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terça-feira, 16 de abril de 2013

"Eu Tive um Sonho" (nao, nao foi o Martin Luther King) - Rodrigo Constantino

Eu tive um sonho

RODRIGO CONSTANTINO
O Globo,
Adormeci e comecei a sonhar. Sonhei que o espírito de Thatcher havia reencarnado na presidente brasileira. Imediatamente, ela fez uma coletiva de imprensa para anunciar, sem rodeios, que era uma liberal convicta, defensora das liberdades individuais e do livre mercado.
O grande inimigo era o coletivismo, a ideia de que a “sociedade”, esse ente abstrato, é mais importante do que indivíduos de carne e osso, transformados, em todo regime socialista, em meios sacrificáveis para o “bem geral”. Seu foco seria, a partir de agora, preservar a liberdade no âmbito individual, com sua concomitante responsabilidade.
O “Estado Babá” seria coisa do passado. O paternalismo daria lugar a um modelo com ampla liberdade, onde cada um assume as rédeas da própria vida e arca com os riscos de suas escolhas. A Anvisa, por exemplo, teria seu poder arbitrário drasticamente reduzido. O poder seria transferido para cada um de nós.
Uma guerra foi declarada contra as máfias sindicais, que mantinham o povo refém de suas ameaças e greves. Em vez de recuar na primeira tentativa tímida de reformar os portos, ela enfrentava os sindicatos e abria as fronteiras para a concorrência, beneficiando milhões de consumidores.
A inflação seria outro alvo prioritário. Ameaçando sair de controle, ela seria combatida com uma forte redução dos gastos públicos, assim como da farra creditícia dos bancos estatais. O espírito de Thatcher focava nas próximas gerações, não nas próximas eleições.
A presidente sabia que o setor privado é infinitamente mais produtivo e eficiente. Os mecanismos de incentivo fazem toda a diferença. A busca pelo lucro é uma força propulsora sem igual para a inovação e excelência. Foi anunciada a retomada de um amplo programa de privatizações, começando pela Petrobras, cujas ações seriam pulverizadas, e cada brasileiro receberia a sua parcela de fato.
Poucos anos após essa medida, a Petrobras não precisava mais importar gasolina, o país era autossuficiente e tinha combustível mais barato. Os cofres públicos ficaram abarrotados com tantos impostos pagos pela maior lucratividade, e sobravam recursos para segurança e infraestrutura. A empresa deixara de ser cabide de empregos para aliados políticos.
A presidente repetia que o país precisava de mais milionários e mais bancarrotas. O mercado deve funcionar sem tanta intervenção estatal. O governo não usaria mais o BNDES como hospital de empresas, nem para selecionar os “campeões nacionais”. Quem planejou mal e investiu errado tinha que ir à falência mesmo. Faz parte do capitalismo. Mesmo se tiver X no nome da empresa!
A postura geopolítica mudara radicalmente também. Era chegada a hora de não ser mais negligente com governos vizinhos que burlavam acordos e contratos. Os interesses partidários e ideológicos dariam lugar aos verdadeiros interesses do povo brasileiro.
Os “bolivarianos” não teriam mais no governo brasileiro um cúmplice de seus projetos socialistas fracassados. Afinal, a presidente, graças ao espírito de Thatcher, havia aprendido que o problema do socialismo é que você eventualmente acaba com o dinheiro dos outros. Como ele não é capaz de criar riqueza, as punições impostas a quem efetivamente produz acabam afugentando os responsáveis pelo progresso da nação.
Quando os jornalistas a chamaram de “presidenta” e tentaram associar sua coragem ao fato de ela ser uma mulher, a presidente interrompeu, rejeitando o uso da cartada sexual. O que importa é o mérito, não o gênero ou a cor da pele. Ela estava cansada da “marcha das minorias oprimidas”, sedentas por poder. Até porque seu novo espírito era o de uma filha de quitandeiro humilde, que nunca precisou usar isso para chegar ao poder.
Eu já tinha um largo sorriso estampado no rosto durante esse sonho, quando uma voz começou a invadi-lo. No começo, era um som baixo e incompreensível, mas aos poucos ele foi aumentando e se tornando mais nítido. Por fim, percebi do que se tratava: um discurso na TV da presidente Dilma.
Ela estava justificando o baixo crescimento, a alta inflação, a desistência da reforma dos portos, a falta de eficiência da Petrobras, a ampliação das cotas raciais, o aumento do programa de esmolas estatais para os mais pobres, o resgate de grandes empresas quase falidas. O sorriso logo de desfez, e uma lágrima escorreu pelos meus olhos.
Aquilo era apenas um sonho. Thatcher estava morta, e seu espírito nunca nos deu o ar de sua graça. Como eu desejei regressar àquele sonho! Restava-me lutar para transformá-lo em realidade. Algum dia...
Rodrigo Constantino é economista

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/eu-tive-um-sonho-8120977#ixzz2QgFb0FWQ
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Miseria educarional (e professoral) brasileira: um belo futuro pela frente, e por tras, e por todos os lados...

Gargalo de professores
Editorial O Estado de Minas, 15 de abril de 2013

"Insanidade", disse Albert Einstein, "é repetir as mesmas ações e esperar resultados diferentes". A afirmação do criador da Teoria da Relatividade serve para a preocupante situação do magistério. Reduz-se significativamente o número de candidatos a professor matriculados nas universidades. Segundo dados do Censo de Educação Superior de 2011, são eles que mais abandonam a carreira durante o curso.

Física encabeça a lista dos desistentes. Nada menos de 31% dos estudantes interrompem os estudos e tomam outros rumos. Em números absolutos, português e matemática sobressaem - 40 mil alunos evadiram em busca de melhores oportunidades. Vale lembrar que as três matérias são obrigatórias nos níveis fundamental e médio. Quem as ministrará?

Ganha cores nítidas, assim, o quadro que se vinha esboçando havia anos. Salários baixos, falta de estímulo, más condições de trabalho e poucas oportunidades de ascensão funcional tornam a carreira pouco atraente. Comparada com outras que exigem o mesmo grau de escolaridade, fica claro o desprestígio que expulsa talentos e joga na orfandade milhões de brasileiros cuja única oportunidade de melhoria social reside na educação de excelência.

Não se pode esquecer, também, o apelo dos concursos públicos. O recrutamento universal baseado na meritocracia atrai os ex-futuros professores com a remuneração, a possibilidade de progressão na carreira e a carga mais leve que a de responder pelo futuro de crianças e jovens. A conclusão não pode ser outra: ao desqualificar o magistério, o governo deu um tiro no pé do país. Estimulou a evasão dos melhores para outros destinos. Só ficaram os raros vocacionados ou os incapazes de buscar saídas.

É um círculo vicioso. Maus professores formam maus profissionais, que, por sua vez, serão maus advogados, maus engenheiros, maus arquitetos, maus garçons, maus administradores, maus tudo. A falta de excelência do ensino contribui para a baixa produtividade do trabalhador e a falta de competitividade da economia. Em suma: emperra o desenvolvimento e atrasa a concretização do projeto de entrar no fechado clube das nações desenvolvidas.

Os pessimistas dizem que o Brasil perdeu o trem da história. Na década de 1970, ao promover a reforma do ensino, democratizou o acesso à escola. Mas ficou no meio do caminho. Negligenciou a democratização do conhecimento. O resultado é a tragédia revelada pelas avaliações nacionais e internacionais de cursos. Os otimistas, porém, acreditam que ainda há tempo.

O bom senso manda ser realista. Além de salários compatíveis com os pagos aos profissionais de nível superior mais valorizados, impõe-se oferecer plano de carreira atraente, melhorar as condições de trabalho e dar prestígio ao professor. Continuar a brincadeirinha do faz de conta é apostar na insanidade de Einstein. Ou acreditar em Papai Noel e na Gata Borralheira - o que dá no mesmo.

Portugues: lingua "estrangeira", no Brasil (ou seria o Purtugueis?)

Faculdades têm aulas de reforço em português para alunos com dificuldades
Leonardo Vieira
O Globo, 16/04/2013

Instituições como UFF e UniCarioca dão cursos para tentar resolver problema que, segundo especialistas, vem do ensino médio e da falta do hábito da leitura

Apesar figurar entre os 4% dos brasileiros que frequentam cursos de ensino superior, uma parte dos universitários do país ainda lidam com o idioma de Camões como se fosse uma língua estrangeira. Esta é a impressão de professores e outros profissionais que lidam diariamente com essas deficiências. O quadro é tal que instituições como UFF, PUC e UniCarioca oferecem aulas de português instrumental para tentar suprir a lacuna deixada pelo ensinos fundamental e médio. A partir deste ano, a UFRJ também terá aulas de apoio para alunos com problemas de escrita.

Conforme O GLOBO mostrou ontem, formandos que prestaram o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em 2012 cometeram erros graves de ortografia na prova dissertativa, como "egnorancia" e "precarea". A prova, que mede exatamente a qualidade do ensino superior no país, revelou ainda a falta de coesão e coerência e falhas de construção frasal em muitos dos estudantes.

