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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Reitor de universidade criacionista novo diretor da Capes

Ex-reitor do Mackenzie é anunciado novo presidente da Capes

Benedito Guimarães Aguiar Neto vai suceder Anderson Ribeiro Correia. A nomeação e a exoneração foram publicadas no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (24).

Benedito Guimarães Aguiar Neto, ex-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, é o novo presidente da Capes — Foto: Divulgação/MackenzieBenedito Guimarães Aguiar Neto, ex-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, é o novo presidente da Capes — Foto: Divulgação/Mackenzie
Benedito Guimarães Aguiar Neto, ex-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, é o novo presidente da Capes — Foto: Divulgação/Mackenzie 
Benedito Guimarães Aguiar Neto, até então reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, foi nomeado nesta sexta-feira (24) para presidir a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes). A instituição é responsável por conceder bolsas de pós-graduação e fomentar pesquisas. 
Ele irá suceder Anderson Ribeiro Correia, que deixou o cargo em dezembro para reassumir a reitoria do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A nomeação e a exoneração foram publicadas no Diário Oficial da União. 
De acordo com a Capes, Benedito Guimarães Aguiar Neto se formou em Engenharia Elétrica em 1977 pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e concluiu mestrado na mesma instituição em 1982. Ele concluiu o doutorado na área em 1987 pela Technische Universität Berlin, na Alemanha; e o pós-doutorado em 2008 pela University of Washington, nos Estados Unidos. 
O novo reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie será Marco Tullio de Castro Vasconcellos. De acordo com a instituição, ele já está eleito, mas ainda não empossado. 

Orçamento reduzido e corte de bolsas

O MEC decidiu cortar pela metade o orçamento da Capes em 2020. Foram reservados R$ 2,2 bilhões para a instituição frente os R$ 4,25 bilhões previstos neste ano. 
A Capes teve R$ 300 milhões contingenciados neste ano. Considerando o impacto das 11 mil bolsas no Orçamento 2019, a coordenação economiza R$ 90,8 milhões no atual exercício. 
No primeiro anúncio de corte, em 9 de maio, a Capes comunicou o bloqueio de 3.474 bolsas. Depois, em 4 de junho, a Capes avisou que deixaria de oferecer 2,7 mil bolsas, sendo que esse número foi aplicado em cursos com conceito nota 3. 

Entenda o que é a Capes

A Coordenação de de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é uma fundação do Ministério da Educação (MEC) responsável por avaliar os cursos de pós-graduação, divulgar as informações científicas, promover a cooperação internacional e fomentar a formação de professores para a educação básica. 
Ela foi criada em 1951 e oferece, ao todo, quase 200 mil bolsas de estudo em 49 áreas de estudo para universitários da rede pública e privada: são 92.253 bolsistas na pós-graduação (no Brasil e no exterior) e 107.260 bolsista de programas de formação de professores da educação básica. 
Os valores das bolsas são, em média, de R$ 1,5 mil para o mestrado e de R$ 2,2 mil para o doutorado. 
No site da Capes é possível ter acesso a pesquisas em destaque. Entre elas, há o estudo que usa dados da Justiça para aprimorar as políticas públicas de saúde e a pesquisa sobre resfriamento de reatores nucleares, além do estudo sobre uma mutação genética que ajuda na proteção contra a malária. 

Governistas articulam fusão entre Capes e CNPq, mas Rodrigo Maia rejeita 
MEC e Capes desbloqueiam 3.182 bolsas de pós-graduação
MEC e Capes desbloqueiam 3.182 bolsas de pós-graduação

domingo, 22 de dezembro de 2019

A pesquisa científica no Brasil: relatório Capes-MEC 2013-2018

Periódicos

CAPES/MEC

Produção científica

Relatório bibliométrico revela desempenho e tendências da pesquisa brasileira



Sexta, 13 Setembro 2019
Relatório bibliométrico revela desempenho e tendências da pesquisa brasileira (Imagem: reprodução Google)O Web of Science Group, segmento da Clarivate Analytics, disponibilizou o relatório A Pesquisa no Brasil: Promovendo a Excelência, que fornece uma análise da pesquisa científica brasileira em um contexto global. O documento contempla trabalhos publicados entre 2013 e 2018, destacando a importância das colaborações internacionais e da indústria no impacto e na visibilidade da pesquisa nacional.

Os dados apontam que o Brasil mantém a 13ª posição no mundo em termos de produção de artigos e revisões de pesquisa (com base no conteúdo indexado na plataforma Web of Science), logo atrás da Índia (10º) e da Coreia do Sul (12º), porém à frente da Rússia (15º) e da África do Sul (21º) – países que compõem o BRICS ao lado do Brasil.

