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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Copa do Mundo de Futebol: as datas dos jogos

Vamos lá, seguindo alguns, não todos os jogos...
O Brasil está no Grupo E:

  • 17 de junho de 2018, 9h >Samara
    Costa Rica X Sérvia
  • 17 de junho de 2018, 15h >Rostov
    Brasil X Suíça
  • 22 de junho de 2018, 9h >São Petersburgo
    Brasil X Costa Rica
  • 22 de junho de 2018, 15h >Kaliningrado
    Sérvia X Suíça
  • 27 de junho de 2018, 15h >Arena Spartak, Moscou
    Sérvia X Brasil
  • 27 de junho de 2018, 15h >Níjni Novgorod
    Suíça X Costa Rica
  • Jogos 

    • 14 de junho de 2018, 12h >Estádio Luzhniki, Moscou
      Rússia X A. Saudita
    • 15 de junho de 2018, 9h >Ecaterimburgo
      Egito X Uruguai
    • 19 de junho de 2018, 15h >São Petersburgo
      Rússia X Egito
    • 20 de junho de 2018, 12h >Rostov
      Uruguai X A. Saudita
    • 25 de junho de 2018, 11h >Samara
      Uruguai X Rússia
    • 25 de junho de 2018, 11h >Volgogrado
      A. Saudita X Egito
  • 15 de junho de 2018, 12h >São Petersburgo
    Marrocos X Irã
  • 15 de junho de 2018, 15h >Sochi
    Portugal X Espanha
  • 20 de junho de 2018, 9h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Portugal X Marrocos
  • 20 de junho de 2018, 15h >Kazan
    Irã X Espanha
  • 25 de junho de 2018, 15h >Saransk
    Irã X Portugal
  • 25 de junho de 2018, 15h >Kaliningrado
    Espanha X Marrocos
  • Jogos 

    • 16 de junho de 2018, 7h >Kazan
      França X Austrália
    • 16 de junho de 2018, 13h >Saransk
      Peru X Dinamarca
    • 21 de junho de 2018, 12h >Ecaterimburgo
      França X Peru
    • 21 de junho de 2018, 9h >Samara
      Dinamarca X Austrália
    • 26 de junho de 2018, 11h >Estádio Luzhniki, Moscou
      Dinamarca X França
    • 26 de junho de 2018, 11h >Sochi
      Austrália X Peru
  • 16 de junho de 2018, 10h >Arena Spartak, Moscou
    Argentina X Islândia
  • 16 de junho de 2018, 16h >Kaliningrado
    Croácia X Nigéria
  • 21 de junho de 2018, 15h >Níjni Novgorod
    Argentina X Croácia
  • 22 de junho de 2018, 12h >Volgogrado
    Nigéria X Islândia
  • 26 de junho de 2018, 15h >São Petersburgo
    Nigéria X Argentina
  • 26 de junho de 2018, 15h >Rostov
    Islândia X Croácia

  • 17 de junho de 2018, 12h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Alemanha X México
  • 18 de junho de 2018, 9h >Níjni Novgorod
    Suécia X Coreia do Sul
  • 23 de junho de 2018, 15h >Sochi
    Alemanha X Suécia
  • 23 de junho de 2018, 12h >Rostov
    Coreia do Sul X México
  • 27 de junho de 2018, 11h >Kazan
    Coreia do Sul X Alemanha
  • 27 de junho de 2018, 11h >Ecaterimburgo
    México X Suécia

  • 18 de junho de 2018, 12h >Sochi
    Bélgica X Panamá
  • 18 de junho de 2018, 15h >Volgogrado
    Tunísia X Inglaterra
  • 23 de junho de 2018, 9h >Arena Spartak, Moscou
    Bélgica X Tunísia
  • 24 de junho de 2018, 9h >Níjni Novgorod
    Inglaterra X Panamá
  • 28 de junho de 2018, 15h >Kaliningrado
    Inglaterra X Bélgica
  • 28 de junho de 2018, 15h >Saransk
    Panamá X Tunísia

  • 19 de junho de 2018, 12h >Arena Spartak, Moscou
    Polônia X Senegal
  • 19 de junho de 2018, 9h >Saransk
    Colômbia X Japão
  • 24 de junho de 2018, 12h >Ecaterimburgo
    Japão X Senegal
  • 24 de junho de 2018, 15h >Kazan
    Polônia X Colômbia
  • 28 de junho de 2018, 11h >Volgogrado
    Japão X Polônia
  • 28 de junho de 2018, 11h >Samara
    Senegal X Colômbia

    Oitavas de Final: 

    30 de junho de 2018, 11h >Kazan
    1º do Grupo C OF1 2º do Grupo D
    30 de junho de 2018, 15h >Sochi
    1º do Grupo A OF2
    2º do Grupo B
    1º de julho de 2018, 11h >Estádio Luzhniki, Moscou
    1º do Grupo B OF3
    2º do Grupo A
    1º de julho de 2018, 15h >Níjni Novgorod
    1º do Grupo D OF4
    2º do Grupo C
    2 de julho de 2018, 11h >Samara
    1º do Grupo E OF5
    2º do Grupo F
    2 de julho de 2018, 15h >Rostov
    1º do Grupo G OF6
    2º do Grupo H
    3 de julho de 2018, 11h >São Petersburgo
    1º do Grupo F OF7
    2º do Grupo E
    3 de julho de 2018, 15h >Arena Spartak, Moscou
    1º do Grupo H OF8
    2º do Grupo G

    Quartas de Final:

