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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Relacoes Internacionais: 5 pontos para vc ficar atento - Podcast Paulo Roberto de Almeida

Relações Internacionais: 5 pontos para você ficar atento

Temas como comércio exterior e Mercosul não podem ficar fora do debate em 2018

Por Instituto Millenium
access_time 23 fev 2018, 09h48 
Com as eleições se aproximando, temas importantes precisam ocupar o debate público, e a política externa brasileira não pode ficar de fora do contexto. Questões ligadas às negociações da União Europeia com o Mercosul e a gestão do BRICS, por exemplo, precisam fazer parte da abordagem político-eleitoral em 2018, bem como a necessidade de debatermos, como sociedade, mais abertura e menos protecionismo no comércio exterior.
A fim de esclarecer o assunto, o Instituto Millenium convidou o especialista, diplomata e mestre em planejamento econômico, Paulo Roberto de Almeida, para listar cinco pontos essenciais das relações internacionais brasileiras que precisam estar no centro do debate nessas eleições. Ouça o podcast completo abaixo!
1 – Protecionismo: um obstáculo para a abertura econômica brasileira
Entre todos os integrantes do Grupo dos 20 (G-20), o Brasil é o país menos aberto ao comércio internacional. Enquanto a média mundial equivale a mais de 40% do PIB em transações externas, o Brasil alcança apenas 20%. A carga fiscal brasileira atinge a média de 35% de tributos, o equivalente a um país desenvolvido, enquanto a renda per capita é seis vezes menor que algumas destas nações. Para Almeida, um dos maiores objetivos para o governo brasileiro é justamente a abertura econômica e a liberalização comercial.
“Precisamos corrigir esses problemas que impedem o Brasil de participar do fenômeno mais conspícuo que existe na atualidade, as chamadas cadeias globais de valor. O Brasil não participa dessas cadeias devido ao protecionismo e isso é muito negativo”, avalia o entrevistado. As cadeias globais auxiliam nas atividades produtivas de cada país e otimizam os investimentos de acordo com o podem oferecer: mão-de-obra, engenharia ou energia mais baratas, por exemplo.
2 – A volta do Mercosul como um tratado de integração comercial
Há alguns anos, o Mercosul perdeu seu intuito principal de criar um mercado de livre comércio entre países membros e se tornou uma organização fechada. Almeida diz que os Estados associados passaram a fazer suas compras e negociações com seus “vizinhos de comércio”, ou seja, deixaram de comprar de países terceiros devido às altas taxas e passaram a obter de seus vizinhos, reduzindo o custo tarifário. “A tarifa não é uma agressão contra o produto estrangeiro, é uma agressão contra o consumidor nacional. O diferencial no preço das tarifas é que faz com que sejamos pouco competitivos internacionalmente. Isso chama-se desvio de comércio e não criação de comércio”, explica. Caso o Mercosul não retorne à sua proposta original, talvez o Brasil deva retomar sua liberdade comercial, conclui o especialista.
3 – Atuação do BRICS como propulsor de investimentos financeiros
O BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) surgiu com a intenção de proporcionar oportunidades de investimentos econômicos em países emergentes. Não existe, no entanto, acordo de liberalização comercial entre os membros. O grupo criou ainda o New Development Bank (NDB), um banco de desenvolvimento a fim de concorrer entre os demais, como o Banco Mundial. Para o especialista, contanto que o BRICS trabalhe em caráter técnico, estará no caminho certo para o avanço do grupo como um todo, contudo, caso atenda critérios políticos das grandes empresas em detrimento dos fundamentos específicos de financiamento, será ruim para o futuro do grupo.
4 – Relações bilaterais e cooperação internacional
Apesar de ser um assunto relevante e corrente nas orientações de políticas externas, o especialista acredita que talvez não seja abordado nas eleições de 2018. Ele explica que no governo do ex-presidente Lula, os parceiros estratégicos foram escolhidos de acordo com a preferência do sistema político, situados no “sul global”, e essa foi uma medida tola; a política externa de um país deve envolver as relações bilaterais, isto é, buscar em comunidades internacionais oportunidades econômicas e estruturais para ambos, ultrapassando as barreiras geográficas, explica Almeida.
5- Adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Em junho de 2017, o Brasil solicitou adesão à OCDE após um longo período afastado. Para o diplomata, esta foi uma decisão inteligente uma vez que o país vem enfrentando diversas crises. A OCDE é uma espécie de “clube de boas práticas”, como atribui o especialista, onde são discutidas políticas econômicas e selecionadas as mais eficientes para os países associados, a fim de aperfeiçoá-los. Ele assegura ainda que, assim como o Brics, esta organização não deve ser vista como um objetivo exclusivo e sim, uma oportunidade de mercado, abrindo a economia brasileira para o campo internacional. “Independentemente da crise fiscal que temos hoje, a palavra de ordem para o Brasil nesse momento é: integração à economia mundial”, destaca.

