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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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domingo, 11 de junho de 2023

Opinião pública russa apoia majoritariamente a guerra de agressão, "para salvar a Rússia", dizem até os que são contra a guerra e contra Putin

 Pesquisa de opinião na Rússia, refletida no boletim do CDS: 

"The very existence of my Motherland (Russia) is at stake. I don't want to see the collapse, the destruction of my country."

Meduza, a Russian media, conducted a poll that showed that even in its liberal audience, "there are people who continue to make excuses for the invasion, despite the fact that it's caused untold pain for millions of Ukrainians and has been destructive to Russia itself." 

"A war ends when one side wins. Russia's defeat will mean national humiliation, which we cannot allow. Therefore, we must win — we no longer have a choice," a 35 y.o. wrote. "The war was a mistake, but losing it is unacceptable," a 30 y.o. Russian living in Germany wrote. "I'm angry at both sides of the conflict. I'm angry at Russia because it started a stupid, bloodthirsty war leading to senseless killing daily. I'm angry at the countries that support Ukraine because they're not insisting on an immediate cessation of hostilities, on end to the senseless killing," a 38 y.o. wrote. "I don't support the war. But unfortunately, the very existence of my Motherland (Russia) is at stake. I don't want to see the collapse, the destruction of my country," a 38 y.o. wrote. "The only thing worse than a war is a lost war. Starting it was an insane mistake, but now we have to win it; otherwise, we'll be in the position of vae victis. I don't support Putin — damn him," a 35 y.o. wrote. " [I support the war] because, in my view, the "peace plan" presented by Zelensky and supported by the "collective West" is highly likely to do so much damage to Russia that we can't be sure it would survive," a 36 y.o. wrote. "As a resident of Russia, I believe that while sending troops into Ukraine was a mistake, withdrawing them would be a crime. I have no intention of paying reparations for the mistakes of others for the next 20 years," a 28 y.o. 

There's a growing understanding among the expert society of what kind of profound and long-lasting problem Russia and Russians pose to Europe and the globe. Furthermore, there are indications of an evolving understanding of the attitudes towards Russia and Russians in Ukraine and other Central and Eastern European countries. However, it will take a considerable time for this sober understanding to become widely accepted as the mainstream view. The genocidal war waged by Russia against Ukraine has compelled a thorough reassessment of the approaches to Russian studies, highlighting the urgent need for a profound revision.

Center for Defense Studies, Daily Brief, June, 11, 2023


terça-feira, 10 de março de 2015

Brasil, opiniao: seriam golpistas os brasileiros? 70pc repudiam o governo


Segundo uma pesquisa de opinião da Datafolha do mês de fevereiro, 44% dos consultados consideram o governo atual "ruim" e "péssimo", e 33% "regular". 
Entre os menos escolarizados, só 31% aprovam o governo. 
Nos mais pobres, só 27% a favor. No Nordeste, aprovação caiu de 51 para 34%. 
Esses são os golpistas...
Paulo Roberto de Almeida

Aprovação a governo Dilma Rousseff cai, e reprovação a petista dispara
OPINIÃO PÚBLICA - 09/02/201512H17
DE SÃO PAULO

