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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sábado, 18 de maio de 2024

José Guilherme Merquior na ABL: Arnaldo Godoy

 Nada menos que brilhante: agradeço a Arnaldo Godoy a referência a uma das coletâneas que organizei improvisadamente sobre os trabalhos de Merquior. Abaixo, indico o link para essa brochura. PRA

DIREITO E LITERATURA: O DISCURSO DE POSSE DE JOSÉ GUILHERME MERQUIOR NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

 

Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy

 

José Guilherme Merquior (1941-1991) foi um intelectual, na mais precisa expressão desse termo. Escritor com visão abrangente dos problemas de seu tempo, e todos os tempos, também escrevia em língua estrangeira, a exemplo do inglês, idioma que usou no seu portentoso estudo sobre o liberalismo, livro que já resenhei nessa coluna. Nessa obra, traduzida para o português por Henrique de Araújo Mesquita, Merquior discorreu longamente sobre o tema (e o problema) do direito natural. 

Graduado em Filosofia e em Direito, tratou também de vários assuntos de especulação jurídica, o que lhe vale, certamente, a posição de importante jusfilósofo.  Essa classificação certamente seria por Merquior desprezadaafinal, foi um pensador acima de quaisquer tipologias e classificações. Insisto, no entanto, que há um importante legado de filosofia do direito na obra de Merquior, tema que merece estudo mais profundo. Não é o caso da presente crônica, que se ocupa do discurso de posse de Merquior na Academia Brasileira de Letras, em 11 de março de 1983.

Como se lê em Fábio Coutinho, ainda que em outro contexto, “o ingresso nas grandes academias representa, via de regra, a consagração dos homens e suas obras, culminando vidas inteiramente dedicadas ao trabalho intelectual”. É o caso, também exatamente, de José Guilherme Merquior. Um “caso único”, como lemos eminstigante ensaio de Paulo Roberto de Almeida; organizador de “José Guilherme Merquior: um intelectual brasileiro”cujo prefácio me parece o mais completo estudo sobre o intelectual aqui estudadoO discurso de Merquior como orador da turma do Instituto Rio Branco (em 1963), que Paulo Roberto Almeida acrescenta em seu livro, já revelava a intuição racionalizadora do orador: a verdade não seria apenas “a conformidade da ideia com o ser: é antes um comportamento (...) frente ao mundo objetivo, como se ele nos fosse estranho”.

Merquior foi antecedido na Academia por Paulo Carneiro, ocupou a cadeira n. 36, e foi saudado por Josué Montello. A cadeira fora ocupada por Afonso Celso, filho do Visconde de Ouro Preto, o último chefe de gabinete do segundo reinado. Merquior enfatizou as qualidades intelectuais de Afonso Celso, a exemplo da elegância do estilo (um estilo eminentemente verbal), o que despontavaobjetividade e clareza na exposição das ideias. 

Segundo Merquior, integridade e paixão marcavam Afonso Celso. Um nacionalismo que identificava como “positivo” era nítido no intelectual que homenageava, autor de um livro hoje pouco lembrado: “Por que me ufano de meu país”. Trata-se de um livro publicado em 1900, e que foi de algum modo mais tarde ridicularizado, por sua forma laudatória. 

O adjetivo “positivo” que Merquior acrescentou ao substantivo “nacionalismo” talvez revele, para o leitor contemporâneo, o pensamento requintado do acadêmico que tomava posse. Merquior enfatizou a coragem política de Afonso Celso, que fez o caminho inverso de seus contemporâneos. Com a Proclamação da República, muitos monarquistas se fizeram republicanos (os republicanos arrivistas de 15 de novembro). Afonso Celso fez a rota inversa: de republicano tornou-se monarquista, talvez até como enfrentamento ao oportunismo, a par de uma inegável homenagem ao próprio pai. Essa tensão (inclusive sob uma perspectiva freudiana, é tema de um instigante livro de Luís Martins, “O patriarca e o bacharel”). 

