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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

A Ignorância Letrada: ensaio sobre a mediocrização do ambiente acadêmico (2010) - Paulo Roberto de Almeida

Uma pequena história para introduzir um artigo de DEZ ANOS atrás.

 

No dia de ontem, 6/10/2020, recebi uma demanda de assistente da Revista Aeronáutica para fornecer meu endereço, para remessa de um exemplar de número da revista que havia publicado um artigo meu. Não tinha a menor ideia de que artigo seria, e não tinha a menor ideia de que eu havia enviado um artigo para essa revista de “aviadores” (da ativa e reformados). 

 

Apenas hoje, dia 7, ao receber um arquivo digital dessa revista, tomei conhecimento de que se tratava de um artigo que eu havia escrito DEZ ANOS ATRÁS

Eu mantenho um registro relativamente fiel e detalhado de TODOS os meus trabalhos, que recebem um número da Relação de Originais assim que são terminados. Eis aqui a ficha original do trabalho n. 2.169, escrito em viagem da China ao Brasil em 2010, e terminado de volta a Xangai no final de julho daquele ano. Eu o postei imediatamente em meu blog, mas poucas semanas depois ele foi publicado numa revista acadêmica com a qual eu colaborava então. Seis meses depois, ele foi publicado em outra revista com a qual colaborava (mas que já não mais existe, por isso não existe link de URL). 

A comprovação de que eu não enviei o artigo para a revista está no fato de que eles o publicaram com o meu endereço do Twitter; ora, eu NUNCA usei esse endereço como contato comigo, e, sim, uso meu site pessoal (www.pralmeida.org), onde existe um formulário de contato, através do qual recebo mensagens de leitores e curiosos. 

 

2169. “A Ignorância Letrada: ensaio sobre a mediocrização do ambiente acadêmico”, Dubai-São Paulo, 17/07/2010; Shanghai, 30/07/2010, 10 p. Ensaio sobre a crescente deterioração da qualidade da produção acadêmica brasileira na área de humanas, examinando a natureza do problema, suas causas, suas consequências mais evidentes e as evidências disponíveis. Disponível no blog Diplomatizzando (1/08/2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/08/sobre-ignorancia-letrada-algumas.html). Revista Espaço Acadêmico (ano 10, n. 111, agosto 2010, p. 120-127; link: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/10774; pdf: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/download/10774/5859). Publicada na revista acadêmica Espaço da Sophia (ano 4, n. 41; janeiro-março 2011; ISSN: 1981-318X). Relação de Publicados n. 985 e 1016. 

 

         Acrescentado dia 7/10/2020: 

Reproduzido na revista Aeronáutica (Rio de Janeiro: Clube da Aeronáutica, vol. X, n. 308, julho a setembro 2020, p. 20-25; ISSN: 0486-6274; link: http://www.caer.org.br/downloads/revistas/revista308.pdf); disponível na plataforma Academia.edu (7/10/2020; link: https://www.academia.edu/44249737/2169_A_Ignorancia_Letrada_ensaio_sobre_a_mediocrizacao_do_ambiente_academico_2010_). Relação de Publicados n. 1469.

 

Ao reproduzir essa ficha, posso informar que, naquele ano, eu estava num serviço provisório junto ao Consulado do Brasil em Xangai, mas para trabalhar no pavilhão do Brasil na Shanghai Universal Exhibition, que foi realizada de maio a outubro daquele ano. Ocorre que eu também era diretor executivo da BRASA, Brazilian Studies Association, que estava realizando seu congresso bienal em Brasília. Comecei a escrever esse trabalho no longo trajeto aéreo entre Dubai e São Paulo, e só fui terminá-lo de volta a Xangai. Depois das duas publicações, o artigo desapareceu de meus registros, como se pode ver pela ficha, e só reapareceu agora, quando a revista Aeronáutica o desenterrou de algum lugar (talvez o meu blog, talvez a Espaço Acadêmico), mas não sei por que colocaram meu endereço de Twitter como contato.

Ao tomar conhecimento dessa publicação, escrevi o que segue, pelo mesmo canal de contato utilizado para me informar sobre sua inesperada publicação: 

 

Muito grato, vou registrar na minha lista de publicados.

            Acredito que não serei mais convidado a colaborar, pois se existe um processo deliberado de mediocrização, de embrutecimento, de emburrecimento e de idiotice generalizada, ele vem sendo conduzido pelo governo atual, especialmente pelo seus estúpidos ministros da educação, que conduzem um ataque deliberado à inteligência, um assalto às instituições de ensino público, à cultura de forma geral.

