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domingo, 18 de outubro de 2015

Nem mesmo o Itamaraty escapou dos crimes do lulopetismo - Editorial Estadão

Dar passaporte diplomático a quem não tem direito parece um gesto trivial, mas não é: só revela o caráter de quem ordenou a falcatrua.
Paulo Roberto de Almeida

A sem-vergonhice sentou praça
Editorial O Estado de S.Paulo, 18/10/2015

O panorama de ampla, geral e irrestrita sem-vergonhice escancarado pela divulgação diária de novas e escandalosas roubalheiras, conchavos e chicanas coloca o País diante do risco da banalização de uma rotina que pode acabar transformando em conformismo a indignação que hoje assalta a consciência cívica nacional. Afinal, se todo mundo é ladrão, se é impossível associar política a princípios morais, se a regra é o salve-se quem puder, dane-se o resto, que eu vou cuidar da minha própria vida. Foi algo assim – no caso, o processo de conversão ao “pragmatismo” – que abriu a Lula e a seu PT o caminho de acesso ao poder e à insensibilidade moral.
Passou a valer o debochado aforismo: “Instaure-se a moralidade, ou nos locupletemos todos”, sendo apenas para constar a primeira alternativa do brocardo. É a lógica dos safados, a desculpa dos picaretas, o refúgio da bandidagem engravatada. É a motivação oculta dos idealistas de fôlego curto que acabaram descobrindo que é muito mais fácil e proveitoso desfrutar do poder do que usá-lo para promover o bem geral.
Só que Lula e sua tigrada não consideraram que no clube do “locupletemo-nos todos” teriam de dividir espaço com gente de larga experiência na matéria, velhos e astutos coronéis e capas pretas da política. E, quando os petistas tentaram transformar esses “aliados” em meros coadjuvantes na cena política, deu-se o desastre: surgiu um Eduardo Cunha para mostrar que Lula, Dilma & Cia. eram pouco mais que aprendizes afoitos e desastrados em matéria de malandragem, dissimulação e falta de escrúpulos.
Misturada a sem-vergonhice com a incompetência, o País mergulhou na atual crise, cuja marca mais perniciosa tem sido a falta de esperança numa solução de curto ou de médio prazo.
Os brasileiros não podem, no entanto, simplesmente dar as costas àquilo que repudiam e renunciar ao direito de lutar pela construção de seu próprio destino. O primeiro passo é identificar com clareza as figuras que, por nefastas, merecem ser punidas com a expulsão da vida política. É uma punição para a qual a democracia oferece a todos uma arma poderosa: o voto.
É mais do que óbvio que, depois de 12 anos no governo, a irresponsabilidade do populismo lulopetista é a principal culpada pelas agruras que maltratam hoje os brasileiros, de modo especial os mais pobres, em nome dos quais o PT reclamou o poder. E quem personifica, desde sempre, a imagem do PT? Não é, certamente, a presidente Dilma Rousseff, que já está com prazo de validade vencido. O PT é Lula. E a grandeza de Lula se mede por um de seus últimos atos na Presidência da República.
Em dezembro de 2010, Lula ordenou a seu chanceler, Celso Amorim, que ignorasse o regulamento do Itamaraty e contemplasse com passaportes diplomáticos os petizes Da Silva, que estavam, já então, destinados a iniciar prósperas carreiras como empresários. Que mal há nisso? O mal, na questão dos passaportes, é que está errado, não pode, a lei não permite, nem mesmo um presidente que deixa o cargo desfrutando de altíssima popularidade está acima da lei. Em resumo, é imoral.
Exatamente porque não hesitou em beneficiar a filharada com favores indignos, Lula demonstrou que não teria dúvidas em fazer o mesmo em outras circunstâncias, digamos, menos triviais. O noticiário recente exibe o elenco de possibilidades que se abriram à sortuda prole.
Tudo passa, para recorrer ainda à sabedoria popular de que Lula se vangloria de ser guardião. Dilma, por exemplo, passará. Mas Lula acha que ficará – e mexe os pauzinhos para chegar a 2018 como o salvador da pátria, a mesma que ajudou a enfiar neste buraco fundo em que estamos.
Mais cedo ou mais tarde, Lula terá de se haver ou com a ação conjugada da PF com o MPF ou com as urnas. Da condenação destas últimas só escapará se os brasileiros perderem a fé em que podem ser sujeitos e não meros objetos da História.

sábado, 7 de março de 2015

(Des)Educacao no Brasil: a terra de todos os vicios e de todas as corrupcoes

Eu me pergunto que máquina poderosa de reflexão, de pesquisa, de redação, revisão, correção e finalização de trabalhos acadêmicos é capaz de produzir um TCC em três dias e uma dissertação inteira em apenas uma semana, sendo que os clientes não precisam fazer nada, nem pensar, apenas pagar.
Suponho que este serviço que me está sendo oferecido a partir de Brasília (uma das capitais do crime de colarinho branco no Brasil), deva existir em todas as capitais igualmente, mas na verdade ele prescinde de locais físicos, podendo ser praticado a partir de qualquer lugar do planeta.
Suponho também que uma boa investigação, pelo lado dos pagamentos (não do telefone ou do site, que podem ser virtualizados facilmente), possa chegar aos responsáveis pela poderosa empresa de fabricação de trabalhos acadêmicos.
Para prepararem "originais inéditos", e não cópias que possam ser detectadas facilmente como fraudes, os empresários do crime devem contar com vários professores, especialistas em muitas áreas de conhecimento. Que tipo de acadêmico colabora com um empreendimento desses?
Seria este o caminho do ensino no Brasil?
Não vamos nos cansar de novidades nessa área.
Paulo Roberto de Almeida

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domingo, 6 de abril de 2014

Petrobras-Pasadena: gestao incompetente, provavelmente deliberada, doscompanheiros

Um prejuízo dessa magnitude só pode ter sido proposital, ou seja, construído. E isso é criminoso.
 Nada que os companheiros não tenham feito na própria matriz...
Paulo Roberto de Almeida 

Em dois anos sob gestão da Petrobras, Pasadena perdeu US$ 300 milhões

O rombo no caixa da empresa passou de 6,5 milhões de dólares em 2007 para 289,9 milhões no ano seguinte; diretoria da Astra reclamava de gastança desenfreada

Ana Clara Costa
Veja, 05/04/2014
Pasadena Refining System Inc. no Texas
PASADENA - Prejuízo milionário em apenas dois anos de operação da Petrobras (Reprodução/Google Street View)
Se controlar os gastos em sua operação brasileira parece não ser o forte da Petrobras, fazê-lo em subsidiárias no exterior é tarefa ainda mais improvável. Exemplo disso é o rombo no balanço da refinaria de Pasadena nos anos de 2007 e 2008. Os números nunca foram discriminados no resultado financeiro da estatal, mas foram obtidos com exclusividade pelo site de VEJA na Justiça do Texas — e assustam. Em dois anos, as perdas acumuladas chegaram a 300 milhões de dólares, quase 700 milhões de reais. A conta torna-se ainda mais espantosa porque se trata de um levantamento parcial. De 2009 para cá, levando-se conta que a refinaria jamais deu lucro, o saldo negativo pode ter se ampliado de forma exponencial. Pasadena foi adquirida pela Petrobras por 1,18 bilhão de dólares após um litígio de dois anos com a Astra Oil, que terminou em 2011.
Relatório confidencial da KPMG feito em 2009 apontava que a refinaria acumulava prejuízos subsequentes e que seu fluxo de caixa dependia essencialmente dos aportes de seus sócios, Petrobras e Astra Oil. Ainda de acordo com o documento, a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações financeiras era “historicamente e amplamente” relegada aos controladores. Diante das baixas expectativas de entradas futuras de dinheiro, a KPMG afirmou que não esperava que a dependência “fosse revertida no médio prazo”. O relatório mostra que, em 2007, as perdas foram de 6,5 milhões de dólares — e avançaram para 289,9 milhões de dólares no ano seguinte.