Para tentar reverter esse quadro, a UFRJ, que já oferecia aulas de apoio em matemática, física e química, também vai passar a ministrar cursos de língua portuguesa, a partir deste ano. No Centro Universitário UniCarioca, aulas gratuitas de português acontecem aos sábados, voltadas para alunos, independentemente da graduação. Com foco em gramática e no novo acordo ortográfico, o curso "Letras&Números" é aberto também a convidados que desejam aprimorar o idioma nativo.

De acordo com a coordenadora pedagógica da Unicarioca, Márcia Aguiar, mesmo tomando parte do fim de semana dos estudantes, a procura tem sido muito maior que a oferta limitada de 100 vagas por semestre. Segundo ela, as maiores dificuldades trazidas pelos alunos são relacionadas à ortografia e à elaboração de frases mais complexas, com períodos compostos. E a explicação é simples:

- Se a pessoa não lê muito, ela certamente vai ter dificuldade em escrever. Por isso nós vemos essas palavras escritas de forma errada e frases sem sentido - comenta a coordenadora. - É um problema estrutural. Muitas pessoas vêm do ensino médio para a faculdade sem saber escrever direito.

O diagnóstico é ratificado pelo coordenador de seleção do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), Erick Sperduti, que ainda chama atenção para a "falta de paciência" da geração atual com a leitura. No ano passado, Erick participou de um estudo com 7.219 jovens à procura de estágio tiveram que escrever 30 palavras simples ditadas pelos pesquisadores. O resultado foi alarmante: 28,8% deles erraram mais do que sete termos, o que já bastaria para serem reprovados em processos seletivos de grandes empresas. Surgiram vocábulos como "pro-penção" e "flequicivel".

- O problema começa com o próprio jovem que não desenvolve o hábito da leitura. Mesmo em multinacionais, a pessoa precisa escrever relatórios e se comunicar perfeitamente com seus superiores. Não basta falar inglês ou dominar informática. O Português é levado a sério no mundo corporativo - esclarece Erick.

Apesar da deficiência, a coordenadora do Departamento de Letras da UFF, Mariangela Rios, vê uma maior consciência da importância da língua nativa pelos jovens. Segundo ela, é cada vez maior dentro da UFF a obrigatoriedade de disciplinas de Português instrumental em graduações com Economia e Biblioteconomia. Mariangela entende ainda as falhas graves como um processo sociológico mais profundo.

- A dificuldade do aluno é mesmo no ingresso na universidade. Em cursos com grande relação de candidato/vaga como Medicina, os alunos vêm com bagagem muito maior que outros como a própria faculdade de Letras. Neste caso, os estudantes, muitas vezes, vêm de cursos e escolas com qualidade de ensino mais baixa - argumenta.

Educacao: o Brasil dividido (4 a 5 anos de diferenca entre o Sul-Sudeste e o Norte-Nordeste)

Alunos do Norte e Nordeste sabem menos que Sul e Sudeste
Estado de São Paulo, 16/04/2013



Alunos de Estados das Regiões Norte e Nordeste do Brasil têm quatro anos de atraso na aprendizagem em relação aos estudantes do Sul e Sudeste do País.

Levantamento feito com base em dados da Prova Brasil mostra o porcentual de alunos de escolas públicas que obtiveram pontuação considerada adequada no exame
Em Alagoas, por exemplo, 57% dos estudantes terminam o 9.º ano do ensino fundamental sem saber o conteúdo de matemática que deveriam dominar já no fim do 5º. Ano

Os dados são de um levantamento da Fundação Lemann, feito com base em microdados da Prova Brasil, e mostram o porcentual de alunos de escolas públicas que obtiveram pontuação considerada adequada no exame.

Os resultados apontam que, ao fim do ensino fundamental, no 9.º ano, os estudantes que moram em Alagoas, no Maranhão e no Amapá sabem menos português e matemática do que aqueles que estão terminando o 5.º ano na rede pública de Estados como Minas Gerais, do Distrito Federal e de Santa Catarina.

Em Alagoas, por exemplo, 57% dos estudantes terminam o 9.º ano do ensino fundamental sem saber o conteúdo de matemática que deveriam dominar já no fim do 5.º ano. Isso significa que mais da metade dos estudantes foi para o ensino médio sem saber, por exemplo, localizar informações em um gráfico, competência esperada para uma criança de 10 anos de idade.

No outro extremo, em Minas Gerais, 87% dos alunos do 9.º ano têm conhecimento proficiente ou avançado do conteúdo do 5.º ano. O índice chega a 85% em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Se o aprendizado dos formandos do 9.º ano já está muito aquém do que eles deveriam saber no 5.º ano, o cenário fica ainda pior se forem consideradas as competências esperadas para a etapa que estão concluindo.

Na rede municipal do Amapá, por exemplo, apenas 2,4% dos alunos vão para o ensino médio com aprendizado adequado para enfrentar a nova etapa.

Forum Mundial da Ciencia: processo preparatorio no Brasil (Jornal Ciencia Hoje)

Abertura do 5º Encontro Preparatório ao Fórum Mundial de Ciência 2013 destaca a importância da C,T&I para o desenvolvimento do Brasil
Evanildo da Silveira, do Recife
Jornal Ciência Hoje, 16/04/2013

Evento aberto ontem em Recife teve sua primeira conferência proferida pelo ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende
Com a presença do ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende e do representante do presidente da Academia Brasileira de Ciências, Jacob Palis, o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antônio Elias, foi aberto ontem, no Recife, o 5º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência 2013, que será realizado em novembro no Rio de Janeiro. Por motivos de saúde, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, que integra o comitê organizador do evento do Rio, não pôde comparecer à reunião, que se encerra hoje.

Em sua saudação de abertura, Elias disse que o Brasil irá demonstrar ao mundo, durante o Fórum Mundial, que faz ciência de boa qualidade, além de ter uma enorme capacidade inovativa e muita gente preparada. Ele lembrou também que os investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação são fundamentais para o desenvolvimento de qualquer país, o que inclui o Brasil. "Em se tratando dessas áreas, temos que avançar sempre mais uma etapa", disse. "Por isso, devemos investir em ciência de qualidade e na expansão de nossa pós-graduação".

Depois da cerimônia de abertura, Rezende proferiu a primeira conferência do evento sobre o tema "Ciência e Tecnologia precisam de política de Estado". Ele fez um paralelo entre o Brasil e os países que mais investiram em ciência e tecnologia ao longo de sua história. Destacou ainda a importância dessa aplicação de recursos para o desenvolvimento econômico e social de cada um deles. O ex-ministro também fez um histórico da ciência e tecnologia brasileiras desde a década de 1950 até os dias de hoje, "Um grande progresso em C&T foi feito em tempos recentes", disse. "Ainda há, no entanto, um longo caminho pela frente para tornar a C,T&I decisivos para o nosso progresso. É necessário termos uma política de Estado, com continuidade, aperfeiçoamento e expansão".

Ele citou o Japão e a Coreia do Sul como exemplos de que os investimentos em ciência, tecnologia e inovação podem mudar o curso da história de uma nação. Ele lembrou que em 1949, depois da Segunda Guerra Mundial, o primeiro era um país destruído. Mas graças à formulação de políticas de Estado para áreas de C&T e a indústria, o Japão não só conseguiu recuperar sua economia como hoje é uma potência tecnológica, com várias marcas de produtos avançados no mercado. "Houve um forte investimento em C&T, reforma das instituições públicas e uma parceria com o setor empresarial", explicou. "Hoje, o país tem o terceiro PIB mundial e a segunda renda per capita."

Embora não se possa menosprezar o salto científico e tecnológico que o Japão deu depois da Segunda Guerra Mundial, Rezende lembrou que o país já tinha uma longa tradição na área de C&T. Prova disso é que já tinha Prêmio Nobel antes do grande conflito mundial. O mesmo não se pode dizer do outro país citado como exemplo pelo ex-ministro, a Coreia do Sul, que até a década de 1970 era um país inexpressivo em termos de ciência, tecnologia e inovação e hoje é uma potência nessas áreas, que fabrica desde computadores até navios e aviões. "É uma demonstração que mesmo um país sem tradição científica pode mudar seu padrão de desenvolvimento", disse.

Em relação ao Brasil, Rezende lembrou que, em 1950, o país tinha pouquíssimos cientistas e pesquisadores (apenas cerca de 100 doutores); universidades sem ambiente de pesquisa, sem tempo integral para professores e sem pós-graduação; poucos engenheiros e especialistas em setores novos da indústria; e empresas voltadas para setores básicos (alimentos, têxtil, calçados) e sem cultura de inovação. Essa situação começou a mudar em 1951, com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que passou a conceder bolsas de estudo de apoio à pesquisa.

Embora o Brasil não tenha parado de avançar desde então nessa área, a C&T não tem sido fator decisivo no desenvolvimento do país. Rezende citou algumas razões para isso, como a existência de comunidade de C&T relativamente pequena e pouco experiente até a década de 1980. "Além disso, falta uma cultura de P&D e de inovação na indústria e uma política de Estado de C,T&I, o que gera descontinuidade de programas e irregularidade nos recursos financeiros", afirmou o ex-ministro. "Apesar disso, o país tem exemplos importantes de resultados econômicos de C&T em áreas nas quais o governo federal manteve ações consistentes. É o caso da Petrobrás, da Embraer e da Embrapa."

