O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador internet. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador internet. Mostrar todas as postagens

domingo, 6 de outubro de 2013

Internet: a dominacao de alguns grandes imperios de softs, de busca e de comunicacao

Age of Internet Empires: One Map With Each Country's Favorite Website

Facebook, Google, and—a newspaper?
More
The world’s most popular websites, old timey map-style (Graham and De Stabbata)
Two researchers, Mark Graham and Stefano De Stabbata, at the Oxford Internet Institute have depicted the world’s “Internet empires” in a map, below. The map shows each nation’s most popular website, with the size of nations altered to reflect the number of Internet users there.
The map makes for a brief, informative look at how geographic—and universal—certain web tastes and habits are.
A map of the most visited website, by country.
Mark Graham and Stefano De Stabbata’s map. Click for detail.
Facebook, the world’s most popular site, is most popular in North Africa, parts of the Middle East, and the Pacific coast of South America. But elsewhere, Google looms. It’s the most popular website in North America, Europe, and parts of south Asia.
And even where it isn’t the most popular site, Google is still powerful. “The power of Google on the Internet becomes starkly evident if we also look at the second most visited website in every country,” Graham and De Stabbata write:
Among the 50 countries that have Facebook listed as the most visited visited website, 36 of them have Google as the second most visited, and the remaining 14 countries list YouTube (currently owned by Google).
What of the rest of the world? Baidu dominates China, though its spill-over popularity into neighboring countries makes the researchers doubt whether data from those countries is accurate. Yahoo! succeeds in Japan and Taiwan through its nearly two-decade-old partnership with Japanese SoftBank and its 2007 purchase of Wretch, a Taiwanese social networking site.
Elsewhere: Yandex, a search engine, is Russia’s most popular site; an email client is most popular in Kazakhstan. Data from central African nations appear unavailable, which makes me wonder if the starting data included mobile web. (If so, Facebook might be doing well there, too.)
Perhaps most interesting  to me are the Palestinian Territories, where a newspaper (a newspaper!), The Al-Watan Voice, is most popular.
Graham and De Stabbata also styled their map Age of Exploration-style, visible at the very top of this post. They seem most interested in, and concerned by, the power inherent in these homogeneous data empires. “We are likely still in the very beginning of the Age of Internet Empires,” they write:
But, it may well be that the territories carved out now will have important implications for which companies end up controlling how we communicate and access information for many years to come.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

E por falar em excelente ambiente de negocios no Brasil...

Pois é: parece que o Brasil está entregue a amadores.
Amadores inteligentes deveriam consultar técnicos e experts, antes de se pronunciar sobre assuntos que não dominam. Mas quem segura?
Paulo Roberto de Almeida

Resposta brasileira para espionagem na internet pode dar errado, diz setor
O Globo, 3/10/2013

SÃO PAULO/BRASÍLIA - Para as empresas de tecnologia no Brasil, a decisão do governo de mirar as companhias em resposta à espionagem americana é tão inteligente quanto enviar um e-mail raivoso no calor de uma discussão.

O plano da presidente Dilma Rousseff de obrigar as empresas de internet a armazenar dados de usuários dentro do país não terminará com as preocupações sobre segurança virtual no Brasil, e pode aumentar os custos e prejudicar futuros investimentos em um importante mercado emergente para empresas como Google, Facebook e Twitter, disseram analistas e executivos da indústria.

“Pode acabar tendo o efeito oposto do que se pretendia, e afugentar empresas que querem fazer negócios no Brasil”, disse Ronaldo Lemos, professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que ajudou a formular a legislação de internet no Brasil.

Dilma ficou indignada depois que documentos divulgados pelo ex-analista de inteligência americano Edward Snowden mostraram que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou cidadãos brasileiros, a Petrobras e até mesmo as comunicações da própria presidente.

Em resposta, Dilma passou a priorizar um projeto de lei que exige que grandes empresas de internet armazenem localmente dados reunidos nos servidores dentro do Brasil. De outra forma, elas não poderão fazer negócios em um dos mercados de tecnologia e mídia social que cresce mais rápido no mundo.

O projeto de lei ainda não foi publicado, e o número de empresas na mira do governo é incerto.

No entanto, o deputado petista Alessandro Molon (RJ), relator do Marco Civil da internet, disse recentemente que o número de empresas afetadas poderia ser contado “nas duas mãos”.