Balanço da PRSI










Os salários de funcionários de uma refinaria obsoleta eram parte relevante dos gastos. No balanço mostrado pela KPMG consta que 12 milhões de dólares foram usados para pagar funcionários em ambos os anos, sem que uma gota de gasolina saísse dos tonéis. Contudo, tais despesas se tornam secundárias se comparadas a supostos bônus que os funcionários da refinaria receberam sem que ela desse um dólar de lucro. Depoimento do supervisor tributário de Pasadena, Dong-Joon, ao qual o site de VEJA teve acesso, dado em 2009, afirmava que o Fisco americano havia questionado a refinaria pelos bônus de 52 milhões de dólares pagos a funcionários naquele período. Joon afirmava que os fiscais queriam um maior detalhamento sobre o pagamento dos prêmios, mas a refinaria afirmou, em correspondência oficial, que não poderia explicar o que quer que fosse. Joon também exercia a função de supervisor tributário na Petrobras América, subsidiária da estatal brasileira.
A gastança desenfreada foi um dos maiores pontos de discórdia entre a Astra e a Petrobras na gestão de Pasadena. Executivos da empresa belga já afirmavam, em troca de e-mails datados de dezembro de 2006, que os gastos eram o último item da lista de preocupações da estatal. “Como Alberto (Feilhaber) disse tantas vezes, a Petrobras não tem nenhum problema em gastar dinheiro”, afirmou o diretor Terry Hammer em mensagem ao presidente da Astra, Mike Winget, e ao próprio Feilhaber — ex-funcionário de carreira da Petrobras e então diretor da área de trading da empresa belga.
A estatal tinha a intenção de dobrar a capacidade de produção de Pasadena, o que exigiria investimentos da ordem de 2 bilhões de dólares. Os belgas, segundo os documentos da Justiça americana, não estavam dispostos a dividir tal aporte pelo simples fato de não acreditarem no retorno de seus investimentos após a modernização e ampliação da refinaria. Foi justamente o ímpeto de dispêndios que impôs uma barreira intransponível entre a Petrobras e os sócios belgas logo no início da joint venture, e sepultou qualquer chance de acordo entre ambas.
A Petrobras não informa o quanto teve de aportar na refinaria deficitária e tampouco os investimentos feitos no projeto. Contudo, no testemunho de Mike Winget na Câmara de Arbitragem, o executivo afirmou que a estatal injetou mais de 200 milhões de dólares na operação de Pasadena, sem levar em conta os valores relativos à aquisição. Winget reconheceu que, a partir de dezembro de 2007, quando a situação entre as duas empresas já estava perto do insustentável, a Petrobras passou a financiar sozinha Pasadena, sem pedir recursos à Astra.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

China: corrupcao cientifica de alto nivel - revista Science

No Brasil a gente conhece o fenômeno dos "ajudantes" de TCC ou dos "revisores" de teses e dissertações. Na China, como sempre, a corrupção atinge dimensões gigantescas.
Nota: o artigo da revista Science só está disponível contra compra. Quem tiver acesso, por sistemas universitários de bancos de dados e privilégios de consulta, poderia me mandar...
Paulo Roberto de Almeida 

Un scandaleux marché noir de la science en Chine
Pierre Barthélémy
Blog Science Le Monde, 1/12/2013

Une fois n'est pas coutume. Si je m'intéresse aujourd'hui au dernier numéro de Science, daté du 29 novembre, ce n'est pas pour une étude relatant une découverte, mais pour une édifiante enquête journalistique que la revue publie, qui met au jour un incroyable marché noir de la science en Chine. Signée par Mara Hvistendahl (épaulée par Li Jiao et Ma Qionghui), cette enquête a duré cinq mois, cinq mois au cours desquels ces journalistes ont sorti de l'ombre un business florissant, celui où le produit vendu, acheté, négocié n'est rien d'autre que l'étude scientifique, ainsi devenue banal objet de commerce.
Vous êtes scientifique mais vous n'avez pas le temps (ou le budget ou l'envie ou le talent...) de concevoir et mener une expérience, d'en analyser les résultats, de rédiger l'article et de le soumettre au processus d'évaluation par les pairs ? Vous voulez avoir l'assurance qu'il sera publié dans une revue appréciée ? Nous détenons la solution, certifient nombre d'agences chinoises spécialisées dans ces combines : nous avons un catalogue d'études en cours de relecture par des journaux scientifiques et il vous suffira de payer pour que votre nom soit ajouté à la liste des auteurs. Basée à Shanghai, Mara Hvistendahl a ainsi reçu une petite annonce au sujet d'une étude décrivant une stratégie pour réduire la résistance des cellules cancéreuses aux traitements : l'agence qui avait posté le message expliquait que l'on pouvait acheter la place de co-premier auteur contre 90 000 yuans (10 800 euros). Et quand l'étude en question est parue, dans le numéro de septembre de l'International Journal of Biochemistry & Cell Biologypropriété du grand groupe de publications scientifiques Elsevier, un nom est ainsi apparu, celui de Yu Wang, sans que l'autre premier auteur sache de qui il s'agissait...
Autre type de service proposé : payer un "nègre", qu'il soit étudiant ou chercheur, pour composer l'article de votre choix à partir de données complètement inventées dans le pire des cas ou bien récupérées auprès d'autres scientifiques ou bien, troisième solution, commandées à des laboratoires prêts à mener les expériences à votre place contre espèces sonnantes et trébuchantes. Se faisant passer pour des chercheurs, Mara Hvistendahl et ses collègues ont contacté 27 de ces agences commercialisant des études scientifiques réelles ou bidonnées, afin de s'enquérir des tarifs auxquels les articles pouvaient être achetés ou commandés. Seules 5 agences sur 27 ont expliqué qu'elles ne se prêtaient pas à de tels agissements. Chez les autres, les prix s'échelonnaient entre 1 600 et 26 300 dollars, soit, dans ce dernier cas, plus que le salaire annuel de certains professeurs d'université chinois.
Selon les personnes que Mara Hvistendahl a contactées, les officines en question sont un secret de Polichinelle en Chine. Elles ont pignon sur Internet où elles font de la publicité pour leurs services. Même si les tarifs sont parfois exorbitants, l'enquête de Science démontre que le jeu peut en valoir la chandelle en raison du mode de fonctionnement de la recherche chinoise. Le succès de ces agences semble résider dans le fait qu'elles apportent un soin particulier à publier les articles qu'elles commercialisent dans des revues suivies par le Thomson Reuters Science Citation Index (SCI). Cette base de données statistiques a pour fonction première d'estimer la réputation d'une revue scientifique et de calculer son fameux "facteur d'impact". Mais le SCI est aussi très souvent détourné de cet usage pour évaluer le travail et la productivité des chercheurs... Ainsi que le résume dans Science Cong Cao, spécialiste de la science chinoise à l'université de Nottingham"c'est à l'aune des articles figurant dans le SCI que l'on accorde les promotions aux chercheurs chinois". L'accent est mis sur les publications des cinq dernières années dont on est le premier auteur et peu importe si le facteur d'impact de la revue où l'on a fait paraître son travail est important ou pas. De la même manière, il faut, dans certaines universités chinoises, se prévaloir d'au moins une étude publiée, voire davantage, pour valider son doctorat. Le fameux "publie ou péris" se double d'un "publie et tu seras promu".
L'existence de ce marché noir de la science pose de très nombreuses questions, en commençant par l'évaluation de l'importance de cette fraude. Quelle est la proportion d'études achetées et/ou bidonnées dans une production scientifique chinoise en très forte augmentation ? Le nombre d'études réalisées en Chine a en effet littéralement explosé au cours des dernières années, passant de 41 417 en 2002 à 193 733 en 2012 et le pays est ainsi devenu le deuxième producteur mondial d'articles scientifiques derrière les Etats-Unis. D'autres questions se posent. Pourquoi les chercheurs qui constatent qu'un nom a été ajouté à la liste des auteurs ne le signalent-ils pas ? De quelles complicités les agences bénéficient-elles au sein des journaux scientifiques pour être sûres que les articles qu'elles commercialisent y seront publiés ? Comment sont financés les achats d'études quand les prix dépassent visiblement ce qu'un chercheur isolé est en mesure de s'offrir ? Y a-t-il complicité des laboratoires ou des universités et ponction sur leurs budgets de recherche ?
Dans l'éditorial qu'il signe dans le même numéro de ScienceWei Yang, président de la Fondation chinoise pour la science, reconnaît que le développement rapide de la recherche dans son pays au cours des dernières années ne s'est pas forcément accompagné d'un effort adéquat pour promouvoir les bonnes pratiques déontologiques. Il souligne également que les déplorables dérives commerciales que révèle l'enquête ont probablement plusieurs explications : le mauvais usage de l'indice de citation dans l'évaluation et la promotion des chercheurs figure au premier rang mais on retrouve aussi des motivations économiques étant donné que les budgets de recherche des universités chinoises reposent en partie sur l'obtention de contrats soumis à des appels d'offres. Les universités ont elles aussi intérêt à mettre en avant leur compétitivité... Wei Yang explique que, en réaction à ces mauvaises pratiques, l'accent est désormais mis sur l'éthique auprès des étudiants. Plusieurs scandales ont, ces dernières années, conduit Pékin sur la voie de la tolérance zéro, afin que la recherche chinoise ne soit pas perçue à l'étranger comme gangrenée par la corruption et la fraude scientifique.
Pierre Barthélémy (suivez-moi ici sur Twitter ou bien là sur Facebook)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Pornografia eleitoral sendo montada no Congresso, pelo partido hegemonico - Editorial Estadao

Certas pessoas não se avexam, como dizem em certas partes do Brasil.
Mesmo com a sociedade recusando os partidos, os políticos, suas pequenas e grandes trapaças, eles continuam fazendo pequenas, médias, grandes, enormes trapaças, como revela este editorial do venerável jornal conservador, ou da direita, como diriam os companheiros fraudadores...
Paulo Roberto de Almeida

