O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador irreformável. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador irreformável. Mostrar todas as postagens

domingo, 29 de junho de 2014

Franca: irreformavel, como sempre - Marcos Troyjo

A França e sua 'malaise'
Marcos Troyjo
Folha de S. Paulo, Sexta, 27 de junho de 2014

Basta passar alguns dias na França –e dialogar com algumas mentes brilhantes que esse país ainda produz– para perceber que nações, como indivíduos, também experimentam crises existenciais. 
À sombra dos monumentos que tanto amamos, a sociedade francesa é assolada pelo título de uma das maiores obras de Gauguin: "De onde viemos? O que somos? Aonde vamos?"
Os franceses ressentem-se da dívida pública e desemprego que só aumentam. Dividem-se quanto à imigração do Magreb ou da Europa do Leste. Muitos não se reconhecem mais no país em que nasceram.
Jovens doutores não encontram emprego na iniciativa privada. Recorrem à mal remunerada colocação no desestimulante serviço público –totalmente ossificado pelos sindicatos.
Ademais de seus problemas internos, a França peleja com sua posição na União Europeia (UE). Desempenha, no mais das vezes, função de "sócio-junior" em dinâmica cujo epicentro está em Berlim.
Para fugir de papel cada vez mais coadjuvante, a França busca liderar o debate sobre o que seria uma "UE 2.0". Na reunião de cúpula que começa nesta sexta (27) na Bélgica, François Hollande proporá nova estrutura de governança na UE com poderes acrescidos aos países-membros da zona do euro.
A ideia de Hollande, que também vai ao encontro das articulações do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, permitiria a implementação de uma política social e industrial com base no conceito de empresas "campeãs europeias" –à semelhança da estratégia de nosso BNDES e seu (agora abandonado) favoritismo às campeãs nacionais.
Tal medida suscita problemas. Ela diminuiria a influência na comunidade de membros como o Reino Unido, que optaram por não integrar a zona do euro. Esse "novo desenvolvimentismo" europeu feriria potencialmente regras da OMC.
Criaria, de certo, novos obstáculos ao mega-acordo UE-EUA. Retardaria a já esgarçada agenda negociadora UE-Mercosul, cujo conclusão, mesmo sem as novas ideias de Hollande, não se cogita para 2014.
Resta ainda observar como a Alemanha, maior economia da região, reagirá à institucionalização de subsídios industriais para fortalecer conglomerados europeus. As competitivas empresas alemãs dispensam tal fortificante. Sua produtividade beneficiou-se nas últimas décadas da existência de moeda comum para o comércio intraeuropeu.
Berlim não deseja, ademais, estranhar-se com países que não aderiram à zona do euro. Quer ainda que os acordos com EUA e Mercosul saiam do papel.
Como parece correta a noção de que hoje nada se faz em Bruxelas sem a liderança alemã, resta saber como Hollande lidaria com mais uma iniciativa frustrada.
Aliás, a frustração com Hollande, detentor de abissais 18% de aprovação popular, muito contribui à atual 'malaise' francesa. 
Ouvi de um editor do "Figaro", o jornalão francês, que todo presidente de seu país, de De Gaulle a Sarkozy, sempre dispôs de inteligência abundante ou charme gálico. E que Hollande, mais impopular presidente da história da França, carece de ambos.
mt2792@columbia.edu
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcostroyjo/2014/06/1477127-a-franca-e-sua-malaise.shtml

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Franca: enxugando gelo, como sempre...

Os franceses, os políticos franceses em particular, estão com medo de perder o seu bom estilo de vida, e reconhecidamente reformas são sempre dolorosas.

Mas, se não reformarem, eles vão ser alijados dos mercados internacionais e depois perder o próprio mercado interno.

Paulo Roberto de Almeida  


François Hollande annonce un "pacte de responsabilité" pour les entreprises

  • Radio France Info, 31/12/2013

Le président de la République s'est livré ce mardi soir à la tradition des voeux du Nouvel An. François Hollande a notamment annoncé la création d'un pacte de responsabilité à destination des entreprises : moins de charges contre plus d'embauches. Le chef de l'Etat a aussi livré un plaidoyer pour une France qui assume ses choix.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Reformar a Franca: uma missao (quase) impossivel? (Institut Montaigne)

Não sei se vai dar certo, provavelmente não, mas é uma tentativa para reformar o país dos irredutíveis gauleses, antes que eles caiam na decadência completa...
Paulo Roberto de Almeida

L’Institut Montaigne formule 15 propositions pour réaliser 60 milliards d’économies.