No que foi interpretado pela indústria como outro sinal de hostilidade, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sugeriu recentemente que as empresas de tecnologia não estavam pagando impostos suficientes.

Uma fonte da indústria, falando sob condição de anonimato devido à delicadeza da questão, disse que muitas empresas ainda estão esperando para ver a lei, e como será implementada, antes de decidir se continuarão com os planos de investir no país. Algumas poderiam até mesmo sair do Brasil.

“É uma ideia horrível”, disse a fonte. “E mesmo se o governo sabe, ele sente que precisa continuar pressionando e enviar um forte sinal político”.

Mesmo se os dados fossem mantidos em centros de dados brasileiros, ainda seriam replicados em servidores no exterior, dizem os especialistas. Ter bancos de dados inteiros em um único país tornaria a informação mais vulnerável a ataques cibernéticos.

Tamanho do mercado importa

Mas até agora o governo se recusa a abandonar seu plano, apostando principalmente que o Brasil é um mercado grande demais para as empresas ignorarem.

“Não acredito que essas empresas vão parar suas atividades lucrativas no Brasil”, disse Molon, acrescentado que construir centros locais seria um “custo pequeno” para empresas tão grandes.

O secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, que também está envolvido na questão, citou o Facebook como uma empresa que deveria ter uma presença física maior no Brasil.

“O Brasil é o segundo maior mercado (do Facebook) em termos de usuários, e mesmo assim a empresa tem infraestrutura zero no país. Seria natural, mesmo do ponto de vista empresarial, ter parte dela aqui”, disse Almeida.

Um estudo patrocinado pelo grupo de telecomunicações Brasscom descobriu recentemente que os custos de operação de um centro de dados no Brasil podem ser até 100% mais altos do que nos Estados Unidos. Isso se deve principalmente ao alto custo de eletricidade e aos pesados impostos sobre tecnologia importada.

Almeida disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia está estudando incentivos fiscais para empresas dispostas a manufaturar servidores no Brasil. Subsídios de eletricidade, ele disse, poderiam vir a ser discutidos com o Ministério da Fazenda.

A ideia de exigir que dados sejam hospedados localmente ganhou força depois que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentou persuadir as autoridades americanas a executar todos os outros pedidos de vigilância através dos tribunais brasileiros. Ele disse que o pedido foi rejeitado durante uma viagem recente a Washington.

Almeida sugeriu que os prejuízos podem não ser tão ruins quanto algumas empresas acreditam.

“É uma concepção ainda em construção”, disse. “Acho que a indústria está vendo esse debate sobre os centros de dados de maneira muito extrema”.

Fortaleza - Vladivostok

O rescaldo do escândalo da NSA também pode fortalecer outras iniciativas do governo com relação à internet.

Um projeto prevê ligar o Brasil e seus pares no grupos de países emergentes Brics através de um cabo de fibra óptica de 34.000 quilômetros sem passar pelos Estados Unidos. O cabo iria de Fortaleza até Vladivostok, na Rússia, também ligando a África do Sul, a Índia e a China.

A internet é fortemente centralizada nos Estados Unidos, o que significa, por exemplo, que um e-mail enviado por Dilma a seu colega russo Vladimir Putin provavelmente irá passar por um servidor em Miami.

“Essa é uma boa oportunidade de procurar melhores opções de conectividade”, disse Leslie Daigle, chefe de Tecnologia de internet na internet Society, um grupo sediado nos EUA que defende uma rede aberta.

Especialistas dizem que a conscientização é mais importante do que cabos colossais de fibra óptica ou e-mail locais ou serviços de criptografia em um país onde autoridades responsáveis por fazer a política da internet às vezes têm uma má compreensão do assunto e geralmente trocam informações confidenciais através do Gmail ou Whatsapp, serviço de mensagem instantânea para smartphones.

“Ao introduzir mais tecnologia, você está na verdade introduzindo mais problemas em vez de abordar as questões”, disse William Beer, analista de segurança cibernética da empresa de serviços profissionais Alvarez & Marsal, em São Paulo.

Dilma fez da nova estrutura legislativa da internet uma prioridade, significando que a Câmara dos Deputados pode votá-la até o final de outubro. Com relação à regra de localização dos dados, o deputado Molon parece determinado.


