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terça-feira, 15 de novembro de 2022

O maior erro estratégico da diplomacia lulopetista: o BRICS

 Primeiro a notícia neste 15/11/2022:

“🇺🇦"Há um ataque contra Kiev": dois prédios residenciais foram atingidos por mísseis, diz prefeito da capital ucraniana.

Explosões foram ouvidas na cidade pouco depois de o presidente Volodimir Zelenski pedir ao G20 que pressione a Rússia pela paz.”

https://t.co/d7XIdM9kka

Agora meu comentário, PRA: Putin perpetra crimes de guerra contra a população ucraniana. O mundo, os demais membros do BRICS, especialmente o BRASIL, deveriam dar uma resposta contundente CONTRA o tirano de Moscou. 

O atual governo não vai fazer isso.

Uma declaração de Lula a esse respeito, declarando INACEITÁVEL tal postura é absolutamente NECESSÁRIA! 

Lula vai fazer isso?

Não acredito! Lula, como o Bozo, quer ter boas relações com Putin e preservar essa fantasmagoria do BRICS, que considero o maior erro estratégico do lulopetismo diplomático na frente externa.

Esse erro estratégico infelizmente será preservado no próximo governo e este será o meu principal ponto de discordância em relação a ele. E não se trata apenas de uma situação inaceitável no plano diplomático, o total DESRESPEITO em relação à Carta da ONU e aos dispositivos mais ELEMENTARES do Direito Internacional, o que envergonha os princípios e valores de nossa diplomacia, inclusive princípios constitucionais.

É uma questão sobretudo MORAL: o Brasil NÃO PODE ser conivente ou leniente com CRIMES DE GUERRA, crimes CONTRA A HUMANIDADE, e crime CONTRA A PAZ, iguais, semelhantes e similares, não na forma, mas nos efeitos, aos crimes dos nazistas na IIGM, e que os levaram ao Tribunal de Nuremberg.

Putin merece um Nuremberg só seu, que talvez não venha no quadro do TPI. Mas ele deveria ser condenado no tribunal da consciência universal, e o Brasil não poderia permanecer indiferente a essa grave questão MORAL.

Será feito? Repito: não acredito, e por isso me declaro PREVENTIVAMENTE em oposição à futura diplomacia de sua Majestade Lula III. 

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 15/11/2022


quarta-feira, 22 de junho de 2022

Para o Brics, parece que NÃO HOUVE invasão da Rússia na Ucrânia e violação da Carta da ONU

 Em cúpula dos Brics nesta semana, Putin retorna ao cenário mundial


Reunião do grupo pode oferecer imagem bem-vinda ao governo russo, alvo de inúmeras sanções desde o fim de fevereiro

Simone McCarthy, da CNN
22/06/2022 às 07:08

Quando o presidente russo, Vladimir Putin, se conectar à cúpula virtual dos Brics organizada por Pequim nesta quinta-feira (23), será a primeira vez que participará de um fórum com chefes de grandes economias mundiais desde o início da invasão da Ucrânia.

Para Putin, isso pode oferecer uma imagem bem-vinda, com seu rosto na tela ao lado de outros líderes: Xi Jinping (China), Narendra Modi (Índia), Jair Bolsonaro (Brasil) e Cyril Ramaphosa (África do Sul). Um sinal de que a Rússia, embora castigada por sanções e protestos pela invasão, não está sozinha.

A mensagem pode ressoar ainda mais o encontro entre China e Rússia, semanas antes da invasão, onde declararam que seu relacionamento “não tem limites”.

Também pode destacar o fato que nenhum dos líderes dos Brics condenou a Rússia diretamente, mesmo tendo vários níveis de interesse em não serem vistos como apoiadores das ações – o que poderia gerar um conflito com amigos ocidentais.

A invasão de Putin provavelmente trará outra complicação para os Brics, um agrupamento de mais de uma década de grandes economias emergentes, que já sofre com a desconfiança entre os membros e ideologias incompatíveis.