            Lamento que as FFAA estejam sendo coniventes com a desgovernança atual no Brasil do capitão aloprado.

            Desculpe o desabafo, mas nunca me eximi de expressar minha opinião sobre o estado da nação, sobretudo na fase do lulopetismo, quando foi escrito esse texto agora reproduzido. 

            Pois a situação agora é infinitamente pior, com o bando de novos bárbaros ignorantes no poder.

            Façam um trabalho digno, para restaurar o prestígio, outrora alto, atualmente um pouco diminuído, das FFAA.

            Cordialmente,

---------------------------
Paulo R. de Almeida

 

Creio que a história está contada. Agora, quem quiser ler o artigo, pode fazê-lo num dos links de contato acima reproduzidos. De minha parte, se eu tivesse que comentar sobre o assunto, eu o faria nos termos da mensagem que mandei como recado aos militares.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 7 de outubro de 2020

 


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Viva a DESeducacao brasileira: nos salva; continue assim, MEC dinossauro...

Bem, não somos ingênuos, e acredito que ninguem, medianamente alfabetizado, e que frequenta a internet, e se utiliza de suas sete maravilhas e meia (o meia vai para o WhatsApp que ainda não permite chamada de voz instantânea), pode cair numa esparrela dessas, como a que vai reproduzida abaixo.
Está certo que os Correios são a porcaria que são, corruptos e contaminados pelo partido totalitário além do mais, mas de vez em quando alguém distraído poderia cair no conto do vigário, e clicar no lin que vem junto da mensagem.
Mas, como eu dizia antes, se a pessoa for medianamente alfabetizada, vai perceber que a linguagem que ali futura, se ela está um pouco melhor do que certa pessoa que pretende dar ordens neste país, mas que não consegue se expressar direito (porque não pensa direito, ou sequer torto), não preenche, por assim dizer os critérios, já não digo da Academia Brasileira de Letras, mas do curso de massinha III, e do pré-primário, onde alguns nerdzinhos já saem lendo Dostoievski.
Pois é: acho que devemos agradecer ao MEC por preservar nossa educação no estado em que se encontra atualmente (e regredindo).
MEC, por favor, não mude nada, não faça nada.
Pois esse pessoal (não só os bandidos bandidos, mas certos bandidos da outra banda, compreendem?) pode melhorar o Portugueis, e aí vai ferrar alguns de nós, incautos e distraídos.
Uma coisa eu garanto: eles vão ter de piorar muito para chegar ao nível de indigência vocabular de certo personagem que anda por ai atarantada...
Paulo Roberto de Almeida

Vejam a mensagem recebida dos "Correios" (ipsis verbis):

Prezado Cliente,

devido a grave iniciada pelos nossos servidores no dia 12 de abril de 2015 não consiguiremos entregar sua encomenda, informamos que a mesma se encontra retida em nosso Centro de Distribuição.
Para retirada da sua encomenda prossiga até a agência informada tendo em mãos seu RG e o número de encomenda em um prazo de 7 dias úteis a partir de hoje, caso não retire a mesma retornaram para seu destinatário.

domingo, 1 de março de 2015

O Petrolao, os crimes do PT, e a indignidade academica: reflexos de um debate

Participo de algumas listas acadêmicas, e de grupos de estudos de pessoas devidamente formadas, tituladas, algumas até ostentando altos cargos na iniciativa privada e na burocracia pública, ou seja, todos plenamente alfabetizados e dispondo, ao que se supõe, de acesso a todas as fontes de informação, desde os jornalões conservadores e revistas de direita da "mídia golpista", até os mais vis pasquins mercenários do partido no poder, que eu também recebo, e leio, uma vez que não descarto nenhuma fonte de informação (em alguns casos de deformação), que me sejam úteis para formar minha opinião, sobre o que vai pelo Brasil e pelo mundo, e a partir daí eventualmente formular comentários críticos em artigos que versam sobre o mundo como ele é, e sobre o Brasil, no estado em que o colocaram.
Pois bem, sabemos que desde o ano passado se desenvolve o mais clamoroso caso de corrupção já visto na história dessa república tão conspurcada por líderes políticos que não merecem esse nome, aliados a bandidos de alto coturno, saídos das esferas partidárias ou de empresas e corporações interessadas unicamente em ganhar dinheiro (por todos os meios cabíveis).
Tudo corria nos cenários habituais, quando agigantou-se o espectro da falência da empresa estatal de petróleo, conduzida a uma situação inacreditável por aqueles que comandam o país desde 2003.
Todas as pessoas bem informadas souberam da confecção e circulação de um manifesto em defesa da Petrobras, assinado pelos suspeitos de sempre.
Eu li, e o transcrevi integralmente aqui, no dia 24 de fevereiro, assim que foi liberado:
Petrolão e Petralhabras: intelequitualoides vêem complô estrangeiro na roubalheira dos petralhas
destacando este trecho inacreditável:
"Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados."
Petrolao e Petralhabras: intelequitualoides veem complo estrangeiro na roubalheira dos petralhas - See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/02/petrolao-e-petralhabras.html#sthash.2Yyuh9EM.dpuf

Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados - See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/02/petrolao-e-petralhabras.html#sthash.2Yyuh9EM.dpuf
Eu nunca tive nenhum problema em transcrever as coisas mais escabrosas, inclusive um lixo como esse manifesto, desde que isto sirva à informação de todas as pessoas inteligentes, e possa contribuir para um bom debate em torno de políticas públicas, como sempre foi o objetivo deste blog.

Tudo ficaria por isso mesmo, quando não mais que de repente recebo, de um desses acadêmicos transformados em servidor público, e presumivelmente comprometido com o partido no poder, e apoiando suas causas, um convite para assinar tal manifesto que seria encaminhado à presidência da república:

On Feb 28, 2015, at 22:03, Fulano de tal <fulanodetal@gmail.com> wrote:
Olá,
Eu acabei de assinar esta petição -- você não quer se juntar a mim?
Presidencia da República: Defesa da Petrobras e da Democracia
Para: Presidencia da República

Esta petição é muito importante e poderá fazer uso de nossa ajuda. Clique aqui para saber mais e assinar:
https://secure.avaaz.org/po/petition/Presidencia_da_Republica_Defesa_da_Petrobras_e_da_Democracia_1/?kjGOJhb
Muito obrigado,
{SENDER_NAME}


Em primeiro lugar, eu fiquei surpreendido, para não dizer estarrecido, de que pessoas com doutorado, supostamente leitoras da imprensa, e portanto sabendo exatamente o que está ocorrendo na Petrobras, tenham a coragem de enviar a colegas de lista uma demanda desse tipo, supostamente em nome da Presidência da República, que aparentemente valeu-se de uma ferramenta (a Avaaz) presidida por um companheiro notório para induzir milhares de "aliados" a assinar um apoio em causa própria.
Não tenho nenhuma dúvida de que eles recolherão dezenas de milhares de assinaturas de gente a favor, mas não a minha obviamente.
Contentei-me em mandar a seguinte mensagem ao meu interlocutor, e a todos os demais membros da lista:
[PRA:]
Acho que quem assina uma coisa dessas ou é cego, ou não quer ver o que está acontecendo na Petrobras.
    Por acaso foram interesses estrangeiros que obrigaram os companheiros a assaltar a companhia, dilapidando-a em centenas de milhões de dólares?
    Desculpe, mas não sou estúpido a esse ponto.
    E acho patético que pessoas bem informadas se submetam a uma manipulação grotesca desse tipo.
-----------------------------------
Paulo Roberto de Almeida


Recebi então, dois comentários, que reproduzo abaixo, não identificados:
[1ro. comentário:]
Caro Paulo, considero este manifesto uma coisa extraordinária. Os mesmos que construíram um projeto de exploração do pré-sal inconsistente, que esticou a empresa além do suportável  (onde se objetivava explorar uma área nova, em curtíssimo espaço de tempo, com a melhor tecnologia, em enormes volumes, com a obrigação de conteúdo nacional, que naturalmente encarece o investimento, e com controle de preços que tirou 60 bilhões do caixa da companhia, tornando-a mais endividada do mundo do petróleo) e excessivamente ambicioso, e que permitiram um assalto sem precedentes na empresa, agora querem defendê-la de solertes inimigos!
Quem arrebentou a Petrobras?