Rezende citou ainda outros avanços recente do Brasil em C&T, entre os quais o grande aumento nos recursos financeiros federais, possibilitando forte expansão do sistema de C&T, e a ampliação dos programas de bolsas e fomento à pesquisa com melhor distribuição geográfica. "Além disso, houve uma substancial melhoria na produção científica, medida por indicadores de quantidade e de citações", acrescentou. "Também ocorreu um notável avanço no ambiente para inovação tecnológica nas empresas, estimulado pela Lei da Inovação e pela criação de programas para apoiar P&D&I nas empresas e para a criação de novas firmas de base tecnológica."

Apesar de reconhecer os avanços, Rezende não se esqueceu de mencionar algumas das preocupações atuais da comunidade científica, como os cortes recentes dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Ele citou ainda outros problemas. "O CNPq lançou o Edital Universal 2013, mas ainda não fez desembolsos do de 2012", disse. "Além disso, não está pagando sua parte do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX) às Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs). Também nos preocupa a nova legislação sobre a carreira de docente do ensino superior, que representa um retrocesso para as universidades."

Inflacao alta: barbeiragem do BaCen, diz Alexandre Schwartsman

Está tudo dito...o que é possível de se dizer.
O que não é possível eu digo: o BC, ou o Copom, renunciou a ter postura própria; tornou-se um serviçal do Palácio do Planalto, e acredito que vários dos membros do Copom já estão pensando em pedir demissão. Se não pedem, é porque têm mais afeição a cargos que à honestidade intelectual.
Paulo Roberto de Almeida

Inflação elevada é barbeiragem do BC, diz Schwartsman
Beatriz Olivon
Revista Exame, 14/04/2013

Segundo o economista Alexandre Schwartsman, a autoridade monetária está “com pé trocado” e usa instrumentos errados para controlar a subida de preços
Para Schwartsman, se a Selic não subir amanhã, significa que o BC adiou para maio - e se não subir em maio significa que o BC não tem autorização para subir juros
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São Paulo – Desde 2010 a inflação não encerra o ano no centro da meta (4,5%) ,  ou sequer próxima dele. Crítico do comando atual do Banco Central, o economista Alexandre Schwartsman, que já foi diretor de assuntos internacionais do BC em (2003-2006), e hoje é sócio-diretor da Schwartsman & Associados Consultoria Econômica, não vê independência nas decisões da instituição.

“O Banco Central abandonou o centro da meta de inflação há muito tempo e hoje se contenta em ter inflação abaixo de 6,5%”, disparou o economista, que vê “truques” ao invés de política monetária nas medidas adotadas recentemente pelo governo.

Confira os melhores trechos da entrevista concedida por Schwartsman à EXAME.com:

EXAME.com - O Banco Central está demorando para atuar sobre a inflação?
Alexandre Schwartsman - O Banco Central está com o pé trocado desde 2011. Não estamos com a inflação varando o teto da meta por acaso, isso foi barbeiragem de política monetária, e o BC segue na barbeiragem.

EXAME.com - O comportamento recente do BC é um indício de falta de independência?
Schwartsman - Não é indício, é documento assinado embaixo.

EXAME.com - Na semana passada, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que as medidas que forem necessárias para combater a inflação elevada seriam tomadas pelo governo, mesmo a elevação da taxa de juros quando necessário...
Schwartsman - Eu me espanto como isso passa batido, o Mantega diz que vai subir juros, mas não precisa de tiro de canhão, mas depois diz que não se manifesta sobre juros sendo que acabou de falar. Ele está se manifestando e a presidente da república a mesma coisa.  A Dilma faz uma reunião com três economistas de fora do governo, sendo que dois deles vendem serviço de consultoria, e os três abençoam alta modesta de juros. O BC é independente?

EXAME.com - Se, no final do ano, a inflação ficar acima do teto da meta, o que pode acontecer além da Carta Aberta? (quando ocorre o descumprimento da meta de inflação, o presidente do BC precisa enviar uma carta aberta para o ministro da Fazenda, com os motivos do descumprimento e as providências e prazo para o retorno)
Schwartsman - Talvez uns tapinhas nas costas. Como o governo poderia culpar o presidente do Banco Central por isso?  No máximo pode dizer que ele foi subserviente demais e que deveria ter sido mais altivo. Em outros tempos de BC o presidente do BC decidia e então havia o direito de cobrá-lo. Mas no máximo é uma cartinha.

EXAME.com - As medidas de manutenção do IPI, desoneração de cesta básica e outras do tipo, têm algum efeito sobre o crescimento?
Schwartsman - Maior crescimento não vai ter, o problema não é esse. Esse tipo de medida não é para crescer, é para impedir que a inflação ultrapasse o teto da meta. Se o corte nos preços de energia não tivesse sido feito, estaríamos contemplando a possibilidade de chegar ao teto da meta. Com o corte, ganhamos fôlego. A mesma coisa ocorre ao adiar aumento de IPI, segurar combustível, desonerar cesta básica, você consegue um fôlego extra para chegar abaixo de 6,5%. O objetivo é esse, mesmo dizendo que isso é para crescer mais e dividir renda.

EXAME.com - Há outros países que adotam esse tipo de medida para tentar diminuir a inflação?
Schwartsman  - Vemos em outros lugares (o uso desse tipo de medida para tentar diminuir a inflação) mas também é errado, se você pensar do ponto de vista do controle de inflação. Não erramos sozinhos, tem lugares que fazem coisas piores que isso, como a Argentina. Isso não quer dizer que têm sucesso em controlar a inflação. Se fosse possível controlar inflação controlando preços não haveria inflação em lugar nenhum do mundo. O que você consegue são efeitos temporários sobre o efeito de preços, mas não muda a trajetória de inflação, você só não deixa o termômetro marcar o montante preciso, se o objetivo é esse, não deixar o termômetro passar de 6,5%, você pode dizer que é um sucesso, se o objetivo é levar para a meta, foi um fracasso.

EXAME.com - Qual sua projeção para a Selic que será definida na reunião do Copom dessa semana?
Schwartsman - Todas as indicações mais recentes são de que o Comitê vai antecipar o começo do ciclo de aperto. Em algum momento parecia que ia começar em maio, agora parece mais provável que comece amanhã mesmo. O movimento agora é pequeno, de aumento de 0,25 ponto percentual (atualmente  a Selic está em 7,25% ao ano) e eu não vejo um ciclo total muito carregado, no máximo na casa de 1,50 ponto percentual, terminando o ciclo em 8,75%.

EXAME.com - Essa elevação de 0,25 ponto percentual faria efeito?
Schwartsman - Obviamente não. A questão não é subir 0,25 p.p. , o mais importante é o comportamento de taxas mais longas, que incorporam as expectativas de mercado sobre o tamanho do ciclo total. Não é o 0,25 que faz diferença se não fizer mais nada. É um ciclo, provavelmente o BC vai subir a taxa, mas não sei, a regra desapareceu, a gente não sabe exatamente o que o BC quer. As melhores estimativas hoje sugerem algo como dois trimestres ou mais para a taxa de juros afetar produto e mais um ou dois pra ela afetar a inflação, ou seja, uma defasagem de três a quatro trimestres. Mesmo que o mercado antecipe todo o (possível) aumento de juros hoje (150 pontos), se fala de perspectiva de efeitos sobre inflação provavelmente no começo de 2014 ou no segundo trimestre de 2014.

EXAME.com – Qual sua expectativa para a inflação nesse ano?
Schwartsman - Eu não espero que no final do ano a inflação esteja acima do limite da meta, espero que esteja por volta de 6,5%. Não vejo taxa de inflação convergindo em 4,5%, eu espero uma inflação inferior a 6,5% no final do ano, namorando o teto da banda em 2013 e namorando com mais compromisso em 2014.

EXAME.com – O que poderá ser feito com relação a inflação em 2014?
Schwartsman - Terão que tirar truques da cartola em 2014, inventar uma desoneração qualquer... Claro que o corte nas tarifas de energia foi decisivo para a inflação não varar 6,5% em 2013. Se o objetivo é não deixar passar de 6,5%, tira PIS/Cofins de gasolina, de alguma outra coisa, tanto faz. Isso é truque, não é politica econômica. O ponto principal é abandonar o centro da meta. O governo está lutando para não passar de 6,5% e com os instrumentos errados.

EXAME.com - E se a taxa básica de juros não subir nessa semana, o que isso indica sobre o Banco Central?
Schwartsman - Se não subir quer dizer que adiaram para maio. Se não subir em maio quer dizer que o BC não tem autorização para subir juros, porque todo seu discurso foi nesse sentido, então significaria que o BC foi desautorizado. Seria um salve-se quem puder.

A Capes faz exigencias absurdas: quer um exemplar de todos os meus livros...