Mas a decisão do grupo de avançar com sua 14ª cúpula anual reflete uma visão dos países sobre a ordem global e, por extensão, a situação na Ucrânia, que se afasta da do Ocidente, dizem especialistas.

“Estamos falando de algumas economias muito importantes cuja liderança está disposta a ser vista com Putin, mesmo que seja apenas em uma plataforma virtual”, disse Sushant Singh, membro sênior do Centro de Pesquisa de Políticas (CPR) em Nova Délhi.

“O fato de Putin ser bem-vindo. Ele não é um pária, não está sendo expulso, este é um compromisso normal, que ocorreu todos os anos e ainda está ocorrendo – isso é uma grande vantagem para Putin”, disse Singh.

Embora os países possam argumentar que envolver a Rússia é melhor do que a deixar de fora, a ótica só se torna mais nítida em contraste. A cúpula dos Brics é seguida dias depois pela reunião do G7. bloco das principais economias do mundo, que se uniu contra a agressão russa, e expulsou Moscou de seu bloco após a anexação da Crimeia em 2014.

Tempos turbulentos
Ao contrário do G7, espera-se que os Brics ajam com cuidado quanto ao assunto da Ucrânia na cúpula de quinta-feira, provavelmente falando a favor de uma resolução pacífica, mesmo que seus membros possam pedir cuidadosamente aos países ocidentais que examinem o impacto de suas sanções na economia global.

Pequim – a anfitriã deste ano e de longe a mais poderosa economia das cinco nações, que juntas representam cerca de um quarto do PIB mundial – parece focada em sua própria agenda: promover suas novas iniciativas globais de desenvolvimento e segurança e condenar o que vê como construção de “bloco” pelos Estados Unidos.

Os países dos Brics devem “fortalecer a confiança política mútua e a cooperação de segurança”, coordenar as principais questões internacionais e regionais, acomodar os interesses centrais uns dos outros e “opor-se ao hegemonismo e à política de poder”, disse Xi em discurso no mês passado, onde convocou o grupo a promover o desenvolvimento neste “período de turbulência e transformação”.

Algumas das crises desse período, como a insegurança alimentar e a crescente crise da dívida no mundo em desenvolvimento, são aquelas que o grupo – estabelecido em 2009 como um meio de “servir interesses comuns de economias de mercado emergentes e países em desenvolvimento” – deve abordar.

Desde a sua criação, os Brics, que adicionaram a África do Sul em 2011, estão unidos em pedir mais representação das principais economias emergentes no cenário mundial – e contra o que vê como um domínio desproporcional das potências ocidentais.

Também vimos os países discutindo questões como liquidar o comércio em suas próprias moedas – fora do sistema do dólar americano – uma questão que agora pode ter mais relevância após as sanções ocidentais à Rússia, de acordo com Shahar Hameiri, professor e economista da Universidade de Queensland, na Austrália.

Essas penalidades cortaram o banco central da Rússia da maioria das transações em dólares americanos e removeram as principais instituições do país dos sistemas bancários internacionais.

Assim os países que continuam a fazer negócios com a Rússia buscam maneiras de evitar a violação das sanções. Tanto a Índia quanto a China continuam sendo grandes compradores de combustível russo.

“Não haverá nenhum abraço total da Rússia (nesta cúpula), não há dúvida sobre isso, e tenho certeza de que haverá muita estranheza … Mas por trás disso, esses governos têm interesses compartilhados”, disse Hameiri.

“Qualquer tipo de medida longe de (um sistema denominado em dólar americano) é potencialmente significativo.”

Objetivos opostos
Apesar de alguns interesses comuns, os Brics têm sido atormentado por questões de coesão, dadas as enormes diferenças nos sistemas políticos e econômicos de seus membros e seus interesses geopolíticos divergentes.

Além disso, as complexidades da invasão da Ucrânia pela Rússia podem atenuar quaisquer resultados importantes da cúpula desta semana, mesmo que – com exceção do Brasil – as nações do grupo tenham se abstido de votar em uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas apoiada por 141 países que pediram a Moscou para se retirar da Ucrânia.