Somente em 2018, pesquisadores brasileiros publicaram mais de 50 mil artigos. O crescimento da produção em 2018 é 30% superior aos anos anteriores observados, além de ser o dobro da média global. O relatório indica ainda que existem bolsões de excelência em termos de impacto de citação nas áreas de Ciências da Vida, Física e Engenharias.

Outra informação apresentada é sobre a colaboração internacional. Entre 2013 e 2018, a comunidade científica brasileira colaborou com pesquisadores de 205 países. Aproximadamente um terço dos cientistas brasileiros são coautores de trabalhos internacionais.

A colaboração industrial também tem destaque. De acordo com o levantamento, as estratégias para promover ações conjuntas com a atividade industrial já apresentam resultados referentes ao número de artigos publicados: 81% das publicações articuladas nessa esfera no período de 2015 a 2017 são de colaborações entre universidades públicas e a indústria.

As universidades públicas, por sua vez, são a principal fonte de publicações de pesquisa no Brasil, segundo a análise. As 15 universidades mais ativas em produção científica são responsáveis por mais de 60% da pesquisa no país. São elas:

Dados extraídos da Web of Science  (Fonte: Clarivate Analytics, 2019)
Dados extraídos da Web of Science (Fonte: Clarivate Analytics, 2019)

O relatório traz informações relevantes para o cenário, como:
- Quantos trabalhos de pesquisa o Brasil produz?
- Qual o impacto da citação na pesquisa brasileira?
- Como a pesquisa brasileira se compara internacionalmente?
- Com quais países internacionais o Brasil colabora?
- Quais empresas colaboram com universidades no Brasil?
- Quais empresas publicam em conjunto com universidades no Brasil?
- Como a pesquisa brasileira é comparada em cada categoria?
- Quais são as áreas de força e oportunidade da categoria de pesquisa?
- Como o Brasil apoia a infraestrutura de pesquisa?

O relatório A Pesquisa no Brasil: Promovendo a Excelência está disponível aqui.

O Portal de Periódicos autoriza a reprodução parcial ou total de suas notícias desde que seja citada a fonte: "Portal de Periódicos da CAPES"
Alice Oliveira dos Santos

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Reconhecimento de diplomas estrangeiros de pos-graduacao: informacao util

Acabo de receber uma informação que pode interessar a muitos estudantes cumprindo programas de pós-graduação no exterior:

No que diz respeito ao reconhecimento de diplomas de pós-graduação estrangeiros no Brasil, aproveito para acrescentar que, em junho do corrente, foram alteradas as normas para agilizar o processo.

O processo de reconhecimento de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior deverá ser admitido a qualquer data pelas universidades regularmente credenciadas que possuam cursos de pós-graduação avaliados, autorizados e reconhecidos, no âmbito do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), na mesma área de conhecimento, em nível equivalente ou superior. A revalidação deverá ser concluída no prazo máximo de 180 dias, a contar da data do recebimento do protocolo na universidade responsável pelo processo ou de registro eletrônico equivalente.

Mais informações em: http://www.capes.gov.br/acessoainformacao/perguntas-frequentes/avaliacao-da-pos-graduacao/7423-revalidacao-de-diplomas-obtidos-no-exterior

Cordialmente,
Bianca Abreu
Head - Education, Science & Technology, Innovation and Culture Section
Embassy of Brazil in Canberra, Australia

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Catedra Rio Branco no King's College de Londres: atencao professores brasileiros

Cátedra Rio Branco em Relações Internacionais seleciona pesquisador – CAPES

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informa o edital nº 46/2014, fruto de parceria entre a fundação, o Instituto Rio Branco e o King’s College London, que seleciona candidatos à Cátedra Rio Branco em Relações Internacionais. O objetivo da seleção é a ampliar o conhecimento e a compreensão do país, por meio da análise da função desempenhada pelo Brasil no cenário mundial e das posições adotadas pelo país em temas globais.
A Cátedra Rio Branco em Relações Internacionais do King’s College enviará pesquisadores, intelectuais e formuladores de políticas públicas ao King’s Col-lege London, proporcionando ambiente propício para permitir o desenvolvimento do estudo acadêmico a respeito do Brasil e das questões e problemas internacionais sob a ótica brasileira. Será selecionado um candidato para a cátedra, com duração de três a doze meses, na área temática de “Relações Internacionais e Política Externa Brasileira”.
As inscrições são gratuitas e admitidas exclusivamente pela internet, mediante o preenchimento do formulário de inscrição e o envio de documentos eletrônicos descritos no edital, até 7 de setembro. O resultado será divulgado a partir outubro e o início das atividades no King’s College London será em janeiro de 2015.
Mais informações pelo e-mail kingscollege@capes.gov.br.
Acesse o edital.

