Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
A ONU me escreve, para me oferecer dinheiro (contra uma pequena taxa)
Acho que vou dispensar: dois milhões de dólares, depois do que os companheiros conseguiram na Petrobras é muito pouco.
Vou ver se tem alguma correspondência da Petralhabras para mim...
Paulo Roberto de Almeida
Escritório do Diretor
Liquidação Internacional de Crédito
Organização das Nações Unidas
Beneficiário atenção,
Isso é para informá-lo oficialmente que o seu endereço de e-mail está registrado em nosso banco de dados como uma pessoa de ser compensado pela Organização das Nações Unidas.
Os funcionários da Organização das Nações Unidas aprovou a manipular e liberar um pagamento valorizado 2,2 milhões (2,2 milhões de dólares) para você.
A soma acima foi recuperado de scammers em todo o mundo para compensar as vítimas para que possam satisfazer as suas necessidades. A ONU decide dar esta ordem aprovação irrevogável com este código de liberação: 06,654 em seu favor e-mail para o seu direito contratual, a sua herança, fundo Lotto que você não recebeu ainda das instituições anteriores foi aprovado por esta comissão, que o seu fundo será lançado através das Nações Unidas.
Nota: Agora, como indicado pelo nosso secretário-geral Ban Ki-Moon, estamos trabalhando em colaboração com a Câmara de Comércio África do Sul quanto à matéria decidiram renunciar fora todas as suas taxas de desembaraço / Encargos e autorizar o Governo da África do Sul para efetuar o pagamento da sua remuneração de um montante de 2,2 milhões (2,2 milhões de dólares), aprovado tanto pelo governo britânico e as Nações Unidas em sua conta bancária, sem mais delongas.
A única taxa que você vai pagar para confirmar o seu fundo em sua conta bancária é a sua taxa de Cartório aprovado pela ONU, que é 425,00 dólares apenas.
Além disso, você é o conselho para apresentar alguma de sua escolha de como você deseja receber o seu fundo, Em relação ao banco para transferência bancária, você é obrigado a fornecer as informações abaixo.
Volte para nós com os seus dados bancários:
Nome Completo: .......................
País: .........................
Telefone: ...........................
Nome do banco: .......................
Endereço do banco: ....................
Conta Bancária: ....................
Profissão: ......................
Uma cópia da carteira de motorista ou passaporte internacional (se houver)
Também para sua informação que você está conselhos para parar qualquer outra comunicação com todos os outros escritórios e instituições; isso é para evitar qualquer problemas em finalizar seu pagamento por esse serviço.
Você pode contactar-me para mais informações através do número de telefone abaixo + 27 630 291 635
Atenciosamente,
Escritório das Nações Unidas, a África do Sul,
(Em nome da comissão)
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Vou pedir para algum companheiro ligar para o número acima indicado, depois que ele confirmar com o Ban Ki Moon que é isso mesmo...
Sou um cara de sorte, como vocês podem perceber, mas menos do que aqueles que apostaram na Petralhabras...
Paulo Roberto de Almeida
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Novo sistema de autoatendimento BB - novo sistema de acesso ao Brasil dos companheiros
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Agora, adaptado aos novos tempos da bandidagem político-partidária:
Prezado Otário Brasileiro,
A equipe de falcatruas generalizadas do partido dos companheiros se preocupa em que você seja assaltado, em toda tranquilidade, seja pelos meios eletrônicos diretos desse órgão fascista por excelência que arranca parte do seu salário antes mesmo de você o receber, seja por meios indiretos, nas concorrências viciadas, nas compras superfaturadas, nas contribuições de dízimo, vigésimo e trigésimo de toda a companheirada aboletada nos cargos públicos (sem ter competência para tal), nas dotações generosas dadas a ONGGs do partido (disfarçadas de entidades benévolas, quando são altamente malévolas), nos subsídios e transferências realizadas para todos os sanguessugas que recebem pensões, transferências, subsídios (para órgãos tão inocentes quanto os neobolcheviques do MST), enfim, para todos os companheiros das máfias sindicais e das centrais fictícias, que recebem das gordas tetas do MTb sem precisar prestar contas a qualquer órgão de controle do regime burguês que veio antes de nós.
O motivo deste nosso email é para avisar que, no último dia 15/11/2013, alguns companheiros ficaram temporariamente indisponíveis para consultas diretas, conversas ao pé do ouvido, enfim, para serviços diversos, por causa de sua transferência para as novas e acolhedoras acomodações nos escritórios federais vulgarmente conhecidos como Papuda, o que todavia não os impede de se comunicar com a companheirada por meio de bilhetes, mensagens, matérias de imprensa, declarações de seus caríssimos advogados, e outros meios que o próprio Estado se encarrega de lhes fornecer. Os companheiros avisam que tal situação -- que já motivou procissões na frente dos novos escritórios -- é puramente temporária, e será revertida assim que componentes adicionais de acesso sejam instalados e estejam plenamente operacionais a partir desta atualização.