A China, por sua vez, acusou a Otan de provocar a Rússia a atacar a Ucrânia, enquanto uma retórica semelhante circulou no debate público na Índia. Na África do Sul, Ramaphosa, no início deste ano, disse aos legisladores que a guerra poderia ter sido evitada se a Otan tivesse “atendido as advertências” sobre a possibilidade de adesão da Ucrânia ao seu bloco.

E embora o Brasil tenha votado para condenar a agressão da Rússia contra a Ucrânia na ONU, Bolsonaro se esquivou – dizendo dias antes que o país permaneceria “neutro”.

Em circunstâncias normais, a China tomaria as medidas usuais – divulgando o grupo como “uma espécie de alternativa suave ao G7” e buscando “retratar os Brics como líderes para o mundo em desenvolvimento… contra o clube das democracias capitalistas ricas”. de acordo com o analista de relações sino-russas Alexander Gabuev.

“Agora é mais difícil de fazer por causa de Putin na sala”, disse Gabuev.

Enquanto isso, uma fonte de atrito interno de longa data dentro permanece sem solução: as tensões entre a Índia e a China, que em 2020 se transformaram em um violento confronto fronteiriço.

Por um lado, os Brics tem sido uma “maneira de garantir alguma forma de engajamento com a China” para a Índia, segundo Singh. Isso continua sendo crítico, pois Nova Délhi está cautelosa em provocar Pequim, especialmente porque fez parceria com os Estados Unidos, Japão e Austrália em seu grupo de segurança e é cada vez mais vista pelos EUA como parte de sua estratégia para combater a China, disse ele.

Mas esses laços também tornam a Índia mais reticente em apoiar os principais resultados da cúpula desta semana.

“Eu ficaria surpreso se qualquer iniciativa substantiva fosse anunciada, porque a Índia enviaria uma mensagem a seus parceiros ocidentais de que está disposta a trabalhar próxima à China e Rússia”, disse Singh. “Isso tornaria a posição da Índia muito complicada.”

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/em-cupula-dos-brics-nesta-semana-putin-retorna-ao-cenario-mundial/

sábado, 26 de fevereiro de 2022

A Rússia já está derrotada, triplamente- Paulo Roberto de Almeida (Mais Brasil News)

 A partir de minha entrevista online, o jornal Mais Brasil News fez uma matéria escrita:

‘Ele pode até conquistar toda a Ucrânia, mas a Rússia já esta derrotada’, diz diplomata

O diplomata Paulo Roberto Almeida, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está violando a carta da Organização das Nações Unidas (ONU)

Luana Moura

Mais Brasil News, 25/02/2022 20:50

Em entrevista ao Mais Brasil News, o diplomata Paulo Roberto Almeida afirmou

nesta sexta-feira, 25, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está violando 

a carta da Organização das Nações Unidas (ONU)

“É uma violação do direito internacional, então ele terá que ser punido e, 

talvez, ele seja punido pelo seu próprio povo e será obrigado a retirar-se da 

Ucrânia, não tanto pela força armada, 

mas pelo isolamento econômico e pela derrota moral”, destaca 


Um dos principais objetivos da guerra deflagrada pela Rússia contra a Ucrânia é matar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pessoalmente, de acordo com um assessor do gabinete da presidência do país.

“Ele pode até conquistar toda a Ucrânia, mas a Rússia já está derrotada politicamente, diplomaticamente, moralmente derrotada”, diz o diplomata.  

Sobre uma possível intervenção da China em apoiar os russos, Almeida diz que essa possibilidade é mínima, pois os dois países sempre estiveram em diferentes posições e até em conflitos territoriais. 

“Eu não acredito que a China chegará ao extremo de apoiar a Rússia em todas as circunstâncias”, pois o chanceler do país já declarou que eles são favoráveis a soluções pacificas das controvérsias. 

Confira aqui a entrevista na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=DGS4mdg4-bw