Afonso Celso fora corajoso na política e versátil nas humanidades (um polígrafo de valor). Ao lado de Eduardo Prado, Afonso Celso quixotescamente se colocou contra a República, segundo Merquior, que também lembrou que o vocábulo “brasilidade” fora por criado por Afonso Celso, que também atuou na Ação Social Nacionalista. Merquior o identificou como o “criador do ufanismo”.

Merquior seguiu a tradição dos empossados, e proferiu discurso centrado na figura de seus antecessores, acentuando o pensamento humanista que os marcava, fixando pontos de conexão histórica que implicavam no papel do intelectual na sociedade. Insistiu na necessidade de engajamento social do intelectual, tema recorrente nas reflexões sobre as relações entre os intelectuais e o poder, tema de um dos livros de Norberto Bobbio“Os intelectuais e o poder”

Merquior acentuou uma continuidade entre os ocupantes da cadeira n. 36, o que de alguma forma explicitava sua profissão de fé, simbolicamente, no sentido teológico de afirmação de posicionamento em relação aos dilemas da vida. Merquior havia discutido com profundidade a responsabilidade social do artista, em ensaio de 1963, publicado nessa obra prima de crítica e estética, que é a “Razão do Poema”, recentemente republicado em coleção coordenada por João Cezar de Castro Rocha. Nesse texto de crítica, Merquior sublinhou que “qualquer ideia acerca da responsabilidade social do artista tem de incorporar essa crença na arte como função cognitiva, porque, sob pena de andarmos em nuvens, não há outro meio de se exigir do artista uma determinada atitude a não ser reconhecendo nele um instrumento de visão”.

O patrono da cadeira n. 36 foi Teófilo Dias (o poeta das Fanfarras). Merquior lembrou que Teófilo Dias fora um protoparnasiano. Teófilo Dias era sobrinho de Gonçalves Dias, cuja “Canção do Exílio” Merquior analisou em “Poema do lá”, um dos mais conhecidos estudos de crítica literária que conhecemos, também republicado em “Razão do Poema”.

Certamente, Merquior é o intelectual brasileiro mais autorizado a falar sobre a relação entre os intelectuais e o poder, isto é, sobre a relação entre o pensador e a ação política. Celso Lafer, outro intelectual de importância superlativa, também da Academia Brasileira de Letras, afirmou em um documentário que Merquior fora o mais importante intelectual de sua geração. 

A propósito desse papel (e dessa função, pensador e política) Merquior exemplificou a complexidade da tarefa, tratando de dois outros antecessores da cadeira n. 36: Clementino Fraga (médico, que trabalhou com Oswaldo Cruz) e Paulo Carneiro (que foi embaixador, para quem saber é saber o quanto se ignora, e que conviveu com Guimarães Rosa e Sousa Dantas no fim da segunda guerra mundial). Merquior tratava de um “humanismo inclusivo”, metáfora que bem mostrava uma disposição para aproximar a academia da vida real, mediando cultura e emancipação. 

Ao tratar de Paulo Carneiro (que Merquior reputou como o último dos apóstolos de Augusto Comte no Brasil) o empossado fixou para o leitor atual as características dessa doutrina, distinguindo as diferenças entre positivismo-clima e positivismo-seita, fazendo-o inclusive com humor e graça, lembrando e contando uma anedota de Josué Montello

Não nos esqueçamos, Merquior era um liberal (na tradição de Isaiah Berlin)no sentido de enfatizar liberdade e autonomia no fortalecimento do indivíduo em face do Estado. Foi um defensor da democracia liberal e da economia de mercado, pontos que o aproximavam de Roberto Campos, outro expoente máximo da história do pensamento brasileiro. A ação prática é necessária, e sem essa, não se pode pensar em mudança social significativa. Qual a função do acadêmico na sociedade? A pergunta, parece-me o ponto central desse discurso memorável, que é um manifesto sobre a posição dos intelectuais na sociedade

Merquior encerrou sua fala lembrando que “mesmo na eventual divergência”, era a “via régia do conhecer e da paixão’ que o animava: “a paixão de compreender”. Essa orientação ao mesmo tempo prática e especulativa, a “paixão de compreender”, penso, seja o maior legado de José Guilherme Merquior, ainda que em forma de permanente inspiração.


