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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 15 de novembro de 2022

O maior erro estratégico da diplomacia lulopetista: o BRICS

 Primeiro a notícia neste 15/11/2022:

“🇺🇦"Há um ataque contra Kiev": dois prédios residenciais foram atingidos por mísseis, diz prefeito da capital ucraniana.

Explosões foram ouvidas na cidade pouco depois de o presidente Volodimir Zelenski pedir ao G20 que pressione a Rússia pela paz.”

https://t.co/d7XIdM9kka

Agora meu comentário, PRA: Putin perpetra crimes de guerra contra a população ucraniana. O mundo, os demais membros do BRICS, especialmente o BRASIL, deveriam dar uma resposta contundente CONTRA o tirano de Moscou. 

O atual governo não vai fazer isso.

Uma declaração de Lula a esse respeito, declarando INACEITÁVEL tal postura é absolutamente NECESSÁRIA! 

Lula vai fazer isso?

Não acredito! Lula, como o Bozo, quer ter boas relações com Putin e preservar essa fantasmagoria do BRICS, que considero o maior erro estratégico do lulopetismo diplomático na frente externa.

Esse erro estratégico infelizmente será preservado no próximo governo e este será o meu principal ponto de discordância em relação a ele. E não se trata apenas de uma situação inaceitável no plano diplomático, o total DESRESPEITO em relação à Carta da ONU e aos dispositivos mais ELEMENTARES do Direito Internacional, o que envergonha os princípios e valores de nossa diplomacia, inclusive princípios constitucionais.

É uma questão sobretudo MORAL: o Brasil NÃO PODE ser conivente ou leniente com CRIMES DE GUERRA, crimes CONTRA A HUMANIDADE, e crime CONTRA A PAZ, iguais, semelhantes e similares, não na forma, mas nos efeitos, aos crimes dos nazistas na IIGM, e que os levaram ao Tribunal de Nuremberg.

Putin merece um Nuremberg só seu, que talvez não venha no quadro do TPI. Mas ele deveria ser condenado no tribunal da consciência universal, e o Brasil não poderia permanecer indiferente a essa grave questão MORAL.

Será feito? Repito: não acredito, e por isso me declaro PREVENTIVAMENTE em oposição à futura diplomacia de sua Majestade Lula III. 

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 15/11/2022


sábado, 1 de outubro de 2022

Putin’s Newest Annexation Is Dire for Russia Too - Anne Applebaum (The Atlantic)

 O mais poderoso indiciamento do tirano de Moscou por sua contravenção direta à ordem internacional e pelos crimes de guerra, contra a paz e contra a humanidade perpetrados em sua guerra de agressão contra a Ucrânia.

Putin’s Newest Annexation Is Dire for Russia Too

His baldly illegitimate claim to four Ukrainian provinces shows contempt for the global order—and his own subjects.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Sobre a furada chantagem nuclear do tirano de Moscou - Paulo Roberto de Almeida

 Sobre a furada chantagem nuclear do tirano de Moscou:


Não acredito que o grau máximo de insanidade do tirano de Moscou consiga se sobrepor à racionalidade última dos generais russos encarregados da segurança do botão nuclear. 

Teriam de primeiro decidir: jogar o quê contra quem, onde e com qual objetivo estratégico? 

Alguma razão especificamente tática? 

A ameaça é pura bazófia, e se trata, sim, de um blefe, talvez o último do czar que pretendia ser Pedro o Grande, talvez até Ivan o Terrível, e que pode terminar como Nicolau II. 

Não vale o argumento de que a Rússia se encontra em mais uma postura defensiva, como em face de Napoleão e de Hitler. Desta vez ela É a potência agressora!

Minha única dúvida é sobre se a Rússia, derrotada militarmente, finalmente se encaminhará, ainda que muito lentamente, para uma nova democracia de fachada — como ocorreu entre fevereiro e outubro de 1917, objeto de um artigo de Max Weber — ou se recrudescerá nos seus instintos totalitários que foram a marca distintiva do regime bolchevique, mais até do que o absolutismo czarista.

Putin, em última instância, pode ser o aprendiz de feiticeiro que libertará a Rússia de sua doença senil do imperialismo, mas acredito mais num impasse histórico de dimensão e duração indefinidas. Ou seja, a humanidade continuará vivendo dramas não muito distantes da guerra de Troia.

À falta de um Heródoto ou de um Tucídides, talvez apareça algum novo poeta cego…

Paulo Roberto de Almeida

Ribeirão Preto, 22/09/2022