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sábado, 22 de fevereiro de 2020

As condecorações abusivas concedidas pelos poderes a pessoas que nunca se destacaram em NADA...

Deve existir alguma forma de controle sobre as medalhas, comendas, ordens, títulos, homenagens com que são agraciadas personalidades por vezes medíocres, que não preenchem NENHUM dos critérios sob os quais personalidades públicas podem ou devem receber essas honrarias, que não fira o mais elementar critério de racionalidade estrito senso para que se façam essas atribuições, o que é objeto do comentário abaixo de Ricardo Bergamini, seguindo de matéria completa em revista.
O Ministério da Defesa, por exemplo, diz que "as medalhas representam uma antiga tradição militar, uma forma de homenagear àqueles que se destacaram".
Ora, cabe perguntar se todos aqueles que as recebem realmente se destacaram a serviço da instituição ou do país para realmente merecerem essas medalhinhas que aparentemente constituem mais uma farra com o dinheiro público do que uma retribuição por reais serviços prestados ao país ou à instituição.
Quando um notório fraudador das regras do decoro parlamentar – que depois renunciou para não ser cassado por quebra do decoro, por roubar do restaurante da Câmara –foi eleito, em 2005, presidente da Câmara dos Deputados, tendo sido imediatamente após essa eleição (que também foi ganha em conchavos e promessas de bondades aos colegas) condecorado com a Ordem de Rio Branco, pelo Itamaraty, eu pensei em devolver a comenda que tenho da mesma Ordem, no que fui dissuadido por colegas, que me aconselharam a não fazê-lo, o que seria uma agressão a Ordem, uma vez que a minha era da linha dos agraciados da Casa, enquanto a do parlamentar era dos "externos". Nunca mais a usei, em todo caso, pois me parece que, mesmo dentro da Casa ou fora dela, os agraciados são sempre os que estão próximos do poder, por algum motivo qualquer, não que tenha efetivamente merecido aquela distinção.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 22 de fevereiro de 2020


O Brasil transformou a presidência da república num jardim de infância (Ricardo Bergamini).
Preados Senhores

As medalhas concedidas pelo clã Bolsonaro, não valem R$ 1,99.

As duas vezes em que o miliciano Adriano da Nóbrega foi homenageado pela família Bolsonaro

Ambas as ocasiões foram em plenário: o então deputado Jair fez discurso a seu favor na Câmara e criticou sua prisão, por homicídio. Já Flávio, então deputado estadual, deu a ele a Medalha Tiradentes, maior condecoração dada pela Alerj.
Matéria completa clique abaixo:
  
Bolsonaro já condecorou filhos seis vezes

Por Lauriberto Pompeu Em 21 fev, 2020 – Congresso em Foco

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O presidente Jair Bolsonaro já agraciou quatro vezes o terceiro filho, deputado Eduardo Bolsonaro.
Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (em partido) condecorou seus filhos pelo menos seis vezes desde que assumiu a Presidência da República.

De acordo com levantamento feito pelo Congresso em Foco, o terceiro filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foi homenageado quatro vezes e o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) recebeu duas condecorações.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), segundo filho, não recebeu honrarias do pai.

A homenagem mais recente foi divulgada nesta sexta-feira (21), no Diário Oficial da União. Entre os agraciados com a Ordem do Mérito da Advocacia-Geral da União está Eduardo.

Também foram escolhidos o procurador-geral da República, Augusto Aras, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e David Soares, filho do pastor R.R. Soares, fundador da Igreja da Graça de Deus.

Segundo a AGU os escolhidos são feitos por “notáveis serviços à Advocacia-Geral da União ou aos órgãos a ela vinculados”.

Eduardo Bolsonaro já recebeu também em 2019 a Ordem do Rio Branco, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores, a Ordem do Mérito Naval e a Ordem do Mérito da Defesa, as duas últimas organizadas pelas Forças Armadas.

Já o senador Flávio Bolsonaro foi escolhido pelo presidente para receber a Ordem do Rio Branco e a Ordem do Mérito Naval.]

De acordo com reportagem feita pelo jornal Folha de São Paulo publicada em agosto de 2019, o governo gastou R$ 1,6 milhão no primeiro de semestre de 2019 com a confecção de medalhas.

Em nota enviada ao jornal, o Ministério da Defesa declarou que "as medalhas representam uma antiga tradição militar, uma forma de homenagear àqueles que se destacaram".