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sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Nomenklatura e o "Governo Popular" para os Ricos Lobistas do Poder Corrupto

Um golpe bilionário aplicado contra mutuários e a favor daqueles que financiam o partido no poder. Nunca antes no Brasil se tinha agido assim tão descaradamente a favor do capital, num governo supostamente a favor dos trabalhadores.
Paulo Roberto de Almeida 

LOBBY PESADO
LOBBY APROVA MP QUE LIVRA SEGURADORAS DE PAGAR SEGUROS DA CASA PRÓPRIA
Diário do Poder, 22 de maio de 2014
Numa operação subterrânea, sigilosa, que envolveu o Ministério da Fazenda, a Casa Civil da Presidência da República, lobistas e as cúpulas do Senado e da Câmara, poderosas empresas seguradoras conseguiram fazer aprovar a medida provisória nº 633, que as dispensa do pagamento de mais de R$ 17 bilhões em indenizações a mutuários do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), determinadas pela Justiça.
Mutuários recorrem à Justiça para fazer valer o seguro da casa própria (20% do imóvel) para falhas de construção. A conta é de R$17 bilhões. 
A MP 633 inclui a Caixa no rolo, por isso ações serão deslocadas para a Justiça Federal, criando nova chance de reverter as condenações. Com a aprovação da MP 633, a Sul América Seguros fará sua dívida junto aos mutuários do SFH cair de R$ 7 bilhões para cerca de R$ 1 bi.
 Para não chamar atenção da mídia e nem dos próprios parlamentares, a MP 633 não foi divulgada entre as que estavam na pauta de votação.
Agora, a Caixa Econômica Federal providenciará seu ingresso imediato nos processos em andamento como representante do Fundo de Compensações de Variações Salariais (FCVS), com  o objetivo de levá-los à Justiça Federal, sustar o pagamento dos prêmios de seguros aos mutuários e tentar reverter as condenações. A MP 633 agora será votada do Senado e, se aprovada como está, depois seguirá para sanção presidencial.
Leia mais na Coluna Cláudio Humberto.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SAE-PR: Secretaria de Assuntos da Erenice da PR (e de outras esferas, tambem...)

Parece que os negócios prosperam no cerrado central, mais especificamente no planalto central, ainda mais exatamente num palácio central, mais ou menos nas proximidades de outro escritório central, que parece ter o poder mágico de transformar ovos podres em ovos de ouro. A mamãe gansa tem jeito de gansa, aliás, como se deduz pelas fotos maldosas da imprensa.
Paulo Roberto de Almeida

Sindicância aponta novos elos do caso Erenice na Presidência
Diego Casagrande
quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Deu na Folha Online: O esquema de tráfico de influência comandado pelo filho da ex-ministra Erenice Guerra usava não apenas a estrutura da Casa Civil mas também a de pelo menos outros dois órgãos da Presidência da República: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), informa reportagem de Andreza Matais e Felipe Coutinho, publicada nesta quarta-feira pela Folha.

Computadores e funcionários dessas outras duas repartições foram utilizados pelo grupo de amigos de Israel Guerra, filho de Erenice que era peça central do contato de empresários com negócios do governo --cobrando uma "taxa de sucesso" pelo tráfico de influência.

Esses novos braços do tráfico de influência foram identificados pela sindicância interna do Planalto que investiga a participação de servidores no esquema de tráfico de influência no órgão e cuja investigação corre em sigilo.

A comissão descobriu que o computador que era utilizado por Gabriel Laender na SAE foi acessado várias vezes com a senha de Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil e sócio de um filho de Erenice na Capital, empresa da família Guerra que intermediava negócios com o governo.

OUTRO LADO
Questionada sobre as motivações para levar Gabriel Laender para o governo federal, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff disse que não o conhecia e passou a responsabilidade para Erenice Guerra, que era a número dois da pasta.

"A ministra Dilma Rousseff não conhece o referido servidor e as nomeações de DAS 102.4 [cargo de Laender] são de responsabilidade da Secretaria Executiva da Casa Civil", afirmou, por meio de sua assessoria.