[Membro da lista]
Enviada do meu iPad

[2do. comentário:]
Prezado [Membro da lista]:
Prefiro seu manifesto, de um único, verídico e contundente parágrafo.
Assino em baixo.
Abs.
XX

 No intervalo, um true believer nas virtudes companheiras, confirmou que apoiava:
Já assinei e divulguei.
Abraços
Xxxxxx


Em face de um comentário irônico, de um quarto membro, que afirmou apenas, diplomaticamente (mas não se trata de um diplomata, e sim de um sociólogo econômico, como eu), que "Vai dar tudo certo. O Brasil está apenas atravessando um século difícil", resolvi escrever e mandar a nota seguinte, dando por encerrada minha participação no "debate":
[Resposta PRA]:
Caros [1ro, 2do e 3ro membros da Lista] (e aos que mais possuirem certo discernimentos das coisas),
    Eu pensei que já tinha assistido a várias demonstrações de indignidade acadêmica e política, ou simplesmente cidadã, quando me vi confrontado com esse manifesto, que circulou amplamente, mas que agora acaba de se converter numa petição que pretende recolher os apoios daqueles que concordam com os seus termos.
    Acho que nunca vou deixar de me surpreender com a atitude de pessoas notoriamente bem informadas, mas que ainda assim pretendem deformar os dados factuais, objetivos, materiais, para não dizer criminosos, que estão envolvidos no desmantelamento da Petrobras, e converter tudo isso num solerte ataque de interesses estrangeiros contra uma companhia que foi literalmente assaltada pelos companheiros.
    Que isso seja feito pelo partido no poder, pode até se admitir, conforme sua natureza já desvendada em diversos outros casos escabrosos.
    Que isso seja solicitado a pessoas pensantes — é o termo que me ocorre agora — me parece uma demonstração insofismável de que certa categoria de acadêmicos, e até de profissionais do setor privado e do Estado, prefere viver de mistificações em lugar de enfrentar a realidade.
    Sinto muito dizer, mas não compartilho dessa indignidade e ouso denunciar quem a sustenta.
    Realmente, há um limite para aqueles que pretendem construir um Brasil decente, que deveria ser bem diferente de um regime mafioso.
    Esse limite é a simples diferença entre a conduta legítima e o crime.
    Simples assim.
    As pessoas precisam escolher de que lado pretendem ficar.
-----------------------------------
Paulo Roberto de Almeida


Não pretendo mais retrucar a ninguém, e é muito possível que, depois desta última manifestação de minha parte, resolvam, democraticamente, me retirar da lista, o que não me afetaria sobremaneira, a não ser pelo fato de perder, por essa via, uma outra fonte de informações.
Como já disse, eu leio absolutamente de tudo, de todas as tendências políticas, preferencialmente coisas que sejam inteligentes, mas até algumas estúpidas, também (inclusive porque permite saber o que vai pela cabeça das pessoas), e não me eximo de expressar minha opinião, quando julgo pertinente. Tem gente, porém, que não gosta de ser confrontada em suas adesões políticas.
Eu não me importo, o que vale é o debate de ideias, não é mesmo?
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 1. de março de 2015.
Petrolao e Petralhabras: intelequitualoides veem complo estrangeiro na roubalheira dos petralhas - See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/02/petrolao-e-petralhabras.html#sthash.2Yyuh9EM.dpuf

sábado, 6 de abril de 2013

PERIGO: virus de epidemia asiatica mortal contamina partidos brasileiros (PROTEJAM-SE...)

Vejam que enorme perigo ronda os brasileiros:

os partidos, movimentos e periódicos seguintes foram contaminados por um terrível virus que parece ser epidêmico e contra o qual não se dispõe de vacina no momento:

PCdoB, PT, PSB, Cebrapaz, CUT, MST, MDD, UJS, UNE, Unegro, Unipop, CDRI, CDR/DF, MPS, CMP, CPB, Telesur, TV Comunitária de Brasília, Jornal Revolução Socialista.