No início do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) atingiu seu pior índice de aprovação desde que tomou posse, em janeiro de 2011. Atualmente, 23% dos brasileiros adultos avaliam a gestão da petista como ótima ou boa, enquanto 44% a consideram ruim ou péssima. Há ainda 33% que avaliam o governo Dilma como regular, e 1% não opinou. Na comparação com dezembro de 2014, houve queda expressiva na taxa de aprovação da presidente (à época, 42% consideravam seu governo ótimo ou bom), e alta na reprovação (24% de ruim ou péssimo, 20 pontos a menos do que atualmente). Na série histórica de avaliações do governo Dilma, seu pior índice de aprovação, até então, havia sido registrado no final de julho de 2013 (30%), e o seu melhor índice, em março do mesmo ano (65%).
A aprovação a Dilma caiu em todos os segmentos da população. Mesmo em estratos em que o apoio a petista se mantém acima da média, houve queda significativa. Entre os menos escolarizados, por exemplo, 31% aprovam seu governo atualmente, índice que era de 54% em dezembro do ano passado. Na parcela dos mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salário, a aprovação caiu de 50% para 27% no mesmo período. No Nordeste, foi de 53% para 29%, e no Norte, de 51% para 34%.
De forma geral, os segmentos em que Dilma enfrente seus piores níveis de aprovação hoje são: jovens de 16 a 24 anos (19%); brasileiros com ensino médio (19%) e curso superior (16%); brasileiros com renda mensal familiar de 5 a 10 salários (16%) e mais de 10 salários (17%); residentes no Sudeste (19%) e em cidades com mais de 500 mil habitantes (17%).
De 0 a 10, a nota média atribuída ao desempenho da presidente Dilma Rousseff nos seus quatro anos e um mês de governo é 4,8, o que também representa sua pior nota desde a posse, em 2011.
Para a maioria dos brasileiros, a presidente Dilma Rousseff mentiu durante a campanha à reeleição. Esse grupo inclui aqueles que acreditam que ela disse mais mentiras do que verdades durante a campanha (46%), os que avaliam que disse somente mentiras (14%). A parcela dos que acreditam que a petista disse somente verdades soma 8%, há 25% para quem houve mais verdades do que mentiras, e há 8% que não opinaram sobre o assunto.
A imagem da presidente diante dos brasileiros também piorou na comparação com levantamentos anteriores. Atualmente, 50% a consideram indecisa, 46%, decidida, e 3% não têm opinião a respeito. Em abril de 2012, um ano e três meses após assumir, na última pesquisa em que esses atributos foram avaliados, 82% a apontavam como decidida, e somente 15%, como indecisa. Dois em cada três brasileiros (66%) avaliam a presidente como muito inteligente, e 31%, como pouco inteligente (4% não opinaram). Em abril de 2012, a taxa dos que a apontavam como muito inteligente alcançava 84%, e somente 10% diziam que era pouco inteligente.
No mesmo período, a taxa dos que a avaliam como sincera caiu pela metade (de 73% para 35%), enquanto subiu de 13% para 54% a dos que a consideram falsa - 11% não opinaram na pesquisa atual, e 14% na realizada em 2012. Também foi consultada pela primeira vez a imagem sobre a honestidade da petista, e 47% a avaliaram como desonesta. A fatia dos que a apontaram como honesta soma 39%, e 14% não opinaram.
O desempenho de Dilma na área econômica, atualmente, é pior do que na área social: 20% avaliam a gestão econômica da petista ótima ou boa, 43% acham que é ruim ou péssima, e para 35%, é regular. Na área social, 32% avaliam seu desempenho como ótimo ou bom, 38%, como regular, e 27%, como ruim ou péssimo. Parcelas iguais, de 2%, não opinaram sobre esses temas.
Cresce percepção de corrupção como principal problema do país
A maioria dos brasileiros (59%) considera o país um lugar ótimo, mas esse índice representa uma queda de 18 pontos na comparação com dezembro do ano passado (77%). O índice atual de satisfação com a vida no país é o mais baixo na série histórica do Datafolha sobre o tema, só comparável aos registrados em março/abril de 2003 (61%) e junho de 2001 (60%). A série histórica da questão tem início em março de 2000. Atualmente, há 13% que avaliam o Brasil como ruim ou péssimo para viver (em dezembro do ano passado, 5%), e 28% que o consideram regular (ante 18% no levantamento anterior).
A taxa dos que indicam que tem mais orgulho do que vergonha de viver no Brasil (74%) também é a mais baixa desde março de 2000. Na comparação com dezembro de 2014, houve queda de dez pontos na parcela dos que sentem mais orgulho do que vergonha (era de 84%), e alta de 14% para 24% na fatia dos que sentem mais vergonha do que orgulho de ser brasileiro. Há ainda 2% que não responderam ou indicaram outras respostas.
Os principais problemas do Brasil, citados espontaneamente pelos brasileiros, estão ligados à saúde (26%) e corrupção (21%). Em seguida aparecem problemas relacionados à violência e segurança (14%), educação (9%), desemprego (6%), falta d'água (4%), inflação (4%), economia (2%) e fome/miséria (2%), entre outros menos citados de forma espontânea. Esse quadro aponta para mudanças significativas na percepção do brasileiro sobre os problemas do país quando comparado ao verificado em dezembro de 2014. Desde então, a taxa dos que indicam saúde caiu 17 pontos (era de 43%), a dos que citam corrupção cresceu 12 pontos (era de 9%), e a dos que mencionam a violência/segurança caiu 4 pontos (era de 18%). Cada entrevistado só pode dar uma resposta à pergunta.
Expectativa de alta na inflação atinge nível mais alto desde 1994
A queda nas taxas de aprovação do Governo Federal e satisfação com o país encontram respaldo nas expectativas pessimistas dos brasileiros com os indicadores econômicos do país. Sondagens sobre as expectativas em relação à inflação, desemprego e poder de compra dos salários, além da situação econômica do país e dos entrevistados, são realizadas pelo Insitutot Datafolha desde meados da década de 1990, e há resultados que nunca foram tão pessimistas quanto os registrados em fevereiro de 2015.
Esse é o caso, por exemplo, da inflação: atualmente, 81% dos brasileiros preveem que daqui para frente inflação irá aumentar, 5%, que irá diminuir, e 11%, que irá ficar como está, além de 3% sem opinião sobre o assunto. Em dezembro do ano passado, 54% esperavam por aumento da inflação. Até agora, a taxa mais alta de expectativa de alta na inflação havia sido registrada em setembro de 2001 (72%), em pesquisa realizada uma semana após os atentados terroristas aos Estados Unidos - à época, 51% dos brasileiros acreditavam que as consequências dos atentados para a economia brasileira seriam grandes, 29%, que seriam pequenas, e 11%, que não haveria consequências. As taxas mais baixas de pessimismo foram registradas em dezembro de 1994, julho de 2003 e outubro de 2003 (30%).
O aumento no desemprego é esperado por 62%, e os demais se dividem entre aqueles que acreditam que o desemprego irá diminuir (13%) ou ficar como está (22%). Há ainda 2% que não opinaram. Em dezembro de 2014, 39% avaliavam que o desemprego iria aumentar, 27%, que iria aumentar, e 29%, que ficaria como estava. Essa é a taxa mais alta de expectativa de alta no desemprego desde dezembro 2001 (66%). Na série histórica sobre o tema, que tem início em março de 1995, a mais alta expectativa de aumento de desemprego havia sido registrada em junho de 2001 (72%), em pesquisa que refletia o pessimismo dos brasileiros com a crise energética instalada no país.
Pela primeira vez, desde 1994, a maioria (57%) da população adulta do país acredita que o poder de compra dos salários irá diminuir nos próximos meses. A parcela dos que acreditam que irá aumentar fica em 17%, outros 22% avaliam que irá ficar como está, e 3% não opinaram. Em dezembro do ano passado, o tema dividia os brasileiros: 34% avaliavam que o poder de comprar iria diminuir, 31%, que iria aumentar, e 29%, que ficaria estável. A expectativa mais alta de diminuição de poder de compra registrada, até então, havia sido registrada em fevereiro de 1999 (48%).
