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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Mudanças na linha editorial e na publicação de Mundorama - Editoria

Mudanças na linha editorial e na publicação de Mundorama

 POR EDITORIA MUNDORAMA

O projeto Mundorama passou por importantes modificações ao longo das últimas semanas. Gostaríamos de levar aos nossos leitores as informações relativas à nova fase que se abre para a nossa Revista.

A primeira e mais importante mudança é na Editoria. A Revista passou a ser editada por Paulo Menechelli Filho, doutorando em Relações Internacionais na Universidade de Brasília e secretário do Centro de Estudos Globais, laboratório do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade. Paulo assume a Revista para implantar novos projetos e revitalizar a sua linha editorial, para o que conta com o apoio entusiasmado de toda a equipe do Centro.

A segunda mudança é a transferência da Revista para a plataforma Medium, que publica centenas de revistas online em vários países, versando sobre os mais diferentes temas. A plataforma é aberta e conferirá mais visibilidade e agilidade à Revista. Portanto, o novo acesso para Mundorama se faz em http://www.medium.com/mundorama . O endereço http://www.mundorama.net dirigirá os nossos leitores para o novo endereço.

O site antigo da Revista, em que é publicada essa última nota, permanecerá disponível para acesso a artigos e outros materiais publicados ao longo dos treze primeiros anos de Mundorama. O acesso a esse site se faz no endereço http://www.mundoramanet.wordpress.com.

A Revista Mundorama foi concebida inicialmente como atividade do projeto integrado de pesquisa Parcerias Estratégicas do Brasil: as experiências em curso e a construção do conceito (desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília e de diversas outras instituições brasileiras e estrangeiras entre 2007 e 2012), e apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Em 2019 a Revista foi incorporada às atividades permanentes do Centro de Estudos Globais da Universidade de Brasília.

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Como sempre fui um grande colaborador de Mundorama, vou verificar as novas bases do periódico.

Paulo Roberto de Almeida

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Agricultura 5.0: mudanças em curso - Canal Aduaneiro

Recebi do Canal Aduaneiro esta interessante informação sobre as transformações da produção agrícola ao longo do tempo.
Paulo Roberto de Almeida
Cana Aduaneiro: 21 Feb 2020 05:40 AM PST
A Agricultura 4.0 é um conjunto de tecnologias digitais integradas e conectadas por meio de softwares, sistemas e equipamentos.
Essa integração é capaz de otimizar a produção agrícola em todas as suas etapas, significando um melhor monitoramento, gestão e controle da produção agrícola, com redução de custo e desperdícios.
[Estas são as etapas das diversas revoluções agrícolas]
Analisando a história da agricultura no mundo, quando se começou a usar força animal, é que a agricultura se reinventou. 
Porém, foram as máquinas agrícolas trouxeram grande contribuição para aumento da produtividade no campo. Elas também permitiram a produção em larga escala.
Depois, veio a tração baseada no motor à combustão, com tratores e implementos, conhecida como agricultura 2.0. Nos últimos 15-10 anos é que se começou a agricultura de precisão, que consideram as diferenças que existem na área, conhecida como agricultura 3.0. Nos dias atuais, as tecnologias digitais, na chamada agricultura 4.0, estão fazendo a diferença na melhoria da atividade agrícola. Usando as ferramentas adequadas, é possível gerar e analisar uma grande quantidade de dados para o produtor e assim facilitar a operação diária.
Os principais elementos da Agricultura 4.0 são:
  • Gestão, a partir da obtenção e coleta de dados primários e secundários;
  • Produção, a partir de novas ferramentas e técnicas;
  • Sustentabilidade nos processos produtivos, e
  • Profissionalização.
Estas inovações ocorrem a partir de dispositivos conectados e integrados que permitem a automação dos processos visando melhorar a produtividade agrícola, eficiência na utilização de insumos com foco na diminuição dos impactos ambientais, consequentemente reduzindo custos e aumentando a segurança dos trabalhadores do campo.
E na prática, quais são essas ferramentas?
Cada vez mais ouvimos falar sobre drones, veículos autônomos, biotecnologia, big data e outras inovações que vêm sendo incorporadas ao mundo rural.
E isso exige conhecimento da sua propriedade e negócio. Por isso, seja você um pequeno ou grande produtor rural, essas ferramentas digitais podem te auxiliar!
Exemplos:
  • Ferramentas para Agricultura de precisãoPiloto automático, monitor de colheita; drones para coleta de imagens, sensores;
A agricultura 5.0 deve ter início a partir em 2022, em que as máquinas trabalharão com mais autonomia. (EMBRAPA, 2019)
Assim, a informação e autonomia de decisão serão as palavras-chave do agricultor do século 21. E para produzir com mais qualidade e eficiência, a tecnologia será a principal aliada do produtor.
Claro que, primeiramente, a tecnologia precisa ser fácil manuseio, autodidata, e que vise a extração, geração e aplicação dos dados.  Será necessário também investimento público e privado para que por exemplo, as redes de conexão de celulares estejam disponíveis no campo. 
 E um dos requisitos base será a preparação e mudança da mentalidade do produtor rural, no qual será necessária uma ruptura do paradigma de que a tecnologia é uma aliada do campo. Porém o seguinte questionamento surge, com tanta tecnologia disponível ao produtor rural, será que a máquina vai substituir o homem no campo?