“As coisas não podem continuar como estão”, disse. “Precisamos de uma resposta política contra um ato político que violou nossa soberania”.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Autoritarios querem controlar a internet (e o Brasil?)

Companheiros certamente estariam de acordo com chineses, russos, cubanos e outros celerados...
Editorial

Global Internet Diplomacy

Representatives of 193 countries are meeting in Dubai to update a treaty known as the International Telecommunication Regulations that was last negotiated in 1988 and governs the exchange of telephone traffic between countries.
Opinion Twitter Logo.

But a group of countries led by Russia and China are trying to use the deliberations, the first in 24 years and taking place under United Nations auspices, to undermine the open spirit of the Internet.
The United States, the European Union and other countries have rightly resisted any such effort, which is also supported by the United Arab Emirates, Saudi Arabia, Sudan, Algeria, Iraq and Bahrain. It is bad enough that most of these countries already restrict the online speech of their citizens, but now they want international law to endorse their control and censorship of the Internet and possibly even tighten control in ways that would make it harder for users to get information online and allow governments to monitor Internet traffic more readily.
One particularly disturbing element of their proposal, a copy of which was leaked last week to the Web site WCITleaks.org, has the potential to cause major disruptions to the Internet by giving each country the ability to manage Web addresses and numbering.
That important logistical task is currently overseen by the nonprofit organization known as the Internet Corporation for Assigned Names and Numbers — and it should stay that way. ICANN already coordinates with governments, civil society groups and Internet service providers to assign and manage domain names . Allowing each country to manage and potentially politicize that function by giving favorable treatment to some groups or providers would risk fragmenting the Internet, which is useful precisely because it’s universal and operates on the basis of globally accepted standards.
Other parts of the proposal would give broad powers to countries over “matters of Internet governance.” Analysts say that language appears to legitimize and validate controls over content and access that many nations already use by including them in an international treaty.
The Internet provisions are ill-considered diversions from what should be the core purpose of the conference: finding ways to expand access to communications technology, including reducing international cellphone roaming charges and lowering the cost of wireless and broadband services by encouraging competition.
Organizers of the conference, which ends on Friday afternoon, have already said that no proposals or a final treaty will be put to a vote. Instead, they say an agreement will be reached through consensus. The envoy representing Washington, Terry Kramer, has made it clear that the United States will not accept any language on Internet controls, which he says does not belong in a treaty that should properly focus on telecommunications. Subjecting the Internet to more overlapping and unneeded regulations would only serve to weaken it.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Internet: ditaduras e mentalidades autoritarias querem controle...