Para 55%, a situação econômica do país irá piorar nos próximos meses, o dobro do registrado em dezembro do ano passado (28%). Esse é o índice mais alto de pessimismo em relação à economia brasileira desde que essa questão começou a ser abordada pelo Datafolha, em dezembro de 1997. O resultado só é comparável a setembro de 2001, quando 53% esperavam por piora na economia do país. A parcela dos que esperam que a economia melhore nos próximos meses é de 16%, e para 26% ficará estável. Há ainda 3% que não responderam.
A expectativa em relação à própria situação econômica é menos pessimista, mas o cenário também é de deterioração das expectativas na comparação com o final do ano passado. Para 33%, a situação econômica pessoal irá melhorar (em dezembro, 51%), 26% acreditam que irá piorar (em dezembro, 12%), e 38% avaliam que irá ficar como está (ante 35% em dezembro).
Esse pessimismo econômico traz impactos no consumo dos brasileiros, que cortaram despesas nos últimos meses e não pretendem aumentar seu consumo nos próximos meses. A maioria (56%) cortou algum tipo de despesa pessoal nos últimos meses, e quase metade da população (46%) pretende consumir menos nos próximos meses. Pretendem consumir mais 19%, e 33% pretendem manter o nível de consumo estável.
Para 52% dos brasileiros, Dilma sabia de corrupção na Petrobras e permitiu que ocorresse
Para os brasileiros, a Petrobras tem muita importância para o Brasil, mas parte significativa da população acredita que o futuro da empresa esteja em risco por causa dos casos de corrupção envolvendo seus negócios. Consultados sobre a importância da Petrobras para o país, tendo como parâmetro uma escala de 0 a 10 onde 0 significa nada importante e 10, muito importante, 45% atribuíram máxima importância, ou seja, nota 10. A fatia dos que atribuíram nota 9 é de 9%, e 16% indicaram nota 8. Somadas, as notas 8, 9 e 10 foram apontadas por 70% dos brasileiros, e notas igual ou abaixo de 5 somaram 15%, (uma fatia de 5% atribuiu nota 0, ou nenhuma importância).
Após serem consultados sobre a importância da Petrobras, os brasileiros foram questionados sobre os casos de corrupção envolvendo os negócios da empresa, seu quadro de funcionários e agentes políticos. As questões foram feitas nessa ordem para que a atribuição de importância não fosse influenciada pelas informações trazidas pelas questões referentes à corrupção na estatal.
A maioria dos brasileiros (86%) tomou conhecimento das prisões, no final do ano passado, de executivos de empreiteiras acusados de corrupção em negócios com a Petrobras, índice similar ao registrado em dezembro de 2014 (84%). Dos que tomaram conhecimento, 30% estão bem informados, 44%, mais ou menos informados, e 12%, mal informados.
Para 82%, a corrupção descoberta na Petrobras irá prejudicar a estatal em vários níveis. Os mais pessimistas (45%) acreditam que irá prejudicar a empresa por muito tempo e coloca seu futuro em risco. Para 23%, a corrupção descoberta na empresa irá prejudica-la por muito tempo, mas não coloca seu futuro em risco. Há ainda 15% que veem prejuízo para a Petrobras, mas por pouco tempo, sem colocar seu futuro em risco, e 8% que não veem prejuízo.
Apenas 14% dos brasileiros avaliam que a presidente Dilma Rousseff não sabia da corrupção na Petrobras, e para 25% ela sabia mas não poderia fazer nada para evita-la. A maior parte (52%), porém, acredita que a petista sabia da corrupção na Petrobras e deixou que ela ocorresse, e 8% não tem opinião sobre o assunto. Entre os que aprovam o governo Dilma, 17% acreditam que ela sabia da corrupção mas deixou que ocorresse, 31%, que sabia mas não poderia evita-la, e 37%, que não sabia.
65% apoiam adotar racionamento de energia imediatamente
A maioria dos brasileiros (94%) tomou conhecimento de que a falta de chuvas em algumas regiões do país tem feito baixar o volume de reservatórios de água usados para abastecer a população e gerar energia elétrica. A fatia dos bem informados sobre o assunto atinge 57%, e os demais estão ou mais ou menos informados (31%) ou mal informados (7%)
Um em cada três brasileiros (32%) acredita que o principal responsável pelo risco de faltar energia no Brasil seja o Governo Federal, e 18% avaliam que seja a população. Também foram apontadas as grandes empresas (10%) e os governos estaduais (8%), assim como todos eles (23%). Há ainda 2% que não consideram nenhum dos citados culpado, e 8% não opinaram sobre o assunto. Entre os mais jovens, ficam abaixo da média as indicações ao Governo Federal (27%), e acima da média (25%), a todos (governos, população e grandes empresas). Na parcela dos mais escolarizados, 42% dizem que o principal culpado é o Governo Federal, índice que cai para 27% entre os menos escolarizados.
Dois em cada três brasileiros (65%) acreditam que o governo deveria adotar imediatamente o racionamento para enfrentar o problema de falta de chuvas que prejudica o abastecimento de energia elétrica em algumas regiões do país. Para 27%, o governo deveria esperar mais alguns meses para observar se as chuvas a partir de agora irão encher os reservatórios, e 8% não opinaram. No Sul, o índice dos que apoiam um racionamento imediato fica abaixo da média (58%), assim como entre os menos escolarizados (56%). Entre os mais escolarizados, 77% avaliam que o governo deveria adotar o racionamento imediatamente.
A falta de energia atingiu na residência onde moram atingiu, no último mês, 39% dos brasileiros. Destes, 15% dizem ter ficado sem energia por 1 dia, 10%, por 2 dias, 6%, por 3 dias, e 8%, por quatro dias ou mais. Em média, os atingidos ficaram sem energia em 2,9 dias, considerando os 30 dias anteriores à pesquisa. A região menos atingida por falta de energia foi o Sul (30% relataram ter ficado sem energia em pelo menos 1 dia dentre os 30 dias anteriores), e as mais atingidas foram Centro Oeste (45%), Norte (45%) e Nordeste (43%). No Sudeste, 37% disseram ter faltado energia no período.
36% sofreram com falta de água no último mês
A maioria (95%) tomou conhecimento sobre a falta de água que está atingindo algumas regiões do país devido ao baixo volume de reservatórios de água usados para abastecer a população. Destes, 58% declaram estar bem informados sobre o assunto, e os demais estão ou mais ou menos informados (30%) ou mal informados (6%)
Há uma divisão na atribuição de responsabilidade pela falta de água em algumas regiões do país: para 24%, a população é o principal responsável, índice igual (24%) ao dos que indicam todos (governos federal e estaduais, grandes empresas e população) e no mesmo patamar dos que atribuem a responsabilidade principalmente ao Governo Federal (22%). Para 14%, o principal responsável são os governos estaduais, 6% acreditam que sejam as grandes empresas, e 3%, que não seja nenhum desses. Há ainda 6% que não opinaram sobre o assunto.
Na região Sudeste, a principal ameaçada pelo problema de abastecimento de água, 26% acreditam que todos sejam responsáveis pela falta de água, 22%, que seja a população, 21%, que seja o Governo Federal, e 19%, os governos estaduais. As grandes empresas foram apontadas por 5%, e uma fatia de 3% não atribui responsabilidade a nenhum deles.
A falta de água na residência onde moram atingiu, no último mês, 36% dos brasileiros. Destes, 18% ficaram sem água em casa por 5 dias ou mais, 7%, de 3 a 4 dias, e 6%, 2 dias ou menos. No Nordeste, 50% ficaram sem água na residência por pelo menos 1 dia nos 30 dias anteriores ao levantamento. No Sudeste, o índice fica em 37%, e cai para 29% no Centro-Oeste, 24%, no Norte, e 19%, no Sul.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Poder Nacional: uma pesquisa com consulta ao publico em geral: PARTICIPEM!