Convite ao protesto

02 de agosto de 2013 | 2h 07 Editorial O Estado de S.Paulo
A Câmara dos Deputados está chamando a população a voltar em massa às ruas para se manifestar contra a desfaçatez dos políticos - a sua prontidão para agir em causa própria e dar de ombros ao desgosto dos brasileiros com o que fazem em seu nome e com o seu dinheiro. A Casa sugere ainda que os manifestantes não se esqueçam de trazer consigo o cartaz que mais bem define o que milhões de eleitores pensam de seus representantes: "Eles não me representam".
Claro que a Câmara não fez nada disso. Mas a tanto equivale a decisão dos seus líderes de confeccionar um projeto que afrouxa desavergonhadamente as responsabilidades de partidos e candidatos na disputa pelo voto. A chamada "minirreforma eleitoral", descrita ontem pela Folha de S. Paulo, é capitaneada pelo deputado Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo. Ele foi nomeado pelo peemedebista Eduardo Henrique Alves, que preside a Casa, coordenador da comissão incumbida de formular em até 90 dias uma proposta de reforma política.
Se e quando for aprovada em plenário, ela começará a produzir efeitos, na melhor das hipóteses, nos pleitos municipais de 2016. Já o desfiguramento da legislação eleitoral deverá valer já em 2014. Para garantir que assim seja, o projeto poderá ser votado logo na próxima semana, quando o Congresso retoma as suas atividades depois do recesso.
Um dos capítulos mais escabrosos da lambança é o que "flexibiliza", para usar o eufemismo em moda, as normas sobre prestação de contas dos candidatos e suas legendas. Hoje em dia, a Justiça Eleitoral confere se os dados contábeis que os partidos têm a obrigação de apresentar batem com a sua movimentação financeira declarada. Além disso, os candidatos devem informar o que entrou e saiu do caixa da campanha - valores arrecadados e despendidos. Mesmo assim, como se sabe, o sistema não é à prova de fraude.
"Imagine na Copa", é o caso de dizer, se a esbórnia se confirmar nos termos divulgados. No caso dos partidos, os tribunais eleitorais ficarão limitados a examinar apenas os aspectos formais dos documentos recebidos - ou seja, praticamente aceitá-los pelo valor de face. Os juízes estarão proibidos de tomar, com base nesse exame, qualquer providência que possa ser interpretada pelas agremiações políticas como "interferência" na sua autonomia.
Por sua vez, os candidatos ficam livres de demonstrar no que gastaram o dinheiro que azeitou as suas campanhas. Os dispêndios que não conseguirem documentar - "gastos não passíveis de comprovação", segundo o indecoroso projeto - terão apenas de ser declarados na internet. Como se fala em português corrente, estamos conversados. As regras do financiamento eleitoral também mudarão para beneficiar os culpados.
Doações a partidos e candidatos estão limitadas, no caso de empresas, a 2% do faturamento bruto do ano anterior, e a 10% dos rendimentos brutos auferidos no mesmo período, no caso de pessoas físicas. Os doadores que furarem o teto ficam sujeitos à multa de até 10 vezes o valor desembolsado. Pela proposta, a multa equivalerá, no máximo, a esse montante. O facilitário vai além.
Autoridades, associações privadas sem fins lucrativos e concessionárias de serviços públicos não podem financiar campanhas. A proibição cairá para as entidades que não recebam aportes oficiais. E as doações das concessionárias serão canalizadas para o Fundo Partidário, mantido pelo contribuinte. A propósito, a aplicação da pena de suspensão do acesso dos partidos aos seus cofres, em casos de transgressão, ficará drasticamente restrita. Também serão eliminadas as restrições à publicidade eleitoral na mídia impressa - instituídas para combater o abuso do poder econômico, portanto, a desigualdade de oportunidades eleitorais. Completando o relaxamento, será admitida a propaganda paga na internet, para infernizar a vida dos usuários.
A cereja no bolo é a extinção da responsabilidade dos candidatos pelas violações da legislação eleitoral cometidas em seu favor no curso das campanhas. Doravante, será preciso provar que participaram pessoalmente do malfeito. E o deputado Vaccarezza ainda vem dizer que a intenção é "coibir a malandragem" e tornar as eleições "menos burocráticas"!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Fraudes em programas governamentais: mais uma, entre muitas,interminaveis...

Quando é que os brasileiros vão aprender, de uma vez por todas?
Sempre e quando, onde for, em qualquer tempo e lugar, sob quaisquer circunstancias, programas, pessoas e formas, ONDE HOUVER DINHEIRO PUBLICO ENVOLVIDO (ou seja, o nosso dinheiro) SEMPRE HAVERÁ UM "ISPERTO" PRONTO PARA FRAUDAR, ROUBAR, DESVIAR...
Parece que os cidadãos não aprendem, e por isso ainda estão pedindo, ao lado da redução de impostos, mais e melhores serviços de saúde, educação, transportes, etc.
Além de ser contraditória, em si, a demanda tem efeitos absolutamente previsíveis: um terço, ou mais, dos recursos será objeto de gastos burocráticos, desvios, fraudes, superfaturamento, enfim desperdício e roubalheira, por vezes tudo isso junto e decuplicado.
Entendido?
Acho que não. O Brasil vai continuar assim por muitos e muitos anos à frente, graças (no sentido negativo, claro) a essa cultura estatizante patrocinada com ardor pelos companheiros e outros ingênuos e idiotas.
Por que não poupamos o trabalho (aparentemente inútil) da Polícia, da Justiça, etc?
Por que somos tão estúpidos?
Não queria concluir assim...
Paulo Roberto de Almeida

PF faz operação contra fraudes no Minha Casa, Minha Vida

Investigação aponta para esquema de desvio de dinheiro que deveria ser usado na construção de casas em cidades com menos de 50 000 habitantes

MAIS-VALIA - Os comunistas criaram empresas para lucrar com o programa de construção de casas populares. O método já havia sido usado antes no Segundo Tempo
Esquema criava empresas para lucrar com o programa (Agência RBS e Juliana Santos/DRD A Press)
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação 1905, que investiga fraudes relacionadas à execução do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. A abertura do inquérito que resultou na operação foi noticiado por VEJA em maio, e o esquema seria liderado por militantes do PCdoB. Em nota, a PF informa que já foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Brasília e Fortaleza, todos expedidos pela Justiça Federal. A ação está sendo realizada com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
As investigações apontam para "um suposto esquema" envolvendo instituições financeiras, correspondentes bancários, empresas de fachada e seus respectivos responsáveis. Esse esquema estaria desviando recursos destinados à construção de casas populares em municípios com menos de 50 000 habitantes.
Na nota, a Polícia Federal informa ainda que há indícios de que ex-servidores do Ministério das Cidades, valendo-se do conhecimento adquirido e da suposta influência junto ao órgão, estariam prestando serviços inexistentes e, em alguns casos, recebendo uma espécie de "pedágio", a partir da cobrança de empresas contratadas para a construção de unidades habitacionais. O caso envolveria, inclusive, residências que nunca foram construídas.
As investigações indicam também que as empresas investigadas atuavam na concessão e fiscalização das obras, na indicação das construtoras, medição das obras, liberação dos recursos e construção das casas. Ou seja, o grupo investigado atuaria em todas as fases do Minha Casa Minha Vida, reunindo funções incompatíveis entre si.
A PF alerta que são investigados crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN), estelionato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, cujas penas podem atingir 32 anos de prisão. A nota divulgada pela PF cita que a operação foi realizada após determinação do Ministro da Justiça, a partir da veiculação de denúncias na imprensa.
(Com Estadão Conteúdo)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Existem Madoffs e madoffs: uns ganham dinheiro e vao para a prisao,outros ganham dinheiro e levam bala...

Neste caso específico , não foi bala, mas injeção letal, modernoso método americano, do qual foi poupado o Madoff legítimo...

Zeng Chengjie, o 'Madoff' chinês, foi assassinado em segredo

Após acusação de fraude, empresário foi executado pelo governo chinês

Veja.com, 15/07/2013
O empresário chinês Zeng Chengjie
Zeng teria fraudado mais de 57.000 investidores em cerca de 460 milhões de dólares (Reprodução/Weibo)
O empresário Zeng Chengjie, que saiu da pobreza da província chinesa de Hunan para se tornar um grande homem de negócios, foi executado pelo governo chinês na última sexta-feira, acusado de praticar fraude e captação ilegal de recursos, por meio de um esquema de pirâmide financeira.
A execução do empresário por meio de injeção letal foi feita sem que a família estivesse ciente ou presente. A pena contraria as leis chinesas que permitem que os executados tenham chance de ver suas famílias antes da morte. Contudo, segundo a justiça chinesa, Zeng não quis que a família presenciasse sua execução.
A filha do empresário, Zeng Shen, usou a rede social Weibo para protestar. Segundo ela, os membros dos partidos locais removeram seus investimentos dos projetos de Zeng em 2009, causando pânico entre os outros investidores. Tal debandada fez com que o esquema de pirâmide se desmontasse. De acordo com o site chinês Tea Leaf Nation, Zeng teria fraudado mais de 57 000 investidores em cerca de 460 milhões de dólares.
A fraude fez com que o empresário ficasse conhecido como 'Madoff chinês' - em menção a Bernard Madoff, fundador de uma das maiores firmas de investimento de Wall Street, e também autor de uma das maiores fraudes ocasionadas por uma pirâmide financeira. Madoff drenou mais de 50 bilhões de dólares por meio do esquema e foi condenado 150 anos de prisão.
A execução de criminosos de colarinho branco na China tem se tornado cada vez mais controversa, já que o próprio governo tem uma grande participação nos assuntos econômicos. Segundo a filha do empresário executado, o governo atuou em parceria com Zeng na captação de recursos, mas os membros do Partido Comunista se apressaram em retirar os recursos dos fundos em 2009, antes de mudanças regulatórias que seriam aprovadas pelo governo e prejudicariam milhares de pequenos investidores. Ainda segundo a filha do empresário, a mídia estatal chinesa sempre se referiu a Zeng como um investidor sábio, precavido e consciente. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A Justica do Trabalho TEM DE SER EXTINTA: ela cria conflitos, custaexcessivamente, frauda o contribuinte...