http://www.capes.gov.br/images/stories/download/editais/Edital_046_2014_KingsCollege_CatedraRioBranco.pdf

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Minha avaliacao da pos-graduacao, ao contrario dos relatorios otimistas - editorial Estadao

Ao contrário do que diz esse editorial, e do que podem dizer os relatórios da Capes, não acredito que a pós-graduação vai muito bem em geral; ao contrário, ela vai muito mal, se degradando em qualidade como todo o resto da educação brasileira. Conheço por dentro, por dar pareceres em artigos, participar de bancas de seleção, e de bancas de mestrado e doutorado. Ela pode ir bem episodicamente ou localizadamente, em alguns programas específicos, geralmente mais ligados às áreas científicas do que às humanidades, mas o panorama global é o da deterioração da qualidade. Tenho observado, ao longo dos anos, uma progressão da mediocridade, dos bancos do secundário para a graduação -- onde muitos chegam analfabetos -- até a pós-graduação: tive a surpresa de constatar que vários candidatos a programas de mestrado ou doutorado não sabiam simplesmente escrever, se expressar corretamente numa simples pergunta para uma exposição sintética em duas páginas. Cinquenta por cento dos candidatos não sabiam escrever corretamente, o que me chocou bastante.
Acredito, sem ter provas disso, que os avaliadores da Capes têm sido muito tolerantes com os programas, inclusive porque são colegas e também participam de programas que podem estar enfrentando os mesmos problemas da erosão da qualidade e da mediocrização geral, e não pretendem reconhecer essa realidade dolorosa.
Ou seja, não compro, de nenhuma maneira, esse relatório pelo seu valor face, e gostaria de dispor de avaliações independentes do poder público, que sejam feitos por entidades sem qualquer interesse em manter a ficção que nos é apresentada atualmente.
Espero, portanto, notícias ruins pela frente, o que não me surpreenderia em absoluto.
Paulo Roberto de Almeida

O retrato da pós-graduação

30 de dezembro de 2013 | 2h 03
Editorial O Estado de S.Paulo
A avaliação da produção científica dos cursos de pós-graduação do País, feita a cada três anos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), mostra que aumentou o número de programas de mestrado e doutorado que receberam os conceitos máximos, entre 2010 e 2012. A escala vai de 1 a 7 e os dois últimos conceitos correspondem a níveis internacionais de qualidade pedagógica e científica.
Ao todo, a Capes avaliou 3.337 programas de pós-graduação oferecidos por universidades públicas, privadas e confessionais. Desse total, 406 - dos quais apenas 27 são vinculados a instituições particulares - receberam as notas 6 e 7. Dos cursos de mestrado e doutorado com melhor avaliação, 53% são oferecidos por cinco universidades públicas das Regiões Sudeste e Sul. Entre as instituições privadas e confessionais, a mais bem classificada foi a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com 11 cursos com conceitos 6 e 7.
A instituição com as notas mais altas foi a USP. Com 28,4 mil alunos de pós-graduação matriculados em 230 cursos no período avaliado, ela teve 89 programas de mestrado e doutorado com conceitos 6 e 7. Empataram no segundo lugar a Unicamp e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com 33 programas na faixa de excelência em matéria de desempenho pedagógico e produção científica. Em seguida vêm a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com 31 e 30 cursos bem avaliados, respectivamente.
Apesar do bom desempenho, a USP teve 36 cursos de mestrado e doutorado que perderam qualidade, entre 2010 e 2012. Em todas as áreas do conhecimento há programas que caíram de posição. Mas em apenas um caso - Estudos da Língua e Literatura em Inglês - a queda foi significativa. Na avaliação trienal anterior, o curso ficou com o conceito 6. Na que acaba de ser divulgada, recebeu o conceito 4. Na outra ponta da linha, 9 cursos da USP passaram do conceito 6 para o conceito 7 - todos na área de ciências da saúde. Outros 12 subiram de 5 para 6. Ao todo, a USP ficou com 44 programas de mestrado e doutorado com conceito 7 - 17 cursos a mais do que no relatório anterior.
Entre a avaliação relativa ao período de 2007 a 2009 e a que agora foi divulgada pela Capes, foram criados 619 novos programas de mestrado e doutorado no País. É um aumento expressivo, que reflete a preocupação das novas gerações de universitários com o aprimoramento de sua formação acadêmica. No ranking da Capes, 60 programas de pós-graduação - o equivalente a 1,8% do total de cursos avaliados - foram reprovados. Os nomes não foram divulgados, pois eles têm o prazo de 30 dias para recorrer. Se permanecerem com conceitos 1 e 2, serão descredenciados pelo Ministério da Educação. Com isso, deixarão de receber verbas federais e não poderão matricular novos alunos, mas só poderão fechar as portas depois que os atuais pós-graduandos concluírem seus cursos.
De todos os programas de mestrado e doutorado avaliados, 69% mantiveram entre 2010 e 2012 o mesmo desempenho do triênio anterior, enquanto 8% perderam posição e 23% subiram no ranking da Capes. Este último número sinaliza uma "tendência nacional de amadurecimento do sistema de pós-graduação", afirma a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, Débora Foguel. Para permanecer no topo da lista da Capes, alguns cursos premiam os docentes e pesquisadores mais produtivos. Outros cursos estão firmando convênios com agências de fomento a pesquisa e de intercâmbio com universidades mundialmente conceituadas.
Ao contrário do restante do sistema educacional do País, a pós-graduação vai bem. Mas isso não significa que não enfrente problemas. Para financiar iniciativas com maior visibilidade política, por exemplo, o governo federal cortou verbas da pós-graduação nos dois últimos anos. E os reflexos dessa decisão só aparecerão no relatório trienal de 2015.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bolsas para Professores, nos EUA - Fulbright-Capes