    6 de julho de 2018, 11h >Níjni Novgorod
    Venc. OF2 QF1
    Venc. OF1
    6 de julho de 2018, 15h >Kazan
    Venc. OF5 QF2
    Venc. OF6
    7 de julho de 2018, 11h >Samara
    Venc. OF7 QF3
    Venc. OF8
    7 de julho de 2018, 15h >Sochi
    Venc. OF3 QF4
    Venc. OF4

    Semifinais: 
    10 de julho de 2018, 15h >São Petersburgo
    Venc. QF1 SF1
    Venc. QF2
    11 de julho de 2018, 15h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Venc. QF3 SF2
    Venc. QF4

    Decisão de 3ro. lugar: 
    14 de julho de 2018, 11h >São Petersburgo
    Perd. SF1 X Perd. SF2

    Final: 
    15 de julho de 2018, 12h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Venc. SF1 X Venc. SF2

    sexta-feira, 25 de março de 2016

    O Zika virus entreou no Brasil na Copa das Confederacoes, de 2013 - The Washington Post

    A 2013 soccer match could have brought Zika virus to Brazil, researchers say
    The Washington Post, Friday March 25, 2016

    The Zika virus could have entered Brazil in 2013, two years before it was confirmed here and a year before previously believed, a new study claims. The study examined genetic profiles of seven Brazilian Zika cases.
    Scientists said the study presents valuable findings as Brazil's overstretched health service grapples with twin outbreaks of Zika and the birth defect microcephaly. The government has confirmed a link between the two.
    "It's very early and limited but valuable information," said Daniel Lucy, an infectious-disease specialist at Georgetown University.
    Zika could even have been introduced to Brazil during the 2013 Confederations Cup, a soccer tournament that featured a team from Tahiti - which suffered a Zika epidemic that year.
    "We managed to trace the date of introduction between May and September 2013," said Nuno Faria, a researcher at Oxford University and one of the authors of the paper, published Thursday in the journal Science.
    The research by scientists from Britain's Oxford University and Brazil's Evandro Chagas Institute is the first to have analyzed the Zika genome found in Brazil. Since reaching here, it has spread to another 33 countries across the Americas.
    "This is the first study combing genetic and epidemiological data on the Zika virus in Brazil, so it is a good baseline for future research," Faria said.
    Researchers found that Brazil's Zika virus is closely related to the Asian strain of Zika that was behind an outbreak in French Polynesia in 2013. The strain also circulates across Southeast Asia. Zika was first found in Uguanda in 1947, and there is also an African strain.
    As many as 1.5 million Brazilians may have caught Zika, the government estimates. It has confirmed nearly a thousand cases of the birth defect microcephaly - which causes babies to be born with abnormally small heads and can lead to motor and cognitive difficulties and problems with hearing and sight. It is investigating thousands more.
    But little is known about how Zika got to Brazil. And though Zika is increasingly blamed for the microcephaly outbreak, it unclear how the virus could cause brain damage in fetuses.
    Faria said theories that co-infection with a related virus like dengue, or previous exposure to dengue, might be factors, are "very plausible."
    "We are providing some first data to help us answer these questions," he said.
    The report analyzed seven genomes, including that of one adult with Zika who died and a newborn with microcephaly.
    "They did a genetic profile of the Brazilian virus," said Marcos Lago, an infectious disease specialist at the Federal University of Rio de Janeiro. "This is important."
    The authors said Zika circulated in Brazil for a year or more before being identified.
    In June 2013, Tahiti's national soccer team took part in the Confederations Cup - a trial run for the World Cup a year later - and played in Recife, capital of Brazil's northeastern state of Pernambuco where around a third of microcephaly cases have been concentrated.
    But the study also noted a 50 percent rise from 2012 to 2014 in passengers flying to Brazil from countries where Zika circulated - New Caledonia, Indonesia, Malaysia, French Polynesia, Thailand and Cambodia - and said this was a more likely cause.
    The 2014 World Cup and a canoeing tournament that year that featured a team from Tahiti have both previously been cited as events that could have led to Zika entering Brazil.
    The study did not test the link between Zika and microcephaly, but did find that most suspected microcephaly cases happened at 17 weeks of pregnancy and more severe cases at 14 weeks.
    As of March 19, Brazil had confirmed 907 cases of microcephaly and other alterations caused by a congenital disease since last October. Another 4,293 are still being investigated, and 1,471 have been discarded. The latest figures showed that Brazil confirmed 44 new cases in a week. In addition, 12 countries have reported an increase in Guillain-Barré Syndrome, a neurological condition that has been linked to Zika.
    In May the research team plans to visit Brazil and profile a thousand genomes using a portable new technology. "It's going to be targeting genetic surveillance," Faria said.

    sábado, 12 de julho de 2014

    Futebras: fazer no futebol o mesmo estrago que ja fizeram na economia - Rolf Kuntz