Futuro da internet nas mãos dos governos em Dubai

Governos e empresas vão travar, a partir de segunda-feira, uma verdadeira guerra em relação ao futuro da internet. Pela primeira vez em 25 anos, a comunidade internacional se reunirá, em Dubai, para definir as regras que irão moldar as telecomunicações nas próximas décadas.
Jamil Chade
O Estado de S.Paulo, 30/11/2012
Mas propostas de China, Rússia, países árabes e de outros regimes para controlar o conteúdo da internet criam mal-estar e colocam em risco qualquer acordo. Outro ponto crítico é a questão de quem vai bancar a expansão da internet no mundo nos próximos cinco anos, uma conta estimada em US$ 800 bilhões. Empresas de telecomunicações e as gigantes da web travam uma disputa feroz nos bastidores.
O Brasil, apesar de ir à conferência mundial com uma posição contrária a qualquer censura na rede, chegará sem ter conseguido votar o Marco Civil da Internet no Congresso, um assunto que vem sendo discutido há tempos (ver ao lado).
Na última vez que os governos sentaram para definir regras globais, em 1988, a internet sequer existia. Agora, quando voltarem a se reunir, constatarão que o mundo passou por uma de suas maiores revoluções tecnológicas de todos os tempos, e que está exigindo novas regras.
Limites
O rascunho da declaração final, obtido pelo Estado, revela a inclusão de uma proposta de limitar o acesso à internet e outras formas de comunicação. Governos poderiam agir todas as vezes que o fluxo de informação na internet ou em outras formas de comunicação represente uma “interferência em assuntos domésticos” de um país, que a soberania de um Estado esteja ameaçada pela informação, por motivos de “segurança nacional”, para proteger a “integridade territorial” ou simplesmente caso informações de “natureza sensível forem divulgadas”.
Ontem [quinta-feira, 29/11], o regime de Bashar Al Assad, na Síria, simplesmente desligou toda a rede de computadores e telefonia do país, enquanto realizava a maior ofensiva contra rebeldes em Damasco.
Se aprovado, o texto representaria a abertura de um novo capítulo para a internet. Para o gigante Google, a conferência representa uma “séria ameaça”. Segundo a empresa, a reunião ameaça comprometer de forma profunda o futuro da liberdade de informação na internet se a posição de regimes ditatoriais prevalecer.
Não por acaso, a empresa que controla o YouTube vem fazendo um vasto lobby pelo mundo, em busca de apoio por parte de governos para que vetem trechos na resolução final que acabe limitando o fluxo de informação na internet. “Apenas governos tem voz na decisão final e entre esses governos estão aqueles que não apoiam uma internet aberta e livre”, declarou a empresa em um comunicado. Segundo o Google, governos já fizeram 21 mil solicitações à empresa para que fornecesse dados sobre usuários, num sinal do interesse das autoridades em controlar informações.
Mas, às vésperas do encontro, o mundo político está dividido. “Não há como pensar em deixar a internet sem um controle”, declarou o embaixador da China na ONU, Liu Zheming. Países árabes também têm apoiado o texto, assim como regimes na África, Rússia e alguns regimes mais fechados na Ásia.
Para alguns desses países, o lobby feito pela Google não passa de uma campanha de relações públicas para tentar vender uma imagem de ser uma empresa interessada na liberdade dos internautas, quando o motivo real seriam os lucros que poderiam deixar de ter.
O Brasil já deixou claro que irá se opor a essa linguagem, aproximando-se mais da posição de Estados Unidos e Europa que dos demais emergentes. Para o governo brasileiro, não existe qualquer chance de que se defenda limitações ao fluxo de informação na internet. A delegação brasileira será composta por ministros, indicando a importância que o governo dá ao assunto.
Dispostos a impedir que essa declaração seja aprovada, a delegação americana chegará em Dubai com 125 integrantes. A posição dos Estados Unidos é de defender o status quo na gerência da internet, principalmente diante do fato de que, hoje, as empresas que mais ganham com a rede são americanas.
Oficialmente, porém, a delegação americana apenas alegará que uma aliança de países está sendo formada para criar argumentos para aumentar a censura na internet, sob a justificativa de lutar contra spam, pedofilia ou outros crimes.
Conta
Mas a guerra não se limita à questão do conteúdo. Um dos pontos críticos da reunião é a conta da internet. Operadoras querem que empresas da web, como Google ou Microsoft, passem a pagar pelo volume de dados enviados e que exigem investimentos cada vez maiores por parte das telefônicas.
Até 2016, a UIT estima que o volume de dados na internet vai quadruplicar. No Brasil, ele será aumentado em oito vezes. As estimativas apontam que, para dar conta disso, o mundo terá de investir US$ 800 bilhões em cinco anos. Caso contrário, a rede irá literalmente cair. Hoje, apenas as empresas de telecomunicações pagam para ampliar a infraestrutura. Mas agora querem compartilhar a conta com quem manda os dados. A própria UIT estima que, se o modelo não mudar, haverá um freio na internet.
Outra questão é a garantia da neutralidade na rede. Ou seja, todos são cobrados da mesma forma para ter acesso à internet. As empresas de telefonia querem começar a modificar os pacotes oferecidos aos clientes, cobrando mais de quem usa mais. Para isso, terão de derrotar um projeto que pede que a neutralidade na rede se estabeleça como princípio.
No Brasil, o projeto de lei que tentará regular o assunto defende que o tráfego de dados na rede não sofra qualquer diferenciação, justamente respeitando o princípio da neutralidade. Mas, também no Brasil, as operadoras pressionam para que essa posição mude.
Sem a aprovação do Marco Civil antes do evento, porém, muitos temem que o Brasil seja obrigado a adotar uma postura mais reservada. O ministro Paulo Bernardo chefiará a delegação.
Muitos temem que a declaração ainda poderia transformar a UIT, órgão ligado à ONU e criado em 1865 para regular os telégrafos no mundo, em uma espécie de reguladora da internet. As reações contra essa ideia têm sido das mais fortes. Com ampla maioria, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução condenando as manobras da UIT e dos regimes ditatoriais que visam estabelecer novas regras para a web.
“A UIT não é o órgão competente para impor a autoridade regulatória sobre a governança da internet”, declarou o Parlamento. Segundo a resolução dos europeus, se aprovada, a declaração de Dubai poderia “afetar gravemente o desenvolvimento e acesso de serviços online e a economia digital”.
Da parte da UIT, a entidade rejeita a acusação de que esteja negociando o texto a portas fechadas e garante que não quer passar a controlar a internet. “Todos os 193 países estão participando das negociações”, declarou. Hamadoun Touré, secretário-geral da UIT, classificou o temor da comunidade internacional em relação a seus supostos objetivos como “ridículo”.
[Jamil Chade, correspondente do Estado de S.Paulo em Genebra]