Se você está satisfeito com os nossos serviços da série "nunca antes", clique aqui para sua atualização cadastral:
(...)
Entenda que nossos serviços são obrigatórios, por delegação dos milhões de otários que votaram em nós, motivados pelo nosso discurso cativante, prometendo mundos e fundos, bem como por mandato especialmente conferido pelas dezenas de milhões que integram o imenso exército de assistidos do novo Brasil (um quarto da população, não é maravilhoso?), todas elas pessoas físicas (o que não impede que algumas pessoas jurídicas também se aproveitem dessas gordas tetas do Estado brasileiro, copiosamente azeitado por novos recursos que extorquimos desses burgueses idiotas, que até nos financiam voluntariamente).
Qualquer dúvida, entre em contato conosco.
(logo, etc.)
Pela adaptação,
Paulo Roberto de Almeida
sábado, 27 de julho de 2013
Christine Lagarde, do FMI, me oferece um "Bank massage"
Deve ser alguém perto da Tailândia, mas não lá, pois eles sabem falar inglês.
Aposto que deve ser um chinês: eles são expertos nesse tipo de tradução do inglês.
Aliás, tem até vários volumes publicados sobre esse tipo de "lost in translation".
Quem quiser fazer massagens financeiras, disponha...
Paulo Roberto de Almeida
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Ops! Estamos lidando agora com bandidos de primeira
Bem, parece que nossa alegria acabou.
O que vemos abaixo é a obra de bandidos federais, se ouso dizer, gente preparada, não diria culta, mas na norma correta da última flor do Lácio, que podem enganar alguns incautos, se por acaso eles se encontrarem numa situação que se encaixa nessa tentativa de fraude.
A mensagem me chegou desta fonte, exatamente no meu endereço eletrônico.
Vamos precisar estar atentos, pois, e já não vale mais pedir ao MEC que preserve, como só ele sabe fazer, a má qualidade do ensino público...
Paulo Roberto de Almeida
Segunda-Feira, 16 de julho de 2012
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Sr. Contribuinte,
Informamos que o parcelamento abaixo discriminado, vinculado ao cadastro nº 105495667 encontra-se inadimplente e será extinto após 90 dias do vencimento da primeira parcela não paga.
Parcelamento: 102.002991/2012 | Vencimento: 25/04/2012
Lembramos que a extinção do parcelamento implicará na perca, a partir da extinção, do direito aos benefícios autorizados pela lei, relativamente ao saldo devedor remanescente, além das seguintes medidas administrativas e judiciais de cobrança
- Inscrição do débito remanescente na Dívida Ativa do Estado;
- Disponibilização das informações relativas ao débito e respectivo devedor no banco de dados SERASA; - Encaminhamento para Cobrança Judicial. |
[link para a trapaça]
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OBS: Caso tenha quitado a parcela, desconsidere este expediente
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Secretaria de Estado da Fazenda
Gerência de Recuperação de Créditos
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terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Companheiros capitalistas (mas mafiosos, como sempre...): o estranho caso do Panamericano
O fato de não conhecermos os detalhes, não impede, porém, de deduzir o que houve: capitalistas espertos, mafiosos como de vez em quando acontece, se uniram a companheiros mafiosos por natureza para arrumar "negócios" e enriquecer os novos capitalistas do capital alheio.
Como se dizia, antigamente: quem não come mel, quando come se lambuza.
O que os companheiros conseguiram, foi se lambuzar extraordinariamente do capital alheio.
O mais extraordinário ainda foi que tudo foi feito para enganar os trouxas, que eles pensam que somos todos nós. Vão embaralhar o negócio todo, pensando que somos idiotas a ponto de acreditar nas mentiras que estão contando.
Já existe um graúdo que deveria ter caído -- além de dois ou três outros na corda bamba -- e agora existe mais um que deveria ter se demitido de vergonha por sua participação nesse fabuloso negócio.
Além de toda a diretoria do banco estatal e, quem sabe até?, do Banco Central...
Paulo Roberto de Almeida
História mal contada
Revista Piaui, dezembro de 2011
Quanto mais se mexe no caso do Banco PanAmericano, mais sinistro ele fica
domingo, 30 de outubro de 2011
E o Premio Nobel de Literatura vai para...???
Vejam a mensagem que acabo de receber de Alima Mustapha, filha do ex-ministro de ouro e diamante da Líbia, querendo dividir nada menos do que US $ 10,6 milhões, e 100 quilos de pó de ouro de aluvião e 150 quilates de diamantes.
