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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Por que a vida do empresario brasileiro e' um inferno? Por isto, leitor...

Apenas um pequeno exemplo, dentre milhares de outros, de como, porque, em que condições, circunstâncias e ambiente empresarial, os pobres empresários brasileiros são obrigados a sobreviver na selva de regulamentos, normas, circulares, vetos, mudanças, exceções, disposições temporárias, particulares ou especiais nesse inferno dantesco que é o Brasil semi ou pré-capitalista.
Paulo Roberto de Almeida


Posted: 20 May 2014 06:13 AM PDT
Conversão da MP 627/2013 (fim do RTT e tributação em bases universais) na Lei nº 12.943/2014 – O que mudou?
A conversão da MP 627/2013 na Lei 12.943/2014, publicada no DOU do dia 14/05/2014, trouxe diversas modificações nas formas de apuração do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS das pessoas jurídicas. Trata-se de lei que extingue o Regime Tributário de Transição (RTT) e ainda trata de diversos assuntos novos, como a tributação em bases universais de lucros auferidos no exterior por pessoa jurídica brasileira.
O texto da MP 627/2013 sofreu diversas alterações durante seu período de tramitação, tendo em vista que foram sugeridas mais de 500 emendas ao seu teor. Além disso, após aprovação pelo Congresso Nacional, o texto de conversão da MP 627/2013 ainda sofreu 10 vetos quando da análise presidencial, culminando então na Lei 12.943/2014.
É com base no texto modificado, que os impactos da Lei 12.943/2014 serão analisados e exemplificados neste curso, que pretende trazer aos profissionais que tratam do assunto, informações teóricas e práticas de qualidade para direcionamento, gerenciamento e execução do seu trabalho, de forma a evitar possíveis entraves junto à Receita Federal do Brasil.
PÚBLICO ALVO: Administradores, Assessores, Auditores, Advogados, Economistas, Contadores, Diretores e Gerentes da Área Contábil, Fiscal ou de Tributação, Técnicos de Contabilidade e demais profissionais envolvidos com a área tributária e fiscal. Profissionais que pretendem obter informações atualizadas sobre o assunto, por ocasião da conversão da Medida Provisória em Lei.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Brasil: ambiente de negocios tende a deterioracao, dizem investidores estrangeiros (Bloomberg)

Pessimism on Brazil Soars to Record in Poll

Investors have never been more pessimistic about Brazil President Dilma Rousseff’s policies, with only 10 percent saying the nation can avoid a credit-rating downgrade in the next year, a Bloomberg Global Poll shows.
Fifty-one percent say they are pessimistic about Rousseff’s policies, compared with 22 percent when she took office in January 2011, according to the poll of 750 analysts, investors and traders who are Bloomberg subscribers. The world’s second-largest emerging market will offer one of the worst opportunities over the next year compared with the U.S., U.K., European Union, JapanIndiaRussia and China, respondents say.
Attachment: Bloomberg Global Poll
The government has been struggling to revive the economy as above-target inflation and a widening budget deficit erode investor and consumer confidence. Photographer: Gregg Newton/Bloomberg
The government has been struggling to revive the economy as above-target inflation and a widening budget deficit erode investor and consumer confidence. Rousseff will end her first term next year with the slowest four-year expansion of gross domestic product since 1990, according to the latest central bank survey of economists. Standard & Poor’s in June placed Brazil’s rating on negative outlook, citing weak growth.
“Confidence in Ms. Rousseff’s policies has fallen for a number of reasons, chief of which is perhaps the dramatic slowing of the real GDP growth rate in the country at the same time inflation has remained high,” survey respondent James Craske, a global equity analyst with Victory Capital Management in New York, wrote in an e-mailed response to questions. “We are underweight in the country at the moment and will most likely remain as such for some time.”

Fiscal Accounts

Moody’s Investors Service last month followed S&P in lowering its outlook on Brazil to stable from positive. Moody’s cited the country’s 59 percent government debt-to-GDP ratio, compared with a 45 percent median for other nations whose sovereign bonds have the same rating. The two rating companies highlighted the increase in public lending.