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3894. José Guilherme Merquior: um intelectual brasileiro, Brasília, 19 abril 2021, 322 p. Coletânea de textos de e sobre o grande intelectual diplomata, com exceção do prefácio, agregado posteriormente. Em revisão para tornar o volume menos pesado. Versão abreviada, com links remetendo a pdfs em Academia.edu, 187 p. Postado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/46954903/Jose_Guilherme_Merquior_um_Intelectual_Brasileiro_2021_); divulgado no blog Diplomatizzando (20/04/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/jose-guilherme-merquior-uma-homenagem.html).

domingo, 20 de novembro de 2022

"O Estruturalismo como Pensamento Radical", de José Guilherme Merquior (1968), por Martim Vasques da Cunha (OESP)

A monografia ‘O Estruturalismo como Pensamento Radical’, escrita em 1968 na França, prova sua maturidade aos 27 anos

Por Martim Vasques da Cunha

O Estado de S. Paulo, Aliás, 19/11/2022

 

Um dos clichês mais absurdos ditos sobre José Guilherme Merquior é que ele foi apenas um “talentoso polemista liberal”. Por ser quase onipresente em todos os cadernos culturais importantes do Brasil entre 1980 e 1990, divulgando ideias e autores mal conhecidos por aqui, além de ter uma produção vertiginosa de livros, era evidente que essa categoria se encaixava como uma luva no jovem diplomata que, desde a década de 1960, encantou a intelectualidade tupiniquim pelo seu modo combativo de defender acima de tudo o debate racional. Contudo, com seu precoce falecimento em 1991, aos 49 anos, sua ausência nunca foi devidamente preenchida por algum sucessor – e o epíteto escrito acima se tornou cada vez mais permanente na nossa memória.

 

A monografia inédita O Estruturalismo como Pensamento Radical, redigida em 1968 na França, às vésperas das revoltas estudantis de Maio, e publicada agora pela É Realizações na coleção das obras completas de Merquior, vem para eliminar essa classificação bizarra. Trata-se de um evento e tanto, por dois motivos. O primeiro é, claro, porque mostra que o autor de O Elixir do Apocalipse (1983) era sobretudo um scholar com um pensamento filosófico próprio que seria a base posterior de todas as suas intervenções públicas na imprensa, em especial naquele momento histórico conturbado no qual o Brasil vivia, repleto de autoritarismo e de questionamentos sobre a natureza da democracia (aliás, muito semelhante ao que vivemos hoje). E o segundo é que ele reintroduz, com vivacidade, a importância da obra de Claude Lévi-Strauss, o antropólogo que, com suas pesquisas etnográficas, foi o responsável por popularizar um molde de perspectiva científica intitulado justamente de “estruturalismo”.

 

A admiração de Merquior por Lévi-Strauss já existia desde que o jovem prodígio estreou nas letras com suas coletâneas de crítica literária, Razão do Poema e A Astúcia da Mímese. Para ele, um poema ou uma obra de arte deveriam ser analisados sobretudo pela sua estrutura intrínseca, e não necessariamente pelo conteúdo discorrido em seus temas. Isto o impedia de cair no marxismo juvenil que já atacava alguns colegas seus de profissão ou no tradicionalismo católico da elite literária que já cheirava à naftalina. Com o passar do tempo, a preocupação de Merquior sobre um método de observação que se estendesse da literatura para as ciências humanas, até chegar na filosofia política, cresceu para que ele encontrasse, no estruturalismo de Lévi-Strauss, uma maneira de compreender o tema oculto que orientou todos os seus escritos: como lidar com o fato de que este mundo é consumido pela permanência da perda?

Na monografia que temos em mãos, Merquior conseguiu uma solução a partir de uma tese insólita: o estruturalismo não seria somente um método de pesquisa etnográfica, mas sim um pensamento radical, cuja raiz filosófica poderia ser localizada no Iluminismo peculiar de Jean-Jacques Rousseau e no idealismo alemão de Immanuel Kant, para depois ter suas ramificações na sociologia de Max Weber, na análise fenomenológica de Martin Heidegger e até mesmo na polêmica “arqueologia do conhecimento” que fez muito sucesso com Michel Foucault. O escopo é enorme, sem dúvida, e o ensaísta brasileiro usa e abusa das suas habilidades estilísticas para comprovar o seu argumento – e o resultado final é simplesmente brilhante.