 Esse virus, altamente volátil, se reproduzindo mesmo sem contato direto, pode contaminar os neurônios de quem os tem, provocar estragos indizíveis na capacidade mental dos atingidos, torná-los totalmente incapazes de distinguir ficção e realidade, afetar drasticamente a faculdade de raciocinar corretamente, induzir a estados de demência senil, e jogar as pessoas por ele atingidas num estado cataléptico e de prostração mental próximo dos estágios avançados do mal de Alzheimer (mas ele parece ser muito pior, obviamente, pois não impede os contaminados de circular e de escrever, embora de forma estropiada).
Batalhões de médicos, infectologistas, pesquisadores de epidemias bizarras estão trabalhando febrilmente na contenção desse mal, mas não é seguro que se consiga conter seus efeitos antes que o virus se dissemine perigosamente em outras esferas da cidadania brasileira, como universidades, escolas médias e técnicas, escolas primárias, creches, quem sabe até algumas estatais e, perigo dos perigos, até o governo, em seu epicentro, pode ser atingido, uma vez que os signatários do manifesto abaixo possuem imensas, intensas, íntimas conexões com gente do governo, e podem, assim, contaminá-los inadvertidamente, provocando os mesmos estragos que ele já provocou nos responsáveis partidários que assinaram o protocolo de infecção de debilidade mental registrado abaixo. 
Segundo informações recolhidas por este blog, os afetados estão revirando os olhos e babando convulsivamente, sendo que os efeitos são multiplicados por mil cada vez que contemplam uma bandeira americana, mas parecem se acalmar na presença da bandeira do país que defendem.
Os médicos estão pensando que um estágio nesse país poderia lhes fazer bem.
Nós também recomendamos uma viagem de cruzeiro, ou um estágio prolongado de cura, nas paragens que lhes fazem tanto bem, inclusive porque os efeitos da doença (para todos nós) seriam mitigados e quem sabe até eliminados?
Se não der para chegar até lá, tem uma ilha mais perto que também é ideal para estados como esse.
São recomendações de um leigo, não de um especialista, que provavelmente recomendaria camisa de força, internação em hospício isolado, regime de quarentena e supercalmantes o tempo todo.
Pelo alerta voluntário:
Paulo Roberto de Almeida


Senhor Embaixador da República Popular e Democrática da Coreia;

A campanha de uma guerra nuclear desenvolvida pelos Estados Unidos contra a República Democrática Popular da Coreia passou dos limites e chegou à perigosa fase de combate real. Apesar de repetidos avisos da RDP da Coréia, os Estados Unidos tem enviado para a Coréia do Sul os bombardeios nucleares estratégicos B-52 e, em seguida, outros meios sofisticados como aeronaves Stealth B-2, dentre outras armas.

Os exercícios com esses bombardeios contra a RDP da Coréia são ações que servem para desafiar e provocar uma reação nunca antes vista e torna a situação intolerável. As atuais situações criadas na península coreana e as maquinações de guerra nuclear dos EUA e sua fantoche aliada Coréia do Sul além de seus parceiros que ameaçam a paz no mundo e da região, nos levam a afirmar:

1. Nosso total, irrestrito e absoluto apoio e solidariedade à luta do povo coreano para defender a soberania e a dignidade nacional do país;

2. Lutaremos para que o mundo se mobilize para que os Estados Unidos e Coréia do Sul devem cessar
[sic, sic, trisic!] imediatamente os exercícios de guerra nuclear contra a RDP da Coréia;

3. Incentivaremos a humanidade e os povos progressistas de todo o mundo e que se opõem a guerra, que se manifestem com o objetivo de manter a Paz contra a coerção e as arbitrariedades do terrorismo dos EUA.


Conscientes de estarmos contribuindo e promovendo um ato de fé revolucionária pela paz mundial, as entidades abaixo manifestam esse apoio e solidariedade.

Brasília, 02 de abril de 2013.

PCdoB, PT, PSB, Cebrapaz, CUT, MST, MDD, UJS, UNE, Unegro, Unipop, CDRI, CDR/DF, MPS, CMP, CPB, Telesur, TV Comunitária de Brasília, Jornal Revolução Socialista.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A indigencia teorica dos companheiros dos companheiros - Carlos Alberto Sardenberg

O título acima é meu, não do conhecido jornalista da Globo e da CBN, e articulista do jornal O Globo.
Não se trata nem de "roubar a favor do povo", mas de construir um sistema totalitário com base na falcatrua, na corrupção, na mentira, na fraude, no roubo explícito, enfim em toda sorte de crimes, inclusive os mais escabrosos, como eliminação de recalcitrantes e "desviantes".
Companheiros de viagem tentam emprestar sua indigência intelectual ao que é apenas crime.
Só se pode sentir asco dessa gente, de todos, os que cometem crimes e os que tentam justificar.
Paulo Roberto de Almeida

Roubar pelo povo
Carlos Alberto Sardenberg
O Globo, 20/12/2012

Intelectuais ligados ao PT estão flertando com uma nova tese para lidar com o mensalão e outros episódios do tipo: seria inevitável, e até mesmo necessário, roubar para fazer um bom governo popular.

Trata-se de uma clara resposta ao peso dos fatos. Tirante os condenados, seus amigos dedicados e os xiitas, ninguém com um mínimo de tirocínio sente-se confortável com aquela história da  ”farsa da mídia e do Judiciário”.