Referências:
AGROSMART. Para alimentar o mundo, é preciso trazer inovação para a agricultura. 2016. Disponível em: < https://agrosmart.com.br/blog/alimentar-o-mundo-trazer-inovacao-para-agricultura/> Acesso em: 17.fev. 2020.
CIGANA. C. Agricultura 4.0 é nova fronteira no campo. Zero Hora: Campo e Lavoura. 2016. Disponível em: < https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/campo-e-lavoura/noticia/2016/09/agricultura-4-0-e-nova-fronteira-no-campo-7413654.html> Acesso em: 17.fev. 2020.
EMBRAPA. Agricultura 4.0: ferramentas digitais mostram benefícios das tecnologias. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/43544530/agricultura-40-ferramentas-digitais-mostram-beneficios-das-tecnologias>. Acessado em: 17.fev.2019
ESTADÃO. Falta de conectividade no campo prejudica o setor. Disponível em: <https://especiais.estadao.com.br/canal-agro/entrevistas/falta-de-conectividade-no-campo-prejudica-o-setor/>. Acessado em:  17.fev.2019
MASSRUHÁ, S. M. F. S. Tecnologias da informação e da comunicação: o papel na agricultura. AgroANALYSIS: A Revista do Agronegócio da FGV, São Paulo, v. 35, n. 9, p. 29-31, 2015