Um militar brasileiro, Alexandre Teixeira, estudioso e pesquisador das coisas nacionais -- todos os militares estão sempre preocupados com o estado da nação -- contatou-me para responder a um questionário de pesquisa que ele elaborou e pretende integrar a um trabalho que está preparando sobre os fatores de poder nacional (que neste caso quer mesmo dizer poder de um Estado, em geral (mas você pode pensar no Brasil, obviamente).
Já respondi, embora eu seja um cético com relação a esse tipo de pesquisa. A despeito de ser sociólogo, e de já ter estudado um pouco de sociografia (ou seja, técnicas de pesquisa sobre um assunto qualquer, com metodologia adequada ao tema, contexto, amostragem e processamento dos dados pós-pesquisa e análise dos resultados), não me deixo convencer muito com pesquisas de opinião, muito suscetíveis de expressar o humor ocasional, o engajamento político, e até mesmo o pensamento bem pensado dos respondentes.
Mas talvez seja isso mesmo que o Alexandre esteja pesquisando: quais os fatores que consideramos relevantes para o poder de um Estado (estou obviamente "distorcendo" o pensamento dos militares, que quando pensam em poder nacional, pensam justamente em todos os fatores que o conformam, mas como soldados e diplomatas são seres disciplinados, para eles, poder nacional é poder de Estado, e assim eu interpreto o sentido da pesquisa).
Eu já tenho uma certa desconfiança dessa tendência maquiavélica de colocar o Estado na frente dos indivíduos, mas isso é coisa de militares (e de diplomatas, ao que parece).
Em todo caso, considero meritório o seu esforço, e já tendo respondido ao questionário, convido os colegas, amigos, curiosos, interessados, simples navegantes ou passantes neste espaço a também colaborar com a pesquisa. Quanto maior o número de respondentes, mais representativa ela será desta faixa de cidadãos -- nós mesmos -- que não temos nenhum poder de Estado, mas que somos conscientes sobre como consertar certas coisas. Pois as nossas preferências ficarão expressas em nossas respostas, e talvez algum dia tenhamos um questionário sobre a construção do capital humano em nosso país.
Habilitem-se...
Paulo Roberto de Almeida 