A Capes, que parece que se ocupa da formação pós-graduada, pretende se converter numa filial da Biblioteca Nacional. No processo de avaliação dos cursos de pós-graduação stricto sensi mantidos por instituições universitárias brasileiras -- eu sou do programa de mestrado e doutorado em Direito do Uniceub, Centro Universitário de Brasília, aliás com conceito excelente na Capes -- ela pretende receber um exemplar de cada um dos livros publicados pelos autores-professores desses programas.
Ora, eu não tenho por que dar, ou doar, livros à Capes: por que ela não compra, já que é tão rica?
Abaixo uma relação de todos os meus livros publicados nos últimos três anos, que ela pretende que eu ofereça à instituição para ser avaliada.
Ora vá plantar batatinhas...
Paulo Roberto de Almeida

Livros e capítulos de livros de Paulo Roberto de Almeida nos últimos três anos:
2010:
1) O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado). Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010, 195 p.; ISBN: 978-85-7018-343-9
2) Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos. Brasília: Funag, 2010, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-274-1; com Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins, orgs.).
 3) “La diplomatie de Lula (2003-2010): une analyse des résultats”, In: Denis Rolland, Antonio Carlos Lessa (coords.), Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de La Puissance; Brazil’s International Relations: Paths to Power. Paris: L’Harmattan, 2010, 2 vols; vol. I: Représentations Globales – Global Representations, p. 249-259; ISBN: 978-2-296-13543-7 
4) “O Brasil e os Estados Unidos antes e depois de Nabuco: uma avaliação de desempenho relativo no plano do desenvolvimento social”. In: Severino J. Albuquerque (org.): Joaquim Nabuco e Wisconsin: Centenário da conferência na universidade, ensaios comemorativos. Rio de Janeiro: Editora Bem-te-vi, 2010, p. 221-251; ISBN: 978-85-88747-34-0
5) “O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício analítico (perspectiva histórico-diplomática sobre a emergência de um novo cenário global)”, In: Renato Baumann (org.): O Brasil e os demais BRICs: Comércio e Política. Brasília: CEPAL-Escritório no Brasil/IPEA, 2010, p. 131-154; ISBN: 85-781-1046-3,

2011:
1) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2011, xx+272 p.; ISBN: 978-85-375-0875-6
2) “As relações Brasil-Estados Unidos durante os governos FHC”, in: Sidnei J. Munhoz e Francisco Carlos Teixeira da Silva (orgs.), Relações Brasil-Estados Unidos: séculos XX e XXI. Maringá: Editora da UEM, 2011, p. 273-307; ISBN: 978-85-7628-372-0
3) “Attraction and Repulsion: Brazil and the American world”, in: Clark, Sean and Sabrina Hoque (eds.). Debating a Post-American World: What Lies Ahead?. London: Routledge, 2011, p. 135-141; ISBN: 978-0415690553

2012:
1) “A economia do Brasil nos tempos do Barão do Rio Branco”, In: GOMES PEREIRA, Manoel (Org.): Barão do Rio Branco: 100 anos de memória. Brasília: Funag, 2012, p. 523-563; ISBN: 978-85-7631-413-4
 2)  “Mercosul: a visão dos primeiros vinte anos e as perspectivas futuras”, In: Erica Simone Almeida Resende e Maria Izabel Mallman (orgs.). Mercosul: 21 anos: Maturidade ou Imaturidade? Curitiba: Editora Appris, 2012, 369 p.; p. 5-12; ISBN: 978-85-8192-111-2   
3) “Brasil”. In: Malamud, Carlos (coord.). Ruptura y Reconciliación: España y el reconocimiento de las independencias latinoamericanas. Madrid: Ed. Taurus y Fundación Mapfre, 2012, 402 p.; Serie Recorridos n. 1; América Latina en la Historia Contemporánea; p. 199-212; ISBN: 978-84-306-0940-6 (Taurus); 978-84-9844-392-9 (Mapfre);
4) “Prefácio: Economia e Ideologia”, Apresentação ao livro de André Nunes: Economia e Ideologia: Notas de aula de um curso de introdução à Economia Política. Curitiba: Editora CRV, 2012; p. 11-18; ISBN: 978-85-8042-455-3
5) Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 330 p.; ISBN 978-85-216-2001-3

Antecipando visitas: NY - The China Institute - Dunhuang cave paintings


Algumas dessas cavernas já visitamos pessoalmente em Dunhuang, pois Carmen Lícia é uma excelente guia turístico-histórica-intelectual...
  
Dunhuang:
Buddhist Art at the Gateway of the Silk Road

April 19 – July 21, 2013
Dunhuang, the western gateway to China, is one of the world’s most esteemed art shrines and cultural heritage sites. Dunhuang: Buddhist Art at the Gateway of the Silk Road will address art and ritual practices of the Northern dynasties (420-589) and the Tang dynasty (618-907). The exhibition will feature excavated art works, high relief clay figures, wooden sculptures, silk banners, and molded bricks. A group of treasured Buddhist sutras from the famous Cangjingdong (The Library Cave) will illustrate the story behind Dunhuang’s historic discovery. A magnificent replica of the 8th century cave that houses the beautiful Bodhisattva of the Mogao Grottoes and an illustrious central pillar from the 6th century will also be prominently displayed to recall the actual cave setting.
This exhibition is organized by China Institute Gallery and Dunhuang Academy under the direction of Willow Weilan Hai Chang and is curated by Fan Jinshi, Director of Dunhuang Academy.

This exhibition is made possible, in part, by public funds from the New York City Department of Cultural Affairs in partnership with the City Council and by the generous support of Blakemore Foundation, the E. Rhodes & Leona B. Carpenter Foundation, the Henry Luce Foundation and China Institute Friends of the Gallery.
Luce-Logo_46px


Detail: Celestial Music, mural from Mogao Cave 288
Western Wei dynasty (535-557), 52 x 522 cm
Image courtesy of Dunhuang Academy
dunhuang_footer
©2013 China Institute in America | Sitemap
125 East 65th Street, New York, NY 10065 212.744.8181

Antecipando visitas: Brooklin Museum, NY: Exhibition: John Singer Sargent Watercolors

Carmen Lícia descobriu, e eu vou atrás:

Brooklin Museum

Exhibitions: John Singer Sargent Watercolors

Sargent: Bedouins; Sargent: Simplon Pass: Reading John Singer Sargent (American, 1856–1925). (left) Simplon Pass: Reading, circa 1911. Opaque and translucent watercolor and wax resist with graphite underdrawing, 20 1/16 x 14 1/16 in. (51 x 35.7 cm). Museum of Fine Arts, Boston, The Hayden Collection—Charles Henry Hayden Fund. Photograph © 2013 Museum of Fine Arts, Boston; (right) Bedouins, circa 1905–6. Opaque and translucent watercolor, 18 x 12 in. (45.7 x 30.5 cm).
Brooklyn Museum, Purchased by Special Subscription, 09.814
April 5–July 28, 2013
Morris A. and Meyer Schapiro Wing, 4th Floor

This landmark exhibition unites for the first time the John Singer Sargent watercolors acquired by the Brooklyn Museum and the Museum of Fine Arts, Boston, in the early twentieth century. The culmination of a yearlong collaborative study by both museums, John Singer Sargent Watercolors explores the watercolor practice that has traditionally been viewed as a tangential facet of Sargent’s art making. The ninety-three pieces on display provide a once-in-a-generation opportunity to view a broad range of the artist’s finest production in the medium.
Brooklyn’s thirty-eight watercolors, most of which have not been on view for decades, were largely purchased from Sargent’s 1909 debut exhibition in New York. Their subjects include Venetian scenes (The Bridge of Sighs), Mediterranean sailing vessels, intimate portraits (A Tramp), and Bedouin subjects (Bedouins). Boston’s watercolors, purchased in 1912, are more highly finished than the Brooklyn works. They feature subjects from his travels to the Italian Alps, the villa gardens near Lucca, and the marble quarries of Carrara, as well as portraits. The exhibition also presents nine oil paintings, including Brooklyn’s An Out-of-Doors Study, Paul Helleu and His Wife (1889) and Boston’s The Master and His Pupils (1914).
New discoveries based on scientific study of Sargent’s pigments, drawing techniques, and paper preparation are featured in a special section deconstructing his techniques. Select works throughout the exhibition are paired with videos that show a contemporary watercolor artist demonstrating some of Sargent’s methods.
John Singer Sargent Watercolors is organized by the Brooklyn Museum and the Museum of Fine Arts, Boston. The exhibition is co-curated by Teresa A. Carbone, Andrew W. Mellon Curator of American Art, Brooklyn Museum, and Erica E. Hirshler, Croll Senior Curator of American Paintings, Museum of Fine Arts, Boston.
Generous support for the exhibition and catalogue was provided by The Mr. and Mrs. Raymond J. Horowitz Foundation for the Arts and the National Endowment for the Arts.
The presentation in Brooklyn was made possible by the Henry Luce Foundation, the Robert Lehman Foundation, Bank of America, Sotheby’s, and the Richard and Jane Manoogian Foundation. Additional support for the catalogue was provided by a publications endowment established by the Iris and B. Gerald Cantor Foundation and the Andrew W. Mellon Foundation.
Wednesday: 11 a.m.–6 p.m.
Thursday: 11 a.m.–10 p.m.
Friday–Sunday: 11 a.m.–6 p.m.