Comentário recebido de um leitor, no meu post sobre os salários dos nossos mandarins e marajás ("Deu no New York Times"), dentre os quais os pilantras da (in)Justiça do Trabalho estão entre os maiores do mundo, e os maiores fraudadores da justiça e da ética nacional.
Apenas países anormais exibem essa monstruosidade institucional.
Sempre fui pela extinção dessa aberração jurídica.
Paulo Roberto de Almeida

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Marajás, mandarins, atenção: deu no New York Times...":

Dados do Relatório Analítico do TST de 2011 em:
http://www.tst.jus.br/documents/10157/54de5978-1794-4632-bf9a-fb494ea5f306

Valores pagos aos reclamantes fruto das ações trabalhistas 14.758.015.512,23 = R$ 14,7 bilhões

ARRECADAÇÃO DE CUSTAS, EMOLUMENTOS E TRIBUTOS R$ 3.341.265.123,06 sendo que os tributos (INSS e Imposto de Renda correspondem a 90% desse total) = 3,3 bilhões

Imagino que as custas, emolumentos e tributos sejam pagos pelos reclamantes ou seja valor líquido pago aos reclamantes é de 14,7 – 3,3 = R$ 11,4 bilhões. Certamente os reclamantes terão de pagar pelo menos 15% aos advogados ou seja receberão o valor líquido de R$ 9,7 bilhões

Por outro lado o custo da Justiça do Trabalho por habitante foi de R$ 61,80 ou seja R$11,7 bilhões para 190 milhões de habitantes.

Considerando a arrecadação de custas, emolumentos e tributos o custo da Justiça Trabalhista foi de 11,7-3,3 = R$ 8,4 bilhões.

Ou seja se o governo acabasse com a Justiça do Trabalho e o governo pagasse 85% do valor de todas as reclamações trabalhistas e os empregadores pagassem somente 15%, os reclamantes receberiam o valor devido sem custo adicional nenhum para o governo e os empregadores poderiam investir 85% do valor das reclamações em atividades produtivas. Os únicos que reclamariam seriam os funcionários da Justiça do Trabalho e os advogados.

Nas Varas, foram recebidos 2.110.718 casos novos
Nos TRTs, foram recebidos 569.270 casos novos,
No TST, foram recebidos 169.818 casos novos

Um País que tem mais de dois milhões de causas trabalhistas por ano certamente tem uma legislação trabalhista obsoleta.

Enquanto não houver uma reforma das leis do trabalho o Brasil nunca será um País com uma economia competitiva no cenário internacional.

E esses burocratas ainda querem aumento nos seus salários de marajás?

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Venezuela: uma fraude eleitoral em gestacao (C.A. Montaner)


Carlos Alberto Montaner: elecciones en Venezuela

Chávez y la trampa que se avecina

Infolatam
Madrid, 26 agosto 2012
Por CARLOS ALBERTO MONTANER
Parece inevitable que Henrique Capriles sacará muchos más votos que Hugo Chávez en las elecciones del 7 de octubre próximo en Venezuela. La última encuesta de Consultores 21, una empresa extremadamente fiable, arroja un empate real entre ambos candidatos. Chávez aparece con 45.9 por ciento de los votos y Capriles con 45.8. La tendencia de Chávez es a declinar. La de Capriles es ascendente. Pero hay otro dato clave medido por Alfredo Keller, un prestigioso escudriñador de la opinión pública: entre un 16 y un 20 por ciento de los encuestados tienen miedo y ocultan o tergiversan sus verdaderas intenciones de voto. Le temen, naturalmente, al gobierno, no a la oposición.
Como me dijo Eric Ekvall, un notable asesor político que hace años llegó a Venezuela en el equipo de Joe Napolitano, el mejor estratega de campañas que se recuerda (el de John F. Kennedy) y allí se quedó: “el Flaco Capriles se ha convertido en un candidato extraordinario. Donde llega, arrasa. Tiene el impacto emocional de un rock star. Transmite una imbatible imagen de juventud, seguridad y decencia. Chávez, en cambio, está física y políticamente agotado. Después de 14 años de mentiras ya no le creen nada. El incidente de la hidroeléctrica en el que los obreros lo callaron con sus gritos ante las cámaras de la televisión es todo un ejemplo de la verdadera percepción popular”.
Tiene sentido. Los venezolanos poseen razones para sentirse profundamente insatisfechos con la minuciosa incapacidad de Hugo Chávez. Cuando se les pregunta cuál es el principal problema del país, de forma casi unánime responden que es “la inseguridad”. Durante la presidencia de Chávez han muerto violentamente muchos más venezolanos (150 000) que soldados norteamericanos en las guerras (sumadas) de Corea, Vietnam e Irak.
Los asesinatos, secuestros express y extorsiones forman parte de la aterrorizada vida cotidiana de los venezolanos. ¿Cómo la sociedad puede sentirse protegida si en las cárceles, un universo cerrado y supuestamente controlado por el gobierno, las bandas de matones, sin duda asociadas a la policía, se enfrentan con armas largas y dejan 26 muertos en sólo una batalla? Eso no es un país, sino un matadero.
“El problema –me sigue diciendo Eric Ekvall— es que el gobierno de Chávez no va a reconocer la victoria de Capriles. Prepara un fraude monumental basado en la manipulación de las computadoras. Hay dos millones de votantes virtuales, realmente inexistentes, que pueden distribuir a su antojo la noche de las elecciones, como ya hicieron en el referéndum revocatorio del 2004. Esa consulta la perdió Chávez 59 a 41, pero sus técnicos invirtieron los resultados. Las elecciones por computadoras son el medio ideal para cometer fraude”.
Inmediatamente, me entrega un ejemplar del número de noviembre de 2011 de la prestigiosa revista académica norteamericana Statistical Science. Trae seis impecables y convincentes estudios de matemáticos y físicos de primer rango universitario que demuestran por qué y cómo, realmente, Chávez perdió esa consulta (que le costaba el poder), pero alteró los resultados para continuar mandando contra la voluntad democrática de sus compatriotas. El fraude se comete en el Registro Electoral. Mientras en la última década la población ha crecido un 14 por ciento, el Registro Electoral lo ha hecho un 58. Ahí se cocina la trampa.
La manera política de “vender” el fraude, de acuerdo con la opinión de este experto en procesos electorales, la inventó el PRI mexicano hace muchos años. Primero, unos encuestadores contratados para esos fines innobles presentan ciertos resultados falsos que “demuestran” la abrumadora preferencia de los votantes por Chávez. Segundo,  el aparato de propaganda del gobierno machaca a la opinión pública con esa información, mientras una serie de mensajeros de alto rango salen a comunicar los resultados previstos a todos los centros de poder internacionales. Tercero, los resultados de los comicios se ajustan a las previsiones. Ya no hay shock cognitivo que despierte sospechas. Ocurrió lo que, supuestamente, afirmaban las encuestas.
“¿Hay manera de evitar esa estafa monumental –pregunto?”. Ekvall me responde tajantemente: “sólo si Capriles logra reclutar 200 000 activistas dispuestos a custodiar permanentemente los resultados de las 150 000 máquinas de votar, y si él, sus partidarios y las instituciones que lo apoyan, están dispuestos a no dejarse robar las elecciones a ningún precio, cualquiera que sea el sacrificio que haya que realizar. No estoy seguro de que logre reclutar esa masa de activistas. Capriles tiene votantes y simpatizantes, no militantes duros y decididos”.
Ése es el panorama. Dios coja confesados a los venezolanos.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Como fazer alguem ficar rico, com algum ilusionismo a respeito...