    Eles são incorrigíveis os companheiros: depois de colocar Keynes de ponta cabeça, ao combinar inflação e recessão, eles agora pretendem estender a desgraça ao futebol.
    Paulo Roberto de Almeida 
    Estamos salvos. O México superou o Brasil como maior produtor latino-americano de veículos, no primeiro semestre, a maior parte da indústria continua em crise - e demitindo - e a corrente de comércio encolhe, mas o governo promete consertar o futebol. A ideia é intervir na atividade, impor novos padrões de gestão aos clubes e até impedir a exportação de jovens craques, segundo anunciou na quinta-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. "Não podemos continuar exportando jogadores que são a maior atração do futebol brasileiro", disse no mesmo dia a presidente Dilma Rousseff. Para a presidente e sua trupe, a derrota por 7 a 1 deve ser um desastre muito maior que a devastação econômica dos últimos anos - uma mistura de estagnação industrial, inflação elevada, contas públicas em deterioração e contas externas esburacadas. Nos 12 meses até maio, o déficit em conta corrente chegou a US$ 81,85 bilhões, 3,61% do produto interno bruto (PIB) estimado, e as condições de financiamento têm piorado. Podem ficar mais desfavoráveis com o fim dos estímulos monetários americanos, previsto para outubro, mas nada parece tão grave, para o governo, quanto o fracasso no futebol.
    Ah, dirão os otimistas, esse comentário é injusto, até porque um novo pacote econômico e financeiro foi lançado na mesma quinta-feira, com a publicação da Medida Provisória (MP) 651. Mas a novidade é pouca, na parte econômica, e as principais medidas já foram testadas nos últimos anos, com escasso resultado.
    A desoneração da folha de pessoal, concedida a 56 setores e contrabalançada por outra forma de tributação, pouco afetou os custos. A maior parte das empresas continua com problemas na gestão de pessoal. Sem disposição para reformar de fato o sistema previdenciário, o governo continua adotando remendos. Temporária até agora, a mudança deve tornar-se permanente, mas nem por isso o remendo deixa de ser remendo. Não se resolve o problema das empresas nem se arruma a Previdência.
    O Reintegra, agora com alíquotas variáveis de 0,1% a 3%, definíveis a cada ano, permite a recuperação parcial dos impostos pagos na cadeia produtiva. Neste ano, o benefício será de 0,3%. A variação anual prejudicará o planejamento dos exportadores e, no balanço geral, os brasileiros continuarão em desvantagem diante dos estrangeiros. Além disso, a política federal é inócua em relação a um dos principais problemas - a dificuldade de acesso aos créditos do ICMS, o tributo estadual sobre circulação de mercadorias e serviços. Aceito pelos empresários na falta de algo mais sério, o Reintegra também é um remendo.
    Em quase 12 anos, a administração petista foi incapaz de formular e de negociar uma revisão ambiciosa e eficaz do sistema tributário. Em vez disso, têm tramitado no Congresso propostas voltadas para o atraso, favoráveis à perpetuação da guerra fiscal e à desmoralização definitiva do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Aprovado o fim da unanimidade para aprovação de incentivos, estará preparado o campo para uma guerra mais intensa entre regiões e entre Estados - e para mais distorções, é claro, das decisões sobre investimentos privados.
    A mudança do Refis, o programa de parcelamento de débitos fiscais, é mais um mimo aos sonegadores e mais um esforço para juntar migalhas e chegar mais perto da meta de superávit primário. Os pagamentos iniciais de quem entrar no programa serão reduzidos. Por exemplo: para os devedores de até R$ 1 milhão, a prestação inicial cairá de 10% para 5%. Haverá facilidades decrescentes para débitos até R$ 20 milhões. Acima desse valor, a entrada será de 20%. Além disso, empresas já inscritas no parcelamento poderão ter descontos se anteciparem a quitação de 30% da dívida restante. Com os novos estímulos, a previsão de receita do Refis para 2014 sobe de R$ 12,5 bilhões para R$ 15 bilhões. Outros R$ 2 bilhões, primeira parcela de um total de R$ 15 bilhões, já estão garantidos: serão pagos pela Petrobrás pela transferência, sem licitação, de quatro áreas do pré-sal. Todo esse dinheiro, somado aos bônus de concessões de infraestrutura e aos dividendos mais gordos extraídos das estatais, tornará mais fácil fechar as contas. Nem pensar em austeridade, especialmente em ano de eleições. Além do mais, é preciso levar em conta o peso de outros mimos tributários, como a prorrogação do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automobilístico. Também para compensar essa bondade seletiva será preciso juntar trocados aqui e ali.
    É difícil dizer se o governo insiste nessas medidas por teimosia, firmeza de princípio ou incapacidade total de perceber os fatos, mesmo retratados em números oficiais - como a estagnação dos três anos anteriores e a perspectiva de crescimento abaixo de 2% em 2014 e de novo fiasco em 2015. Com a indústria incapaz de competir, o Brasil só continuou salvo de um desastre cambial, neste ano, graças ao superávit comercial de US$ 49,11 bilhões acumulado pelo agronegócio entre janeiro e junho - mesmo com preços em queda. Reservas cambiais acima de US$ 370 bilhões dão segurança temporária contra choques externos. Mas segurança de fato no balanço de pagamentos só se alcança por meio de competição nos mercados de bens e serviços. Nesse jogo, só o chamado setor primário tem obtido resultados. Se protecionismo e favores seletivos substituíssem poder de competição, a Argentina jamais teria chegado a um passo de um segundo calote. Afinal, teve 13 anos, desde o fim de 2001, para investir e ganhar eficiência. Mas o governo desperdiçou o tempo com besteiras intermináveis, como barreiras à exportação de alimentos para maquiar a inflação. No Brasil já se cometeu bobagem parecida com o couro, para favorecer a indústria de sapatos. A próxima asneira poderá ser o entrave à exportação de jogadores. Haverá quem aplauda.