Mensaleiros (nao todos, infelizmente) mais proximos da cadeia (infelizmente pouca) - Marco Antonio Villa

Considero, pessoalmente, que as condenações dos chefes políticos da quadrilha mafiosa do Mensalão são extremamente lenientes para a gravidade dos seus crimes, e que o agente financeiro do esquema criminoso pode estar sendo punido à altura (40 anos), mas ele certamente não é o maior criminoso aqui: 40 anos deveria ser a pena do chefe da quadrilha, que infelizmente vai sair em um ano e meio, e ser ainda reverenciado pelos quadrilheiros, mafiosos e outros componentes da sua gang.
Não creio que se fez justiça, neste caso, inclusive pela ação deletéria ou leniente de alguns juízes, como aqueles a soldo e a mando da quadrilha. E não tenho nenhuma ilusão sobre o que vem por aí: mais deterioração moral na nomenklatura, mais mafiosos da nova classe, mais serviçais dos totalitários sendo guindados a postos de responsabilidade. Infelizmente.
O Brasil vai piorar muito, antes de começar a melhorar...
Paulo Roberto de Almeida

Prisão dos mensaleiros refunda a República
Marco Antonio Villa
O Globo, 16/04/2013

O julgamento do mensalão está chegando à sua etapa decisiva. O processo, na verdade, começou quando da instalação da CPMI dos Correios, em maio de 2005. A brilhante produção do relator Osmar Serraglio e das sub-relatorias permitiu, depois de muitos meses de trabalho e inúmeras pressões vindas do Executivo, aprovar, numa sessão muito conturbada, devido à ação dos petistas, seu relatório em abril de 2006. Foi, sem sombra de dúvidas, a mais importante e eficiente CPMI da história do Congresso.

Juntamente com o trabalho dos congressistas, foi aberta em Minas Gerais investigação pelo Ministério Público Federal para apurar as denúncias, pois dois braços do mensalão, o publicitário e o financeiro, tinham lá sua base inicial. A somatória dos excelentes trabalhos permitiu que, em agosto de 2007, o inquérito 2.245 fosse aceito pelo STF e se transformasse na Ação Penal 470. Deve ser recordado que não foi nada fácil o recebimento do inquérito. Foram 4 sessões de muito debate, porém o STF não se curvou. Registre-se o triste papel do ministro Ricardo Lewandowski, que, em um restaurante de Brasília, após a última sessão, foi visto falando ao celular, muito nervoso, que não tinha sido possível amaciar (a expressão é dele) as acusações contra José Dirceu. Falava com quem? Por que tinha de justificar-se?

A terceira — e mais longa — batalha do processo foi o trabalho desenvolvido entre agosto de 2007 até julho de 2012 para a confecção da Ação Penal 470. Foram dezenas e dezenas de depoimentos, documentos, laudos, registrados em milhares de páginas organizadas em mais de duas centenas de volumes. Deve ser destacado o importante papel do Ministério Público Federal, que permitiu apresentar o conjunto das provas e a acusação efetuada com ponderação e argúcia pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Mas nunca é demais ressaltar o papel central em todo este processo do relator, o ministro Joaquim Barbosa. Não é exagero afirmar que, se não fosse a sua determinação — apesar de tantas dificuldades —, os trabalhos não teriam chegado a bom termo. Deve ser lembrada ainda a lamentável (e fracassada) tentativa de chantagem contra o ministro Gilmar Mendes efetuada pelo ex-presidente Lula.

Em 2 de agosto de 2012, finalmente, teve início a quarta batalha ─ o julgamento propriamente dito. Foram 53 sessões. Centenas de horas de debates. Com toda transparência, o Brasil assistiu a um julgamento único na nossa história. Não foi fácil chegar ao final dos trabalhos com a condenação de 25 réus. Algumas sessões foram memoráveis, especialmente no momento da condenação do núcleo político liderado por José Dirceu, sentenciado por formação de quadrilha — considerado o chefe — e nove vezes por corrupção ativa, em companhia de mais três membros da liderança petista.

A quinta — e última — batalha é a que estamos assistindo. Depois da publicação do acórdão e com os recursos apresentados pelos advogados ─  inócuos, pois não foram apresentadas novas provas que pudessem justificar alguma mudança nos votos dos ministros ─, teremos finalmente o cumprimento das sentenças. Mas, até lá, serão semanas tensas. Já vimos várias tentativas de desmoralização do STF. A entrevista do quadrilheiro e corrupto José Dirceu, condenado a dez anos e dez meses de prisão, acusando o ministro Luiz Fux de traidor, foi apenas uma delas. Os advogados de defesa, pagos a peso de ouro, vão tentar várias manobras, mas dificilmente obterão algum êxito. Outra tentativa de desmoralização foi a designação dos condenados José Genoíno e João Paulo Cunha para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. É neste momento que cresce a importância dos dois ministros mais antigos do STF: Celso de Mello e Marco Aurélio. Devem servir de escudo contra a tentativa golpista do petismo de pressionar os ministros mais jovens da Corte para conseguir, através de algum subterfúgio, a revisão das penas.

A sociedade não pode silenciar. Muito menos perder o foco. É no STF que está sendo jogada a sorte do estado democrático de direito. Os mensaleiros golpistas sabem que perderam, mas os democratas ainda não perceberam que ganharam. No momento que os condenados ao regime fechado estiveram adentrando o presídio, a democracia brasileira vai estar obtendo umas das suas maiores vitórias. Era muito difícil, quase impossível, encontrar alguém que, no início do processo, imaginasse a condenação dos mensaleiros. E mais, que eles fossem (como irão) cumprir suas penas. A satisfação não advém de nenhum desejo de vingança. Longe disso. É sentimento de justiça. Quando José Dirceu estiver cruzando o portão de entrada do presídio — certamente com um batalhão de jornalistas aguardando sua chegada — isto deverá servir de exemplo para todos aqueles que continuam desrespeitando a legalidade, como se estivessem acima das leis, cometendo atos que violam o interesse público, a ética e a cidadania.

Estamos há mais de cem anos procurando homens públicos republicanos. Não é tarefa fácil. Euclides da Cunha, em 1909, numa carta ao seu cunhado, escreveu que “a atmosfera moral é magnífica para batráquios”. E continuou: “Não imaginas como andam propícios os tempos a todas as mediocridades. Estamos no período hilariante dos grandes homens-pulhas, dos Pachecos empavesados e dos Acácios triunfantes”. A confirmação das sentenças e o cumprimento das penas podem ser o começo do fim dos “homens-pulhas” e a abertura da política para aqueles que desejam servir ao Brasil. Iniciaremos a refundação da República.

Joaquim Nabuco - Minha Formacao, em edicao em ingles - Editora Bem-Te-Vi

Um convite que viria a calhar se eu estivesse no Rio, mas que vem a calhar já que estou nos Estados Unidos, onde o livro deve circular...
Paulo Roberto de Almeida
Permito-me lembrar que a mesma editora já publicou dois livros anteriores de ensaios sobre Joaquim Nabuco, num dos quais figura um ensaio deste blogueiro, como referido neste link:
http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/112NabucoBemtevi.html
Paulo Roberto de Almeida

Copom: para que te quero? Para nada? Podemos dispensar?

Eventual elevação de juros será em patamar menor, afirma Dilma

Alvo de críticas pela alta de preços, presidente volta a criticar 'pessimismo especializado' e descarta altas taxas