Falando em respeito, eu confesso que tenho o maior respeito por essas histórias romanceadas que sempre recebo, de viúvas desesperadas me oferecendo a possibilidade de ficar muito rico a partir do nada.
Eu sempre me arrependo de não guardar toda a literatura de alta qualidade, e as histórias mais hollywoodizáveis que recebo continuamente, com cenas a la Nelson Rodrigues e cenários a la Spielberg. Os nigerianos são especialistas nisso, e também os russos, e agora, ao que parece os líbios, que estão precisando de alguma ajuda para reconstruir o país.
Se eu tivesse guardado toda essa boa literatura, provavelmente já teria acumulado material suficiente para editar duas Encyclopaedia Britannica, daquelas antigas, em 31 volumes...
Pena que não guardei, mas sempre está em tempo de começar.
Esta mensagem abaixo, por exemplo: tive certa dificuldade para entender o Português de certo personagem importante em nosso país, e o inglês digno do Tiririca...


Vamos prestar atenção nas histórias, minha gente, elas têm sabor literário.
O dinheiro não é o mais importante nessa história; vale mais a literatura.

Olá querida


Complemento do dia para você,


Por favor, perdoe-me se eu interferir na sua privacidade, meu nome é Miss Adrianah Adivi Jali, de 23 anos, altura 5 pés 11 polegadas, peso 62 Eu sou a única filha de Late Mr. Adivi Jali Líbia Norte da África meu pai era o chefe-executivo oilibya líbio de capital Tripoli, você percebeu uma personalidade é importante antes de eu decidi entrar em contato com você.


Por favor, eu gostaria de saber mais sobre você, porque eu gostaria de compartilhar com vocês truelove e, mais importante, eu tenho alguns fundos para mim que eu gostaria de investir em um bom negócio. Eu gostaria que você pudesse ser honesto comigo para que eu possa ir para este investimento com você ao meu lado e eu preciso do seu bom conselho.


Primeiro de tudo, eu me pergunto o que você faz para viver, lembrar que você me impressionou foi por isso que entrei em contato com você primeiro. Você vai saber mais sobre mim e como nos comunicamos. Vou mandar minhas fotos para você em meu e-mail seguinte, eu gostaria que você me enviar suas fotos para a minha leitura.


Obrigado por sua compreensão, esperando ouvir de você em breve.


Do meu coração


senhorita Adrianah

Hello dear
Complement of the day for you,
Please forgive me if I interfere in your privacy, my name is Miss Adrianah Adivi Jali, age 23, height 5 feet 11 inches, weight 62 I am the only daughter of Late Mr. Adivi Jali Libya North Africa my father was the chief executive oilibya Libyan capital Tripoli, you noticed a personality is important before I decided to contact you.
Please, I would like to know more about you, because I would like to share with you truelove and more importantly, I have some funds to me that I would like to invest in a good deal. I wish you could be honest with me so I can go into this investment with you by my side and I need your good advice.
First of all, I wonder what you do for a living, remember that you struck me was why I contacted you first. You will know more about me and how we communicate. I will send my pictures to you in my next email, I will like you to send me your photos for my reading.
Thank you for your understanding, hoping to hear from you soon.
From my heart
Miss Adrianah

sábado, 12 de maio de 2012

Viva a Ignorancia? Enfim, de vez em quando, se mostra bem-vinda...

Não se trata de uma declaração de amor à burrice, mas de uma ode à não educação.
Não de todos, claro, mas dos bandidos sempre à espreita.

A mensagem abaixo me veio de um "Auditor Fiscal da Receita Federal", esse órgão fascista que erra na Economia mas parece acertar no Português.
Coisa que bandidos simplórios não conseguem fazer...
Enfim, os destinatários precisam apenas saber mais Português do que os bandidos. E não serem néscios ou ingênuos.
Mas, atenção, os bandidos vão obter títulos universitários e aí vai ficar mais difícil distingui-los.
Embora eu tenha a impressão de que escrever mal, atualmente, já atingiu a pós-graduação...
Vamos estimular a ignorância?
Paulo Roberto de Almeida 



Sua declaração de número 13BVT529/2012 está Pendente de Retificação.

A Receita Federal agora com parceria com SERPRO analisou todas as Declarações feitas
em  2012 a fim de solucionar problemas pendentes em nosso sistema.

Analisando seu CPF/CNPJ encontramos divergências, estamos enviando um demonstrativo dos números apresentados
e dos números divergentes, favor verifique os dados contidos no demonstrativo para correção, e a falta de correção
de sua declaração acarretará a inclusão da mesma na malha fina .

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O mito e a fraude: a doenca como arma politica...

Nota liminar: mais um post que tinha ficado escondido na seção de rascunho do meu blog. Muitas vezes, seja por absoluta falta de tempo, seja por problemas de conexão, uma postagem não vai levada a termo. Estou revisando as que ficaram no estoque dos rascunhos, eliminando as puramente conjunturais, e postando as que merecem divulgação, por sua atualidade permanente, se ouso dizer.
Esta aqui é sobre a exploração da doença pelo ex-presidente, como sempre explorada politicamente, como ele sempre fez com tudo, no seu exacerbado oportunismo e caráter mais do que duvidoso.
O comentário abaixo, tinha sido feito à época, e o mantenho tal qual.
Paulo Roberto de Almeida 


Já tínhamos a mentira, a propaganda enganosa, o autoengano, a mistificação, a fraude, numa só palavra, encarnadas num personagem exemplar de tudo o que existe ... na política brasileira (os três pontinhos ficam para cada leitor preencher segundo suas conveniências, crenças, preferências, etc.). 
Agora teremos tudo isso em dose dupla, tripla, multiplicadas por "n" vezes, com a ajuda da imprensa, dos médicos, dos colunistas a soldo, das almas piedosas, dos oportunistas e carreiristas, enfim, do próprio personagem, que não vai se eximir, um único segundo, de explorar suas novas virtudes de sobrevivente de uma doença ela mesma mítica.
Ele já era um símbolo de alguma coisa mitificada e mistificada pela imprensa e pelos partidos e militantes de certa esquerda fraudulenta. Depois se tornou um mito, alimentado a milhões de propaganda oficial, paga com nosso dinheiro, claro.
Agora está a caminho de se converter em semideus. Imbatível.
Teremos a fraude por mais alguns anos, e o Brasil vai ficando o que é graças a ele e a personagens como ele, e toda a sua tribo de seguidores e crentes ingênuos (e muitos menos ingênuos).
Paulo Roberto de Almeida 

NA POLÍTICA E NA DOENÇA

Lula vai virar o novo Padim Ciço?

Lula não se fará de rogado para usar a sua luta contra o câncer para tentar fazer aumentar a devoção à sua figura? Por Hugo Souza

Opinião e Notícia, 1/12/2011 
Uma observação nada sutil do articulista do jornal O Estado de S.Paulo José Nêumanne sobre a doença do ex-presidente Lula feita na última segunda-feira, 28, está causando grande ronrom. Participando de um evento intitulado “Liberdade de Imprensa vs. Politicamente Correto”, em São Paulo, Nêumanne profetizou: “O câncer vai fazer Lula se tornar o Padre Cícero”.
Talvez entusiasmado com o tema do seminário do qual participava, José Nêumanne colocou de uma forma mais, digamos, midiática, ou pelo menos politicamente incorreta, o que muito já se comentou na imprensa nacional e internacional sobre o efeito que o tumor na laringe do ex-presidente terá sobre a vida política brasileira.
Vide a recente reportagem da principal revista de econômica e política do mundo, a The Economist, sobre as implicações políticas do diagnóstico de Lula, na qual se diz que “as palavras que ele proferir serão difíceis de ignorar. O sentimento de solidariedade com ele dará mais peso às suas indicações de candidatos e pedidos de unidade na coalizão”.
Devoção e mistificação
“Ele vai fazer o que quiser com o PT e com o Brasil”, disse ainda José Nêumanne, prevendo que Lula se tornará um colosso político ainda maior depois da cura, desfecho bastante provável do tratamento do ex-presidente, segundo os médicos.
Tais afirmações de José Nêumanne têm como substrato a suspeita de que Lula e seu círculo político não se farão de rogados para usar a sua luta contra o câncer a fim de tentar fazer aumentar a devoção à sua figura. Para alguns, o estratagema já está em curso, tendo começado mais exatamente quando o ex-presidente apareceu em um vídeo gravado no hospital Sírio-Libanês após a primeira sessão de quimioterapia para agradecer “a solidariedade e o carinho do povo brasileiro” e para dizer que a luta contra a doença “não é a primeira nem última batalha” que ele irá enfrentar.
No vídeo sobre o câncer, falou o político messiânico: “Não existe espaço para pessimismo, para ficar lamentando que o dia não foi bom. Sem perseverança, sem muita persistência, sem muita garra, a gente não consegue nada. Nós temos que lutar. Foi para isso que eu vim, para lutar, para melhorar a vida de todo mundo”.
O mistério do mindinho
A dita devoção a Lula foi construída, sim, com um carisma que o faz quase que imantado, mas também com boas doses de mistificações que foram se criando em torno de sua história de vida e de sua vida política.
Acerca de tais mistificações, o próprio Nêumanne questiona a história que Lula conta sobre a perda do dedo mindinho da sua mão esquerda. Segundo o ex-presidente, ele estaria trabalhando no torno quando um colega bêbado chegou e prensou seu dedo. Lula teria sido obrigado a seguir trabalhando porque o patrão não o teria deixado ir ao médico. Quando finalmente chegou ao pronto-socorro, depois do expediente, o plantonista teria amputado seu dedo por puro comodismo.
“Aí, eu pergunto: quem era esse bêbado? Quem era o patrão? Quem eram esses amigos? Quem era o médico? Ninguém sabe!”, disse Nêumanne em sua noite politicamente incorreta em São Paulo. A mesma noite na qual ele levantou a bola de que o Lula de câncer curado, será o novo “Padim Ciço”, como diz a gente pobre do sertão. E completou: “É a mesma história das outras contadas pelo Lula: ele sempre é o herói e sempre tem um filho da p… para atrapalhar”.
Caso se confirme o cenário de uso político do câncer de Lula pelo próprio doente, algo como uma volta por cima “como nunca antes na história deste país”, o ex-presidente estará legitimando por completo as campanhas que surgiram desde o seu diagnóstico pedindo que ele trate seu tumor pelo SUS, e não no Sírio-Libanês – campanhas diante das quais muita gente se escandalizou exatamente por não admitir a mistura de Lula com Luis Inácio, ou seja, da política com a doença.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Auditor da Receita Federal tem contas no exterior: calma, calma, é para a diplomacia da Receita...