Alexandre Teixeira  
Militar na Exército Brasileiro

Prezados,
A todos que têm atendido a solicitação de apoio, minha total gratidão.
Àqueles que ainda não o fizeram pelos mais diversos motivos, deixamos, mais uma vez o convite, reforçando que sua participação é essencial para o sucesso da pesquisa, seja para se atingir o número mínimo de respostas, seja para diversificar ao máximo a amostra.
Reforço o pedido de repassar o(s) links aos contatos de vocês, dentro do possível, ampliando ainda mais o alcance da pesquisa.
Obrigado, mais uma vez, pela paciência, compreensão e colaboração.
Att,
Alexandre Teixeira - Maj Exército Brasileiro




FATORES COMPONENTES DO PODER DO ESTADO
O presente questionário visa ao estudo do grau de importância dos fatores (e subfatores) componentes do Poder do Estado, tendo por base um modelo teórico que compreende os seguintes fatores: ECONÔMICO, POLÍTICO, MILITAR, SOCIAL, CULTURAL, TERRITORIAL, C&T, POPULACIONAL, VONTADE E AMBIENTAL. Assim, com a finalidade de hierarquizar os principais fatores descritos (e seus subfatores), solicita-se responder o questionário a seguir, quantificando a importância de cada um dos itens, conforme a escala apresentada.
Agradecemos, desde já, por sua paciência e colaboração.

Seguem os links novamente e atualizados:

Para civis brasileiros:

LINK: http://goo.gl/forms/GkHP4usgu0
_____________________________________________________

Para militares brasileiros:
LINK: http://goo.gl/forms/GCb1GCvO5s
_____________________________________________________

Para estrangeiros (civis e militares) :
El formulario podrá contestarlo on-line en el link:
http://goo.gl/forms/IvhQlo2VS2

FACTORES COMPONENTES DEL PODER NACIONAL
El presente cuestionario es parte de una investigación que tiene por finalidad determinar el grado de importancia de los factores componentes del Poder Nacional ( y sus subfactores), según la percepción de la defensa sudamericana, teniendo como base un modelo teórico que comprende los siguientes factores: Político, Económico, Población, Militar, Social, Cultural,Territorial, Ciencia y Tecnología (C&T), Voluntad y Ambiental.Por lo tanto, con el propósito de jerarquizar los factores descritos (y sus subfactores), se ruega rellenar el cuestionario que se presenta a continuación, cuantificando la importancia de cada uno de ellos, según la escala presentada.
Una vez que se haya comenzado el cuestionario, debe hacerlo hasta el final. El tiempo medio para su completación es de 15 minutos.
Le agradecemos de antemano su paciencia, interés y cooperación.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: pesquisa de intencao de voto aponta Marina no segundo turno

Dilma tem 37%, Marina, 33%, e Aécio, 15%, aponta pesquisa Ibope
O Globo, 3/09/2014

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (3) aponta Dilma Rousseff (PT) com 37% das intenções de voto e Marina Silva (PSB) com 33% na corrida para a Presidência da República. O candidato Aécio Neves (PSDB) tem 15% e Pastor Everaldo (PSC), 1%. Os outros sete candidatos somados acumulam 2%.

O levantamento indica que, em um eventual segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a ex-senadora aparece com 46% e a atual presidente, que tenta a reeleição, com 39%.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 26 de agosto, Dilma tinha 34%, Marina, 29%, e Aécio, 19%. Entre uma pesquisa e outra, a taxa de indecisos passou de 8% para 5%, e a de quem pretende votar em branco ou nulo se manteve em 7%.

Confira abaixo os números na modalidade estimulada da pesquisa (em que o pesquisador apresenta ao entrevistado um cartão com os nomes de todos os candidatos):
- Dilma Rousseff (PT): 37%
- Marina Silva (PSB): 33%
- Aécio Neves (PSDB): 15%
- Pastor Everaldo (PSC): 1%
- José Maria (PSTU): 0%*
- Luciana Genro (PSOL): 0%*
- Eduardo Jorge (PV): 0%*
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%*
- Eymael (PSDC): 0%*
- Levy Fidelix (PRTB): 0%*
- Mauro Iasi (PCB): 0%*
- Branco/nulo: 7%
- Não sabe/não respondeu: 5%

* Cada um dos sete indicados com 0% não atingiu 1% das intenções de voto; somados, eles têm 2%

O Ibope ouviu 2.506 eleitores em 175 municípios entre 31 de agosto e 2 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00514/2014.