    Futebras: o totalitarismo genetico dos companheiros - Editorial Estadao

    Em fim de governo, Dilma pensa que está em Cuba.
    A estatização do futebol, impedindo a saída dos jogadores para o exterior, é digna de Raúl Castro e do ditador da Coreia do Norte, Kim jong-un. Como diz editorial do Estadão, o chutão ficaria melhor na página fake Dilma Bolada, mantida por um agressivo boateiro que é recebido no Palácio:

    Ficaria melhor na Dilma Bolada - a falsa página da presidente nas redes sociais - do que na CNN, onde apareceu na quinta-feira, o que provavelmente foi o mais tosco chutão da chefe do governo nestes três anos e meio no Planalto. Numa entrevista gravada no dia seguinte à catástrofe do Mineirão, ao defender uma "renovação" do futebol brasileiro, Dilma disse que "o Brasil não pode mais continuar exportando jogador". E, para deixar claro que o "não pode" seria uma proibição pura e simples, ela emendou de bico: "Um país, com essa paixão pelo futebol, tem todo o direito de ter seus jogadores aqui e não tê-los exportados".
    Em um surto provocado por uma mistura tóxica de oportunismo - para que o pó da derrota em campo não se deposite sobre o projeto da reeleição - e conhecido vezo autoritário, Dilma falou como quem quer cassar o direito constitucional dos brasileiros de ir e vir, dentro ou para além das fronteiras nacionais, como se o Brasil fosse uma Cuba ou Coreia do Norte. Para justificar a enormidade, deu uma pisada na bola de envergonhar um perna de pau. "Exportar jogador", caraminholou, "significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios." Revelou involuntariamente, portanto, saber muito bem que boa parte ou o grosso dos US$ 4 bilhões despejados na construção e reforma das arenas da Copa serviu apenas para legar ao País uma manada de elefantes brancos.
    Aprisionar os nossos jovens mais promissores - como se isso fosse possível - absolveria, nos descontos, a megalomania dos governos petistas de mostrar ao mundo o que o Brasil, sob a sua iluminada condução, é capaz de fazer. Pura má-fé. O fato singelo é que, no mundo globalizado, assim como profissionais de outras áreas, jogadores migram para países onde o seu trabalho se inscreve em um negócio extraordinariamente bem-sucedido. Ali podem ganhar em um mês o que aqui levariam anos. Isso porque a estrutura do futebol brasileiro é sabidamente arcaica, corrupta e falida. O povo não esperou a seleção ser goleada para desprezar os cartolas que enfeudam clubes, associações e, claro, a CBF.
    Faz uma eternidade que essa estrutura precisa ser "renovada", como Dilma parece ter descoberto. Mas não a submetendo à tutela estatal, como prega o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do PC do B. Invocando nada menos do que o interesse da Pátria, ele defende uma "intervenção indireta" (sic) numa atividade da qual a própria lei (no caso, a Lei Pelé, promulgada em 1998) aparta o poder público. Para começar, como ele deveria saber, a Fifa proíbe a intromissão de governos nas federações nacionais. Agora mesmo a Nigéria foi suspensa por ter o governo removido dirigentes de sua entidade futebolística. De resto, a promiscuidade entre autoridades e cartolas multiplicaria os focos de corrupção, sem modernizar o esporte.
    O Estado pode, sim, impor aos clubes uma série de condições para rolar as suas intermináveis dívidas com o erário, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) faz com os governos que lhe pedem socorro. O projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, pronto para ser votado na Câmara, condiciona o acesso dos clubes ao crédito oficial à arrumação de suas finanças, reforma administrativa e pagamento em dia dos salários de seus contratados. O Estado também pode - e deve - controlar a migração de menores de 18 anos. Embora a Fifa proíba que sejam importados por clubes estrangeiros, estes driblam a barreira contratando formalmente um de seus parentes. Como no gramado, bastam regras e juízes que punam os transgressores.
    No mais, que o Brasil aprenda com o que os dirigentes e jogadores alemães fizeram para renovar o futebol nacional depois da sua vexatória eliminação da Eurocopa em 2004. Como relatou o repórter Jamil Chade no Estado de quinta-feira, eles traçaram e foram fiéis a um plano de renovação de quadros, no qual investiriam ao longo do tempo US$ 1 bilhão. Minguaram as contratações de estrangeiros em benefício do talento local. Os ingressos foram congelados. Ainda assim, o campeonato alemão é o mais rentável da Europa. Os clubes são prósperos. O Bayern de Munique tem 11 times completos - fora a equipe principal. E o Estado não teve nada com isso.

    quarta-feira, 9 de julho de 2014

    Copa do Mundo: Brasil: 5 (sobre 10); Governo: 0 (ZERO)

    Dilma pretende faturar em cima do futebol, sinalizando - diz Merval Pereira em "Alhos e bugalhos", no jornal O Globo - uma perigosa falta de autocrítica e, pior, um abuso de poder ao tentar a Copa como "indicativo de sucesso de seu governo":


    O sucesso da Copa do Mundo está subindo à cabeça da presidente Dilma, que agora mistura alhos com bugalhos para dizer que, da mesma maneira que “os pessimistas” erraram ao prever problemas que não aconteceram no campeonato de futebol, também errarão ao serem pessimistas em relação ao crescimento da economia brasileira neste ano eleitoral.

    A fala sinaliza, sobretudo, uma perigosa ausência de autocrítica, e um abuso de poder ao utilizar a Copa do Mundo como indicativo de sucesso de seu governo, o que absolutamente não acontece. A única realização genuinamente original e vitoriosa de uma instituição pública nacional foi a atuação da Polícia Civil do Rio, juntamente com a Polícia Federal, no desmantelamento da quadrilha que atuava já há quatro Copas na venda ilegal de bilhetes para os jogos do campeonato do mundo.