Leio a manchete:

Auditor da Receita Federal tem contas no exterior, aponta a PF
Relatório revela que José Cassoni amealhou R$ 19,34 mi; material apreendido mostra mais evidências

Pois eu não encontro nada de extraordinário, se considerarmos o fato que, desde 1996, a Receita Federal implementou, por lei, devidamente aprovada pelo poder legislativo, poderes extra-territoriais, o que significa que seu longo braço pode agora alcançar atividades e (sobretudo) ativos de brasileiros e de empresas brasileiras em qualquer parte do mundo.
Isso é lógico e necessário: o território brasileiro ficou muito pequeno para o trabalho eficientíssimo que desempenha nossa patriótica Receita Federal do Brasil (não esqueçamos, agora ela virou "do Brasil", depois que comeu também a Previdência; ops desculpem o termo). Ela precisava dessa extensão universal para produzir bons resultados para o bem da Pátria e o engrandecimento do Estado, tudo por causas nobres, claro.
É, portanto, muito natural, que ela tenha funcionários que se desempenham no exterior, o que sempre implica em gastos de diárias e passagens. Para evitar esses inconvenientes de câmbio errático, pagamento de comissões pelas transações cambiais a esses vorazes banqueiros que são os nossos, nada como ter contas no exterior, podendo ser acionadas cada vez que o dito funcionário diplomático da Receita necessita dar um pulinho ao exterior para desempenhar suas importantes e perigosas tarefas de captura de evasores e outros fraudadores do fisco tupiniquim.
Deve ser um engano da Polícia Federal, sempre afoita, e em busca de atos espetaculosos, suscetíveis de provocar manchetes escandalosas, num ambiente já requentado por denúncias vazias contra políticos e assemelhados. Ela deveria se chamar Política Federal, a impatriótica...
Paulo Roberto de Almeida

Vejamos agora a notícia completa:

Auditor tem contas no exterior, diz PF
Fausto Macedo
O Estado de S. Paulo, 3 de agosto de 2011

Relatório revela que José Cassoni amealhou R$ 19,34 milhões; interceptação de e-mails e apreensão de pendrives apontam mais evidências

SÃO PAULO - No rastro dos e-mails dos alvos da Operação Paraíso Fiscal, a Polícia Federal descobriu evidências de movimentações financeiras atípicas e patrimônio milionário do auditor da Receita José Cassoni Rodrigues Gonçalves. A pista são dois pendrives com arquivos de contas no exterior. Uma delas, em Mônaco, o auditor batizou como conta Tourelle. A outra fica em Miami (EUA).

Relatório de inteligência da PF revela que Cassoni amealhou R$ 19,34 milhões, dos quais R$ 6,33 milhões em dinheiro vivo. Seus vencimentos na Receita são de R$ 20 mil. Ele foi preso com outros quatro auditores no início de agosto, dia 4, sob acusação de integrar organização criminosa para corrupção e venda de fiscalizações que beneficiavam empresas devedoras de tributos da União. As empresas podem ter sonegado US$ 3 bilhões, estima a Receita. Com o grupo de fiscais, a PF apreendeu R$ 12,9 milhões em dinheiro vivo, notas de reais, dólares e euros.

A Paraíso Fiscal foi deflagrada por ordem do juiz Márcio Ferro Catapanni, da 2.ª Vara Criminal Federal em São Paulo. A investigação flagrou e-mails entre Cassoni e o filho, Thiago, nos quais é feita menção a valores no exterior. A PF vai pedir o bloqueio desses ativos por meio de acordo de cooperação internacional.

Uma troca de mensagens foi interceptada em 18 de julho. Thiago escreveu ao pai, citando os arquivos "Much Money" e "contas". "Há menção expressa a uma conta chamada Tourelle, uma conta sediada em Mônaco, e ainda outra em Miami", diz a PF.

Os federais interceptaram também telefonemas entre Cassoni e o filho. A PF sustenta que a mulher do auditor, Regina Eusébio Gonçalves, "é a pessoa que mantinha contato mais estreito com os gerentes das contas estrangeiras".

Em 1.º de junho, às 11h56, Cassoni pediu à mulher que passasse e-mail para "Caroline vender 2400 ações da News Corporation na Nasdaq". Ele diz que "tem 5.400 e que é para vender a US$18,11 cada, valor mínimo".

"Apesar da informação constante do e-mail interceptado, ainda não sabemos os nomes de todos os bancos estrangeiros, muito menos os titulares e os números das contas", anotou a PF, quando pediu autorização para buscas na residência e nos armários do clube que ele frequentava, em Alphaville.

Cassoni integrava a equipe chefiada por Kazuko Tane, na Delegacia da Receita em Osasco, foco da corrupção. Os auditores Rogério Sasso e Fábio Arruda Martins faziam parte do grupo. "Ele (Cassoni) mostrou estreito contato com seus fiscalizados", atesta relatório da PF.

O documento informa que Cassoni comprou no residencial Alpha 2 um terreno de Iracema Talarico Longano onde "atualmente constrói uma casa". Em julho, viajou para a Europa, pela segunda vez este ano. "Depois de ir a Portugal agora vai para a Itália, país onde mora sua filha, Marina Eusébio Gonçalves", assinalou a PF, em ofício ao juiz Márcio Catapanni.

Segundo a PF, Cassoni delega à mulher, Regina Eusébio Gonçalves, "atividades privativas de auditores fiscais, inclusive acessando e trabalhando no sistema da Receita".

A PF tem indícios de que Cassoni pagou com dinheiro vivo (R$ 240 mil)dois automóveis de luxo, apesar do receio do vendedor - "ato típico de lavagem de dinheiro".

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Flagrantes da Universidade Brasileira: o mito da dedicacao exclusiva

Flagrantes, aqui, é um conceito que pode ser tomado em diversos sentidos, ainda que os ditos cujos não tenham sido pegos em flagrante, embora de certo modo sim...
Quanto à exclusividade, alguém acredita que este problema seja exclusivo da Unifesp?
Paulo Roberto de Almeida

Docentes da Unifesp são acusados de burlar exclusividade

LAURA CAPRIGLIONE - DE SÃO PAULO
Folha de S. Paulo21/12/2010

Vinte docentes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) foram acusados pelo Ministério Público Federal de improbidade, enriquecimento ilícito, dilapidação de patrimônio público e atentado aos princípios da administração pública.
Fiscalização do Tribunal de Contas já havia apontado os 20 professores como violadores do regime de dedicação exclusiva 'ao qual voluntariamente aderiram'.
Basicamente, a universidade possui três regimes de trabalho: 1) dedicação exclusiva; 2) 40 horas semanais sem exclusividade; 3) tempo parcial de 20 horas. Pelo compromisso que impõe, o regime de dedicação exclusiva prevê remuneração maior. Atividade envolvendo outros recebimentos precisam ser autorizadas pela universidade.
Entre as acusações contra professores, há a de manter consultórios particulares, lecionar em outras instituições e gerir órgãos de saúde externos à Unifesp.
Ainda segundo as acusações, nove docentes, além de violar a exclusividade, se dedicavam à gerência, administração ou representação técnica de sociedades comerciais, o que é vedado pelo Estatuto do Servidor Federal.
Os procuradores da República Sergio Gardenghi Suiama e Sônia Maria Curvelo pedem que os professores sejam condenados a ressarcir o dano apurado, a perder o cargo de docentes da Unifesp, à suspensão dos direitos políticos por até dez anos, a pagar multa de até três vezes o valor da vantagem indevidamente recebida.
Pedem também que os acusados sejam proibidos de fazer contratos com o poder público durante o prazo de dez anos.
A Procuradoria avalia que o prejuízo ao erário envolvido nas três ações seja da ordem de R$ 1,4 milhão.
APURAÇÃO
Em nota, a Unifesp afirmou que 'não pode ser responsabilizada por atos pessoais de seus servidores, que devem seguir a legislação pertinente aos servidores públicos federais, o Estatuto do Funcionário Público, cujo acesso e consulta é livre a qualquer cidadão'.
Segundo a universidade, 'nenhum dos 20 professores solicitou prévia autorização' para exercer atividades remuneradas extracampus.
A Unifesp informa ainda ter aberto processos administrativos disciplinares para apuração dos fatos.
Os docentes ainda poderão contestar as acusações.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Interrupcao eleitoral (18): pequena grande lista das trapacas e falcatruas (mas poderia ser enorme...)