A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulga nesta sexta-feira, 7, o edital nº 33/2013, que seleciona bolsistas para ministrar aulas, realizar pesquisas e desenvolver atividades de orientação técnica e científica em renomadas instituições de ensino superior nos EUA por meio do programa Professor/Pesquisador Visitante nos EUA.
O objetivo do programa é destacar no meio universitário e de pesquisa dos EUA a atuação de cientistas brasileiros em diversas áreas do conhecimento, promover o mais alto nível de aproximação, diálogo e aprofundamento no conhecimento mútuo das respectivas culturas e sociedades.
Para participar, o candidato deve cumprir os requisitos necessários e preencher, até 31 de julho, os formulários de inscrição da Capes, em português, e da Comissão Fulbright, em inglês. Aos formulários devem ser anexados os documentos descritos no edital.
O resultado está previsto para ser divulgado até setembro deste ano. Serão concedidas até 25 bolsas com duração de três ou quatro meses, com início e término em 2014, com saídas no início do Spring Term ou Fall Term da instituição anfitriã nos EUA.
Os selecionados receberão mensalidade no valor de US$ 2.300, com valor adicional de US$ 400,00 no caso de cidade de alto culto, auxílio deslocamento ou passagem aérea de ida e volta, a critério da Capes, auxílio pesquisa mensal no valor de US$ 1.500; auxílio instalação, pago em parcela única, no valor de US$ 1.500; e seguro saúde.
Mais informações pelo telefone (61) 3248-8605 (Comissão Fulbright) ou pelos e-mailspv2014@fulbright.org.br (Comissão Fulbright) e fulbright@capes.gov.br (Capes).

terça-feira, 16 de abril de 2013

A Capes faz exigencias absurdas: quer um exemplar de todos os meus livros...

A Capes, que parece que se ocupa da formação pós-graduada, pretende se converter numa filial da Biblioteca Nacional. No processo de avaliação dos cursos de pós-graduação stricto sensi mantidos por instituições universitárias brasileiras -- eu sou do programa de mestrado e doutorado em Direito do Uniceub, Centro Universitário de Brasília, aliás com conceito excelente na Capes -- ela pretende receber um exemplar de cada um dos livros publicados pelos autores-professores desses programas.
Ora, eu não tenho por que dar, ou doar, livros à Capes: por que ela não compra, já que é tão rica?
Abaixo uma relação de todos os meus livros publicados nos últimos três anos, que ela pretende que eu ofereça à instituição para ser avaliada.
Ora vá plantar batatinhas...
Paulo Roberto de Almeida

Livros e capítulos de livros de Paulo Roberto de Almeida nos últimos três anos:
2010:
1) O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado). Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010, 195 p.; ISBN: 978-85-7018-343-9
2) Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos. Brasília: Funag, 2010, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-274-1; com Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins, orgs.).
 3) “La diplomatie de Lula (2003-2010): une analyse des résultats”, In: Denis Rolland, Antonio Carlos Lessa (coords.), Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de La Puissance; Brazil’s International Relations: Paths to Power. Paris: L’Harmattan, 2010, 2 vols; vol. I: Représentations Globales – Global Representations, p. 249-259; ISBN: 978-2-296-13543-7 
4) “O Brasil e os Estados Unidos antes e depois de Nabuco: uma avaliação de desempenho relativo no plano do desenvolvimento social”. In: Severino J. Albuquerque (org.): Joaquim Nabuco e Wisconsin: Centenário da conferência na universidade, ensaios comemorativos. Rio de Janeiro: Editora Bem-te-vi, 2010, p. 221-251; ISBN: 978-85-88747-34-0
5) “O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício analítico (perspectiva histórico-diplomática sobre a emergência de um novo cenário global)”, In: Renato Baumann (org.): O Brasil e os demais BRICs: Comércio e Política. Brasília: CEPAL-Escritório no Brasil/IPEA, 2010, p. 131-154; ISBN: 85-781-1046-3,