 

sábado, 16 de abril de 2022

As leis da política (1999) - Roberto Campos (e José Guilherme Merquior)

 Impagáveis, as "definições"...


As leis da política

ROBERTO CAMPOS

O Globo, 19/12/1999


Era uma crespa noite de inverno londrino. Eu tinha convidado para um jantar na embaixada brasileira, ao fim dos anos 70, o grande filósofo liberal francês Raymond Aron e dois sociólogos radicados na Inglaterra, Ralf Dahendorf e Ernest Gellner, este último professor de José Guilherme Merquior, meu conselheiro de embaixada. Na curva do conhaque, quando filosofávamos sobre nominalismo, realismo e existencialismo, contei uma piada que Aron achou divertida. Era a definição de "realidade" dada por um irlandês, revoltado pela interrupção de suas libações alcoólicas à hora do fechamento dos "pubs". "A realidade é uma ilusão criada por uma aguda escassez de álcool", disse.

Quando partiram os hóspedes, resolvemos, Merquior e eu, em rodadas de uísque, testar duas coisas. Primeiro, a teoria irlandesa do realismo alcoólico. Segundo, nossa capacidade de recitarmos, de memória, aquilo que poderíamos chamar de "leis de comportamento sociopolítico" de variadas personagens e culturas. Alternávamos nas citações, que registrei num alfarrábio que outro dia desenterrei numa limpeza de arquivos. Ei-las:

A lei de Lênin: "É verdade que a liberdade é preciosa. Tão preciosa que é preciso racioná-la".

A lei de Stálin: "Uma única morte é uma tragédia; 1 milhão de mortes é uma estatística".

A lei de Krushev: "Os políticos em qualquer parte são os mesmos. Eles prometem construir pontes mesmo quando não há rios".

A lei de Henry Kissinger: "O ilegal é o que fazemos imediatamente. O inconstitucional é o que exige um pouco mais tempo".

A lei de Franklin Roosevelt: "Um conservador é um homem com duas excelentes pernas, que, contudo, nunca aprendeu a andar para a frente".

A lei de Lord Keynes: "A dificuldade não está nas idéias novas, mas em escapar das antigas".

A lei de Bernard Shaw: "Patriotismo é a convicção de que o país da gente é superior a todos os demais, simplesmente porque ali nascemos".

A lei de Hayek: "Num país onde o único empregador é o Estado, a oposição significa morte por inanição. O velho princípio de que quem não trabalha não come é substituído por um novo princípio: quem não obedece não come".

A lei de Mark Twain: "Um banqueiro é um tipo que nos empresta um guarda-chuva quando faz sol, e exige-o de volta quando começa a chover".

A lei de Lord Kelvin: "Grandes aumentos de custos -com questionável melhoria de desempenho- só podem ser tolerados em relação a cavalos e mulheres".

A lei de Charles De Gaulle: "As promessas só comprometem aqueles que as recebem".

A lei de John Randolph, constituinte na Convenção de Filadélfia: "O mais delicioso dos privilégios é gastar o dinheiro dos outros".

A lei de Getúlio Vargas: "Os ministérios se compõem de dois grupos. Um formado por gente incapaz, e outro por gente capaz de tudo".

A lei do governador Mario Cuomo, de Nova York: "Faz-se campanha em poesia e governa-se em prosa".

A lei de John Kenneth Galbraith: "A política não é a arte do possível. Ela consiste em escolher entre o desagradável e o desastroso".

A lei de Sócrates: "No tocante a celibato e casamento, é melhor não interferir, deixando que o homem escolha o que quiser. Em ambos os casos, ele se arrependerá".

No último uísque, Merquior me contou um chiste anônimo, que circulava em Londres: "A natureza deu ao homem um pênis e um cérebro, mas insuficiente sangue para fazê-los funcionar simultaneamente".