Se, ao contrário, está provado que o dinheiro público foi roubado      e que apoios políticos foram comprados, com dinheiro público, restam duas opções: ou desembarcar de um projeto heroico que virou bandidagem ou, bem, aderir  à tese de que todo governo rouba, mas os de esquerda roubam menos e o fazem para incluir os pobres.

Vimos duas manifestações recentes dessa suposta nova teoria. Na Folha, Fernanda Torres, em defesa de José  Dirceu,  buscou inspiração em Shakespeare para especular: talvez seja impossível governar sem violar a lei.

No Valor, Renato Janine Ribeiro escreveu duas colunas para concluir: comunistas revolucionários não roubam; esquerdistas reformistas roubam quando chegam ao governo, mas “talvez” tenham de fazer isso para garantir as políticas de inclusão social.

Tirante a falsa sofisticação teórica, trata-se da atualização de coisa muito velha. Sim, o leitor adivinhou: o pessoal está recuperando o “rouba mas faz”, criado pelos ademaristas  nos anos 50. Agora é o “rouba mas distribui”.

Nem é tão surpreendente assim. Ainda no período eleitoral recente, Marilena Chauí havia colocado Maluf no rol dos prefeitos paulistanos realizadores de obras, no grupo de Faria Lima, e fora da turma dos ladrões.

Fica assim, pois: José Dirceu não é corrupto, nem quadrilheiro – mas participou da corrupção e da quadrilha porque, se não o fizesse, não haveria como aplicar o programa popular do PT.

Como se chega a esse incrível quebra-galho teórico? Fernanda Torres oferece uma pista quando comenta que o PT se toma como o partido do povo brasileiro. Ora, segue-se, se as elites são um bando de ladrões agindo contra o povo, qual o problema de roubar “a favor do povo”?

Renato Janine Ribeiro trabalha na mesma tese, acrescentando casos de governos de esquerda bem sucedidos, e corruptos. Não fica claro se são bem sucedidos “apesar” de corruptos ou, ao contrário, por serem corruptos. Mas é para esta ultima tese que o autor se inclina.

Não faz sentido, claro. Começa que não é verdade que todo governo conservador é contra o povo e corrupto. Thatcher e Reagan, exemplos máximos da direita, não roubavam e trouxeram grande prosperidade e bem estar a seus povos. Aqui entre nós, e para ir fundo, Castello Branco e Médici também não roubavam e suas administrações trouxeram crescimento e renda.

Por outro lado, o PT não é o povo. Representa parte do povo, a majoritária nas últimas três eleições presidenciais. Mas, atenção, nunca ganhou no primeiro turno e  os adversários sempre fizeram ao menos 40%. E no primeiro turno de 2010, Serra e Marina fizeram 53% dos votos.

Por isso, nas democracias  o governo não pode tudo, tem que respeitar a minoria e isso se faz pelo respeito às leis, que incluem a proibição de roubar. E pelo respeito à opinião pública, expressa, entre outros meios, pela imprensa livre.

Por não tolerar essas limitações, os partidos autoritários, à direita e à esquerda, impõem ou tentam impor ditaduras, explícitas ou disfarçadas. Acham que, por serem a expressão legítima do povo, podem tudo.

Assim, caímos de novo em velha tese: os fins justificam os meios, roubar e assassinar.

Renato Janine Ribeiro diz que os regimes comunistas cometeram o pecado da extrema violência física, eliminando milhões de pessoas. Mas eram eticamente puros, sustenta: gostavam de limusines e dachas, mas não colocavam dinheiro público no bolso. (A propósito, anotem aí: isto é uma prévia para uma eventual defesa de Lula, quando começam a aparecer sinais de que o ex-presidente e sua família abusaram de mordomias mais do que se sabe).

Quanto aos comunistas, dizemos nós, não eram “puros” por virtude, mas por impossibilidade. Não havia propriedade privada, de maneira que os corruptos não tinham como construir patrimônios pessoais. Roubavam dinheiro de bolso e se reservavam parte do aparelho do estado, enquanto o povo que representavam passava fome. Puros?

Reparem: na China, misto de comunismo e capitalismo, os líderes e suas famílias amealharam, sim, grandes fortunas pessoais.

Voltando ao nosso caso brasileiro, vamos falar francamente: ninguém precisa ser ladrão de dinheiro público para distribuir Bolsa Família e aumentar o salário mínimo.