2011:
1) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2011, xx+272 p.; ISBN: 978-85-375-0875-6
2) “As relações Brasil-Estados Unidos durante os governos FHC”, in: Sidnei J. Munhoz e Francisco Carlos Teixeira da Silva (orgs.), Relações Brasil-Estados Unidos: séculos XX e XXI. Maringá: Editora da UEM, 2011, p. 273-307; ISBN: 978-85-7628-372-0
3) “Attraction and Repulsion: Brazil and the American world”, in: Clark, Sean and Sabrina Hoque (eds.). Debating a Post-American World: What Lies Ahead?. London: Routledge, 2011, p. 135-141; ISBN: 978-0415690553

2012:
1) “A economia do Brasil nos tempos do Barão do Rio Branco”, In: GOMES PEREIRA, Manoel (Org.): Barão do Rio Branco: 100 anos de memória. Brasília: Funag, 2012, p. 523-563; ISBN: 978-85-7631-413-4
 2)  “Mercosul: a visão dos primeiros vinte anos e as perspectivas futuras”, In: Erica Simone Almeida Resende e Maria Izabel Mallman (orgs.). Mercosul: 21 anos: Maturidade ou Imaturidade? Curitiba: Editora Appris, 2012, 369 p.; p. 5-12; ISBN: 978-85-8192-111-2   
3) “Brasil”. In: Malamud, Carlos (coord.). Ruptura y Reconciliación: España y el reconocimiento de las independencias latinoamericanas. Madrid: Ed. Taurus y Fundación Mapfre, 2012, 402 p.; Serie Recorridos n. 1; América Latina en la Historia Contemporánea; p. 199-212; ISBN: 978-84-306-0940-6 (Taurus); 978-84-9844-392-9 (Mapfre);
4) “Prefácio: Economia e Ideologia”, Apresentação ao livro de André Nunes: Economia e Ideologia: Notas de aula de um curso de introdução à Economia Política. Curitiba: Editora CRV, 2012; p. 11-18; ISBN: 978-85-8042-455-3
5) Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 330 p.; ISBN 978-85-216-2001-3

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Capes: Professor visitante em Harvard (30 de Janeiro!!!)

Apressem-se atrasadinhos...

Programa CÁTEDRA CAPES/ UNIVERSIDADE DE HARVARD – PROFESSOR VISITANTE SENIOR NOS EUA PDF Imprimir E-mail
A CAPES, por meio da Coordenação Geral de Programas, e a Universidade de Harvard, tornam pública a realização de seleção de bolsista para a Cátedra CAPES/ Universidade de Harvard – Professor Visitante Sênior nos EUA.

Objetivos:

  • Aprofundar a cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior e centros de ciência e tecnologia brasileiros e americanos, a fim de promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia em ambos os países;
  • Aprofundar a cooperação entre pesquisadores e educadores de instituições de pesquisa e ensino superior no Brasil e seus pares da Universidade de Harvard;
  • Aumentar o conhecimento na Universidade de Harvard sobre as contribuições de notáveis pesquisadores e educadores do Brasil, por meio da concessão de bolsa a notável pesquisador e professor sênior do Brasil, especialista em qualquer disciplina ou área acadêmica.

Benefícios:

  • Estipêndio mensal: US$ 10.400,00 (dez mil e quatrocentos dólares americanos), por até um ano acadêmico de Harvard;
  • Passagem aérea de ida e volta em classe econômica promocional;
  • Estipêndio no valor de US$ 8.000,00 (oito mil dólares americanos), custeado pelo Centro David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos da Universidade de Harvard, desde que o professor visitante permaneça em Harvard por, no mínimo, quatro meses; e,
  • Acesso às instalações e serviços da Universidade de Harvard, normalmente fornecidos a acadêmicos visitantes, como espaço de escritório e conexão à internet, laboratórios e equipamentos apropriados, bibliotecas, e qualquer outra cortesia ou comodidade normalmente fornecida à comunidade acadêmica.

Data limite para inscrição:

Até 30 de janeiro de 2013.

Links disponíveis


Documentos para download

Publicação na WEB Nome do documento Formatos disponíveis
11/12/2012 Edital 54/2012 - Cátedra CAPES/Harvard DOC
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102kb
SXW
110kb

sábado, 8 de dezembro de 2012

Ensino Superior (superior?): reprovado, em sua maior parte...

