-militante do grupo guerrilheiro italiano Brigadas Vermelhas durante os anos 1970, o mesmo período em que Battisti exerceu atividade política no PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Contra a decisão soberana do Estado francês não houve protestos por parte de Berlusconi. O que mostra que a insistência em impor a extradição de Battisti e a tentativa de passar por cima das decisões do Estado brasileiro constitui uma típica atitude de um país imperialista com outro semicolonial.
Neste sentido, o acordo realizado entre os governos brasileiro e italiano para criar uma “comissão de conciliação” para analisar o caso é mais uma capitulação do PT diante da direita e do imperialismo. Esta comissão será formada por três pessoas: um representante da diplomacia italiana, outro da diplomacia brasileira e um terceiro indicado por um terceiro país escolhido de comum acordo pelos dois governos. Após quatro meses será produzido um relatório sobre o caso.
O governo Dilma Rousseff e seus partidários tentaram apresentar a aceitação da proposta como um ato para evitar um julgamento em Haia e defender a soberania nacional, no entanto, a política do PT não será capaz de evitar que o caso seja levado para este tribunal e é o oposto da defesa dos interesses nacionais contra esta agressão.
Em primeiro lugar, aceitar a “comissão de conciliação” não evitará que o governo italiano recorra do tribunal de Haia. [sic PRA] Segundo o acordo firmado, se qualquer uma das partes não concordar com o parecer da comissão ou simplesmente não emitir um parecer, o caso será enviado ao Tribunal de Justiça de Haia. Depois de todos estes esforços, Berlusconi e seus aliados na Itália, muitos deles oriundos diretamente das fileiras do fascismo, desistiriam de extraditar Battisti? Aceitariam, por exemplo, um parecer do governo brasileiro que defenda sua decisão de conceder asilo para Battisti?
Em segundo lugar, é uma aceitação das imposições do governo italiano porque mesmo a decisão desta comissão não tendo caráter de decisão judicial servirá como um instrumento de chantagem.
Neste sentido, é preciso denunciar a capitulação do governo Dilma Rousseff e mais este ataque dos fascistas italianos liderados por Silvio Berlusconi.