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Addendum em 31/10/2011:
Na verdade, como me alertou um leitor, esses empresários nigerianos (e outros) já foram contemplados, não exatamente com o Prêmio Nobel de Literatura, mas com o Premio IgNobil, de 2005, como expresso abaixo:
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Bancos: socializando as perdas, privatizando dinheiro coletivo
Paulo Roberto de Almeida
Finanças
Bancos: Questiona-se se a função de preservar depositante foi desvirtuada
Aline Lima
Valor Econômico, 03/02/2011
Caso PanAmericano levanta dúvidas sobre papel do FGC
Bueno, do FGC, diz que dinheiro do socorro é dos bancos, não do correntista
São Paulo - A engenharia financeira costurada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para salvar da liquidação o PanAmericano, operação até então inédita no mercado, vem levantando uma série de questionamentos sobre o real papel da entidade. O FGC, afinal, foi criado para ressarcir depositantes ou salvar bancos? O dinheiro é realmente dos banqueiros ou de correntistas e poupadores? O socorro pode criar precedente para outros bancos fazerem o mesmo?
Vários executivos de bancos que não tinham exposição ao PanAmericano ficaram "mordidos" com o desfecho do episódio. "Como sócio, vou querer saber direitinho quem está arcando com esse prejuízo", reclamou um deles no dia seguinte ao fechamento da venda do PanAmericano para o BTG Pactual. Os grandes bancos de varejo, compradores das carteiras de crédito do PanAmericano, são também os principais cotistas do FGC e cabe a eles a decisão final sobre os assuntos do fundo. Não se sabe se, no caso do PanAmericano, a decisão foi unânime - mas o fato é que foi aprovada.
O debate ganha mais força depois do segundo socorro, com a "saída por cima" do empresário Silvio Santos, responsável em última análise pelo rombo como antigo controlador. Silvio saiu sem dívidas, com todas as empresas colocadas como garantia liberadas e R$ 740 milhões pagos pela Caixa em 2009 no bolso. Ele perdeu o banco, mas isso seria o mínimo esperado.
Apesar disso, bancos médios e pequenos reconhecem a importância de se ter evitado a liquidação. Uma eventual quebra enxugaria a liquidez do sistema e poderia provocar um efeito dominó. Esse, aliás, é o principal argumento do fundo para justificar o resgate.
O FGC foi criado em 1995 para garantir que poupadores e correntistas não saíssem de mãos abanando caso alguma instituição financeira viesse a quebrar. Desde 2001, porém, o Banco Central está proibido de conceder empréstimos a bancos quebrados por conta da lei de Responsabilidade Fiscal, que revogou o Proer, o programa de socorro aos bancos.
O FGC acabou assumindo, na prática, também esse papel de "saneador", estimulado pelo próprio BC. Tem sido, desde então, o principal articulador nas liquidações de bancos, tendo passado pelo fundo mais de 25 casos. Durante a crise financeira internacional de 2008, o fundo teve papel importante no restabelecimento da liquidez do mercado, por meio da compra de carteiras de crédito. "Nosso objetivo também é garantir a estabilidade do sistema", explica Gabriel Jorge Ferreira, presidente do FGC.
A postura de defesa do sistema bancário assumida pelo FGC suscita dúvidas, porém, sobre seu papel principal, que é o de prestar garantias de créditos a depositantes. No fim das contas, o socorro serviu mais aos depositantes ou aos acionistas dos bancos? O PanAmericano captava principalmente junto a investidores institucionais e bancos, não era um banco de conta corrente.
Segundo Antonio Carlos Bueno, diretor executivo do FGC, o risco de que o patrimônio do fundo tenha ficado comprometido com a operação de salvamento do PanAmericano não existe. O patrimônio do FCG é hoje de R$ 26 bilhões, já descontados os R$ 3,8 bilhões gastos para evitar a quebra do banco de Silvio Santos. "Arrecadamos R$ 150 milhões por mês, mais R$ 200 milhões de receita financeira com título público federal", afirma.
O patrimônio do FGC é formado por contribuições compulsórias dos bancos. Todo mês, as instituições financeiras calculam o saldo médio de todo tipo de depósito - à vista, a prazo, poupança, letras de câmbio, imobiliárias e hipotecárias - e depositam o equivalente a 0,0125% desse volume na conta do FGC. A contribuição feita pelos bancos é registrada no balanço como despesa, como qualquer outro gasto administrativo. A despesa reduz o lucro e o Imposto de Renda a ser pago também diminui.
Muitos correntistas devem também estar se perguntando se o dinheiro do fundo, no fim das contas, não sai do bolso deles. Não é difícil imaginar que esse custo está embutido no spread bancário ou nas tarifas ou numa remuneração menor da aplicação. "Se for assim, tudo no mundo quem paga é o consumidor. A Coca-Cola comprada no Pão de Açúcar, por exemplo, serviria para cobrir o gasto da rede com propaganda", rebate Bueno.
Ficou sem resposta, porém, se a solução inédita concebida pelo FGC para salvar o PanAmericano vai criar precedentes no mercado. O tempo, nesse caso, dirá.