    Mesmo o clima de segurança que vivemos, tão elogiado pelos jornalistas estrangeiros, é absolutamente atípico, conseqüência do uso do Exército e das polícias num esquema de prontidão absolutamente impossível de ser mantido no dia a dia do país.

    Até o trânsito, criticado pelos estrangeiros, está mil vezes melhor do que o usual em todas as capitais do país pela decretação de feriados nos dias de jogos. Estamos vivendo uma espécie de conto de fadas que se desvanecerá assim que a Copa do Mundo acabar, e tivermos de voltar ao nosso dia a dia de insegurança e imobilidade urbana nos grandes centros.

    A Ilha da Fantasia em que se transformou o país da Copa mostra apenas o país que poderia ser e não é, com as pessoas andando alegres pelas ruas, sem receio de assaltos. Os estereótipos foram reforçados por esses dias, e até os indígenas tiveram seu lugar no folclore nacional realçado. Mas a presidente Dilma não aceita que o atraso nas obras previstas pelo PAC da mobilidade urbana tenha prejudicado a realização da Copa, e tem razão nessa visão estreita que só pensa nos benefícios eleitorais que pode tirar.

    Viadutos que caem ou que simplesmente não serão construídos, transportes urbanos deficitários, aeroportos com puxadinhos para dar conta do movimento, nada disso prejudica a realização dos jogos. Mesmo os estádios superfaturados e inaugurados em cima do laço, muitos sem nem mesmo uma vistoria, não impediram que os jogos da Copa do Mundo fossem fascinantes, mesmo que a grama de alguns deles tenha sido criticada, ao contrário do que disse o ex-presidente Lula, que atribuiu a desclassificação da seleção da Inglaterra à excelência de nossos gramados.

    Mas não houve nenhuma demonstração da capacidade de realização deste governo que tenha sido diferente do da África do Sul, por exemplo, o que demonstra que de uma maneira ou de outra as Copas do Mundo sempre se realizam.

    As obras atrasadas, na verdade, são as mais importantes para as cidades envolvidas na organização de uma Copa do Mundo, e interessam aos seus habitantes, não à Fifa, que sairá do país com os bolsos cheios e sem compromisso nenhum com nosso desenvolvimento. E nem era para ter.

    Nós que aqui vivemos e que temos que conviver com a gestão indigente de nossos governos é que teríamos que exigir mais responsabilidade pelas promessas não cumpridas e menos regozijo por fatos que nada têm a ver com os governantes. Como as belas praias e o povo caloroso destacados nos depoimentos dos jornalistas estrangeiros.

    O comentário da presidente Dilma, além do mais, faz pensar que a direção equivocada de nossa economia não será revertida caso ela consiga se reeleger. Apesar de a economia ter crescido apenas 0,2% no primeiro trimestre do ano, a presidente disse confiar na "força da economia brasileira".

    Pela sexta semana seguida a projeção para a alta do PIB em 2014 foi rebaixada pela média dos economistas que participam da pesquisa Focus, sendo fixada agora a 1,07 por cento. O governo fechará assim seu quatriênio com uma média de crescimento do PIB abaixo de 2%, o que caracteriza o terceiro pior comportamento da economia na nossa história republicana, o que, convenhamos, não é um marco fácil de ser batido.

    segunda-feira, 30 de junho de 2014

    Football, or rather, soccer: the beautifull game comes to America - Steven Malanga (City Journal)

    STEVEN MALANGA
    Grassroots Soccer Mania
    American soccer skeptics are missing the big picture.
    The City Journal, 30 June 2014