domingo, 29 de abril de 2012

Livros disponiveis no Scielo, alem periodicos, dezenas deles


Livros acadêmicos na rede

Repositório de periódicos e artigos científicos na internet cresce e passa a publicar livros virtuais de livre acesso.
Livros acadêmicos na rede
O Scielo Livros disponibiliza obras acadêmicas editadas por instituições de pesquisa e já conta com 200 títulos. (imagem: reprodução)
A rede Scielo, maior repositório virtual de periódicos e artigos científicos de leitura livre do Brasil e do mundo, acaba de ganhar um novo ramo, o Scielo Livros, que contempla livros acadêmicos editados por instituições de pesquisa.
A página recém-inaugurada já conta com mais de 200 títulos, a maioria da área de ciências humanas e sociais, como história, sociologia, filosofia, literatura, letras, educação e arte.
A página recém-inaugurada já conta com mais de 200 títulos, a maioria da área de ciências humanas e sociais
Por enquanto, só estão disponíveis obras editadas pela Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual Paulista, instituições que financiam o projeto. Mas um dos coordenadores da rede, Abel Packer, avisa que o Scielo Livros está aberto a publicações de outras editoras. “À medida que novas editoras adotem o Scielo, a coleção de livros cobrirá progressivamente as demais áreas do conhecimento”, diz.
A biblioteca virtual também vai abrir espaço para a venda de livros, cuja renda será revertida para a manutenção do site. Todas as obras são disponibilizadas em pdf e em ePUB, arquivo de livro eletrônico que permite a visualização em diferentes formatos de leitores digitais, de tablets asmartphones.
Assim como os periódicos no Scielo, os livros publicados pelo Scielo Livros são selecionados segundo um controle de qualidade aplicado por um comitê científico. Packer diz que a meta inicial do projeto é atingir uma média anual de dois mil livros a partir de 2014.
Para chegar à meta, a rede vai contar ainda com publicações estrangeiras, de países que já fazem parte do Scielo tradicional. Packer anuncia que uma proposta de participação será apresentada a Argentina e Colômbia ainda neste mês. “Queremos maximizar a visibilidade, a acessibilidade, o uso e o impacto da produção científica e acadêmica do Brasil e dos demais países que participam da rede Scielo”, completa.

Assista ao vídeo de divulgação do Scielo Livros


Sofia Moutinho
Ciência Hoje On-line

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Os autoritarios da Internet: sempre com uma agenda de Big Brother

No Brasil, o principal promotor, sustentador, impulsionador deste tipo de medida totalitária era o ex-Secretário-Geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, que, ou por instintos autoritários, ou por anti-imperialismo e antiamericanismo primários, não hesitou em colocar o Brasil ao lado da China, de Cuba e de outras ditaduras deploráveis para retirar o ICANN do atual modelo de governança -- baseado nos EUA, mas atuando com independência -- e colocá-lo sob a supervisão de um comitê da ONU que obviamente acabaria submergido por governos autoritários e outros candidatos a tal.
Os companheiros, obviamente, aprovam inteiramente o modelo Big Brother de controle da internet. Se forem bem sucedidos será um desastre para a liberdade e para a continuidade da expansão atual dos serviços online.
Paulo Roberto de Almeida 

The U.N. Threat to Internet Freedom

Top-down, international regulation is antithetical to the Net, which has flourished under its current governance model.