Postado por Diego Casagrande - jornalista às 10:25

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Addendum em 21.10.2010:
Não tinha idéia de que a SAE, um órgão de Estado -- seria preciso sublinhar TRÊS VEZES, e colocar em BOLD, que se trata de UM órgão de Estado -- se desmereceria ao também entrar na campanha eleitoral.
Estou ainda mais surpreendido que o tenha feito de forma tão canhestra, tão equivocadamente simplista, tão atrozmente reducionista como a mensagem abaixo encaminhada pelo titular desse "Serviço dos Assuntos da Erenice" (antigamente conhecida como SAE):

VOTAR EM DILMA PARA MANTER O CRÉDITO EXTERNO!!!!!!!!
Com FHC, em dezembro de 1995, a dívida externa pública era de 38 bilhões de reais e passou para 237 bilhões de reais em 2002.
Com Lula, a dívida externa caiu 237 bilhões de reais e se transformou em um crédito de 287 bilhões de reais em 2009.
Com FHC, a dívida se multiplicou por seis!!!!!
Com Lula, o Brasil passou de devedor a credor!!!!!
É preciso comparar!!!
VOTAR EM DILMA É GARANTIR O BRASIL CREDOR!!!!!!!


Se existisse um Conselho de Ética nesse governo -- mas isso estaria em total contradição com o próprio -- o titular desse serviço partidário já teria sido chamado a se explicar e certamente mereceria uma sanção, no mínimo.
A que ponto chegamos...
Paulo Roberto de Almeida

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

GRAVE ATENTADO: lingua portuguesa assassinada pela mafia (ci)vil

Estou preocupado com o futuro da última flor do Lácio, esta inculta e bela que corre o risco de virar estropiada e feiosa, na verdade, esquartejada e horrorosa.
Não pela denúncia do crime em si, que esse deixo para nossos céleres juizes, procuradores, adevogados da União (se existem; creio que sim, tem até um da famiglia Inácio), mas pela simplória preocupação com o destino da língua portuguesa, ou brasileira (vocês escolhem), venho transcrever um documento alucinante em sua originalidade sintática.
Nem Saramago, que costuma abusar de nossa paciência com os atentados à correção estilística que perpetra em seus textos pretensiosos e geralmente insossos, seria capaz de tamanha inventividade gramatical.
Deixo vocês com o post de Augusto Nunes...
Paulo Roberto de Almeida

Direto ao Ponto
O e-mail do filho de Erenice comprova que, no Brasil de Lula, bandido de estimação não precisa nem ter cérebro para ficar milionário
Augusto Nunes
Blog na Veja, 14/09/2010 - às 17:08

O e-mail enviado à direção de VEJA por Israel Guerra é uma prova de muitos crimes. O conteúdo, um desfile de desmentidos inconvincentes, fantasias indecorosas e desculpas esfarrapadas, confirma as delinquências divulgadas pela revista. A descoberta de que a forma foi revisada no Planalto acrescenta alguns crimes hediondos aos prontuários do bando que transformou a Casa Civil em gazua e esconderijo.

Claro que todos os envolvidos nas bandalheiras leram a sopa de letras. É certo que Erenice aprovou o texto assinado por seu garoto. Como se apresenta como advogada, deve ter prontamente confiscada a carteirinha da OAB. Israel, que se proclama “bacharelando em direito”, deve ser devolvido ao curso primário. E todos ─ mãe, filho, parentes e agregados ─ merecem o imediato enquadramento por atentados contra a gramática, linchamento da ortografia e tentativa de assassinato da língua portuguesa.