    Every four years, as World Cup fever grips the United States, Americans ask whether this will be the year that soccer begins to rival our major professional sports—basketball, baseball, and especially football—in popularity. Just as predictably, a host of voices quickly reject that notion, arguing that the game known to the rest of the world as football will never approach comparable popularity here. Soccer’s just not interesting enough for Americans, they say. It lacks the “individual beau geste that marks truly American games,” as one former sportswriter recently put it in the Wall Street Journal. Statisticians pipe in, comparing the TV ratings and merchandise sales of professional soccer with those of the NFL—as ESPN’s FiveThirtyEight.com did before the tournament—to remind us how far soccer still has to go. And late-night comics have their say, as when Conan O’Brien observed that he couldn’t wait for the World Cup to be over, so that Americans could go back to hating soccer.
    All this, however, vastly underestimates how popular soccer has become in the United States. More broadly, it misunderstands how cultural trends emerge and reshape society. A sport doesn’t grab the public from the top down, reflected first in TV ratings for those playing at elite levels. Like a political movement, a game gathers adherents from the bottom up, as a grassroots crusade. And at the grassroots level, soccer has sown impressive seeds in the last few decades.
    Measured by participation, soccer is already among the big four sports in America. Today, nearly 7 million kids under 18 are playing organized soccer in the United States, according to surveys by the Sports & Fitness Industry Association. In this regard, soccer is running neck and neck with basketball as America’s most popular sport. Baseball, with its long and glorious history, trails, with about 5.6 million organized players. Football lags well behind these three, with 3 million participants.
    Soccer and basketball do so well, in part, because both appeal to girls in great numbers. Soccer, in particular, benefits from being a latecomer. It didn’t begin to approach the participation rates of the other major American sports until the mid-1990s—just as youth programs began reaching out to girls. Nearly as many girls play organized soccer today as boys. Meanwhile, football suffers from the opposite problem—few girls play it and now, with the sport’s well-chronicled concussion problems, the NFL is struggling to stem a decline in boys’ participation, too. And while involvement in youth sports today has leveled out in the U.S. and is declining among many sports (thanks to the rise of computer games and a general dwindling in physical activity among kids), soccer can still boast some recent gains, including a more than 7 percent increase in high school participation over the last five years. The sport’s growth potential remains strong.
    None of this should be surprising to anyone who gets out to have a look. On any given Saturday and Sunday morning in the fall or spring, you’ll have little trouble finding youth soccer matches, whether you’re wandering the lots of urban immigrant communities or the tailored green fields of well-to-do suburbs. Many communities boast both recreational leagues—where local boys and girls compete against one another—and more serious teams, where players take on rivals from other towns.
    But the numbers, charted over the decades, also tell us why this participation hasn’t yet produced the blockbuster TV ratings we see for the NFL. We are essentially only one generation into the emergence of soccer as a significant participatory sport in America. How long does it take for that to translate into rich media contracts and endorsement deals for players? Well, for one thing, learning to be loyal to a professional sports franchise filled with players with whom you have no personal connection isn’t easy. American football, for instance, was popular at the college and inter-scholastic levels long before the NFL broke through. The league, formed in 1922 with 18 franchises, most of which have since disappeared, struggled for decades to gain a popular foothold. Today, the NFL’s Hall of Fame, in Canton, Ohio, is a reminder of the league’s unstable birth—Canton was the site of one of the early NFL’s failed franchises.
    Major League Soccer teams face a similar challenge: staying afloat long enough to create a tradition that kids playing the game today will embrace as adults. Talk to a fan of a pro baseball or football franchise, and they will probably tell you how they developed their rooting interest when a relative introduced them to the game. Something similar happens with soccer around the world. Listen to the opening words of English writer Nick Hornsby’s famous soccer (football) novel, Fever Pitch, and you’ll hear a familiar story: “I fell in love with football as I was later to fall in love with women: suddenly, inexplicably, uncritically . . . just after my eleventh birthday, [when] my father asked me if I’d like to go with him to the FA Cup Final.” That generational dynamic hasn’t played out for soccer in the U.S.—not yet.
    After several false starts at the professional level in the United States, soccer is making gains that reflect its grassroots popularity. Average match attendance in the MLS—founded in 1993 to fulfill an American commitment to create a professional league in exchange for hosting the 1994 World Cup—is now nearly 19,000, up from about 13,000 a decade ago. That might not sound like much compared with the NFL, but it’s more than the NBA and the NHL average per game and more than what a handful of major league baseball teams drew last year, too. The MLS Seattle Sounders, in fact, draw nearly twice as many fans per match as baseball’s Seattle Mariners. The MLS also sports a brand-new $600 million multiyear TV package with ESPN and Fox. Some 40 percent of MLS TV viewers are under 34, young by comparison with sports like baseball.
    But charting soccer’s popularity by media deals and professional stadiums misses the point. The Nobel Prize-winning economist F. A. Hayek once wrote that man’s fatal conceit was to imagine he can discern and understand all the currents of society and organize them from the top down. But whether we’re talking policy, politics, or cultural trends, it’s still a bottom-up world—as the rise of soccer in America shows.

    quarta-feira, 24 de julho de 2013

    Futebol, Brasil, FIFA, corrupcao, ineficiencia, incompetencia: andam juntos? - Carlos Brickmann

    Brigando com os fatos. Carlos Brickmann, para o Observatório da Imprensa
    (*) Especial, Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), 
    Circo da Notícia, 23 de julho/2013

    O esporte nacional não é mais o futebol. O esporte nacional é bater na FIFA, organizadora da Copa do Mundo. Não importa o que a FIFA diga, está errado - mesmo quando o que a FIFA diz está de acordo com as opiniões de quem a critica. Trata-se a FIFA, nos meios de comunicação, como se fosse uma entidade todo-poderosa, acima dos países e governos, a quem humilha por pura maldade, embora a FIFA seja apenas, para o bem e para o mal (e frequentemente para o mal, já que há inúmeros casos de corrupção a ela relacionados, que sempre procurou contornar em vez de esclarecer), uma empresa privada, não pertencente a Governo nenhum, criada e operada com o objetivo exclusivo de desenvolver seus negócios e dar lucros.
    Alguns fatos básicos têm sido esquecidos pelo jornalismo deste país - inclusive que, sob o comando da FIFA, o futebol cresceu constantemente no mundo inteiro. Como lembrava o ex-presidente João Havelange, há mais países filiados à FIFA do que à ONU. As tentativas de minar a organização internacional (como a formação de times não-afiliados, em especial o Millonarios, da Colômbia, que reuniu em certa época alguns dos maiores nomes do futebol mundial) sempre falharam. Estarão todos errados, não haverá ninguém que se salve?

    1 - A FIFA não pediu ao Brasil para organizar a Copa. Vários países, entre eles o Brasil, pediram à FIFA que os escolhesse para realizar o torneio. Entre vários candidatos, o Brasil venceu - não apenas a CBF, Confederação Brasileira de Futebol, mas o Estado brasileiro, já que o presidente da República participou das articulações para que o país fosse escolhido e assinou, oficialmente, uma carta em que se comprometia a realizar ou garantir uma série de providências. Entre elas, por exemplo, providenciar a permissão de venda de cerveja nos estádios, o que era vedado pela lei brasileira. O Brasil poderia ter rejeitado a exigência e a FIFA ou aceitaria a decisão ou realizaria a Copa em outro país. Simples assim.