 
Notícias, pesquisas e apuração de votos
Espontânea
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte:

- Dilma Rousseff (PT): 31%
- Marina Silva (PSB): 25%
- Aécio Neves (PSDB): 11%
- Outros: 1%
- Branco/nulo: 9%
- Não sabe/não respondeu: 23%

Segundo turno
O Ibope simulou os seguintes cenários de segundo turno:

- Marina Silva: 46%
- Dilma Rousseff: 39%
- Branco/nulo: 8%
- Não sabe/não respondeu: 6%

- Dilma Rousseff: 47%
- Aécio Neves: 34%
- Branco/nulo: 11%
- Não sabe/não respondeu: 8%

O Ibope não simulou segundo turno entre Marina Silva e Aécio Neves.

Rejeição
Dentre os 11 candidatos a presidente, Dilma Rousseff tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Nesse quesito, o entrevistado pode indicar mais de um candidato. Veja os números:

- Dilma Roussef: 31%
- Aécio Neves: 18%
- Pastor Everaldo: 18%
- Levy Fidelix: 12%
- Marina Silva: 12%
- Eymael: 11%
- Zé Maria: 11%
- Luciana Genro: 10%
- Mauro Iasi: 10%
- Rui Costa: 9%
- Eduardo Jorge: 7%

Avaliação do governo
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 36% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado no dia 26 de agosto, o índice era de 34%. O percentual de aprovação reúne os entrevistados que avaliaram o governo como "bom" ou "ótimo".

A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideram o governo "ruim" ou "péssimo", é de 26% (27% no levantamento anterior). Consideram o governo "regular" 37% (na pesquisa anterior, 36%).

O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
- Ótimo/bom: 36%
- Regular: 37%
- Ruim/péssimo: 26%
- Não sabe/não respondeu: 1%

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Ibope - 3 de setembro (Foto: Arte/G1)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: pesquisa aponta Marina como vencedora absoluta

Ibope: Marina abre 10 pontos sobre Aécio e esmagaria Dilma no 2º turno
Pesquisa com intenções de voto no 1º turno mostra Dilma (PT) com 34%, Marina (PSB) com 29% e Aécio (PSDB) com 19%
O Globo, 26/08/2014

SÃO PAULO - Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostra a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, em segundo lugar com dez pontos de vantagem sobre o tucano Aécio Neves, que está em terceiro. A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera com 34% das intenções de voto. Treze dias depois da morte de Eduardo Campos, a sua sucessora tem 29%. Aécio soma 19% .


Pastor Everaldo (PSC) e Luciana Genro (PSOL) têm 1% cada. Os demais candidatos somados contabilizam 1%. Brancos e nulos são 7%. Outros 8% declararam estar indecisos.
Na simulação de segundo turno, Marina venceria Dilma por 45% a 36%. Na disputa com o tucano, a petista sairia vitoriosa por 41% a 35%.

A pesquisa, contratada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e pela TV Globo, foi realizada entre os dias 23 e 26 deste mês e ouviu 2.506 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o número BR-00428/2014.

Apesar de não ser possível fazer uma comparação direta, o cruzamento das intenções de voto com a última pesquisa realizada pelo Ibope, entre os dias 3 e 6 de agosto, ainda com Campos na disputa, permite concluir que Marina, além de absorver todos os simpatizantes do seu antecessor, ainda tirou votos de todos os demais principais adversários.

Dilma e Aécio perderam quatro pontos em relação. Os candidatos nanicos têm três pontos a manos. Com a ambientalista na disputa, o total de eleitores que votaria em branco ou nulo cai seis pontos. Já o total de indecisos é três pontos menor.

O levantamento divulgado nesta terça-feira ainda mostra que Marina tem a menor rejeição entre os principais candidatos: apenas 10%. Dilma tem 36%, enquanto 18% dos eleitores declaram não votar em Aécio de jeito nenhum.

Na pesquisa espontânea, em que o eleitor não tem acesso à relação de candidatos, Dilma lidera, com 27%. A candidata do PSB tem 18% e o tucano, 12%.

No dia 18, o Datafolha divulgou a primeira pesquisa com Marina no lugar de Campos. O levantamento mostrava Dilma com 36% das intenções de voto, Marina, com 21% e Aécio, com 20%. Na simulação de segundo turno, Marina aparecia numericamente à frente da petista, com vantagem de 47% a 43%.

domingo, 15 de junho de 2014

Eleicoes 2014: pesquisa aponta nova queda da presidente candidata

Até onde a atual incumbente será candidata não se sabe, mas a continuarem as quedas progressivas e aparentemente definitivas (pois que correspondendo a rejeição, mais do que a uma atitude racional) ela pode perder para ela mesma antes de começar a campanha.
Será que, nessas circunstâncias, não voltaria o Guia Genial dos Povos?
Não acredito.
Mas teremos tempos duros pela frente, tanto na campanha, quanto no período de transição, e principalmente a partir de 2015.
Paulo Roberto de Almeida 