On Feb. 27, a diplomatic process will begin in Geneva that could result in a new treaty giving the United Nations unprecedented powers over the Internet. Dozens of countries, including Russia and China, are pushing hard to reach this goal by year's end. As Russian Prime Minister Vladimir Putin said last June, his goal and that of his allies is to establish "international control over the Internet" through the International Telecommunication Union (ITU), a treaty-based organization under U.N. auspices.
If successful, these new regulatory proposals would upend the Internet's flourishing regime, which has been in place since 1988. That year, delegates from 114 countries gathered in Australia to agree to a treaty that set the stage for dramatic liberalization of international telecommunications. This insulated the Internet from economic and technical regulation and quickly became the greatest deregulatory success story of all time.
Since the Net's inception, engineers, academics, user groups and others have convened in bottom-up nongovernmental organizations to keep it operating and thriving through what is known as a "multi-stakeholder" governance model. This consensus-driven private-sector approach has been the key to the Net's phenomenal success.
In 1995, shortly after it was privatized, only 16 million people used the Internet world-wide. By 2011, more than two billion were online—and that number is growing by as much as half a million every day. This explosive growth is the direct result of governments generally keeping their hands off the Internet sphere.
Net access, especially through mobile devices, is improving the human condition more quickly—and more fundamentally—than any other technology in history. Nowhere is this more true than in the developing world, where unfettered Internet technologies are expanding economies and raising living standards.
mcdowell
Corbis
Farmers who live far from markets are now able to find buyers for their crops through their Internet-connected mobile devices without assuming the risks and expenses of traveling with their goods. Worried parents are able to go online to locate medicine for their sick children. And proponents of political freedom are better able to share information and organize support to break down the walls of tyranny.
The Internet has also been a net job creator. A recent McKinsey study found that for every job disrupted by Internet connectivity, 2.6 new jobs are created. It is no coincidence that these wonderful developments blossomed as the Internet migrated further away from government control.
Today, however, Russia, China and their allies within the 193 member states of the ITU want to renegotiate the 1988 treaty to expand its reach into previously unregulated areas. Reading even a partial list of proposals that could be codified into international law next December at a conference in Dubai is chilling:
• Subject cyber security and data privacy to international control;
• Allow foreign phone companies to charge fees for "international" Internet traffic, perhaps even on a "per-click" basis for certain Web destinations, with the goal of generating revenue for state-owned phone companies and government treasuries;
• Impose unprecedented economic regulations such as mandates for rates, terms and conditions for currently unregulated traffic-swapping agreements known as "peering."
• Establish for the first time ITU dominion over important functions of multi-stakeholder Internet governance entities such as the Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, the nonprofit entity that coordinates the .com and .org Web addresses of the world;
• Subsume under intergovernmental control many functions of the Internet Engineering Task Force, the Internet Society and other multi-stakeholder groups that establish the engineering and technical standards that allow the Internet to work;
• Regulate international mobile roaming rates and practices.
Many countries in the developing world, including India and Brazil, are particularly intrigued by these ideas. Even though Internet-based technologies are improving billions of lives everywhere, some governments feel excluded and want more control.
And let's face it, strong-arm regimes are threatened by popular outcries for political freedom that are empowered by unfettered Internet connectivity. They have formed impressive coalitions, and their efforts have progressed significantly.
Merely saying "no" to any changes to the current structure of Internet governance is likely to be a losing proposition. A more successful strategy would be for proponents of Internet freedom and prosperity within every nation to encourage a dialogue among all interested parties, including governments and the ITU, to broaden the multi-stakeholder umbrella with the goal of reaching consensus to address reasonable concerns. As part of this conversation, we should underscore the tremendous benefits that the Internet has yielded for the developing world through the multi-stakeholder model.
Upending this model with a new regulatory treaty is likely to partition the Internet as some countries would inevitably choose to opt out. A balkanized Internet would be devastating to global free trade and national sovereignty. It would impair Internet growth most severely in the developing world but also globally as technologists are forced to seek bureaucratic permission to innovate and invest. This would also undermine the proliferation of new cross-border technologies, such as cloud computing.
A top-down, centralized, international regulatory overlay is antithetical to the architecture of the Net, which is a global network of networks without borders. No government, let alone an intergovernmental body, can make engineering and economic decisions in lightning-fast Internet time. Productivity, rising living standards and the spread of freedom everywhere, but especially in the developing world, would grind to a halt as engineering and business decisions become politically paralyzed within a global regulatory body.
Any attempts to expand intergovernmental powers over the Internet—no matter how incremental or seemingly innocuous—should be turned back. Modernization and reform can be constructive, but not if the end result is a new global bureaucracy that departs from the multi-stakeholder model. Enlightened nations should draw a line in the sand against new regulations while welcoming reform that could include a nonregulatory role for the ITU.
Pro-regulation forces are, thus far, much more energized and organized than those who favor the multi-stakeholder approach. Regulation proponents only need to secure a simple majority of the 193 member states to codify their radical and counterproductive agenda. Unlike the U.N. Security Council, no country can wield a veto in ITU proceedings. With this in mind, some estimate that approximately 90 countries could be supporting intergovernmental Net regulation—a mere seven short of a majority.
While precious time ticks away, the U.S. has not named a leader for the treaty negotiation. We must awake from our slumber and engage before it is too late. Not only do these developments have the potential to affect the daily lives of all Americans, they also threaten freedom and prosperity across the globe.
Mr. McDowell is a commissioner of the Federal Communications Commission.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quantos sites existem na internet? Zilhoes, presumivelmente...