The week after Brazil posted its biggest budget deficit since 2009, S&P Managing Director Regina Nunes on Nov. 8 said a downgrade of its rating may occur sooner if its fiscal accounts worsen. S&P and Moody’s assign Brazil’s sovereign debt the second-lowest investment grade rate, BBB and Baa2, respectively.
Economic growth slowed to 0.9 percent last year from 2.7 percent in 2011 and 7.5 percent in 2010. GDP will climb 2.5 percent this year before easing to 2.1 percent in 2014, according to about 100 economists surveyed by the central bank on Nov. 14.

Deteriorating

Latin America’s largest economy is deteriorating, according to 43 percent of those questioned in the Nov. 19 Bloomberg Global Poll, against only 10 percent who see it improving and 27 percent who forecast stability.
Brazil probably or certainly will be downgraded over the next 12 months, according to 39 percent of the Bloomberg customers who were surveyed.
“Brazil will get an S&P downgrade by 2015,” survey participant Carlos Saccone, Head Investment Advisory at HSBC Bank SA in Montevideo, Uruguay, said in an e-mail. He cites low economic growth, high corporate taxes and investment flow reversals as some of the reasons.
Policy makers have boosted the benchmark Selic interest rate by 2.25 percentage points since April to 9.5 percent, the biggest increase among 49 of the major world economies tracked by Bloomberg. While inflation has slowed for four straight months, it has remained above the mid-point of the 2.5 percent to 6.5 percent target range for three years.
Only 22 percent of those surveyed say the central bank will bring inflation back to or below the 4.5 percent target in the next 12 or 18 months. The target will be reached in the next two or three years, 37 percent of the respondents say.
Selzer & Co., a Des Moines, Iowa-based public opinion research company, conducted the survey, which has a margin of error of plus or minus 3.6 percentage points.
To contact the reporter on this story: Raymond Colitt in Brasilia Newsroom atrcolitt@bloomberg.net
To contact the editor responsible for this story: Andre Soliani at asoliani@bloomberg.net

domingo, 3 de novembro de 2013

O ambiente infernal de negocios no Brasil: o purgatorio dos empresarios(ou pior...)

Transcrevo integralmente (mas ele também já tinha transcrito) postagem de meu amigo de causas racionais Orlando Tambosi, com matéria da Veja.com sobre o péssimo ambiente de negócios no Brasil, o que é amplamente conhecido e não deve surpreender mais a ninguém.
O que surpreende, na verdade, é a passividade dos empresários e de toda a classe capitalista ante esse quadro de horrores. Tenham absoluta certeza de que a situação real, nas práticas cotidianas numa infinidade de setores que dependem, de alguma forma, de regulação ou intervenção estatais, o quadro é muito "mais pior" -- como diría um energúmeno que já exerceu altos cargos -- do que qualquer descrição ou classificação de agências internacionais.
Aliás, a classificação média citada abaixo -- lugar 116 numa escala mundial -- não reflete todas as ruindades perpetradas pelo Estado, e particularmente por este governo anticapitalista e armado de uma política econômica esquizofrênica, contra os setores produtivos do Brasil.
Com efeito, se desagregarmos os diversos elementos do indicador do Banco Mundial, e separarmos, de um lado, o que seria microeconômico -- ou seja dependente exclusivamente das empresas -- e de outro o lado macroeconômico, portanto vinculado ao governo ou ao Estado, a classificação do Brasil melhoraria razoavelmente no primeiro caso -- com um ranking próximo de 80 -- e pioraria substancialmente no outro, jogando o Brasil acima da posição 150, demonstrando cabalmente todas as perversidades de que é capaz esse governicho contra os interesses de TODOS os brasileiros, e não só contra os empresários, que os companheiros só querem tosquiar em seu benefício de "nova classe".
Não sei porque os empresários não se revoltam contra um governo que os está levando à bancarrota, ou apenas os protege temporariamente da concorrência estrangeira, obrigando-nos a pagar mais caro e comprometendo gravemente o futuro do Brasil e dos brasileiros. Os empresários, pelo menos os que não são covardes, precisariam começar por suspender TODO e qualquer financiamento partidário e depois se organizar para lutar, e eu digo LUTAR, contra uma estrutura tributária e procedimentos dirigistas não só extorsivos e injustos, mas profundamente irracionais, no limite do fascismo (o que eu acredito que já está plenamente conformado entre nós). Muitos pensam que podem lograr uma "relação cooperativa" com os companheiros ignaros, que só querem monopolizar o poder e continuar sua obra de extorsão fiscal e de imposição de regras abusivas e irracionais.
Está na hora de iniciar o que eu chamo de "fronda empresarial".
Aux armes, bourgeois et capitalistes, soyez braves, pour une fois...
Paulo Roberto de Almeida