Ao confidenciar a Merquior que pretendia aposentar-me do Itamaraty para ingressar na política, lembrou-me ele a lei de Hubert Humphrey, vice-presidente dos Estados Unidos na administração Lyndon Jonhson, que dizia: "É verdade que há vários idiotas no Congresso. Mas os idiotas constituem boa parte da população e merecem estar bem representados".

Tendo em vista minhas ambições políticas, combinamos fabricar conjuntamente uma lei, que passaria à posteridade como a lei Campos/Merquior: "A política é a arte de fazer hoje os erros do amanhã, sem esquecer os erros de ontem".

Ao nos despedirmos, já mais sóbrios, lembrei-me de duas leis. A lei do King Murphy, que assim reza: "Não estão seguras a vida, a liberdade e a propriedade de ninguém enquanto a legislatura estiver em sessão". E a lei do sábio Montesquieu, o inventor da teoria da separação de poderes: "O político deve sempre buscar a aprovação, porém jamais o aplauso".

Em minha vida política no Senado e na Câmara, procurei descumprir a lei de King Murphy e cumprir a lei de Montesquieu. Sem resultados brilhantes nem num caso nem no outro...


Roberto Campos, 82, economista e diplomata, foi senador pelo PDS-MT, deputado federal pelo PPB-RJ e ministro do Planejamento (governo Castello Branco). É autor de "A Lanterna na Popa" (Ed. Topbooks, 1994).


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Homenagem a José Guilherme Merquior: documentário, lives, seminário - seleção de Paulo Roberto de Almeida

Encerrou-se hoje, sexta-feira 10/12/2021, uma série inteira de homenagens ao grande intelectual José Guilherme Merquior, com a participação de seus amigos, familiares e estudiosos. Faço aqui uma seleção dos materiais disponíveis aos interessados, que não puderam seguir tudo. Começo pelo documentário de 2015, quando a Editora É Realizações deu continuidade ao seu projeto de reedições das obras de Merquior, e vou para os materiais que eu pude colher aqui e ali, sem que eu pudesse evitar certa repetição de meus próprios textos e postagens sobre ele (mas ao final, apenas).

Antes um esclarecimento, que foi solicitado por alguém, sobre a origem do nome Merquior. Quem esclarece é sua filha: 

Julia Merquior : (9/12/2021)

O sobrenome Merquior veio de Marchiori, o bisavô do meu pai, Ermenegildo Marchiori, teria nascido em Padua, Italia, em 1852 e veio ao Brasil por volta de 1890 com sua esposa Domenica Liberalón Marchiori. Aqui tiveram mais dois filhos, o último, nascido em 1892, Dermevale Marchiori é q virou Merquior em algum cartório...


1) Documentário "José Guilherme Merquior - Paixão pela Razão" (2015)

Link: https://www.youtube.com/watch?v=3frJg5gVdqo


2) José Guilherme Merquior: um intelectual brasileiro, pelo Livres -#Merquior80 (abril 2021)

Link: https://www.youtube.com/watch?v=mtJJu_0eBeg


3) Bate-papo sobre José Guilherme Merquior, com Joel Pinheiro e João Cezar de Castro Rocha

Link: https://www.youtube.com/watch?v=zs9ejVx__0c


4) Série de lives do Seminário Internacional José Guilherme Merquior, da É Realizações (9 e 10 de dezembro de 2021) 

(1) Mesa de abertura: Depoimentos | Seminário Internacional José Guilherme Merquior

Link: https://www.youtube.com/watch?v=AazuJaT1a4U

 

(2) Merquior, leitor único (I) | Seminário Internacional José Guilherme Merquior

(3) Merquior, leitor único (II) | Seminário Internacional José Guilherme Merquior

Transmissão da terceira mesa do dia 09/12 do Seminário Internacional José Guilherme Merquior, com a participação de Andrea Almeida Campos (UNICAP), Valter Sinder (UERJ / PUC-RJ), Lucia Granja (UNICAMP) e mediação de João Cezar de Castro Rocha.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=gQOyoIoE6y4



(4) Merquior, pensador (I) | Seminário Internacional José Guilherme Merquior


(5) Merquior, pensador (II) | Seminário Internacional José Guilherme Merquior


(6) Merquior e o universo hispano-americano | Seminário Internacional José Guilherme Merquior


(7) Merquior e literatura brasileira | Seminário Internacional José Guilherme Merquior

Transmissão da terceira mesa do dia 10/12 do Seminário Internacional José Guilherme Merquior, com a participação de Antonio Carlos Secchin (UFRH,ABL, Poesia), Peron Rios (Colégio de Aplicação da UFPE, Crítica) e Regina Lúcia de Faria (UFRRJ, História da Literatura), e mediação de João Cezar de Castro Rocha..