Pesquisa Sensus aponta nova queda de Dilma

Por Valor
SÃO PAULO  -  (Atualizada às 11h40m)
Pesquisa realizada pelo instituto Sensus e divulgada pela revista Isto É neste sábado mostra nova variação para baixo nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à reeleição.
Nas respostas estimuladas com todos os 11 candidatos, a petista registrou 32,2% das intenções de voto, ante 34% em abril, uma queda de 1,8 ponto percentual. Já o principal adversário, o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves - que deve ser oficializado neste sábado na convenção partido - tem 21,5%, tendo subido 1,6 ponto percentual em relação ao levantamento anterior. A margem de erro da pesquisa é de 1,4 ponto percentual. 
Eduardo Campos, pré-candidato do PSB, aparece com 7,5% das intenções de voto, tendo oscilado para baixo menos de um ponto percentual, ou seja, dentro da margem de erro da pesquisa.
O grupo dos que não responderam, disseram que não votarão em nenhum dos nomes, vão votar em branco ou vão anular caiu para 28,8% ante 33,9% da pesquisa anterior.
Segundo turno
Em eventual segundo turno, Dilma venceria Aécio por 37,8% a 32,7%, uma margem mais apertada do que os 38,6% a 31,9% de abril, mas dentro da margem de erro do levantamento.
Se fosse contra Campos, a vitória da petista seria de 37,5% contra 26,9%.
O Sensus ouviu 5 mil pessoas em 191 municípios, entre 26 de maio e 4 de junho.


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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Populacao quer quadrilheiros na cadeia: poderia ser de outro modo?

O clamor das ruasColuna de Lauro Jardim, Veja.com, 11/09/2013

STF: o mensalão na fase final
Os ministros do Supremo podem até jurar que não se pautam pelo clamor da opinião pública, mas o fato é que as ruas continuam mandando sinais claros sobre o julgamento dos mensaleiros.
Pesquisas que circularam nos gabinetes de Brasília na semana passada revelam o mais recente prognóstico sobre o humor dos brasileiros em relação ao julgamento.
Realizada pelo Ipsos Public Affairs, a pesquisa mostra que apenas 2% dos entrevistados não estão acompanhando o que se passa no plenário da corte.
Ainda que superficialmente, uma maioria esmagadora segue atenta ao desfecho do caso em Brasília – dos que informaram acompanhar o assunto, 23% acompanham “muito”, 64% “um pouco” e 11%, “quase nada”.
Perguntados sobre até que ponto apoiam as decisões do STF, 78% afirmam apoiar “muito” ou “em parte” as condenações impostas pelos magistrados aos réus, contra apenas 9% que se revelam em desacordo com o decidido — 13% estão indecisos.
O levantamento do Ipsos foi realizado nas cinco regiões do país, com brasileiros das classes A, B e C.
Por Lauro Jardim

sábado, 29 de junho de 2013

Popolo mobile: pesquisa de opiniao politica: to the brink, inesperadamente

Brazil Focus – David Fleischer
Special Report-29-06-13 

New Datafolha Poll – Dilma down 27 points

Datafolha conducted a new poll on 27-28 June - two weeks after the massive street demonstrations began that reached over 100 cities in Brazil, complaining that “we don’t feel represented by the political class” – meaning the three powers of the federal government as well as the state and municipal governments.

This poll interviewed 4,717 voters in 196 municípios with a two-point margin of error.  The previous poll was conducted on 6-7 June – where the approval rating of Pres. Dilma declined by eight points (65%57%).  The Folha de São Paulo published this poll on Saturday, 29th June and the results should have a very heavy impact on the strategies of the Dilma government as of 1stJuly.

In this latest poll, her approval rating fell by yet another 27 points to just 30%, while the “Bad/Terrible” rating jumped up 9%25%.  This is the most dramatic change ever detected byDatafolha in such a short (three-week) period – since March 1990, when Pres. Collor imposed his economic plan that confiscated Brazilians’ savings (71%36%)!!!

In December 2005, after the explosion of the mensalãoscandal, Lula’s approval rating dropped to 30%.  The worst approval rating for Pres. Cardoso was 13% in September 1999.  

On the other hand, 68% of those interviewed favored the convocation of a national plebiscite.

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Comments by Tim Power: 

DataFolha: the way they present the numbers is never easy to digest. It's best to subtract ruim/péssimo from ótimo/bom (and leave out the regulares) to get the net approval (positives minus negatives). It would look like this overall:

in March: net +55 points of popularity
on June 6-7: net +46
and now June 27-28: net +5 (the largest recorded drop since Plano Collor)

Doing the same by region with the newest numbers:

Southeast:  +4
South:  -1
Northeast:  +24
North/Center-West: +4 (always distorted by DF)
Overall:  +5

And then the same with MW income brackets:

less than 2 MW: +12
from 2-5 MW: +3
from 5-10 MW: -6
over 10 MW: -12
Overall: +5

These numbers are very interesting: they are like peeling an onion. When things go wrong and you strip away the "soft" support for a popular president, you see the "hard core" of the loyal base. The hard core for Dilma looks an awful lot like the hard core for Lula.

Lula underwent his only popularity meltdown in 2005 because of the mensalão. Here is his "bad year" from May 2005 to the point at which he recovers previous levels of net popularity in mid-2006 (the scandal broke on June 6, 2005):

LULA NET POPULARITY
May-05    21.00
Jun-05    21.00
Jul-05    20.30
Aug-05    16.05
Sep-05    11.80
Oct-05    7.05
Nov-05    2.30
Dec-05    6.90
Jan-06    11.50
Feb-06    16.10
Mar-06    14.80
Apr-06    13.50
May-06    16.23
Jun-06    18.97

So it took Lula about 5 months of twisting in the wind with the mensalão scandal to get to his lowest point, which was +2. Dilma is more or less there already, and it took her 3 weeks, not 5 months. So the Dilma collapse is much more spectacular than Lula's: it's like the difference between running out of gas versus running into a telephone pole.