Brasil patrimonialista e burocrático sufoca os empreendedores

Veja.com, 2/11/2013

Não chega a ser novidade, num país que ainda está longe de ser capitalista. Aqui, o Estado atrapalha tanto para abrir quanto para fechar uma empresa. Na década petista, obviamente, a coisa só piorou:

Há quatro anos, o empresário Caito Maia, dono da marca Chilli Beans, foi surpreendido por uma mudança nos trâmites burocráticos para a importação de mercadorias. Uma carga de 100 000 óculos procedente da China, onde são fabricados, ficou retida nos Estados Unidos durante três meses. Para evitar o desabastecimento, ele trabalha hoje com grande quantidade de produtos em estoque no Brasil. “É um pesadelo, porque preciso investir na compra dos produtos muito antes de receber o dinheiro das vendas”, conta Maia. A Chilli Beans nasceu em 1997 como uma barraca em feiras de roupas em São Paulo e hoje está em 580 lojas e quiosques no Brasil e em outros quatro países, incluindo os Estados Unidos. A marca não morreu pelo caminho, como ocorre com a maior parte dos negócios abertos no Brasil, mas sua trajetória teria sido ainda mais virtuosa se não fosse submetida a operar em um dos mercados mais hostis ao empreendedorismo no planeta. Barreiras às importações, burocracia e sistema tributário kafkianos, imprevisibilidade na execução de prazos e incertezas jurídicas são alguns dos obstáculos que devem ser superados, cotidianamente, pelos empresários.
O descompasso do ambiente de negócios brasileiro fica explícito no cotejo internacional. Enquanto outros países se esforçam para incentivar os investimentos, reduzindo a tributação e a burocracia, no Brasil o avanço nesse sentido é lento, como revelou a mais recente edição do estudo Doing Business (“fazendo negócios”), do Banco Mundial, divulgada na semana passada. Entre 189 economias analisadas, o Brasil aparece em uma modesta 116ª posição. O país é particularmente mal avaliado em aspectos como tributação e facilidade para abrir um negócio. Desde 2005, quando o ranking passou a ser divulgado, o avanço brasileiro foi insignificante. Já países como a Coreia do Sul e o Peru ganharam diversas posições no ranking. “Os governos ao redor do mundo estão cada vez mais conscientes dos benefícios trazidos por um ambiente regulatório que facilite os negócios”, afirma a economista Rita Ramalho, uma das autoras do estudo. Os sul-coreanos, por exemplo, reduziram o imposto sobre o lucro das empresas. No Peru, desde 2005, o número de dias necessários para abrir uma empresa caiu de 102 para 25. No México, os processos de insolvência demoram menos de dois anos para ser resolvidos, e 67% do dinheiro dos credores é recuperado. No Brasil, os trâmites se arrastam por quatro anos, e a taxa de recuperação dos recursos é de 20%. (Veja).

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

E por falar em excelente ambiente de negocios no Brasil...

Pois é: parece que o Brasil está entregue a amadores.
Amadores inteligentes deveriam consultar técnicos e experts, antes de se pronunciar sobre assuntos que não dominam. Mas quem segura?
Paulo Roberto de Almeida

Resposta brasileira para espionagem na internet pode dar errado, diz setor
O Globo, 3/10/2013

SÃO PAULO/BRASÍLIA - Para as empresas de tecnologia no Brasil, a decisão do governo de mirar as companhias em resposta à espionagem americana é tão inteligente quanto enviar um e-mail raivoso no calor de uma discussão.

O plano da presidente Dilma Rousseff de obrigar as empresas de internet a armazenar dados de usuários dentro do país não terminará com as preocupações sobre segurança virtual no Brasil, e pode aumentar os custos e prejudicar futuros investimentos em um importante mercado emergente para empresas como Google, Facebook e Twitter, disseram analistas e executivos da indústria.