Fernando Gallo
O Estado de S.Paulo, 16 de abril de 2013 | 13h 06
 
Belo Horizonte - A presidente Dilma Rousseff, que vem sendo fustigada pela alta nos índices de preços oficiais, afirmou nesta terça-feira, 16, que "qualquer necessidade" de aumento de juros "para combate a inflação" hoje em dia "será possível fazê-la em um patamar bem menor" do que na época em que o País conviveu com taxas mais altas. Ela voltou a dizer que o governo não "negociará" com a inflação e assegurou que não terá "o menor problema em atacá-la sistematicamente". Dilma declarou ainda que "não há hipótese" de o Brasil não apresentar crescimento econômico em 2013 e disse estar "otimista" com o País.
A presidente afirmou também que o combate à inflação foi "uma conquista desses dez últimos anos de governo, do presidente Lula e do meu", e disse que o Brasil jamais voltará a ter altas taxas de juros reais.
"Não é hora de achar que a hora do Brasil passou. Pelo contrário, a hora do Brasil é agora. Temos que ter certeza de que passamos e estamos passando estamos passando um momento muito difícil no cenário internacional. O Brasil está passando esse momento mantendo a sua robustez, a capacidade de fazer política industrial", afirmou Dilma em Minas Gerais, na cerimônia do anúncio de uma fábrica que produzirá insulina humana no Brasil.
"A grande diferença nossa não é só que não desempregamos nem reduzimos direitos para enfrentar a crise, mas sobretudo que mantivemos a capacidade, quando todo mundo eleva impostos, de reduzi-los. Mantivemos a capacidade de buscar um maior equilíbrio entre as variáveis macroeconômicas, que é mudar o patamar de juros no Brasil. Jamais voltaremos a ter aqueles juros em que qualquer necessidade de mexida elevava os juros para 15% porque estava em 12% a taxa real. Hoje temos uma taxa real bem baixa. Qualquer necessidade para combate a inflação será possível fazer num patamar bem menor", disse a presidente.
Dilma voltou a culpar o "pessimismo especializado" pelas avaliações de que a economia pode desandar. "Acredito que tem uma parte dessa história que vocês escutam que é um pessimismo especializado, de plantão. Um pessimismo que nunca olha o que já conquistamos e a situação em que estamos. Sempre olha achando que a catástrofe é amanhã. Achando que esse processo é um processo que tem sinalizações indevidas."
Na segunda, 15, à noite, a uma plateia petista, associara o "pessimismo" aos tucanos ao dizer que os "pessimistas" eram os mesmos que haviam feito o racionamento de energia no país em 2001. Desta feita, no entanto, embora não tenha feita a mesma associação, fez os comentários na presença do governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB), um dos principais aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Aécio, que deve ser um dos oponentes de Dilma na disputa presidencial de 2014, disse em entrevista recente que a presidente é "leniente" com a inflação. Ao ouvir os comentários de Dilma, Anastasia apenas olhou, constrangido. Ele fizera um discurso brando, no qual ressaltou as parcerias entre os governos federal e mineiro e agradeceu Dilma por elas.
Outro possível adversário da presidente em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também vem fazendo críticas à política econômica de Dilma. Ele costuma dizer que economicamente "2012 foi pior do que 2011 e 2011 foi pior que 2010" e já chegou a afirmar que a crise internacional "está chegando ao Brasil".
No PT há um temor de que o aumento de preços possa vir a se transformar num problema eleitoral para o projeto de reeleição da presidente.
 Veja também:
link Dilma diz que inflação está sob controle e faz crítica a 'pessimistas especializados'
link Dora Kramer: Atenção, concentração
link Presidente do PT chama Aécio de 'cara-de-pau'

India: qualquer semelhanca com o Brasil NAO e' mera coincidencia...

Debating the Tiger's Rise

India would have had 175 million fewer poor people by 2008 had it embarked upon free-market reforms in 1971 instead of 1991.

For the first time since the advent of economic reforms in 1991, a question mark looms over India's development prospects. Growth this year is less than half the tigerish high of 9.8% six years ago, and Prime Minister Manmohan Singh's reputation as a reformer lies in tatters. The government he heads has become synonymous with corruption scandals, reckless populism and policy torpor.
Columbia University economists Jagdish Bhagwati and Arvind Panagariya believe that bad ideas and economic mismanagement are mostly responsible for India's current slowdown. In "Why Growth Matters," they trace India's economic trajectory since independence in 1947 and offer a comprehensive to-do list for reformers. At the heart of this book lies a simple message. The country's post-1991 transformation "from a basket case into a powerful engine of growth," the authors say, unambiguously proves something that many on the Indian left remain in denial about: that a rapidly expanding economy is the best antidote to poverty.

Why Growth Matters

By Jagdish Bhagwati and Arvind Panagariya
(PublicAffairs, 280 pages, $28.99)
Over the past two decades, India's economic reforms—especially scrapping industrial licensing, in which bureaucrats set production targets for firms, and lowering tariff barriers to trade—have pulled nearly 200 million people out of poverty. Yet the country's public discourse remains littered with myths: that only the rich have benefited from growth; that ending poverty depends on redistribution; and that the country's wealth has little to do with its health and education standards. Taken together, they add up to the absurd notion that India has reformed too fast rather than not fast enough. Indeed, the present government first came to power in 2004 by championing the dodgy slogan "inclusive growth," which suggests that somehow growth by itself was exclusive or anti-poor. In fact, it is the bloated and suffocating socialist model unveiled by Jawaharlal Nehru at independence in 1947 that deserves such ignominious labels. Messrs. Bhagwati and Panagariya contrast the heavy hand of Indian central planning with the private-sector-led growth that allowed East Asia's nimble economies, such as South Korea and Taiwan, to prosper from the 1960s onward. By contrast, India grew at an anemic 3.5% per year on average in the three decades to 1980, thanks to government control over private investment, the steady expansion of the public sector, an obsession with self-sufficiency and restraints on foreign investment. In short, as the authors write, after independence "India's economics quickly collapsed into the disaster range."
Nonetheless, the villain of the book isn't Nehru, a hapless idealist born to extreme privilege—his father sent his shirts to Paris to be laundered. It's Nehru's daughter, Indira Gandhi, who led the country from 1966 to 1984 (minus a three-year spell in opposition). She doubled down on her father's mistakes even as the benefits of an unshackled private sector were fast becoming obvious in East Asia. On her watch, India nationalized mines, general insurance companies and the 14 largest banks. She forced the dilution of foreign equity in Indian companies, reserved production in vast swaths of the economy for small firms, limited the size of urban land holdings and made it virtually impossible to fire workers.
Between 1965 and 1975, per capita income in India rose by a minuscule 0.3% annually. If you were to draw up a list of post-colonial leaders responsible for economic crimes against their people, Indira Gandhi's name would figure near the top. By one Cato Institute estimate, India would have had 175 million fewer poor people by 2008 had it embarked upon reforms in 1971 instead of 1991.
Only then, prodded by a balance of payments crisis that threatened to halt imports and tip the government into debt default, did India decisively change course. The government ended industrial licensing and slashed import duties, at the time among the highest in Asia. Since 1991, the trade-to-GDP ratio has risen from 17% to above 50%. Foreign investment soared from $100 million in 1991 to $60 billion in 2007. Over roughly the same period, the number of phones in India skyrocketed from a total of five million to 895 million today, with an average of 15 million new connections each month. Annual automobile production rose from 180,000 to two million in 2010. As for poverty, in the mid-1980s nearly one in two Indians lived below the poverty line. A generation later that proportion is closer to one in four.
And yet, paradoxically, the intellectual debate about reforms in India is untethered from the dictates of common sense. For this Messrs. Bhagwati and Panagariya squarely blame leftist economists, such as their Columbia colleague Joseph Stiglitz, Belgian-born Jean Drèze and Harvard's Amartya Sen, for being "intellectually lazy and unwilling to learn from the ruin they had visited on India and its poor." In the bazaar of ideas, leftists consistently question the efficacy of markets, exaggerate the extent of poverty and oppose the privatization of inefficient public services. In a country once steeped in socialism, these arguments continue to find buyers.
To the outside observer, it may seem strange that Indians are still squabbling over whether growth really matters or over how to define the poverty line. When the data unambiguously point to all social groups, including the lowest castes, having benefited from reforms, then why is this even a topic for discussion? Indeed, the most depressing aspect of this book is the fact that two eminent economists felt the need to write it in the first place. Shouldn't such fundamental questions have passed by now from contention to consensus?
Nonetheless, the authors' deep compassion for the poor, gimlet-eyed view of India's checkered economic past and genuine concern for its future shine through on every page. For the reader interested in the big policy questions facing the world's largest democracy—and, by extension, much of the rest of the developing world—"Why Growth Matters" is as good a place to start as any.

Mr. Dhume is a resident fellow at the American Enterprise Institute and a columnist for WSJ.com. Follow him on Twitter @dhume01.
A version of this article appeared April 16, 2013, on page A13 in the U.S. edition of The Wall Street Journal, with the headline: Debating The Tiger's Rise.

Existem MORTOS e mortos, existem NOTAS e notas, ou não...

Notas à imprensa

Nota nº 113 - 16/04/2013
Terremoto na Ásia
Nota nº 107 - 09/04/2013
Terremoto no Irã
Nota nº 103 - 03/04/2013
Tempestades na Argentina

Ouro: a reliquia barbara em queda livre - NYTimes

Price of Gold Takes Flashy Fall; Other Markets Follow
The steep fall in gold led a broader sell-off across the markets. The S.& P. index declined the most in one day since early November.
By NATHANIEL POPPER
The New York Times, April 15, 2013

Gold prices tumbled 9 percent on Monday, the sharpest drop in 30 years, heightening fears that investors’ faith in the safe haven has been shattered.

The steep fall in gold, after a slump on Friday, led a broader sell-off in commodities and stock markets. The Standard & Poor’s 500-stock index declined 2.3 percent — its sharpest one-day decline since early November. Crude oil prices fell to under $90 a barrel, and copper dropped to a 17-month low.

The catalyst was disappointment over Chinese growth, which has been a bright spot in a global economy marred by uneven recoveries and Europe’s persistent debt problems.

A report on Monday showed that Chinese economic growth unexpectedly slowed to an annual pace of 7.7 percent in the first months of the year, from 7.9 percent at the end of 2012, suggesting that China’s demand for industrial materials would soften.

Weak regional manufacturing data in the United States also weighed on the United States stock market, as did the explosions in Boston later in the day.

Still it was gold that took the market spotlight on Monday.

The price of the metal has been undergoing an extraordinary reversal from a decade-long rally. Since reaching a high of $1,888 an ounce in August 2011, gold has been on a downward slope. The decline picked up pace on Friday, when gold fell 4 percent, officially taking it into a bear market, which is defined as a 20 percent drop from its recent high.

