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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SAE-PR: Secretaria de Assuntos da Erenice da PR (e de outras esferas, tambem...)

Parece que os negócios prosperam no cerrado central, mais especificamente no planalto central, ainda mais exatamente num palácio central, mais ou menos nas proximidades de outro escritório central, que parece ter o poder mágico de transformar ovos podres em ovos de ouro. A mamãe gansa tem jeito de gansa, aliás, como se deduz pelas fotos maldosas da imprensa.
Paulo Roberto de Almeida

Sindicância aponta novos elos do caso Erenice na Presidência
Diego Casagrande
quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Deu na Folha Online: O esquema de tráfico de influência comandado pelo filho da ex-ministra Erenice Guerra usava não apenas a estrutura da Casa Civil mas também a de pelo menos outros dois órgãos da Presidência da República: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), informa reportagem de Andreza Matais e Felipe Coutinho, publicada nesta quarta-feira pela Folha.

Computadores e funcionários dessas outras duas repartições foram utilizados pelo grupo de amigos de Israel Guerra, filho de Erenice que era peça central do contato de empresários com negócios do governo --cobrando uma "taxa de sucesso" pelo tráfico de influência.

Esses novos braços do tráfico de influência foram identificados pela sindicância interna do Planalto que investiga a participação de servidores no esquema de tráfico de influência no órgão e cuja investigação corre em sigilo.

A comissão descobriu que o computador que era utilizado por Gabriel Laender na SAE foi acessado várias vezes com a senha de Vinícius Castro, ex-assessor da Casa Civil e sócio de um filho de Erenice na Capital, empresa da família Guerra que intermediava negócios com o governo.

OUTRO LADO
Questionada sobre as motivações para levar Gabriel Laender para o governo federal, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff disse que não o conhecia e passou a responsabilidade para Erenice Guerra, que era a número dois da pasta.

"A ministra Dilma Rousseff não conhece o referido servidor e as nomeações de DAS 102.4 [cargo de Laender] são de responsabilidade da Secretaria Executiva da Casa Civil", afirmou, por meio de sua assessoria.

Postado por Diego Casagrande - jornalista às 10:25

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Addendum em 21.10.2010:
Não tinha idéia de que a SAE, um órgão de Estado -- seria preciso sublinhar TRÊS VEZES, e colocar em BOLD, que se trata de UM órgão de Estado -- se desmereceria ao também entrar na campanha eleitoral.
Estou ainda mais surpreendido que o tenha feito de forma tão canhestra, tão equivocadamente simplista, tão atrozmente reducionista como a mensagem abaixo encaminhada pelo titular desse "Serviço dos Assuntos da Erenice" (antigamente conhecida como SAE):

VOTAR EM DILMA PARA MANTER O CRÉDITO EXTERNO!!!!!!!!
Com FHC, em dezembro de 1995, a dívida externa pública era de 38 bilhões de reais e passou para 237 bilhões de reais em 2002.
Com Lula, a dívida externa caiu 237 bilhões de reais e se transformou em um crédito de 287 bilhões de reais em 2009.
Com FHC, a dívida se multiplicou por seis!!!!!
Com Lula, o Brasil passou de devedor a credor!!!!!
É preciso comparar!!!
VOTAR EM DILMA É GARANTIR O BRASIL CREDOR!!!!!!!


Se existisse um Conselho de Ética nesse governo -- mas isso estaria em total contradição com o próprio -- o titular desse serviço partidário já teria sido chamado a se explicar e certamente mereceria uma sanção, no mínimo.
A que ponto chegamos...
Paulo Roberto de Almeida

2 comentários:

Mário Machado disse...

Sabe o que é pior a maior parte das minhas consultorias, principalmente as que levam em conta elaborar projetos são remuneradas "ad exitum" e o jornalismo fica a dar uma conotação nefasta para algo válido.

Esses malditos criminosos sujam toda uma profissão.

Anônimo disse...

Professor,

A propósito desse assunto, meu irmão, servidor da Caixa, comentou comigo que todos os servidores da instituição, quando acessam a intranet, deparam-se com um enorme gráfico na pagina inicial, no qual há a comparação inflação x nível de salários dos servidores durante o governo FHC e durante o governo de Lula. Obviamente, os números evidenciam o amplo contraste dos salários dos servidores em relação á inflação para os dois períodos. Realmente, o Estado e o partido começam a se confundir demasiadamente. Temo que, em breve, assistiremos ao surgimento de uma “nomenklatura” brasileira. Lamentável!
Forte Abraço!
Felipe Xavier