terça-feira, 7 de maio de 2019

Novas configuracoes partidarias no Brasil - Estadao

Maiores partidos políticos já se rendem a nome novo

O desgaste dos partidos e da própria classe política - marcado nas eleições do ano passado pela rejeição do eleitorado - já estimula mudanças nas mais tradicionais e mais estruturadas siglas do País. De imediato, das 10 maiores bancadas do Congresso, ao menos cinco siglas já alteraram ou estudam alterar o nome, decisão que costuma ser anunciada como um processo de busca de conexões com as redes sociais e de renovação de estatutos e programas. 
Algo que o DEM, que hoje preside tanto a Câmara quanto o Senado, fez em 2007, quando deixou de ser PFL e adotou a marca Democratas. O PSDB e MDB, as duas maiores bancadas no Senado, devem ir na mesma linha. O fenômeno, segundo especialistas, é uma tendência mundial e revela uma mudança na relação do eleitor com a política que dispensa mediadores e tem campo aberto no meio digital. 
Depois de abolir “P” da sigla, o MDB estuda passar a se chamar apenas “Movimento”. O PSDB encomendou pesquisa para se reposicionar a partir de junho, quando ocorrerá a convenção nacional. Principal liderança da legenda, o governador de São Paulo, João Doria, fala em transformar o partido em “digital”. 
Ligado à Igreja Universal, o PRB vai se transformar em Republicanos, como antecipou o Estado. A intenção da legenda é focar sua atuação no campo ideológico da centro-direita. 
Originário do antigo PCB, o Partido Popular Socialista (PPS) foi rebatizado recentemente como Cidadania, e tirou o “Socialista” do nome para receber os grupos de renovação política, como Agora, Livres e Acredite. Entre os 74 partidos em formação inscritos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 20 optaram por nomes com cara de movimento: Iguais, Raiz, Tribuna Popular, Animais, Força Brasil, Liga, Arena, UDN, Unidade Popular, entre outros.
O ex-deputado Roberto Freire, fundador e líder do Cidadania, observa que a ideia de partido como configurada hoje surgiu na revolução industrial, com o Partido Social Democrata Alemão. Para ele, este conceito está com os dias contados. “O mundo exige outra forma de organização. Os partidos vão deixar de existir”, disse. “A comunicação direta com o eleitor é uma nova realidade. Hoje é só pelas redes. Ninguém espera mais uma articulação partidária por células em sindicatos de base.” 
Outra sigla que mudou de nome foi o Partido Trabalhista Nacional (PTN), que se transformou em Podemos em maio de 2017. “Somos cidadãos do século 21, mas lidamos com instituições concebidas no século 18. O que mobiliza hoje a sociedade não é mais a ideologia de esquerda ou direita, mas as causas, que são muito dinâmicas”, disse a deputada federal Renata Abreu (SP), presidente da legenda.
Sistema
Para o professor de ciência política Leonardo Avritzer, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esta tendência indica que o sistema partidário brasileiro é pouco consolidado. “Não consigo imaginar o Partido Republicano dos Estados Unidos mudando de nome”, disse. 
Avritzer avalia que existe grande desconfiança em relação aos partidos. Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), em parceria com outras instituições, mostrou que, em 2018, oito em cada dez brasileiros (78%) afirmaram não ter “nenhuma confiança” nessas instituições. Uma das causas, segundo Avritzer, é a ausência de conexão com os anseios de parte da sociedade. 
“A mudança (de nome dos partidos) é para se viabilizarem como estruturas que possam ser mais atrativas. Mas, provavelmente o motivo da pouca confiança não é que as pessoas não gostam do nome, e sim de determinadas de práticas”, diz o cientista político. 
O pesquisador vê o Brasil inserido em um movimento mundial de forte insatisfação com o sistema político tradicional. “O eleitorado esteve disposto a votar no PSL e no Novo, partidos que praticamente inexistiam em eleições anteriores”, destacou. Nos casos dos partidos tradicionais, como MDB e PSDB, ele alerta que a mudança do nome significa, também, “abandonar muita coisa”. “O MDB seria a própria tradição da luta pela redemocratização, e o PSDB seria abrir mão de uma série de bandeiras históricas.”
Para o sociólogo Rodrigo Prando, professor do Mackenzie, a ideia de tirar o termo “partido” é uma tentativa de se mostrar mais conectado com a sociedade, numa tentativa de dar ares de modernidade a uma estrutura antiquada e pouco democrática. “Os partidos estão assentados em uma burocracia do século 20 e a sociedade hoje é outra, a democracia representativa está em crise no mundo todo. As eleições de Trump nos EUA e de Bolsonaro no Brasil deram uma chacoalhada no sistema.” Para ele, é fundamental que a militância participe da discussão da mudança do nome. “Não pode vir só da cúpula.”
Desde a derrota de Fernando Haddad para Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, o PT intensificou as discussões sobre como superar o antipetismo e o desgaste da imagem do partido. 
Houve até a proposta de mudança do nome - hipótese prontamente descartada. Hoje o PT debate internamente a criação de uma frente formada por partidos, movimentos sociais e “setores democráticos”, como forma de fazer oposição ao governo Bolsonaro. A justificativa para a estratégia da frente é a “ausência de um deslocamento da situação política à esquerda”. 
MDB quer ser 'movimento"
Depois de deixar o Palácio do Planalto, sofrer forte derrota nas eleições do ano passado e perder a presidência da Câmara e do Senado, o MDB tenta se reposicionar na cena política para sair do isolamento. Dirigentes do partido querem agora construir uma agenda econômica com novas bandeiras, limpar a imagem da legenda abalada por escândalos de corrupção e influenciar no debate do Congresso, para ser uma espécie de fiel da balança em votações importantes para o governo de Jair Bolsonaro.
A estratégia para sair da “segunda divisão” e ganhar protagonismo após a crise passa por um alinhamento entre as bancadas do Senado e da Câmara e mudanças no cartório.
Uma ala do MDB quer trocar o nome do partido, desta vez para “Movimento”. Por trás desse novo batismo está a ideia de que o MDB admite erros, mas não é estático e dá a volta por cima. No fim de 2017, o PMDB já havia removido o “P” da sigla, voltando a ser chamado de Movimento Democrático Brasileiro (MDB), como foi criado, em 1966, quando fazia oposição à ditadura militar.
Antes antagônicas e em disputa, as bancadas do partido na Câmara e no Senado procuram agora alinhavar táticas conjuntas para avançar algumas casas no jogo legislativo e acumular força. Um dos temas em discussão, por exemplo, é a reforma da Previdência e o outro, as mudanças tributárias.
“Temos um Everest para escalar”, disse o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM). “Os governos, estrategicamente, sempre tentaram nos dividir, mas agora começamos a ter uma relação mais próxima. Estamos construindo várias pautas de políticas públicas e queremos debatê-las com o povo e com o governo.” 
A meta é explorar temas que têm impacto na vida da população e jogar os holofotes sobre a marca MDB. As bancadas do partido querem, por exemplo, mexer na proposta do governo Bolsonaro sobre abono salarial e propor uma nova política de salário mínimo para vigorar a partir de 2020. Uma das ideias do partido é preparar uma proposta de transição para a implantação da mudança no abono, incluídas pelo governo na reforma da Previdência, e que prevê a redução de dois para um salário mínimo a renda de acesso ao benefício. 
Na avaliação do deputado Baleia Rossi (SP), líder do MDB na Câmara, o novo momento do País exige uma aliança entre todas as correntes do partido. “Não vejo sentido em ter dois MDBs diferentes”, afirmou. “Precisamos superar as dificuldades e essa união ajuda a projetar nosso crescimento porque o próximo desafio é a eleição municipal de 2019.” O plano do MDB é lançar candidatos próprios nas capitais e em cidades com mais de 200 mil eleitores.
Presidente do MDB paulista, Baleia Rossi disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, apresentada por ele, é um dos temas que podem juntar as duas bancadas no Legislativo, além das mudanças sugeridas para a aposentadoria rural e para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo. 
TSE
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que o MDB ainda é o maior partido do País, com 2,3 milhões de filiados, embora tenha enfrentado um terremoto nas eleições do ano passado. Hoje, a sigla tem três governadores (Alagoas, Distrito Federal e Pará), 1.030 prefeitos, comanda um ministério no governo Bolsonaro - o da Cidadania, com Osmar Terra, e 34 deputados federais - um pouco mais da metade do que tinha antes -, mas ainda é dona da maior bancada do Senado, com 13 parlamentares. 
Presidente do MDB, o ex-senador Romero Jucá (RR) não se reelegeu, assim como outros quadros históricos do partido no Senado, como Eunício Oliveira (CE), Edison Lobão (MA) e Garibaldi Alves (RN). Denunciado pela Lava Jato, Jucá atribuiu a derrota, na ocasião, ao que classificou como “linchamento” contra a classe política e à crise humanitária que atingiu Roraima, seu Estado, com intenso fluxo migratório de venezuelanos na região. Recentemente, Jucá conversou com Bolsonaro. “Mas não vamos entrar na base aliada”, avisou. “O MDB quer ser independente.” 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 30 de dezembro de 2018

