Três impérios, três destinos
Existem hoje, temporariamente, três impérios e meio no mundo.
O império chinês é guiado pela racionalidade instrumental dos mandarins tecnocráticos do PCC.
O império russo é dominado pela obsessão expansionista de Putin.
O império americano está sendo diminuído pela ignorância avassaladora de Trump.
Isso explica as trajetórias diferentes de cada um deles: sucesso sustentável no primeiro caso; impasses e disfunções no segundo caso, podendo levar a uma profunda crise estrutural da Rússia; aceleração do declinio no terceiro caso, mas que atinge não só os EUA, mas o mundo todo, dada a magnitude do ainda hegemônico império americano.
De certa forma, o mundo econômico é uma vitima da extrema ignorância de um déspota eleito democraticamente.
O mundo político e geopolítico está sendo abalado pelo expansionismo obsessivo de um ditador totalitário.
O fabuloso Império do Meio do passado, que atraía comerciantes e aventureiros europeus da primeira globalização, a dos “descobrimentos”, está sendo pacientemente reconstruído pelos novos mandarins do PCC.
Em volta desses três impérios, e do meio império da UE, que não possui comando unificado no plano econômico ou militar, gira o destino de potências médias, como Índia e Brasil, assim como o de todos os demais países com alguma importância econômica ou política no mundo atual.
Alguns destes são guiados por estadistas inteligentes e racionais; outros, infelizmente, o são por lideres impulsivos ou mal assessorados, que reagem de forma tão irracional quanto o atual candidato a déspota dos EUA; de certa forma, este último está facilitando o itinerário bem sucedido do primeiro império.
CQD!
Paulo Roberto de Almeida
São Paulo, 14/07/2025