https://exame.abril.com.br/blog/instituto-millenium/relacoes-internacionais-5-pontos-para-voce-ficar-atento/ 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Podcast do Instituto Mises - entrevista com Paulo Roberto de Almeida

134º Podcast Mises Brasil - Paulo Roberto de Almeida






logo_baixa.jpgPODCAST 134 - PAULO ROBERTO DE ALMEIDA

Desde 2003 a diplomacia brasileira, antes conhecida pela sua postura sóbria e atuação silenciosa, passou a figurar no noticiário e a ser pauta de conversas, mas não pelo lado positivo, mas pelo estardalhaço que passou a provocar. O governo do PT passou usar a política externa do país como instrumento de atuação ideológica do partido, principalmente na América Latina, sob orientação do então assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Sob a presidência Dilma, em julho, o Itamaraty divulgou nota em que condenava o uso desproporcional da força pelo governo Israel contra os terroristas do Hamas e recebeu de volta uma simpática declaração do porta-voz da chancelaria isralense, Yigal Palmor, de que o comportamento do governo brasileiro mostrava “a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante”.

O que aconteceu no âmbito da política externa brasileira? O Itamaraty mudou? Estas e outras questões são abordadas no ótimo livro Nunca Antes na Diplomacia - A Política Externa Brasileira em Tempos Não Convencionais, do diplomata Paulo Roberto de Almeida. Em entrevista ao Podcast do IMB, Paulo falou sobre os temas principais do seu livro e se em algum momento histórico a diplomacia brasileira agiu num sentido mais liberal.

O diplomata também contou como deixou de ser marxista, que se exilou durante a ditadura, para se tornar um liberal e explicou como as ideias liberais poderiam ajudar a diplomacia brasileira. Paulo também analisou a influência negativa do lulo-petismo nas relações internacionais do Brasil e de que forma essa orientação política poderá modificar a forma de agir e de pensar da diplomacia brasileira.

***

Todos os Podcasts podem ser baixados e ouvidos pelo site, pela iTunes Store e pelo YouTube.

E se você gostou deste e/ou dos podcasts anteriores, visite o nosso espaço na  iTunes Store, faça a avaliação e deixe um comentário.

Neste link: http://www.mises.org.br/FileUp.aspx?id=334

Eu preparei um texto antecipando essa entrevista, mas que é, obviamente, diferente do que foi falado.
Neste registro:
Texto dividido em seis partes para divulgação no blog Diplomatizzando, em 23/08/2014, segundo o esquema a seguir: 1) Diplomacia e política externa: quão diferentes? (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista.html); 2) Nunca Antes na Diplomacia: ideias boas e menos boas (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_23.html); 3) A diplomacia profissional e a engajada (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_93.html); 4) Existiria uma diplomacia liberal e outra menos liberal? (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_5.html; 5) Os estragos da diplomacia amadora sobre a política externa (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_95.html); 6) Ruptura de padrões e deterioração institucional na era do Nunca Antes (http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-entrevista_97.html). Consolidado em postagem sintética (23/08/2014: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/nunca-antes-na-diplomacia-alguns.html).

sábado, 10 de maio de 2014

Instituto Liberal do Centro-Oeste: criacao e seminario sobre a vinda de Hayek ao Brasil, 12 e 13 de maio de 2014

Transcrevo da página do Instituto Mises Brasil, esta notícia, e convido a ouvir o podcast com o primeiro presidente do Instituto Liberal do Centro-Oeste, com o qual colaborarei na medida de minhas possibilidades, uma vez que acredito nas suas causas, muito diferentes das que estão sendo patrocinadas atualmente no Brasil.
O evento programado será filmado e depois disseminado pela internet, o que registrarei aqui.
Paulo Roberto de Almeida

INSTITUTO LIBERAL DO CENTRO-OESTE
PODCAST 123 – FÁBIO GOMES FILHO


Na segunda e terça-feira da próxima semana (dias 12 e 13 de maio), o Grupo de Estudos Lobos da Capital vai realizar um simpósio para celebrar os 33 anos da visita e palestra de F. A. Hayek na Universidade de Brasília (UnB), em maio de 1981. Estão programadas palestras do embaixador Carlos Henrique Cardim, um dos idealizadores da ida do economista Austríaco, de Helio Beltrão (presidente do Instituto Mises Brasil), e de Rodrigo Saraiva Marinho (presidente do Instituto Liberal do Nordeste).