O que ocorreu em 2017? Melhorou em 2018? - Paulo Roberto de Almeida

Ao final de 2017 eu fazia uma pequena avaliação de como tinha se desenvolvido aquele ano.
Será que mudou alguma coisa em 2018, ou tudo continuou igual?
A cada um de julgar...
Paulo Roberto de Almeida
São Paulo, 30 de dezembro de 2018

Minha brevíssima síntese de 2017

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de dezembro de 2017.
 [Objetivo: resumir o sentido de 2017; finalidade: expor o que falta fazer em 2018]


Apesar de termos caminhado, lentamente, penosamente, quase nos arrastando, para algumas reformas econômicas absolutamente necessárias, nossos dirigentes ainda teimam em praticar aquele velho nacionalismo estatizante esclerosado, aquele dirigismo anacrônico dispensável e aquele patrimonialismo secular que nos mantêm, todas essas deficiências, num estado de letargia indesejado, e mais do que atrasados materialmente, numa situação de retardamento mental insuportável.
No plano político, nossos “representantes” insistem em continuar abusando de sua capacidade de zombar de todos os cidadãos, não apenas insistindo em praticar extorsão contra a economia nacional à luz do dia, mas também em legalizar “malfeitos” passados passando uma borracha oficial nos desvios já cometidos, além de pretender financiar sua continuidade em mandatos arrancados por meio dessas falcatruas por meio de novas extorsões pornográficas, que levam o nome de Fundo Partidário e Financiamento Público de Campanhas (ou “fundo eleitoral”).
No plano do Judiciário, contemplamos alguns pequenos avanços nos processos e condenações de meliantes de colarinho branco, embora os verdadeiros e grandes bandidos — os que dispõem do ultrajante foro privilegiado — continuem leves, livres e soltos, graças à conivência insultante de mandarins da “Justiça” e de alguns tiranetes togados, que também insistem em manter privilégios inaceitáveis em face da cidadania desprotegida e tosquiada por um Estado produtor de desigualdades legalmente instituídas.
No setor da educação, continuo a observar o mesmo desastre pedagógico tradicional, agravado durante os muitos anos de vulgar gramscismo acadêmico estimulado pelo lulopetismo ignaro e delirante, a despeito de alguns poucos sinais de reforma nos métodos e procedimentos, estes até provocados pela tremenda crise fiscal deixada pela herança maldita do lulopetismo econômico, ainda assim insuficientes para superar os imensos retrocessos mentais acumulados ao longo de anos e anos de militantismo sindical próximo do corporativismo fascista.
No plano cultural, finalmente, continuamos a ser intimidados pelos progressos imbecilizantes do politicamente correto, ao mesmo tempo em que os militantes das causas afrodescendentes continuam a construir um infeliz e deletério Apartheid racial, que vai conseguir criar no Brasil algo que nunca existiu na cultura nacional (a despeito de sinais reais de preconceitos e desigualdades sociais possuindo clivagens raciais), que é a divisão fundamental da cidadania em duas categorias de indivíduos: os “negros”, e assimilados a tais, de um lado, e todos os demais cidadãos, de outro.
A despeito de tudo, meus votos de um bom 2018 a todos, com a esperança de que consigamos manter o prumo das reformas e melhorias necessárias e continuar a afastar e remover os fatores de atraso persistentes.


Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de dezembro de 2017.