O MEC já não é essa maravilha. Ao contrário, eu acho o MEC um horror, em todos os sentidos que se possa pensar. Se quisermos melhorar a educação brasileira, temos antes de acabar com o MEC, e criar uma outra coisa em seu lugar.
OK, eu sei que isso não vai ocorrer, infelizmente. Então vejamos a realidade.
Sendo a porcaria que é, o MEC certamente fez uma avaliação ao seu jeito.
OK, OK, não estamos falando do MEC, mas da Capes, que é um pouco menos pior.
Enfim, admitindo-se que a Capes faz algo de útil e relevante para o país, ela acaba de reprovar grande parte do ensino superior no Brasil. E não pensem que se trata apenas de um terço que não consegue cumprir requisitos mínimos. Acho que se trata da maioria absoluta, e as instituições decentes devem se contar nos dedos de uma mão, OK, duas, mas não mais de duas. Portanto, não metam os pés pelas mãos, como faz o MEC, e rendam-se à realidade.
E a realidade é esta aqui: do jardim da infância (talvez da creche) até o pós-doutorado, o ensino no Brasil está num rápido processo de deterioração, de mediocrização, de perda de qualidade, tanto no setor público (bem, mas isso é evidente, não é mesmo?), como no privado (ou eu deveria dizer particular, para evitar associações indevidas?).
Não tenho nenhuma ilusão de que essa porcaria venha a ser corrigida ou melhorada no futuro próximo, inclusive porque as saúvas freireanas e os companheiros trogloditas da educação continuam por aí, espalhando seu cortejo de barbaridades educacionais.
Enfim, façam como eu: sejam auto-didatas...
Paulo Roberto de Almeida  

Um terço das instituições de ensino superior no País é reprovada em avaliação do MEC
Agências de Notícias (Jornal da Ciência), 7/12/2012

Ministério promete pena rigorosa a 324 cursos 'repetentes'.

Quase um terço (31%) das instituições de ensino superior brasileiras tiveram um desempenho considerado insatisfatório no Índice Geral de Cursos (IGC) de 2011, o principal indicador de qualidade do ensino superior. Das 1.875 instituições que receberam conceito do Ministério da Educação (MEC), 577 obtiveram notas 1 ou 2 numa escala que vai até 5. Os números foram divulgados ontem (6) pelo MEC. Também foi apresentado o resultado de 2011 de outro índice, o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que faz uma avaliação por curso, e não por instituição. De 6.324 cursos com conceitos divulgados, 976 (15%) tiveram notas insatisfatórias (1 ou 2).

No caso das notas de instituições, em relação a 2008, houve uma diminuição de 35% para 31% na proporção de faculdades, centros e universidades com avaliação insatisfatória e um aumento de 9% para 12% no percentual com boas avaliações (conceitos 4 ou 5). A maioria dos cursos e das instituições teve nota 3.

O IGC, indicador de instituições, é o resultado da média trienal ponderada do CPC, o conceito que avalia cursos. Como a avaliação do MEC leva em conta um ciclo de três anos, a melhor base de comparação dos índices de 2011 são os resultados de 2008.

Como em anos anteriores, a instituições públicas se saíram melhor que as privadas e as universidades (instituições de maior porte e com obrigação de investimento em pesquisa) têm, em média, avaliações melhores que os centros universitários (instituições com mais autonomia que faculdades, porém menos obrigações que as universidades) e faculdades.

Ao apresentar os resultados, o MEC divide as instituições nesses três grupos (universidades, centros universitários e faculdades) por entender que eles têm porte e missões diferentes.

O CPC (conceito que avalia cursos e serve de base para o índice das instituições) é calculado a partir de três áreas: desempenho dos estudantes no Enade, responsável por 55% do índice; infraestrutura e organização didático-pedagógica, com 15%; e professores, com 30%. Em 2011, os cursos avaliados foram das áreas de ciências exatas, licenciaturas e áreas afins, além dos cursos dos eixos tecnológicos de Controle e Processos Industriais, Informação e Comunicação, Infraestrutura e Produção Industrial, pertencentes a 1.387 instituições.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante fez uma interpretação positiva da diminuição da proporção de cursos com conceitos insatisfatórios. Segundo ele, alguns programas governamentais foram decisivos para a melhora das notas, como o Programa Universidade para Todos (Prouni) - que concede bolsas para estudantes de baixa renda em instituições de ensino superior privadas - e o Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Para participar dos programas, as instituições não podem ser mal avaliadas.

"A avaliação é uma política pública de qualidade, com resultados muito concretos. Os instrumentos de estímulo como Prouni e Fies também contribuíram decisivamente para essa melhora significativa do IGC", disse o ministro.

Mercadante também afirmou que as universidades, que em geral têm notas melhores, respondem 53,9% das matrículas no ensino superior brasileiro, ou seja, mais da metade. Os centros universitários têm 13,7% do total, e as faculdades 30,9%. Segundo o Censo da Educação Superior, havia em 2011, 6,7 milhões de alunos de graduação no País.