E o evento também será marcante por outra razão: será anunciada a fundação e início dos trabalhos do Instituto Liberal do Centro-Oeste (IL-CO). Para falar sobre o seminário e sobre a nova instituição, o Podcast do IMB entrevistou Fábio Gomes Filho, membro do Grupo Lobos da Capital e que será o primeiro presidente do IL-CO. Engenheiro elétrico de formação, Fábio falou sobre o seminário, acerca das atividades do Lobos da Capital e sobre o trabalho que será desenvolvido pelo IL-CO junto com os outros grupos liberais/libertários da região.





A propósito do simpósio sobre a vinda de Hayek ao Brasil, transcrevo um texto de Roberto Ellery no Liberzone: 


ECONOMIZANDO
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5 Razões para um Economista Neoclássico apreciar Hayek


Fui surpreendido com o convite da página para escrever a respeito de Hayek por ocasião de seu aniversário. Conhecendo o Liberzone e apreciador do trabalho deles não tive como recusar, porém aceitar não foi uma decisão simples. Existem excelentes economistas brasileiros que seguem a Escola Austríaca e poderiam falar de Hayek com bem mais propriedade do que eu, afinal sou um economista neoclássico. Desconfiado, é verdade, mas definitivamente neoclássico. Sou desconfiado por duas razões: desconfio dos modelos que uso e desconfio das intenções de quem diz que vai aplicar os modelos para trazer mais bem-estar à sociedade. Talvez por ser desconfiado eu tenha recebido a confiança do Liberzone.
Como sempre ocorre de ser, o convite ainda era mais complicado do que parecia. Não bastava escrever sobre Hayek, o pedido incluía listar razões que fizeram de Hayek um símbolo do liberalismo. É complicado, vejo o liberalismo como uma doutrina essencialmente individualista, no sentido que é uma doutrina que supõe cada indivíduo como muito complexo para ser enquadrado em um grupo específico. Como então listar razões para alguém ser símbolo do liberalismo se eu tenho dificuldades para definir quem são os liberais. Ao escrever esse texto me propus a superar o desafio de homenagear Hayek sem ser um seguidor da Escola Austríaca, o desafio de escrever a respeito de um grupo que não sei definir eu não vou tentar superar. Desta forma em vez de escrever as razões para Hayek ser um símbolo do liberalismo escreverei as razões que me levaram a apreciar Hayek. Fazendo isto facilito minha tarefa e de saída me mantenho fiel a uma das razões que me levaram a apreciar Hayek.
Seguem as razões:

1. Não existe liberdade política sem liberdade econômica

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Hayek sabia que a liberdade é indivisível. Não existe liberdade política sem liberdade econômica e vice-versa. Essa é uma lição fundamental para economistas que vivem na América Latina e que são constantemente confrontados com a necessidade de avaliar políticas econômicas de ditadores que periodicamente assombram o continente. Isto quando não são convidados a participar de governos autoritários. Se um dia receberem tal convite lembrem a lição de Hayek e saibam que não vão criar um livre mercado a partir de um governo autoritário. Antes que perguntem, eu aviso que recomendação é válida mesmo se Pinochet o convidar para um certo “Centro de Estudios Públicos”.

2. O Uso do Conhecimento na Sociedade

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Hayek sabia que é impossível substituir o mercado por um planejador central. Não por acaso “The Use of Knowledge in Society”, artigo publicado por Hayek em 1945 na American Economic Review, foi listado em 2011 entre os vinte melhores artigos publicados quando das comemorações dos cem anos da revista. No artigo, Hayek argumenta que um planejamento centralizado nunca poderá substituir o mercado porque cada indivíduo detém apenas uma pequena fração do conhecimento existente na sociedade.

3.  A ordem econômica não é resultado de um desenho consciente

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Hayek sabia que o sistema de preços, melhor dizendo, a ordem econômica não é resultado de um desenho consciente. Pelo contrário, é uma ordem espontânea resultante da ação humana, mas não de planos humanos. Willian Eaterly, no excelente livro “The Tyranny of Experts: Economists, Dictators, and the Forgotten Rights of the Poor” recupera o tema da ordem espontânea e questiona as razões e as consequências de especialistas em desenvolvimento econômico dentro e fora da academia terem abraçado a tese oposta que suponha a ordem econômica como decorrente de um desenho consciente e, portanto, passível de substituição por outro desenho consciente, talvez melhor desenhado.

4. Hayek sabia da necessidade de uma teoria do capital

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Hayek sabia da necessidade de uma teoria do capital. Até hoje capital é um tema difícil de inserir na análise econômica, basta dizer que a maioria das estimativas do estoque de capital toma o custo do investimento como a medida de capital. Hayek sabia mais do que isto, sabia que o valor do capital é o valor presente esperado do fluxo de bens ou serviços produzidos pelo capital. Não é pouca coisa. Hayek tentou construir uma teoria do capital integrada à análise macroeconômica, queria uma teoria do capital que fosse útil para analisar economias monetárias. Tenho minhas dúvidas a respeito da relação entre capital, investimento e moeda, mas a despeito destas dúvidas aprecio a teoria do capital de Hayek.