O lado bom da coisa é que o e-mail produzido a muitas mãos já se transformou em documento histórico. Daqui a muitos anos, a leitura do amontoado de cretinices ajudará a compreender como eram as cabeças que governaram o Brasil durante a Era da Mediocridade. Confiram o palavrório, reproduzido sem correções:

No final do mês de dezembro do ano de 2009, o sr. Fábio Baracat, me procurou com o problema de que a empresa ao qual se dizia sócio, e que inclusive, apregoava que estava assumindo o controle total, a MTA Linhas Aéreas, estava quase expirada sua autorização para voar e solicitando ajuda no sentido de trabalhar e resolver tal situação. Informei ao senhor Fábio que, estando cumpridas todas as regras e requisitos de segurança operacional, havia a possibilidade legal prevista na legislação vigente, da concessão de outorga pelo Diretor Presidente da ANAC, pelo expediente AD REFERENDUM, conquanto a empresa também estivesse regular quanto suas obrigações jurídico fiscais. Eu construí a argumentação e o embasamento legal da referida peça e a encaminhei ao representante legal da empresa aqui na cidade de Bsb, que a protocolou no órgão competente. Por razão deste serviço prestado, solicitei a gentileza de meu irmão, que a CAPITAL emitisse nota fiscal contra a pessoa jurídica indicada pelo senhor Fabio Baracat para cobrança do pagamento. Os documentos fiscais e contábeis, encontram-se a disposição para eventuais esclarecimentos.

Cumpre informar que conheci o sr. Fabio em meados de 2008, apresentado a mim pelo meu amigo e compadre Vinicius e que durante certo período, foi de meu círculo de amigos, tendo inclusive, sido apresentado em momento social, a minha mãe, que a época, era Secretária Executiva da Casa Civil, na condição de amigo meu, nada mais do que isto.

Ressalto que não houve a busca por clientes, mas sim, um suposto empresário, que a época se dizia uma amigo, que na verdade era um agenciador de cargas para a mencionada empresa aérea, solicitando a produção de um trabalho, junto a área do direito aeronáutico que eu detenho relativo conhecimento, e este trabalho foi produzido e apresentado de maneira satisfatória ao órgão regulador pelo procurador constituído a época dos fatos. Me foi perguntado, se já havia recebido “empresários” e feito negociatas no escritório Trajano e Silva. Informo que isto nunca ocorreu, já fui lá inúmeras vezes, visto que meu tio trabalha no referido escritório e sou bacharelando em Direito, sendo que constantemente, vou ao escritório para a complementação de minha graduação e que, inclusive, a época em que fiz o trabalho acima mencionado para o senhor Fábio, solicitei a permissão de recebê-lo na sala de reuniões do escritório, visto que não dispunha de espaço razoável para expor o trabalho feito ao referido “empresário” Fábio Baracat.

Por último esclareço, que a época da constituição da CAPITAL, meu irmão me solicitou que esta fosse registrada no meu endereço residencial, em razão da impossibilidade financeira de estabelecer o escritório numa sala comercial, ademais, meu irmão me informou que deu entrada no encerramento da empresa já no início deste ano corrente

Espero ter respondido aos questionamentos.

Atenciosamente,
Israel Guerra


Só Lula, promovido a inimputável pela intelectuália companheira, pode produzir impunemente um desfile tão obsceno de frases sem pé nem cabeça, vírgulas fora de lugar, substantivos na contramão, plurais guilhotinados, adjetivos bêbados, concordâncias desatinadas e outros assombros. Todos os envolvidos na construção desse monumento à estupidez são desprovidos de raciocínio lógico. São todos incapazes de contar uma história infantil com começo, meio e fim.

Se Israel Guerra é mesmo estudante universitário, a faculdade que frequenta precisa ser lacrada antes que recrute outro lote de analfabetos funcionais. Sem o socorro da melhor amiga de Dilma Rousseff, o bacharelando estaria condenado ao desemprego perpétuo. Sem o amparo da Casa Civil, não seria convidado para intermediar sequer a negociação da gorjeta entre o freguês do botequim e o garçom. Só uma cabeça baldia escreve uma coisa dessas. Acomodado no colo da mãe, Israel Guerra se atreve a fingir que pensa. E vai fazendo fortuna como lobista fora-da-lei.

No Brasil de Lula, bandido de estimação já nem precisa ter cérebro para continuar em liberdade e virar milionário.