“Pode acabar tendo o efeito oposto do que se pretendia, e afugentar empresas que querem fazer negócios no Brasil”, disse Ronaldo Lemos, professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que ajudou a formular a legislação de internet no Brasil.

Dilma ficou indignada depois que documentos divulgados pelo ex-analista de inteligência americano Edward Snowden mostraram que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou cidadãos brasileiros, a Petrobras e até mesmo as comunicações da própria presidente.

Em resposta, Dilma passou a priorizar um projeto de lei que exige que grandes empresas de internet armazenem localmente dados reunidos nos servidores dentro do Brasil. De outra forma, elas não poderão fazer negócios em um dos mercados de tecnologia e mídia social que cresce mais rápido no mundo.

O projeto de lei ainda não foi publicado, e o número de empresas na mira do governo é incerto.

No entanto, o deputado petista Alessandro Molon (RJ), relator do Marco Civil da internet, disse recentemente que o número de empresas afetadas poderia ser contado “nas duas mãos”.

No que foi interpretado pela indústria como outro sinal de hostilidade, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sugeriu recentemente que as empresas de tecnologia não estavam pagando impostos suficientes.

Uma fonte da indústria, falando sob condição de anonimato devido à delicadeza da questão, disse que muitas empresas ainda estão esperando para ver a lei, e como será implementada, antes de decidir se continuarão com os planos de investir no país. Algumas poderiam até mesmo sair do Brasil.

“É uma ideia horrível”, disse a fonte. “E mesmo se o governo sabe, ele sente que precisa continuar pressionando e enviar um forte sinal político”.

Mesmo se os dados fossem mantidos em centros de dados brasileiros, ainda seriam replicados em servidores no exterior, dizem os especialistas. Ter bancos de dados inteiros em um único país tornaria a informação mais vulnerável a ataques cibernéticos.

Tamanho do mercado importa

Mas até agora o governo se recusa a abandonar seu plano, apostando principalmente que o Brasil é um mercado grande demais para as empresas ignorarem.

“Não acredito que essas empresas vão parar suas atividades lucrativas no Brasil”, disse Molon, acrescentado que construir centros locais seria um “custo pequeno” para empresas tão grandes.

O secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, que também está envolvido na questão, citou o Facebook como uma empresa que deveria ter uma presença física maior no Brasil.

“O Brasil é o segundo maior mercado (do Facebook) em termos de usuários, e mesmo assim a empresa tem infraestrutura zero no país. Seria natural, mesmo do ponto de vista empresarial, ter parte dela aqui”, disse Almeida.

Um estudo patrocinado pelo grupo de telecomunicações Brasscom descobriu recentemente que os custos de operação de um centro de dados no Brasil podem ser até 100% mais altos do que nos Estados Unidos. Isso se deve principalmente ao alto custo de eletricidade e aos pesados impostos sobre tecnologia importada.

Almeida disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia está estudando incentivos fiscais para empresas dispostas a manufaturar servidores no Brasil. Subsídios de eletricidade, ele disse, poderiam vir a ser discutidos com o Ministério da Fazenda.

A ideia de exigir que dados sejam hospedados localmente ganhou força depois que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentou persuadir as autoridades americanas a executar todos os outros pedidos de vigilância através dos tribunais brasileiros. Ele disse que o pedido foi rejeitado durante uma viagem recente a Washington.

Almeida sugeriu que os prejuízos podem não ser tão ruins quanto algumas empresas acreditam.

“É uma concepção ainda em construção”, disse. “Acho que a indústria está vendo esse debate sobre os centros de dados de maneira muito extrema”.

Fortaleza - Vladivostok

O rescaldo do escândalo da NSA também pode fortalecer outras iniciativas do governo com relação à internet.

Um projeto prevê ligar o Brasil e seus pares no grupos de países emergentes Brics através de um cabo de fibra óptica de 34.000 quilômetros sem passar pelos Estados Unidos. O cabo iria de Fortaleza até Vladivostok, na Rússia, também ligando a África do Sul, a Índia e a China.

A internet é fortemente centralizada nos Estados Unidos, o que significa, por exemplo, que um e-mail enviado por Dilma a seu colega russo Vladimir Putin provavelmente irá passar por um servidor em Miami.