The damage worsened on Monday, when the price of an ounce of gold dropped 9.35 percent, or $140.40, to $1,360.60 for the April contract — the sharpest such one-day decline since February of 1983.

A number of banks, including Goldman Sachs, have recently lowered their forecasts for gold. But the recent drop has been greater than even the most pessimistic predictions.

“We’ve traded gold for nearly four decades and we’ve never … ever… EVER… seen anything like what we’ve witnessed in the past two trading sessions,” Dennis Gartman, a closely followed gold investor, wrote to clients on Monday.

The shift in gold’s fortunes presents a moment of reckoning for many so-called gold bugs, who had expected their financial lodestar to continue moving up in response to the Federal Reserve’s effort to stimulate the economy through bond-buying programs.

The assumption among gold bugs was that the flood of new money would cause inflation, making hard assets like gold more attractive. So far, though, there have been few signs of inflation taking root even as central banks in Japan and Europe have begun their own aggressive bond-buying programs.

“Gold has had all the reason in the world to be moving higher — but it hasn’t been able to do it,” said Matt Zeman, a metals trader at Kingsview Financial. “The situation has not deteriorated the way that a lot of people thought it could.”

The recent drop in gold prices has been partly attributed to signals from powerful members of the Fed that the central bank may begin to wind down its bond-buying programs. But the list of reasons to sell gold grows longer by the day. European politicians have indicated that Cyprus may need to sell off some of its gold holdings to pay for its bank bailout, which could lead other countries to do the same.

The market decline, like the decade-long run-up, has also been attributed to the new financial instruments that have made buying gold easier for a wide array of investors. The most prominent products are gold exchange-traded funds, which can be traded on stock exchanges, and which together hold as much gold as all but a few of the world’s largest central banks.

Hedge funds have used gold E.T.F.’s to gain exposure to the precious metal, but have been selling them off en masse in recent weeks. The largest such exchange-traded fund, with the ticker symbol GLD, had its most active day ever on Monday.

“The exits are only so wide and there are too many people trying to leave all of the sudden,” said Bart Melek, a commodity strategist at TD Securities.

Many gold analysts have said that the demand for physical gold is stronger than the demand for financial products linked to gold, like exchange-traded funds and futures contracts. But this has not been enough to prop up the market.

On Monday, the most obvious catalyst for the carnage was the disappointing Chinese economic data that led to talk that China will no longer need the same physical resources to expand.

In the commodities world, this did not hurt only gold. Silver dropped over 12 percent, platinum 5.6 percent and the benchmark oil contract was down 3.9 percent. Stock indexes fell 1.5 percent in Japan and 0.6 percent in England.

The S.& P. 500 dropped 2.3 percent, or 36.49 points, to 1,552.36 on Monday. The Dow Jones industrial average closed down 1.8 percent, or 265.86 points, at 14,599.20. The Nasdaq composite index fell 2.4 percent, or 78.46 points, to 3,216.49.

In the bond market, interest rates fell as investors shifted their money to less risky assets. The price of the Treasury’s 10-year note rose 9/32, to 10226/32, while its yield dropped to 1.69 percent, from 1.72 percent late Friday.

Venezuela: uma nota de Nota Latina sobre as eleicoes

Não posso referendar o que se afirma, mas em vista das muitas dúvidas e temores existentes, uma recontagem poderia acalmar os militantes, das duas partes. Caso contrário, é possível que tenhamos vítimas do processo de violência crescente.
Paulo Roberto de Almeida

A fraude foi a grande vencedora das eleições na Venezuela
Nota Latina, segunda-feira, 15 de abril de 2013

A Venezuela celebrou ontem eleições presidenciais, fraudulentas deste a data, uma vez que o pleito deveria ter sido convocado pelo menos desde janeiro deste ano, quando se anunciou a impossibilidade de Chávez voltar a governar, e em vez de Nicolás Maduro deveria estar governando até novas eleições o presidente da Assembléia, Diosdado Cabello. O CNE, órgão eminentemente chavista, fez vista grossa a essas irregularidades e ainda deu posse oficialmente a Nicolás Maduro no dia 8 de março.

Na edição do dia 4 de abril o Notalatina havia anunciado que a vitória seria de Maduro, não sem fraude, pois esta foi uma das deliberações do Foro de São Paulo (FSP) que realizou um encontro em Caracas, em edição extraordinária, no dia 1º de abril.

Embora toda a imprensa brasileira tenha anunciado que as eleições ocorreram em um clima de “paz e tranqüilidade”, não foi isto que vi e que era denunciado freneticamente por venezuelanos via Twitter e FaceBook durante todo o dia. Denunciavam que Maduro mandou fechar as fronteiras do país para dificultar o acesso de possíveis opositores e destaco o que assisti pelo canal Globovisión: no Liceu de Montalban, onde ocorreu mais fraudes em número e em diversificação, umas senhoras denunciavam haver chegado ao local às 5 h. da manhã e já passadas as 4 da tarde ainda não haviam votado. Dnunciavam que chegou um ônibus com 100 (CEM) cubanos, com cédulas novas, para votar naquela unidade mas que não pertenciam à comunidade. Nesta mesma localidade, o site La Patilla denuncia (com fotos e um vídeo que recomendo) que motorizados armados ameaçavam as pessoas; que um cidadão que chegou com o deputado Carlos Sierra, do PSUV, foi detido pela Polícia, pois trazia consigo 40 cédulas de identidade. Que os militantes chavistas continuavam fazendo campanha abertamente - quando era expressamente proibido pelo CNE a partir do dia 10 -, e o próprio Maduro não cessou de utilizar todos os canais de rádio e televisão em seu favor. Através do Twitter, um eleitor publica foto de urnas sendo levadas pela Guarda Nacional sem ser auditadas. Também através do Twitter Henrique Capriles denunciava: “Exigimos à reitora Tibisay Lucena o encerramento total das mesas de votação, estão tratando de votar com mesas encerradas. Fazer RT!”.

E como se fraudou, finalmente, as eleições? No dia 10 de abril, a ex-juíza eleitoral Ana Mercedes Díaz, que trabalhou no CNE por 25 anos, denunciou no programa de Jaime Bayly que as fraudes vêm ocorrendo desde o ano de 2004 e nunca mais pararam. Dentre uma das maneiras de se fraudar está na tinta utilizada para captar a impressão digital, que deveria ser indelével mas não é, onde pode-se apagar a digital impressa no papelete quantas vezes se deseje e no lugar ir colocando outras. Esta falha na qualidade da tinta foi também uma das incontáveis denúncias feitas pelos eleitores no Twitter ontem à tarde e parte da noite. A entrevista da Drª Ana Mercedes foi publicada em dois vídeos que podem ser vistos aqui e aqui, mas não deixem de ver, se quiserem compreender porquê há anos se denuncia o cometimento de fraude eleitoral na Venezuela.

O CNE tardou demais em apresentar os resultados e as expectativas eram imensas. O comando de Capriles estava seguro, pois tinha cópia das atas, que a vitória era do seu candidato. Em anos anteriores parece que a MUD (Mesa de Unidade Nacional) não teve fiscais em todas as mesas do país mas este ano sim, daí que puderam ter cópia de todas as atas. E o resultado dava Henrique Capriles com um vitória colossal, conforme pode-se ver no gráfico e na relação por estados abaixo. E enquanto aguardávamos, recebi essa informação que foi divulgada pelo Twitter, de alguém que trabalha no CNE:

“Com 95% de atas escrutinadas: Capriles 7.800M, Maduro 6.400M. Sou membro do CNE
Passa urgente para que se vejam de mãos atadas”.
(Graficos e tabelas)

E já passava da meia-noite quando finalmente os reitores do CNE resolveram apresentar os resultados, quando, segundo informação desse órgão, já se havia apurado 99,12% dos votos e àquela altura se poderia afirmar que o resultado era irreversível. Segundo Tibisay Lucena, com 78% de participação, Maduro alcançou 7.505.403 votos, com 50,66%, e Capriles 7.270.403 votos e 49,07%.

Hoje pela manhã recebi outra informação grave que traduzo literalmente, de pessoa que trabalha no CNE e por motivos óbvios não pode se identificar:

“Amiga, tremendo porre por aqui. Só Vicente (o único dos cinco reitores não-chavista G.S.) dá a cara. Já baixaram a diferença para 100 mil votos e ainda faltam os do exterior, esses não chegaram. Era mentira o que disseram. Difunde por favor para que as pessoas saibam da verdade e possamos mover as massas.
Querem proclamar Nicolás hoje mesmo à tarde.
No fiquemos calados! AGORA OU NUNCA!”.

Quer dizer, demoraram a anunciar os resultados porque estavam vendo de que maneira poderiam arranjar as coisas e anunciar o resultado determinado pelo Foro de São Paulo e pela ditadura cubana, mesmo sabendo que, além de mentir nos números que tinham em mãos, ainda faltavam os votos do exterior e que me foi informado que nos Estados Unidos, onde vivem mais de 9.000 famílias exiladas, a vitória foi de Capriles.