    2 - A FIFA não determinou que o Brasil construísse estádios em cidades onde o futebol não é lá muito popular. Brasília, Manaus, Campo Grande provavelmente terão problemas para utilizar os estádios depois da Copa. Quem escolheu essas cidades? O Governo brasileiro e a CBF. Se Belém fosse escolhida, em vez de Manaus, para a FIFA não faria diferença. E no Pará o futebol é esporte popular. Em Goiânia há um belo estádio que poderia ser modernizado a custo muito inferior ao da construção de um novo. Em Brasília é bem mais difícil utilizá-lo - a tal ponto que querem importar jogos cariocas para dar-lhe sentido.

    3 - A FIFA não determinou, também, que a Copa se realizasse em doze cidades-sede. Doze é muito; encareceu as obras (o que talvez tenha deixado muita gente satisfeita), encarecerá o turismo, tornará mais cansativo e mais caro o giro das seleções. Por que doze, e não seis? Porque o Brasil assim o quis.

    4 - O Brasil precisa de escolas, hospitais, transporte, e não de novos estádios. Voltamos à questão inicial: a opção foi oficial, brasileira. Para realizar a Copa, seria preciso deixar os estádios confortáveis, modernos, prontos para transmissão internacional de TV, equipados para uso de Internet. A FIFA também não obrigou o Governo a colocar dinheiro em equipamento esportivo. O Governo é que fez as opções: estádios padrão FIFA, muitos deles com dinheiro público. É ruim? Se for, a escolha foi nossa, do nosso Governo democraticamente escolhido.

    5 - A realização da Copa não deixa nenhum legado útil à população do país. Aceitemos, para argumentar, que isto seja rigorosamente verdadeiro (e não é). Mas Barcelona aproveitou a oportunidade dos Jogos Olímpicos para
    modernizar-se, tornar-se mais bonita, mais agradável, mais acolhedora. A oportunidade é a mesma; se o Brasil a perdeu, não pode botar a culpa em gente de fora.

    6 - O presidente da FIFA, Joseph Blatter (que este colunista, a propósito, considera uma figura pouquíssimo recomendável), disse que talvez a entidade tenha cometido um erro ao escolher o Brasil para realizar a Copa. Pode ter razão ou não; mas não é exatamente a mesma coisa que dizem os críticos da disputa da Copa no Brasil? Blatter disse, em outras palavras, que poderia ter escolhido lugar mais tranquilo. Poderia; e parece estar arrependido da escolha. Não há em suas palavras, entretanto, nenhuma ameaça imperialista de violar a soberania brasileira e mudar a Copa de país, embora isso possa acontecer (e pelo menos dois outros países americanos, Estados Unidos e México, têm condições de realizá-la com pouquíssimo tempo de preparação). Se isso ocorresse, realizaria o sonho de quem acha que a Copa é um desperdício de tempo e dinheiro. E não seria a primeira vez: a Colômbia, em 1986, desistiu da Copa devido a problemas de segurança, e o México a realizou com tranquilidade.

    Quanto ao mais, caro leitor, tanto Blatter como seu adjunto Jerôme Volcker não são pessoas cuja visita possa considerar-se agradável. Só que o problema não é este: os dois, arrogantes, autoritários, prepotentes, antipáticos, foram convidados pelo Governo brasileiro. Não vieram à força; foram chamados. É duro admitir, mas estão aqui porque queremos, conforme decisão de nossos governantes.

    sábado, 29 de junho de 2013

    E neste domingo, a vaia caprichada vai para...

    Ué, onde estão todos?
    Sumiram?
    Se esconderam?
    Não vão cumprir a obrigação política elementar que ocorre nessas ocasiões, que é a autoridade máxima presente entregar a taça da vitória para a equipe vencedora?
    Vamos ter de vaiar só os cartolas da Fifa e os corruptos da CBF?
    Ohhh, vai ficar sobrando vaia...
    OK, a gente guarda para a próxima ocasião...
    Paulo Roberto de Almeida 

    segunda-feira, 17 de junho de 2013

    Sugestoes para o proximo jogo: fantasia, vidro reflexivo, embrulho, o que mais?

    Sobretudo silêncio, a maior discrição possível, se der, passar invisível...
    Aordem agora é esconder as autoridades, os políticos em geral, um dirigente em particular.
    Sempre me pareceu melhor um bom sofá, chinelos, telão, e para quem gosta, pipoca e refrigerante...
    Só áulicos para aplaudir.
    Fica uma maravilha...
    Paulo Roberto de Almeida

    Dilma não se intimida com vaias e promete estar na final
    Presidente ouviu protesto da torcida durante abertura
    EDUARDO BRESCIANI
    Agência Estado, 16 de junho de 2013 | 18h 44

    Dilma não vê motivação política em vaias durante abertura da Copa das Confederações