Sob investigação - Onze instituições não tiveram as notas no IGC (Índice Geral de Cursos) divulgadas pelo MEC por serem alvos de investigação.

Entre elas está a Facic (Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro), ligada à família de Paulo Vieira, ex-diretor de uma agência estatal preso pela Polícia Federal sob acusação de tráfico de influência no governo federal. Em conversa interceptada pela PF, ele pede a uma funcionária da instituição que altere dados da faculdade em um sistema do MEC usando a senha de um servidor do ministério.

Também estão na lista unidades mantidas pela Reges (Rede Gonzaga de Ensino Superior), União das Instituições Educacionais da Alta Paulista, a Faculdade de Educação de Colorado do Oeste (RO) e a Faculdade de Realeza (PR).

Pena rigorosa - O MEC promete punir 324 cursos universitários que, após quatro anos, continuam com um baixo indicador de qualidade. Essas graduações tiveram, tanto em 2008 como em 2011, um desempenho insatisfatório no CPC (Conceito Preliminar de Curso).

A pasta não detalhou a lista de cursos e instituições cujo desempenho ruim se repetiu em 2008 e 2011 - a relação total de escolas e suas notas, no entanto, está disponível no portal do ministério. "Nós seremos muito rigorosos com aqueles que concluíram o ciclo e não melhoraram a qualidade", disse o ministro Aloizio Mercadante.

De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, entre as medidas punitivas, o MEC considera impedir a realização de novos vestibulares. Os alunos já matriculados teriam garantida a emissão do diploma. A maior parte desses cursos está em instituições privadas.

Hoje, esses cursos já enfrentam restrições do governo, como impedimento para participar do Fies, programa de financiamento estudantil, e do Prouni, que concede bolsas para estudantes de baixa renda. "Nós queremos dar bolsa para cursos que tenham um padrão de qualidade", disse Mercadante sobre o Prouni.

O ministério analisa a possibilidade de aumentar o corte de vagas e fazer supervisão mais rigorosa nas instituições com cursos de desempenho insatisfatório nos últimos anos. Mercadante disse que o candidato precisa considerar a nota do curso que pretende pleitear. "Curso nível 1 não é recomendado. E mesmo o nível 2 ele tem de olhar com muito cuidado, muita prudência."

Apesar da promessa de punição mais rigorosa, o MEC adotou recentemente postura menos incisiva Um corte de 18,5 mil vagas em cursos de administração e contabilidade, anunciado em 2011 com base no CPC de 2009, foi adiado.

Ao mesmo tempo, a maioria das vagas efetivamente cortadas em cursos da área de saúde em 2011 eram ociosas. Das 31,5 mil vagas extintas em cursos como fisioterapia e enfermagem, 72,8% não estavam sendo usadas pelas faculdades. 

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Maioria dos formandos em Medicina não passa em exame do Cremesp

No primeiro ano da prova obrigatória do conselho paulista, 54% dos novos médicos avaliados não tiraram a nota mínima.
Mais da metade (54,5%) dos recém-formados em Medicina no Estado de São Paulo foi reprovada no exame do Conselho Regional de Medicina (Cremesp). A prova, criada em 2005, se tornou obrigatória neste ano. Nas edições anteriores, a avaliação era voluntária, o que deixava a amostra vulnerável a erros.

A maioria dos atuais formandos acertou menos de 60% das 120 questões de múltipla escolha da prova. Elas envolviam temas das nove principais áreas da Medicina - entre elas clínica médica, saúde pública, saúde mental, pediatria e ginecologia. Em 2011 e em 2010 a reprovação foi mais baixa: 46% e 43%, respectivamente, mas a participação na prova também era muito menor.

Ao todo, 2.943 alunos se inscreveram para o exame desta edição. Mas a prova foi feita por 2.872 estudantes, ou 97,6% dos inscritos, sendo que 2.411 são de escolas de São Paulo. Já em 2011, por exemplo, apenas 418 alunos se inscreveram. Para tirar o CRM (registro profissional), é necessário apresentar o documento que comprove presença na prova, mas não é necessário ser aprovado no exame.

As questões da prova eram básicas, de média e baixa complexidade. E, ainda assim, menos da metade conseguiu acertar 60% da prova. Lamentavelmente, áreas cruciais, como clínica médica, tiveram notas muito baixas", afirma Renato Azevedo, presidente do Cremesp. Na prova, detalha Azevedo, são cobrados conteúdos básicos, como vacinas obrigatórias e a identificação e o tratamento de diarreia em crianças - as questões dessa prova específica não foram divulgadas.