“Essa é uma boa oportunidade de procurar melhores opções de conectividade”, disse Leslie Daigle, chefe de Tecnologia de internet na internet Society, um grupo sediado nos EUA que defende uma rede aberta.

Especialistas dizem que a conscientização é mais importante do que cabos colossais de fibra óptica ou e-mail locais ou serviços de criptografia em um país onde autoridades responsáveis por fazer a política da internet às vezes têm uma má compreensão do assunto e geralmente trocam informações confidenciais através do Gmail ou Whatsapp, serviço de mensagem instantânea para smartphones.

“Ao introduzir mais tecnologia, você está na verdade introduzindo mais problemas em vez de abordar as questões”, disse William Beer, analista de segurança cibernética da empresa de serviços profissionais Alvarez & Marsal, em São Paulo.

Dilma fez da nova estrutura legislativa da internet uma prioridade, significando que a Câmara dos Deputados pode votá-la até o final de outubro. Com relação à regra de localização dos dados, o deputado Molon parece determinado.


“As coisas não podem continuar como estão”, disse. “Precisamos de uma resposta política contra um ato político que violou nossa soberania”.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Frase da semana: Odebrecht, by Mansueto

Transcrevendo, apenas.
Acho que a realidade produtiva do Brasil é muito pior, mas muito mais pior (como diria alguem, que vcs sabem quem é) do que o indiretamente dito (gentilmente) por este líder empresarial que também ocorre ser um dos grandes financiadores da malta de bárbaros que assalta o Brasil, aliás com a ativa colaboração dos mesmos, que são também corruptores de maiores. 
Como diria Lenin, os capitalistas fornecem a corda, etc...
Paulo Roberto de Almeida


Frase da Semana: Marcelo Odebrecht


Alguém me enviou e achei fantástico o resumo da Conferência Internacional Itaú BBA+ do dia 25 de abril de 2013, em São Paulo. Em especial, gostei muito do seguinte ponto do discurso do empresário Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht S.A.:
De forma geral, as oportunidades no Brasil, segundo o executivo, são maiores para quem “está mais perto da mãe natureza”. Para ele, quanto mais avançado na cadeia produtiva industrial estiver o negócio, e quanto mais tradable for o produto, maiores são as dificuldades.
“Como país, somos caros e tendemos a permanecer caros nos próximos anos”, avaliou, ressalvando que os serviços são favorecidos por não sofrerem o mesmo nível de competição internacional. A ordem do jogo agora é aumentar a produtividade.
Antes que alguém venha me chamar de pessimista, quem falou isso não fui eu, mas sim o presidente de um dos grupos empresariais mais fortes do Brasil e com livre acesso ao  ex-presidente Lula e à Presidente da República.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Marxista amador pretende dar licoes de capitalismo a empresamultinacional brasileira

A arrogância de certos conselheiros dos companheiros estende-se a todo o universo de sua ignorância enciclopédica. Eles acham que entendem mais de negócios que os próprios capitalistas. E ainda defendem nāo os interesses do Brasil, mas os de uma economia esquizofrênica como a da Argentina.
A empresa precisa resistir: ela nāo é governo e sua única obrigação é com seus lucros e os dividendos de seus acionistas.
Paulo Roberto de Almeida

Assessor de Dilma critica saída da Vale da Argentina
Janaína Figueiredo, Correspondente
O Globo, 3/05/2013

BUENOS AIRES O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, questionou publicamente ontem o último comunicado da Vale, no qual a empresa confirmou a decisão de suspender o projeto de exploração de potássio Rio Colorado, na província argentina de Mendoza. Em visita a Buenos Aires, Garcia considerou "um absurdo" e "uma desatenção enorme" a divulgação da nota da mineradora, já que "existia uma proposta muito aceitável colocada sobre a mesa".
O assessor referiu-se ao conflito entre a Vale e o governo argentino, deixando claro que o governo brasileiro não tem participação nas negociações.
- Fizemos um esforço muito grande para se chegar a um acordo. Mas se trata de uma empresa privada e o governo brasileiro não vai participar - comentou Garcia.
Durante a última visita da presidente Dilma Rousseff à capital argentina, na quinta-feira passada, autoridades do governo argentino e da província de Mendoza explicaram ao governo brasileiro a proposta apresentada à Vale. O documento é confidencial e nem mesmo a embaixada brasileira em Buenos Aires conhece detalhes da oferta, considerada "aceitável" por Garcia. Para o Brasil, a empresa ainda não deu uma resposta definitiva, embora já tenha deixado clara sua decisão de abandonar o país, anunciando um acordo para demitir os cerca de 6 mil funcionários diretos e indiretos.
- A Vale tem uma proposta para ser discutida no momento devido - enfatizou Garcia.
Ele lembrou que o governo é favorável a um entendimento.
- Esperamos um acordo, porque haveria uma estabilidade de oferta e a produção seria escoada para o Brasil.