En France, la dépense publique représente désormais l'équivalent de 56 % de la richesse nationale. Le président de la République a confirmé le mois dernier son engagement de réaliser 50 milliards d’euros d’économies sur l’ensemble du quinquennat et a prévu de réaliser un effort supplémentaire de 10 milliards pour financer la politique de compétitivité, soit au total 60 milliards d'euros (trois points de PIB).

Convaincu que le rétablissement des comptes publics et de notre compétitivité passe par une réduction de la dépense publique, l’Institut Montaigne publie aujourd’hui son rapport Redonner sens et efficacité à la dépense publique. 15 propositions pour 60 milliards d’économies. Il y présente sa feuille de route pour réaliser 57,2 milliards d’euros d’économies d’ici à 2017 tout en préservant la qualité de notre service public. Cet effort est ambitieux, mais raisonnable au regard des plans engagés ailleurs en Europe.

Depuis plusieurs décennies, l’action publique a trop souvent consisté à créer de nouvelles dépenses sans évaluer ni leur efficacité ni celle des dépenses déjà existantes. Les dépenses de prestations sociales et de subventions diverses au monde économique représentent plus de la moitié de la dépense publique et plus des trois quarts de son accroissement au cours des trente dernières années. Sur la même période, le niveau des recettes a été inférieur de trois à quatre points de PIB à celui des dépenses.

Cet écart jamais comblé entre dépenses et recettes a creusé la dette année après année, jusqu’à faire naître une nouvelle catégorie de dépenses, en passe de devenir la première de toutes et de paralyser l’action publique : la charge d’intérêts. La dépense publique est ainsi devenue sa propre ennemie.

Réduire le niveau des dépenses publiques n’est pas la seule voie permettant d’assainir durablement nos finances publiques, et plus tard, d’alléger la charge fiscale et sociale pour restaurer notre compétitivité. C'est cette réduction même qui redonnera son sens à la dépense publique et confiance dans l’action publique.

Si toutes ces réformes n'ont pas vocation à être mises en œuvre au même moment ni au même rythme, il est possible d'obtenir une réduction de la dépense publique suffisamment puissante pour désendetter le pays et dégager des marges de manœuvre pour les dépenses ou les réductions fiscales les plus essentielles.

PROPOSITIONS 

Des propositions concrètes sont formulées dans le rapport pour :

-progresser dans l’évaluation et la gouvernance d’ensemble des finances publiques ;

- poursuivre les efforts de maîtrise des dépenses de fonctionnement et les élargir à toutes les administrations publiques (10 Md€) et engager une réduction des dépenses de personnel dans les trois fonctions publiques (9 Md€) ;

- réduire les dépenses d’intervention, notamment dans cinq domaines d’action publique, en en améliorant l’efficacité :

1/ Dans le domaine de l’assurance maladie (85 Md€ hors hôpitaux), il est possible de réaliser des économies de 15,5 Md€ sans réduire l’accès aux soins et sans avoir recours à des déremboursements. Cela suppose de se concentrer davantage sur l’amélioration du rapport coût/efficacité des soins.

2/ Concernant l’assurance chômage (30 Md€), des économies de l’ordre de 4,4 Md€ pourrait être dégagées, par exemple en rétablissant un régime d'allocations dégressives.

3/ En matière de logement, le volume atteint par la dépense publique (40 Md€) nous distingue de tous nos voisins. L’Institut Montaigne propose de revoir les dispositifs existants pour réaliser une économie de 9,4 Md€ tout en améliorant la situation des ménages les plus modestes.

4/ La politique familiale, à laquelle les Français sont très attachés, représente 60 Md€ hors quotient familial. Elle pourrait mieux atteindre ses objectifs tout en dégageant de substantielles économies, de l’ordre de 7 Md€.