Calma, pessoal, esta série já está acabando (embora tivesse material para mais cem anos de malversações, roubos, patifarias, fraudes, e todo tipo de desvios de conduta que vocês possam imaginar).
Sempre quando alguém me chama a atenção para o lado incrível, inaceitável de tudo isso, e diz que isso é inadmissível e coisa e tal, que não é possível que ninguém faça nada, que não podemos descer mais no fundo do poço, eu costumo lembrar casos exemplares de decadência, de roubalheira, de estagnação ou regressão, geralmente por ação e omissão dos mandarins que controlam o Estado.
Digo: vejam o caso da China, decaiu por 200 anos, por obra de seus mandarins corruptos e seus eunucos manipuladors, até começar a se recuperar, embora pelas vias erradas. Veja o caso da Itália, e o domínio das máfias, da Camorra e outros grupos criminosos sobre o Estado. Veja aqui mesmo ao nosso lado, um país que decai há pelo menos 80 anos, e outro que está afundando ainda mais rápido.
Ou seja, ainda há espaço para decairmos mais um pouco, se vocês me permitem um pouco de humor negro.
Não quero ser pessimista, mas pior que os retrocessos materiais -- o que não acredito que ocorra, pois o Brasil apenas vai crescer mais lentamente, e portanto ficar para trás de outros países que avançam mais rapidamente -- é a retrogressão mental que estamos atravessando, visivel no comportamento de acadêmicos durante este periodo eleitoral. O atraso mental e o subdesenvolvimento intelectual já eram conhecidos, mas o retrocesso mental tem sido vertiginoso.
Portanto, acalmem-se, tem muito mais patifaria vindo por aí...
Não vou relaxar não: vou continuar minha obra de resistência intelectual, neste pequeno quilombo de ideias pretensamente inteligentes, em todo caso comprometidas com a democracia, com a dignidade do saber, com a defesa da verdade.
OK, deixo agora vocês com uma dose cavalar de pessimismo...
Paulo Roberto de Almeida

Em 14 dias, 27 notícias revoltantes sobre o governo Lula
Sérgio Vaz
Do site 50 anos de textos: http://50anosdetextos.com.br

:: Incompetência administrativa, corrupção, ilegalidades, uso indecente da máquina...

Entre os dias 14 e 27 de outubro, a imprensa divulgou pelo menos 27 notícias que mostram a incompetência do governo Lula, casos de corrupção e ilegalidades, exemplos do absurdo, ilegal, imoral uso da máquina governamental para eleger a candidata oficial e de imensas besteiras ditas pelo presidente e sua candidata.
Pelo menos 27, em apenas 14 dias. Pelo menos 27, porque foram as que eu anotei e transcrevi abaixo. Não sou tão organizado assim, e portanto pode certamente ter havido outras que deixei escapar.

E não estão incluídas aqui as mentiras diárias ditas por Dilma Rousseff ao vivo, em seus discursos, e por sua campanha, na propaganda eleitoral. Não sei se seria humanamente possível relacionar todas. Eu, pelo menos, não conseguiria.

Aí vão elas:

Incompetência – e a conta virá depois

* 1 – O governo Lula faz manobra e cria superávit bilionário falso. Uma manobra fiscal da União na capitalização da Petrobras rendeu R$ 31,9 bilhões e levou o governo a registrar superávit primário recorde em setembro, de R$ 26,1 bilhões. Sem isso, haveria déficit, e o pior do ano: R$ 5,8 bilhões. Analistas criticam o artifício contábil. Para Raul Velloso, especialista em contas públicas, a “gambiarra” permitirá cumprir a meta fiscal do ano, mas os números do governo já não inspiram confiança. (Todos os jornais, 27/10/2010.)

“O governo Lula está produzindo o maior retrocesso na História recente do país na transparência das contas públicas”, escreveu Miriam Leitão em sua coluna no Globo. “Ontem foi um dia de não esquecer. Dia em que o governo fez a mágica de transformar dívida em receita.”

* 2 – A Casa Civil decidiu adiar para depois do segundo turno a apresentação do 11º balanço quadrimestral do PAC, o Plano de Aceleração da Candidatura Dilma. A última apresentação tinha sido em junho. Naquela ocasião, o governo informou que menos da metade das obras previstas no plano havia sido concluída. Com as obras não andam mesmo, são peça de marketing, adiaram a apresentação do vexame. (Veja, 20/10/2010.)

* 3 – O governo Lula prometeu construir um milhão de casas no programa Minha Casa, Minha Vida. Entregou 181 mil. Mas Lula disse, em discurso, no Rio, na segunda-feira, 26 de outubro, que o programa entregará 2 milhões de casas a partir de 2011. Ah, bom.

* 4 – A Justiça Federal de Brasília suspendeu a contratação da Fundação Cesgranrio para organizar concurso público para admissão de funcionários. Segundo o juiz, a lei não permite que a estatal contrate sem licitação qualquer entidade para aplicar as provas. “A suspensão é mais um capítulo da série de irregularidades recentes envolvendo os Correios, cujo presidente foi indicado pela ministra Erenice Guerra, braço-direito de Dilma Rousseff.

* 5 – “A direção atual da Petrobras é meio lunática. A empresa perdeu quase US$ 100 bilhões de valor de mercado, está sendo mal avaliada em relatórios de bancos, é a única ação que perde do Ibovespa em um ano. Tem suas reservas em águas profundas, área em que no mundo inteiro estão sendo reavaliadas as normas de segurança. Em vez de tratar disso, o presidente da estatal entra na briga eleitoral. (…) Há muito a fazer na Petrobras. O que a empresa não deve fazer é se comportar como um braço de partido político.” (Miriam Leitão, em sua coluna no Globo, 15/10/2010.)

* 6 – Embora não tenha havido estudos detalhados sobre o projeto, a licitação para as obras do tal trem-bala entre Rio e São Paulo e Campinas está prevista ainda para este ano. No primeiro balanço do PAC, o trem-bala não constava; no décimo, está em primeiro lugar, absorvendo metade dos investimentos previstos para o setor. Essa versão lulo-petista do aerotrem de Levi Fidelis, sem qualquer estudo sério que a justifique, já foi avaliada em R$ 18 bilhões, agora em R$ 34 bilhões e pode chegar a R$ 70 bilhões. Enquanto isso, o investimento no muito mais importante Ferroanel de São Paulo caiu de R$ 528 milhões na previsão do primeiro balanço do PAC para apenas R$ 20 milhões, no décimo balanço. (O Globo, 17/10/2010.)

* 7 – “A turma do PT está procurando cadeira para se sentar”, disse o presidente da Vale, Roger Agnelli, que sofreu duras críticas de Lula – como se empresa, privatizada e saneada durante o governo FHC, hoje extremamente lucrativa, ainda pertencesse ao governo. Em meio a um tiroteio de palpites sobre seu futuro na Vele num eventual novo governo do PT, Agnelli afirmou: “Eu me sinto à vontade, tranqüilo (em relação a seu futuro na empresa). Tem muita gente procurando cadeira, essa é a realidade. E normalmente é a turma do PT. Toda eleição acontece isso. Agora, a empresa, quem decide são os acionistas.” (O Globo, 15/10/2010.)

Corrupção, ilegalidades

* 8 – Ao depor à Polícia Federal, a ex-ministra Erenice Guerra, braço-direito da candidata Dilma Roussef, entrou em contradição com a versão oficial que vinha sendo dada até então, e admitiu que, sim, de fato se reuniu com dois lobistas. Disse ter recebido na Casa Civil Rubnei Quicoli, da EDRB, empresa interessada num financiamento do BNDES. E confirmou dois encontros, um na casa dela, com Fabio Bacarat, da MTA, que tentava renovar contratos com os Correios. (Todos os jornais, 27/10/2010.)

É sempre assim no governo Lula. Quando a denúncia é publicada na imprensa, eles negam tudo. Depois vai se contradizendo.

* 9 – Em depoimento de mais de duas horas à Polícia Federal, a empresária Ana Veloso Corsini confirmou que seu irmão, o piloto de motocross Luís Corsini, pagou propina de R$ 40 mil a Israel Guerra, filho da ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil), pela intermediação de um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobrás, em 2008. (O Estado, 27/10/2010.)