5. Hayek sabia que o governo tem papéis importantes a cumprir

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Hayek sabia que o governo tem papéis importantes a cumprir. Que me desculpem os que sonham viver em um mundo sem governo, mas eu aprecio Hayek por saber e dizer que o governo tem funções na economia. O autor de “The Road to Serfdom”, livro que apontou os perigos da intervenção, apontou a importância de existir regulações que restrinjam métodos de produção, desde que não desenhadas para favorecer alguns grupos, a prevenção de fraudes e, fundamental para o Brasil de hoje, a existência de uma rede de seguridade social não é incompatível com o sistema de competição. O perigo não está no governo ajudar os pobres, o perigo está no governo decidir quem serão os ricos.
Os seguidores da Escola Austríaca devem ter notado pelo menos duas ausências em minha lista: a teoria dos ciclos econômicos e a teoria do investimento. A primeira talvez seja a que mais incomode. Entendo a relevância da teoria austríaca dos ciclos, mas como disse sou um economista neoclássico, mais precisamente: estou entre os que acreditam no ciclo econômico como advindo de respostas ótimas de famílias e empresas a choques reais na economia. Não nego que a moeda e crédito tenham algum papel na explicação do ciclo econômico, mas não os coloco como principal razão da existência do ciclo econômico. Desta forma não sigo a teoria de Hayek que o ciclo é devido a expansões da moeda e o crédito decorrentes de ações do Banco Central.
O investimento entrou na lista de ausências para marcar posição. Quando falei da teoria do capital fiz a ressalva da relação entre capital, investimento e política monetária. Marquei o investimento como ausência para ressaltar esta ressalva. Não discordo que diferentes bens de investimento mereçam tratamentos diferentes e reconheço que a teoria neoclássica é pobre neste quesito, porém a relação entre política monetária e investimento proposta por Hayek me parece superestimar o papel da política monetária. A ideia de que juros baixos e crédito fácil levam a um excesso de investimento de longo prazo e isto é a razão dos ciclos de expansão e recessão me parece difícil de conciliar com um investidor racional que maximiza lucro esperado mesmo com informação imperfeita. Sei que para Escola Austríaca isto não é um problema, mas para mim é um problema. No fundo as duas ausências são uma só.
O leitor atento deve ter reparado que antes de fazer a lista fiz referência a uma razão para apreciar Hayek e não toquei mais no assunto, não foi esquecimento, pelo contrário, queria encerrar o texto com este tema. Hayek sabia dos perigos de dar muita autoridade a um economista, disse isto quando recebeu o prêmio Nobel e alertou a respeito de um economista com tanto reconhecimento. Só isto seria motivo para colocar Hayek na minha galeria de heróis, só isto já é suficiente para justificar minha hesitação em listar razões para colocar Hayek como símbolo do liberalismo e optar por listar apenas minhas razões para aprecia-lo.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Meira Penna: o mais longevo liberal brasileiro - Podcast do Instituto Mises Brasil

PODCAST 101 - J. O. DE MEIRA PENNA

Nascido num país onde a liberdade nunca foi um dado cultural e justamente no ano da revolução bolchevique em 1917, José Osvaldo de Meira Penna se transformou num ícone das ideias da liberdade no Brasil. Diplomata de carreira, Meira Penna construiu uma vida intelectual brilhante com livros fundamentais para entender o Brasil, como Em Berço Esplêndido - Ensaios de psicologia coletiva brasileira, Opção Preferencial Pela Riqueza, O Brasil na Idade da Razão e O Dinossauro. Aos 96 anos, Meira Penna talvez seja o mais longevo liberal brasileiro.

Lúcido e ativo, Meira Penna concedeu esta entrevista histórica ao Podcast do Instituto Mises Brasil para contar uma parte de sua vida e ideias, que também são parte da história do liberalismo no Brasil. Nesta conversa, realizada graças à ajuda valiosa de Bráulio Porto de Matos, Luiz Jardim e Daniel Marchi, o embaixador aposentado conta por que se tornou um liberal, quais foram os primeiros autores que leu, o encontro com Hayek no Brasil e o ingresso na, e as reuniões da, Mont Pelerin Society.

Ele também explicou a concepção psicológica do brasileiro, elaborada a partir das teses de C. G. Jung, a influência do positivismo na política nacional, e a ausência, desde a colonização, de um ambiente favorável à livre iniciativa devido à ausência de capitalismo, resistências burocráticas, patrimonialismo, escravidão, nacionalismo míope e ressentido, elementos que ajudam a explicar a relação de dependência e servidão de parte da sociedade brasileira em relação ao governo e a própria atuação das instituições políticas.

É uma honra para este Podcast compartilhar a entrevista com os ouvintes.


Com vocês, J. O. de Meira Penna