How many pages are on the internet?

John D. Sutter
The World Wide Web Foundation is trying to measure the scope of the internet with a new project called the Web Index.
The World Wide Web Foundation is trying to measure the scope of the internet with a new project called the Web Index.
STORY HIGHLIGHTS
  • Web Foundation aims to measure the size of the internet
  • Groups says its "Web Index" will come out early next year
  • $1 million grant from Google will be applied to the process, CEO says
(CNN) -- It seems like an answerable question, right?
But no one really knows how many websites or individual Web pages make up this seemingly infinite digital universe that is the internet.
Kevin Kelly, a founder of Wired magazine, has written that there are at least a trillion Web pages in existence, which means the internet's collective brain has more neurons than our actual gray matter that's stuffed between our ears.
"The Web holds about a trillion pages. The human brain holds about 100 billion neurons," Kelly writes in his 2010 book "What Technology Wants."
"Each biological neuron sprouts synaptic links to thousands of other neurons, while each Web page on average links to 60 other pages. That adds up to a trillion 'synapses' between the static pages on the Web. The human brain has about 100 times that number of links -- but brains are not doubling in size every few years. The global machine is."
Wild, huh?
Well, at long last, an answer may be coming.
A group called the World Wide Web Foundation -- appropriately founded by Tim Berners-Lee, who pretty much created the internet-- is on a quest to figure out, with some degree certainty, how big the internet really is.
With a $1 million grant from Google, the foundation plans to release the results of its online forensic search, called the World Wide Web Index, early next year, the foundation's CEO, Steve Bratt, said in a recent interview.
Here's how the foundation described the project in an e-mail to CNN:
"The Web Index will be the world's first multi-dimensional measure of the Web and its impact on people and nations. It will cover a large number of developed and developing countries, allowing for comparisons of trends over time and benchmarking performance across countries."
Bratt stressed that it won't answer every question people have about the internet, but he hopes the index, which will be presented as a series of annual reports, will go a long way toward filling in some of the gaps.
"We want to be really careful about what will happen (as a result of the Web Index) because we just don't know," he said. "But this will be probably the best opportunity to quantify" the Web.
So, what kind of tools does one use to try to measure the internet? Certainly not yard sticks and rulers, right?
Bratt said the Web Foundation will conduct surveys of internet users, interview relevant people and try to gather data from internet service providers, national governments and search engines such as Google to come up with its findings.
In addition to looking at how big the Web is, the group wants to use data to tease out the role social media sites had in sparking revolution in the Middle East this year. And it wants to find out what kinds of websites people all over the world are looking at; what websites exist; and how internet trends differ from country to country and region to region.
The International Telecommunications Union digs into some similar questions, publishing reports on the number of internet users in various countries and how fast connections are around the world (South Korea is by far the fastest, in case you were wondering. The United States is super-slow in comparison).
Bratt said the Web Foundation's work will supplement, not replace, what the ITU does.
The foundation is starting work on the Web Index soon and is still seeking funding for the project, he said. The first of five annual reports will be available early next year, the group says.