Tão logo Tibisay anunciou a farsa, Maduro fez um discurso histérico e desconexo desde o Palácio de Miraflores. Dalí ele gritava cheio de ódio contra a oposição, colocando no final de seus grunhidos o Hino Nacional cantado por Chávez. Capriles demorou a se pronunciar mas quando o fez, foi corajoso e preciso. Se em outubro de 2012 ele tivesse tomado a atitude de ontem, a Venezuela hoje não estaria passando por tudo isto de novo e talvez, a esta altura, Chávez e seu legado, sobretudo os agentes cubanos, fossem apenas partes de uma história nefasta, de um pesadelo maligno que durou 14 anos e foi parar no rol do esquecimento.

Em seu discurso calmo e comedido Capriles dirigiu um alerta a Maduro que resume tudo: “Se você antes era ilegítimo, agora está mais carregado de ilegitimidade”. No vídeo que apresento abaixo, de parte do seu discurso, Capriles disse que não vai aceitar os resultados apresentados pelo CNE e que exige uma auditoria com cada uma das urnas, 100% dos votos. Denunciou ainda que o resultado apresentado pelo CNE está baseado em 3.200 “incidências” e que quer que se conte voto por voto. Sobre o pedido de auditoria, José Miguel Insulza, Secretário Geral da OEA, afirmou que “respaldava” a iniciativa e que colocaria à disposição da Venezuela uma equipe de experts da OEA, “de reconhecido prestígio e longa experiência nesta matéria”. Apesar desse apoio, temo pelo que vão fazer tais “experts”, pois eles sempre avalizaram as fraudes cometidas por Chávez ao longo de mais de 10 anos, uma vez que a única eleição que lhe deu uma vitória “limpa”, foi a primeira, em 1998.

E hoje Capriles voltou a se pronunciar diante de seus leitores e pediu às autoridades eleitorais que suspendam a proclamação de Maduro até que se faça a re-contagem dos votos. A Maduro ele disse através de uma conferência de imprensa: “Se você vai e corre hoje covardemente a se proclamar, você é um presidente ‘ilegítimo e espúrio’”. Em seguida, dirigindo-se a seus eleitores, conclamou a um panelaço, caso o CNE desrespeite a solicitação de auditoria e dê posse a Maduro antes de se concluir a re-contagem. E concluiu dizendo: “Queremos um panelaço que se ouça no mundo inteiro para fazer sentir nossa indignação porque não se quer dar a conhecer a verdade expressada nas urnas no dia de ontem”. Vejam no vídeo abaixo.

Tenho fé que desta vez os venezuelanos, vendo a coragem e a força moral apresentada por Capriles agora, não deixem que a ditadura cubana e o FSP decidam seus destinos. Que vão às ruas fazer o panelaço, que façam muito barulho para que o mundo inteira conheça que Chávez implantou uma ditadura violenta na Venezuela e que o povo não agüenta nem aceita mais. Que Deus abençoe a Venezuela e seu “bravo povo”, que a paz, a democracia, a liberdade e a prosperidade possam voltar àquela terra de gente tão querida. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro

G. Salgueiro às 5:25 PM
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2 comentários:
Ezequiel Navarro15 abril, 2013 22:33
Estava na cara que essas eleições seria uma fraude. Por tudo que se tem noticiado nesse blog, esses maniacos iam ferrar com as eleições...
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Anônimo16 abril, 2013 00:58
O povo venezuelano não pode aceitar esta fraude. Deve denunciar aos organismos internacionais. Que estes auditores da OEA possam realizar sua apuração e legitimar o resultado.

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Educacao companheira: alguns exemplos dos "curços çuperior" - O Globo

A culpa não é só dos companheiros, é verdade, mas eles são os mais tolerantes com as "forma popular" de falar, elevando a incompetência ao estado da arte do MEC, que está inteiramente refletido na matéria abaixo.
Paulo Roberto de Almeida

Respostas de formandos no Enade 2012 têm erros de português como 'egnorância' e 'precarea'
Lauro Neto
O Globo, 15/04/2013

Estudantes que estão concluindo ensino superior cometem equívocos grosseiros de ortografia e construção frasal. Inep diz que há rigor na correção
Não é apenas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que os estudantes cometem erros absurdos de ortografia. No Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), alunos que estão se formando no ensino superior cometem desvios tão ou mais graves como "egnorancia", "precarea" e "bule" (bullying).

Esses e outros exemplos foram repassados por uma corretora do Enade 2012, que avaliou concluintes de cursos como Direito, Comunicação Social, Administração, Ciências Econômicas, Relações Internacionais e Psicologia. A professora entregou o material pessoalmente ao GLOBO, mas, por ter assinado contrato de sigilo com o Ministério da Educação (MEC), não pode ser identificada. A docente procurou o jornal depois de ler, também no GLOBO, a reportagem, publicada no dia 18 de março, mostrando que redações que receberam nota 1.000 no Enem tinham erros como "trousse", "enchergar" e "rasoável".

Em dez respostas à segunda questão discursiva, há erros, sobretudo, de estrutura frasal, imprecisão vocabular e fragmentação de sentido. Segundo a professora, mesmo corrigidos equívocos de pontuação, regência, ortografia e concordância, esses textos continuariam errados.

A questão pedia que, a partir da análise de charges e da definição de violência formulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o candidato redigisse um texto sobre a violência atual, contemplando três aspectos: tecnologia e violência (3 pontos); causas e consequências da violência na escola (3 pontos); proposta de solução para a violência na escola (4 pontos).

Um formando escreveu: "A violencia e causada muitas vezes pela falta de cultura e pela egnorancia dos seres humanos, cuja a tecnologia sao duas grandes preocupação para a sociedade, causando violencia nas escolas". Outro estudante respondeu: "Hoje o sistema de segurança publica a inda e muito precarea no Brasil precisa ater mais infraestrutura para a segurança da sociedade em geral".

Um terceiro redigiu: "As escolas tem que orienta e ajuda estas crianças que são violêntas e pratica o bule por enquanto são crianças por que só assim elas terão chacer de melhora e ser uma pessoa melhor e mas calma". Em outra resposta, constava: "Esperamos que com a oportunidade de farias formação academica possa futuramente acabar ou diminuir este comportamnento do sr humano".

- Os critérios são benevolentes, mandam não pesar a mão para manter média 5. Precisa se dar à opinião pública a ideia de que o ensino está melhorando. Mas não está. As faculdades formam profissionais analfabetos funcionais. Esse é o final do filme - diz a corretora.

Em nota, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) rebate com veemência as críticas, afirmando que "são completamente infundadas as suspeições levantadas pela suposta corretora de que ocorreu orientação para 'aliviar' nas correções". De acordo com o órgão, responsável pela aplicação da prova, "isso não acontece, nem aconteceu, no Enade, Enem, ou em qualquer outro exame sob responsabilidade do Inep/MEC". O comunicado esclarece ainda quaisquer erros tão grosseiros como os citados nesta reportagem certamente teriam "baixíssima avaliação".

Segundo o Inep, as correções do Enade 2012 são feitas por bancas constituídas de um professor doutor como presidente e membros com titulação de doutorado ou mestrado, vinculados há, pelo menos, cinco anos a instituições de ensino superior. "São cerca de 500 profissionais do mais alto nível que podem atestar a seriedade do exame e das correções", diz a nota.

De acordo com o órgão, "o rigor das avaliações do Enade se expressa nas medidas de supervisão e regulação adotadas pelo MEC, com base nos indicadores de qualidade como o índice geral de cursos (IGC) e o conceito preliminar de curso (CPC). Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes representa 55% do total". O resultado do Enade não impossibilita que os estudantes se formem, a menos que eles não compareçam à prova.

Pós-doutor em Linguística Aplicada e professor da UFRJ e da Uerj, Jerônimo Rodrigues de Moraes Neto considera gravíssimo o exercício de qualquer profissão sem o conhecimento da língua portuguesa:

- As profissões nas quais esses alunos se formam não geram à sociedade os resultados a que se destinam. Advogado que não entende cliente não consegue, na petição, se fazer entender pelo juiz. Não tem condições de interpor recursos.

Este ano, apenas 10,3% dos 114.763 participantes que prestaram o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foram aprovados. É o pior resultado desde que passou a ser aplicado no formato unificado, em 2010. E, como mostrou pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios, erros de português são o principal motivo de reprovação em processos seletivos de estágio. No estudo, que avaliou 7.219 alunos de níveis superior e médio, 28,8% perderam oportunidades por isso. Para corrigir as deficiências, universidades oferecem cursos de reforço. Na opinião de Moraes Neto, esse tipo de curso é excelente, mas o cerne da questão é a formação do professor de Português:

- O ponto crucial reside na formação do professor de Português, que deverá ensinar o aluno a falar, escrever e ler, mediante conhecimento do sistema linguístico da língua portuguesa.

Para a professora Cibele Yahn de Andrade, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Unicamp, nivelar o ensino superior é necessário. Mas, para ela, o centro do problema está nos ensinos fundamental e médio.

- Não é possível superar essas deficiências acumuladas, de modo satisfatório, em curto prazo. São habilidades que deveriam ser adquiridas ao longo da vida escolar, na sequência de atividades de leitura e escrita diversificadas e com desafios crescentes.