Link: https://www.youtube.com/watch?v=wCWvUXKbOb4

(9) Mesa de encerramento: Depoimentos | Seminário Internacional José Guilherme Merquior

Transmissão da mesa de encerramento do Seminário Merquior, com Edson Filho, Manuela Carneiro da Cunha, embaixada Heloísa Vilhena e Julia Merquior

Link: https://www.youtube.com/watch?v=xx_Flmv96cU

 

E mais: 

Aula Online: Pensamento Liberal de José Guilherme Merquior, com Kaio Felipe

Transmitido ao vivo em 15 de abr. de 2015Kaio Felipe, Doutorando em Sociologia, Mestre em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ). Graduado em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) fala sobre o pensamento liberal de José Guilherme Merquior.

- Lançamento de "Formalismo e Tradição Moderna": 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=xOR7HOk3zow&list=RDCMUC5iFfItjg9_9ADZSm9vzPhQ&index=11

- Merquior: O Liberalismo antigo e moderno – Mateus Fugita

20 de jul. de 2020 • José Guilherme Merquior é muito possivelmente um dos maiores autores que o Brasil já teve. Crítico de arte, acadêmico mundialmente reconhecido e escritor agudo sobre política foram algumas das suas diversas atribuições durante sua curta, mas produtiva, vida. É mais do que merecida, portanto, uma série apenas para ele em nosso canal. Decidi expor capítulo a capítulo do livro O Liberalismo: Antigo e Moderno, um material extremamente preciso e instigante.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=rCjNRhsWxCI



Finalmente, remeto a textos meus, para o seminário internacional, assim como postagens diversas neste blog Diplomatizzando: 


4038. “Inéditos de José Guilherme Merquior: amostras da ‘máquina de pensar’”, Brasília, 7 dezembro 2021, 19 p. Apresentação sumária dos textos inéditos ou pouco conhecidos de José Guilherme Merquior: prefácio às edições brasileiras dos Estudos Políticos de Raymond Aron (1980) e do Dicionário Crítico da Revolução Francesa, de François Furet e Mouna Ozouf (1988), e conferências feitas na Universidade de Harvard, El Otro Occidente (1988) e no Centre de Recherches sur le Brésil Contemporain, “Brésil: cent ans de bilan historique” (1990). Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/63761861/4038_Ineditos_de_Jose_Guilherme_Merquior_amostras_da_maquina_de_pensar_2021_) e no blog Diplomatizzando (10/12/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/12/ineditos-de-jose-guilherme-merquior.html).

 

4040. “Apresentação sobre os inéditos de José Guilherme Merquior no Seminário Internacional em homenagem aos seus 80 anos”, Brasília, 7 dezembro, 12 slides. Capas de seus livros mais importantes e dos inéditos sendo apresentados. Seminário apresentado no YouTube da É Realizações (https://www.youtube.com/editorae). Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/63769579/4040_Apresentacao_no_Seminario_Jose_Guilherme_Merquior_2021_), informado no blog Diplomatizzando (10/12/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/12/apresentacao-sobre-ineditos-de-jose.html). 


Postagens diversas: 


José Guilherme Merquior: 80 anos - Seminário Inter...

José Guilherme Merquior, 80 anos (1): uma recapitu...

José Guilherme Merquior, 80 anos (2): um intelectu...

José Guilherme Merquior, 80 anos (3): coletânea de...

José Guilherme Merquior, 80 anos (4): prefácio à b...

José Guilherme Merquior, 80 anos (5): apresentação...

José Guilherme Merquior, 80 anos (6): textos relat...



Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 10/12/2021