Assessor da presidente critica Murilo, da Vale
Marina Guimarães - Correspondente / Bueno Aires
O Estado de S. Paulo, 3/05/2013

O governo brasileiro afirmou ontem que a suspensão das operações da Vale na Argentina não é definitiva. Em entrevista à imprensa, em Buenos Aires, após participação em um seminário acadêmico, o assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, fez duras críticas à posição do presidente da Vale, Murilo Ferreira, durante as negociações com o governo argentino.
Garcia classificou como "muito ruim" a declaração do executivo, dando por encerradas as negociações, feita.no mesmo dia da visita da presidente Dilma Rousseff à presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
"Achei muito ruim, um absurdo porque as duas presidentes estavam reunidas e ainda não tinham fechado as negociações. Foi uma desatenção enorme", afirmou Garcia.
Apesar das críticas, Garcia ressaltou a condição de empresa privada da Vale e disse que o assunto não envolve a relação entre governos. Porém, afirmou que ambos os governos usaram instrumentos de negociação para alcançar um acordo entre a mineradora e a Argentina.
Proposta. Segundo ele, o governo argentino apresentou uma proposta à Vale para manter o projeto de potássio Rio Colorado, que "Vai ser discutida no momento devido". O assessor revelou que a proposta à Vale foi informada ao governo brasileiro, mas deixou claro que será uma conversa direta entre a Vale e a Argentina.
"Esperamos que cheguem a um acordo por uma razão muito simples: é um projeto estratégico para o Brasil e pela proposta apresentada haveria mais estabilidade na produção, que será exportada para o Brasil", afirmou Garcia.
O Brasil importa do Canadá e Ucrânia praticamente todo o potássio que consome. "Por isso, a Vale fez um projeto tão ambicioso na Argentina", disse ele, referindo-se aos investimentos previstos de US$ 5,9 bilhões para o projeto Rio Colorado, envolvendo a construção da mina, ferrovia, porto para escoar a produção e unidade de exploração e produção de gás de xisto para abastecer a mina.
Na semana passada, a Vale informou sobre um acordo trabalhista fechado com o sindicato dos operários da construção (Uocra), pelo qual a empresa comprometeu-se apagar 2,5 salários até setembro, em troca de poder demitir 2.900 empregados. Por conta deste acordo, o Ministério do Trabalho suspendeu a medida de conciliação obrigatória, ditada em meados de março.
O acordo trabalhista não resolve todos os problemas decorrentes da suspensão do projeto na Argentina, já que ainda existem outros sindicatos e fornecedores envolvidos.
Nesse cenário, sem dar detalhes, Garcia considerou que a proposta apresentada "é muito boa e pode contornar os problemas". A Vale foi procurada pela reportagem e até o fechamento desta edição não havia comentado o assunto.
"Esperamos que cheguem a um acordo por uma razão muito simples: é um projeto estratégico para o Brasil e pela proposta apresentada haveria mais estabilidade na produção, que será exportada para o Brasil."

Marco Aurélio Garcia - Assessor especial do Palácio do Planalto
Foi mal / Coluna / Direto da fonte / Sonia Racy
O Estado de S. Paulo, 3/05/2013

A crítica que Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Dilma, disparou ontem, em Buenos Aires, à posição de Murilo Ferreira, presidente da Vale, não caiu bem no mercado de ações.
De nada adiantou Garcia ter ressaltado o fato de que a decisão da Vale não envolve uma relação entre governos: as ações caíram 2,73%.