5/ S’agissant des prestations sociales de solidarité, la suppression de la prime pour l’emploi dégagerait des marges de manœuvre pour revaloriser la partie du RSA visant à inciter au retour à l’emploi. Le reste de l’économie serait affecté au désendettement. Au total, l’économie s’élèverait à 1,4 Md€.

Retrouvez l’intégralité des propositions opérationnelles dans le rapport ainsi que sa synthèse sur notre site internet.

>> Télécharger le rapport
>> Télécharger la synthèse
>> Télécharger les propositions opérationnelles


Institut Montaigne / 38, rue Jean Mermoz / 75008 Paris
Tél. +33 (0)1 58 18 39 29 / Fax. +33 (0)1 58 18 39 28
Nous écrire : info@institutmontaigne.org

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Franca: Se vc acredita que vai piorar, entao vai piorar...


Allemands et Britanniques alarmistes sur l'économie française

Le Monde.fr avec AFP |  • Mis à jour le 
Abonnez-vous
à partir de 1 €
 Réagir Classer Imprimer Envoyer
Partager   google + linkedin

La couverture de "The Economist" du 17 novembre.

Les titres alarmistes sur l'avenir économique de la France récemment parus dans la presse britannique, allemande et française sont considérés comme correspondant à la réalité par une large majorité d'Allemands et d'Anglais ainsi que de Français, selon un sondage paru mercredi 12 décembre.
"Une large majorité de Français (65 %), d'Allemands (61 %) et d'Anglais (57 %) considère que les différents titres des médias dans ces trois pays correspondent à la réalité des difficultés économiques de la France", indiquent les auteurs de cette enquête de l'Institut Think réalisée pour la société Fiducial. 55 % des Anglais, 51 % des Français et 46 % des Allemands estiment que la France est un problème pour la bonne santé de l'Europe, selon ce sondage réalisé auprès de 1 000 Français, autant d'Allemands et de Britanniques âgés de 18 ans et plus, interrogés en ligne du 3 au 5 décembre.
"BOMBE À RETARDEMENT AU CŒUR DE L'EUROPE"

Seuls 34 % de Français se déclarent choqués par ces "unes" de journaux. Au sujet de la couverture de l'hebdomadaire britannique The Economist qui qualifiait mi-novembre la France de "bombe à retardement au cœur de l'Europe", ils sont uniquement 26 % à la considérer comme caricaturale contre 37 % conforme à la réalité (28 % pour les Anglais et 42 % pour les Allemands). Après avoir dénoncé un supposé "déni" français avant la présidentielle, The Economist, influent et libéral hebdomadaire britannique du monde des affaires, publiait ce titre en couverture de son numéro du 17 novembre. L'image qui illustrait ce dossier spécial de 14 pages était celle de sept baguettes de pain entourées d'un ruban bleu-blanc-rouge, tels des bâtons de dynamite, reliées à une mèche allumée.

Quant à la presse allemande, les sondeurs font allusion au quotidien populaireBild Zeitung qui demandait le 31 octobre : "La France sera-t-elle la nouvelleGrèce ?" Pour la presse française, l'exemple donné est celui du quotidienLibération, qui le 12 novembre a publié au sujet de l'économie française une photographie de la chancelière allemande Angela Merkel avec le titre "Achtung"("attention" en allemand). Par ailleurs, pour les Européens interrogés, la crise vaperdurer dans leur pays. Plus d'un Français, Anglais ou Allemand sur trois estime que la reprise économique se fera après 2015. "Là encore, les Français sont les plus pessimistes puisqu'ils sont 42 % à le penser", notent les auteurs du sondage.
La perte du "triple A" de la France est "l'un des signaux révélateurs de cette crainte". Les habitants des trois pays s'accordent à dire que cette dégradation est "un signal d'alarme sur la fragilité de la France (69 % pour les Français, 65 % pour les Anglais et 64 % pour les Allemands)""Autre facteur d'incertitude, le pacte de compétitivité annoncé suite au rapport Gallois est accueilli avec vigilance. Ses mesures sont évaluées comme allant dans le bons sens mais jugées insuffisantes pour 41 % des Français et des Anglais et 46 % des Allemands", selon l'enquête.