* 10 – “Não agüento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho (chefe de gabinete de Lula) pra fazer dossiês. Eu quase fui preso com um dos aloprados.” A frase foi dita por Pedro Abramovay, secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, ao seu antecessor no cargo, Romeu Tuma Júnior. “O Pedro reclamou várias vezes que estava preocupado com as missões que recebia do Planalto. Ele realmente me disse que recebia pedidos da Dilma e do Gilberto para levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo”, disse Tuma Júnior.  A história foi contada na reportagem de capa da revistaVeja que circula com data de 27/10/2010.

* 11 – Investigação da Polícia Federal revela que partiu da pré-campanha de Dilma Rousseff a iniciativa de contratar o jornalista Amaury Ribeiro Jr., que está na origem da quebra de sigilo fiscal de tucanos, entre os quais o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e a filha de José Serra. Apesar disso, a PF negou que houvesse vinculação entre a violação e a campanha de Dilma. (O Estado e O Globo, 21/10/2010.)

* 12 – O PT e o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, tornaram-se réus num processo em que são acuados de participar de quadrilha que cobrava propina de empresas de transporte na Prefeitura de Santa André. O desvio dos cofres públicos, segundo a acusação, chegou a R$ 5,3 milhões, num esquema que seria o precursor do mensalão petista no governo federal. (O Estado, 23/10/2010.)

 * 13 – O deputado Roberto Rocha (PSDB-MA) acusa Vladimir Muskatirovic, chefe de gabinete da Casa Civil, levado ao Palácio do Planalto por Dilma, de ter cobrado R$ 100 mil para autorizar uma mudança societária na TV Cidade, afiliada da Record no Maranhão. A família do deputado é sócio da emissora. A denúncia foi publicada em reportagem da revista Veja que circulou a partir de 16/10/2010.

* 14 – Edgar Cardeal negociou projeto de R$ 1 bilhão com a Eletrosul, cujo conselho é presidido por seu irmão, Valter Cardeal, aliado de Dilma Rousseff e seu homem de confiança há 20 anos. (O Globo, 18/10/2010.)

Os irmãos Cardeal embolsaram R$ 2,7 milhões graças a contrato entre a empresa Cardeal engenharia e a Eletrobrás para “desenvolvimento de projetos”. (Veja, 27/10/2010.)

* 15 – O banco público de desenvolvimento da Alemanha, Kreditanstalt fur Wiederaufbau (KfW), entrou com ação de danos materiais e morais no Brasil, envolvendo um dos homens de confiança de Dilma, Valter Luiz Cardeal de Souza, presidente de uma subsidiária da Eletrobrás, num escândalo de fraude milionária em empréstimos internacionais de 157 milhões de euros. A denúncia foi publicada em reportagem da revista Época que circulou a partir de 16/10/2010.

* 16 – O Ministério Público de São Paulo denunciou o tesouro do PT, João Vaccari Neto, por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro no caso Bancop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo. Esquema de desvios deixou um rombo de R$ 170 milhões na cooperativa. Segundo o promotor José Clarlos Blat, o Bancop é “um verdadeiro balcão de negócios criminosos”. O Bancop recolheu dinheiro de 1.133 famílias, com a promessa de entregar apartamentos a elas; o dinheiro foi desviado para as contas dos diretores da cooperativa e para o caixa dois do PT. (Todos os jornais, 20/10/2010.)

* 17 – Menos de um ano após ter sua concessão renovada pela Agência Nacional de Aviação Civil, com a ajuda de Israel Guerra, filho da ex-ministra Erenice Guerra, a MTA está em crise financeira e não honra mais seus compromissos com os Correios. A contratação de empresas para substituí-la custará mais caro ao governo. (O Globo, 13/10/2010.)

A MTA está devendo dois meses de combustível à Petrobrás Distribuidora. São quase R$ 300 mil. Erenice já foi membro do conselho fiscal da estatal, onde ganhava uns milhares de reais a mais. (Veja, 20/10/2010.)

* 18 – Finalmente, depois das diversas denúncias da imprensa, os Correios rescidiram os dois últimos contratos com a MTA, por abandono das linhas de transporte de cargas postais. (O Globo, 21/10/2010.)

O indecente uso da máquina

* 19 – Lula e o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, anunciam a antecipação do início da exploração comercial de uma área do pré-sal, programada para acontecer perto do fim do ano, ainda para outubro, antes do segundo turno da eleição presidencial. (O Globo, 19/10/2010.) Editorial do jornal no mesmo dia sintetiza: “O candidato José Serra tem razão quando diz que a Petrobrás e tantas outras precisarão ser reestatizadas, pois foram privatizadas por interesses de grupos políticos e corporações variadas”.

* 20 – Mecanismos de comunicação da Petrobrás continuam sendo usados em apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. O coordenador de Patrocínio da empresa usou e-mail funcional para convocar fornecedores a partir de ato político a favor da campanha petista. (O Globo, 16/10/2010.)

* 21 – A Casa Civil da Presidência prorrogou por 30 dias os trabalhos da comissão de sindicação que apura as denúncias de tráfico de influência na gestão de Erenice Guerra, o braço-direito de Dilma. Ou seja: empurrou para depois do segundo turno. (O Globo, 19/10/2010.)

* 22 – Em evento que deveria lançar programa de governo para a saúde, três ministros – o da Saúde, o de Relações Institucionais e a da Secretaria Especial de Política para as Mulheres -, ao lado do candidato a vice na chapa de Dilma, desfilam críticas ao PSDB e pedem empenho na reta final da campanha petista a uma platéia formada por servidores públicos, sindicalistas e deputados da base governista. (O Globo, 19/10/2010.) 

Mais dois ministros – o do Trabalho e o da Educação – entraram na campanha, fazendo críticas a Serra. (O Globo, 20/10/2010.)

Lula fala besteiras, a campanha de Dilma faz besteiras

* 23 – Do palanque de onde jamais desceu, em sete anos, nove meses e meio de governo, Lula disse, no Piauí, que Deus impediu a eleição de senadores oposicionistas. “Como Deus escreve certo por linhas tortas, Deus fez a vingança que acho que era necessária. Colocar gente mais digna, de mais respeito, para representar com mais dignidade o Piauí.” Os senadores Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC), que votavam contra o governo Lula, não foram eleitos em 3 de outubro. (O Globo, 15/10/2010.)

A essa idiotice, diversos leitores dos jornais responderam com cartas indignadas. Um deles, Alvimar Santos Jr., sintetizou, no Fórum dos Leitores do Estadão: “Deus é bom, generoso, humilde e piedoso, quem é vingativo é Satanás”.

* 24 – Lula diz uma das maiores besteiras, entre tantas milhares e milhares de besteiras que disse nos últimos anos: afirma que Serra praticou “farsa”, “mentira descarada”, por ter ido ao médico após ser atingido por “uma bolinha de papel” durante ato de campanha em Campo Grande, no Rio de Janeiro. “Ele se despiu dos rigores do cargo e assumiu papel do cabo eleitoral mais energúmeno que possa haver”, escreveu Merval Pereira no Globo de 22/10/2010. “O presidente da República dá razão ao antecessor que o chefe de ‘chefe de facção’, quando escolhe insuflar a violência no lugar de contribuir para apaziguar os ânimos”, escreveu Dora Kramer no Estadão de 22/10/2010. “A grande questão não é o que acertou a cabeça de Serra, mas o que há na cabeça do presidente Lula”, escreveu Miriam Leitão no Globo de 23/10/2010. “O presidente sai desta eleição menor do que entrou”, resumiu Aécio Neves.

* 25 – Carreata de Lula e Dilma enfrenta alguns protestos em bairros nobres de Belo Horizonte. E ele se sai com esta: “Fico constrangido. Os ricos foram os que mais ganharam dinheiro no meu governo. O que eles não conseguiram superar foi o preconceito contra um metalúrgico ser presidente e fazer pelo Brasil o que eles não conseguiram. Agora, é preconceito e medo de ver uma mulher ganhar as eleições.” (Todos os jornais, 17/10/2010.)

* 26 – A campanha de Dilma mente até em abaixo-assinado. Puseram o nome do cineasta José Padilha na lista de artistas e intelectuais que apóiam a candidata do PT. Ele negou estar apoiando Dilma. (Todos os jornais, 20/10/2010.)

Mais grave do que terem colocado o nome de José Padilha no manifesto sem sua autorização, diz Merval Pereira no Globo de 20/10/2010, “é o fato de que dirigentes da Agência Nacional de Cinema (Ancine) atuarem fortemente para que pessoas ligadas à indústria assinassem o documento. Há indicação de que vários outros cineastas e atores, muitos inscritos à revelia, foram procurados por funcionários da Ancine na tentativa de engrossar a lista dos apoiadores da candidatura oficial.”

* 27 – O que o PT tem dito sobre dívida externa brasileira é falso”, diz Miriam Leitão na sua coluna do Globo de 20/10/2010. “O governo anterior de fato pegou um empréstimo no FMI, mas 80% dele foram deixados para ser sacados no governo Lula.” (…) Foi mais fácil para o governo Lula fazer a colheita. Ele encontrou a terra arada, e sementes germinando.
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Divirtam-se:
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