    BRASÍLIA - A vaia recebida no Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), no último sábado, na abertura da Copa das Confederações, não afastará a presidente Dilma Rousseff da final da Copa das Confederações, no Maracanã, no dia 30 de junho. A assessoria do Palácio do Planalto confirmou ontem que ela estará no Rio para acompanhar a decisão.
    Aliados e integrantes do governo avaliam que Dilma não deveria aceitar eventual convite para discurso ou até mesmo pedir para não aparecer no telão do Maracanã para evitar novas vaias na final da Copa das Confederações.
    A manifestação do público no sábado, antes do jogo entre Brasil e Japão, foi avaliada por petistas e assessores como um ato desvinculado de motivações políticas. "É um jeito moleque do torcedor brasileiro. Qualquer político que fosse ao estádio e anunciassem o nome seria recebido da mesma forma", resumiu o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).
    A previsão já era de a presidente comparecer a apenas dois jogos da Copa das Confederações, a abertura e a final. Ela não deverá estar presente nesta semana nas partidas do Brasil em Fortaleza, na quarta-feira, e em Salvador, no sábado, nem nas semifinais. Dilma fará, inclusive, uma viagem ao Japão na próxima semana e chegará de volta ao País já no dia da decisão da competição no Maracanã.
    A vaia em Brasília deverá apenas fazer com que o governo brasileiro aumente a preocupação com o protocolo. Aliados da presidente defendem que seja evitado nova situação que a exponha a manifestações negativas. "Estádio não é ambiente para discurso, é um público arredio a político e acostumado a vaiar porque já faz isso com os times", observou o deputado Vicente Cândido (PT-SP), que também é dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

    A intenção dos aliados é solicitar à Fifa que a presença da presidente seja tratada de forma discreta. Além de evitar o microfone, anúncios da presença e imagens dela no telão não deveriam ser mostradas, na visão de pessoas próximas a Dilma. O líder do PT na Câmara, porém, acredita não ser necessária tanto preocupação. "Não devemos perder o sono, foi algo contra a política em geral, não contra ela", avaliou José Guimarães.

    domingo, 16 de junho de 2013

    Estadio de futebol representa o enterro de politicos: decididamente eles devem se abster de aparecer...

    Vaias para a presidente (ou presidenta, à escolha...)

    Em um estádio lotado, por dentro, de torcedores de classe média, com recursos suficientes para pagar até R$ 300,00 em um ingresso, e cercado pelo lado de fora por manifestantes que integram os movimentos sociais e protestavam contra o dinheiro gasto em obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a presidente Dilma Rousseff declarou aberta a Copa das Confederações deste ano. Nas arquibancadas, recebeu uma sonora vaias da torcida no recém-reformado Estádio Nacional Mané Garrincha, antes do jogo entre Brasil e Japão.
    As vaias começaram quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi anunciado pelo locutor do estádio e ganharam força com o anúncio da presença da presidente. Durante as vaias, Blatter chegou a pedir respeito aos cerca de 70 mil torcedores presentes ao estádio.
    – Amigos do futebol brasileiro, onde está o respeito e o fair play, por favor? – disse o presidente da Fifa.
    O pedido do dirigente só fez as vaias aumentarem e Dilma declarou a abertura oficial do torneio sob o protesto da torcida em Brasília.
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    (segundo se divulgou, entidades públicas, isto é, governamentais, compraram milhares de ingressos, previsivelmente para colocar funcionários amestrados...)
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    Polícia impede acesso de manifestantes ao Estádio Mané Garrincha

    15/6/2013 13:26
    Por Redação - de Brasília

    Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram disparados contra a multidão que, ao final, oferece uma flor aos policiais da tropa de choque
    Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram disparados contra a multidão que, ao final, oferece uma flor aos policiais da tropa de choque
    A tropa de choque do Distrito Federal tentava bloquear o acesso de manifestantes que protestavam contra a Copa das Confederações ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Neste sábado, o Brasil abriu oficialmente o torneio, uma espécie de preparação para a Copa do Mundo, contra o selecionado japonês.
    Enquanto os principais meios populares de comunicação, em rádios e canais públicos de TV, cobriam os preparativos para o jogo de abertura, o correspondente da agência britânica de notíciasBBC, em Brasília, João Fellet, seguiu para o local onde uma operação policial liberava a entrada dos torcedores que seguiam para o Estádio, onde duas entradas chegaram a ser fechadas pelos manifestantes, que protestam contra o dinheiro gasto na construção da infraestrutura destinada à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas, em 2016.
    – Por enquanto, não houve confronto, mas a situação permanece tensa. Sem saber o que fazer, muitos torcedores permanecem aglomerados do lado de fora – disse Fellet, no início da tarde.
    Imagens de TV mostravam que a Polícia Militar usou bombas de gás, tiros de balas de borracha e spray de pimenta para dispersar o protesto. Desde o início da manhã, grupos de manifestantes, concentravam-se no entorno do estádio.
    Segundo o tenente-coronel e assessor de comunicação da Polícia Militar, Zilfrank Antero, a situação estava sob controle e o torcedor poderia se dirigir “tranquilo ao estádio”. Os torcedores têm sido orientados a entrar por outros portões que não estavam impedidos. Ao todo, foram vendidos 64.721 ingressos para a partida. No total, 3,2 mil policiais fazem a segurança no local, incluindo a Tropa de Choque e a Polícia Montada.
    O protesto começou pela manhã na Rodoviária de Brasília. Depois, os manifestantes romperam barreiras colocadas pela polícia para controle de acesso ao estádio. Ao ultrapassarem o último obstáculo, a polícia usou bombas de gás como estratégia para “acalmar os ânimos” na ocasião, de acordo com o tenente-coronel. A Polícia Militar já tinha conhecimento da ocorrência da manifestação, segundo o assessor, por meio do monitoramento das redes sociais. Segundo ele, o ato não tem uma liderança única.
    Nos últimos dias, inúmeros protestos foram realizados em cidades brasileiras. Na maioria deles, os manifestantes reivindicaram a revogação do aumento da tarifa do transporte público. Em São Paulo, houve quebra-quebra e confronto entre manifestantes e a polícia.