A few quick thoughts:

1. In terms of distance from the onset of crisis (June 2005 and June 2013) to the next presidential election, the electoral calendar is identical: each president had/has a time horizon of 15 months before facing reelection.

2. It took Lula about 7 months to recover the popularity he enjoyed before the onset of mensalão: a long time, but still with time to spare before the campaign heated up.

3. BUT: Lula needed 7 months at the very height of the commodity boom. The economy was then growing at around 4% with inflation also around 4%: rising expectations. Dilma will probably have equivalent numbers of 2% and 7% over the next year: not as easy to claw her way back in the current economic scenario.

4. On the positive side for Dilma, the numbers for the poor and for the Northeast show a very similar firewall for both presidents. Lula had an obvious base onto which he could retreat and then rebuild from there; that's what he did in 2006. He got beat up badly in the South but it didn't matter much in the end. The numbers show pretty much a similar scenario for Dilma. She remains in a comfortable position among the poor and very secure indeed (+24 points) in the Northeast.

5. If these trends hold for a while, they might (a) make it difficult for a challenger to emerge from the Northeast (like Eduardo Campos), and (b) encourage a future opposition candidate, predictably, to start building off the "old" middle class and the South/Southeast. That's a losing strategy, as Geraldo Alckmin showed us in 2006.

6. But: you can't beat somebody with nobody. So far the wave of protests has not advantaged any single party or candidate in a meaningful way, and that is good news for Dilma. There is still a path to reelection by default.

7. Never underestimate the capacity of the Brazilian political system to absorb dissent!

Warning: in the current scenario, these comments have a short shelf life. I am only certain about the last one :-)


Tim
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Calor do asfalto ‘derrete’ Dilma e reabre 2014
Josias de Souza
29/06/2013 08:28

Digamos que há três semanas Dilma Rousseff tinha fama de gerentona, 57% de popularidade, uma coligação gigantesca, uma reeleição garantida e um padrinho chamado Lula. A situação dela agora é a seguinte: precisa verificar, urgentemente, o que Lula vai fazer quando voltar de sua viagem à África. Ele pode ser a única coisa que lhe resta.
O Datafolha informa que a popularidade de Dilma desabou 27 pontos percentuais em três semanas –de uma altura de 57%, despencou para 30%. E pensar que em março ela colecionava 65%! O último presidente a viver a experiência de um mergulho tão radical foi Fernando Collor. Entre março e junho de 1990, a popularidade dele ruiu 35 pontos –de 71% para 36%.
No caso de Collor, a explicação estava na cara: o confisco da poupança. No caso de Dilma, não há explicações peremptórias. Há no máximo duas probabilidades: o asfalto e a inflação. Se as ruas ensinaram alguma coisa na última quinzena foi que a irritação e a cobrança já não admitem ficar trancadas no Facebook.
Quanto à economia, relatório divulgado nesta semana pelo BC rebaixou a previsão do PIB anual e e elevou a da inflação. E o eleitor, agora tomado de rigores insuspeitados até bem pouco, grita nas esquinas. De acordo com o Datafolha, caiu de 49% para 27% a avaliação positiva da gestão econômica de Dilma.
Assim, a não ser que ocorra o milagre da combinação de um PIBão com uma carestia mixuruca, a vida de Dilma dificilmente voltará a ser como antes. Hoje, se dependesse da vontade da maioria do PT, o candidato do partido à Presidência da República se chamaria Lula.
Antes do tsunami de protestos, a especulação sobre uma eventual derrota de Dilma em 2014 era um desafio à lógica. Era algo equivalente a uma previsão de que o Brasil, jogando no Maracanã, perderia para a seleção do Taiti um jogo em que o juiz seria o Felipão.
O despertar das ruas –na verdade um bocejo de gigante que levou a felicidade do petismo junto com o ar— teve um quê de punição antecipada. Mostrou a Dilma e Lula que a arrogância não é boa conselheira. E informou ao PT que o meio-fio não tem dono.
A elevação da temperatura das ruas produziu em Dilma uma espécie de meltdown –termo incorporado pelo economês na década de 90 para simbolizar a situação de uma economia que desanda e começa a derreter. Mal comparando, pode-se dizer que Dilma está derretendo. O que faz de 2014 uma janela de oportunidades.

- Atualização feita às 17h06 deste sábado (29): medido em intenções de voto, o tombo de Dilma Rousseff mede 21 pontos percentuais, informa o Datafolha. Em três semanas, a ex-favorita despencou de 51% para 30%. Principal beneficiária da erosão, Marina Silva ganhou sete pontos. Foi de 16% para 23%. Aécio Neves beliscou três pontos. De 14%, foi a 17%. Eduardo Campos oscilou um ponto. Tinha 6% e foi a 7%. Se a eleição fosse hoje, haveria um segundo turno, disputado entre Dilma e Marina. Mas a disputa só ocorrerá daqui a um ano e meio. E as ruas informaram que, no Brasil, hoje parece anteontem. Quer dizer: pode acontecer tudo. Ou o contrário.