Boicote - Dos formandos que fizeram a prova, 119 (4,2% do total) tiveram a prova invalidada por boicote - 86 marcaram apenas a letra B - ou por outras tentativas de anulação, como desenhos. Segundo o Cremesp, 99% dos que boicotaram são de instituições públicas. O conselheiro Bráulio Luna, um dos coordenadores do exame, criticou o boicote. "São alunos extremamente egoístas. Estudam em universidades públicas, com dinheiro público, e quando se formarem vão atender em clínicas privadas, não vão para o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse é o perfil dos boicotadores. São parte de uma elite que não quer ser avaliada", disse.

Apesar de a legislação determinar a entrega do CRM para o recém-formado, mesmo que ele tenha boicotado o exame, o Cremesp tem segurado o registro profissional de alguns alunos que decidiram protestar. Os formandos da Unicamp Josué Augusto do Amaral Rocha, de 23 anos, e Marília Francesconi Felício, de 27 anos, boicotaram o exame e não conseguiram tirar o registro profissional. Receberam uma carta afirmando que suas provas apresentavam inconsistências e, por isso, seriam revisadas. "É claramente uma forma de retaliação para atrasar a emissão do nosso CRM. Ficamos impedidos de exercer a profissão", diz Marília.

Azevedo, presidente do conselho, admitiu que as provas dos boicotadores serão reavaliadas, mas garantiu que os registros profissionais desses médicos serão entregues até 31 de janeiro. Os recém-formados vão receber o resultado individual na prova comparando com a média geral. O Cremesp, porém, não vai divulgar a lista das melhores e piores para evitar um ranking. "Havia grande resistência das instituições em apoiar o exame por causa do ranqueamento. Então temos um compromisso de não divulgar os resultados por escola", disse Reinaldo Ayer, que também coordenou a avaliação.

Resultado do Cremesp nos deixa temerosos, afirma professor
Coordenador do exame do Cremesp, o médico Bráulio Luna Filho, que também é professor na Unifesp, defende a prova e diz que o resultado retrata a qualidade do profissional que vai para o mercado de trabalho, principalmente para a periferia.

Pode-se dizer que o resultado foi muito ruim?
Bráulio Luna Filho - Sim. Uma prova de avaliação ao final do curso de medicina no Canadá, nos EUA, tem, em média, 95% de aprovação. Imaginei que nosso resultado seria de 70% e foi de 44,5%. Isso nos deixa temerosos sobre o exercício profissional futuro desses colegas.

Como o cidadão pode se defender de um médico mal qualificado?
Infelizmente, a população não tem como saber se o indivíduo foi bem treinado. O problema é maior nas camadas mais pobres porque o médico recém-formado vai atender nas unidades mais periféricas.

O boicote dos alunos não foi legítimo?
O conselho se ressente quando alunos formados em universidades de ponta, principalmente, protestam. O cidadão teve o ensino pago pelo contribuinte, teve boas condições de aprendizado e ainda é contra uma avaliação?

Prova do Cremesp deveria ser teórica e prática, diz formando
Josué Augusto do Amaral Rocha, da Unicamp, um dos líderes do movimento que defendia o boicote à prova do Cremesp, diz que a avaliação deveria ser teórica e prática.

O resultado ruim é reflexo da prova ou do ensino de medicina?
Josué Augusto do Amaral Rocha - Quando se fala da prova, é preciso falar da qualidade dela. Para ser adequada, não poderia ser só teórica. Tinha de ter uma parte prática. É preciso fazer uma avaliação global dos estudantes, ao longo de todos os anos do curso e não apenas no final. A avaliação precisa envolver a infraestrutura da escola, o corpo docente e o aprendizado do estudante. Prova de múltipla escolha, como faz o Cremesp, qualquer cursinho ajuda a passar.

A adesão ao boicote não ficou abaixo do esperado?
O movimento lançou a discussão sobre o ensino médico no Brasil.

Quem mais aderiu não vem de boas escolas e tem mais chances de emprego?
Isso mostra a mobilização das escolas publicas. Vou trabalhar na periferia de Campinas. O movimento é para discutir a qualidade de saúde pública e nosso interesse é total na população.

Quem nos salva dos médicos?
Artigo de Gilberto Dimenstein

Aconteceu o que já prevíamos: a reprovação da maioria dos estudantes de medicina que fizeram a prova para medir seus conhecimentos, realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. A pergunta mais importante ao cidadão: quem nos salva dos médicos?

Apesar de reprovados, os formados têm o pleno direito de exercer a profissão. Não somos informados quais os reprovados. Nem quais as piores faculdades - era o mínimo de transparência necessária. O que sabemos é que, em breve, eles estarão num pronto-socorro atendendo casos de emergência.

A culpa é dos estudantes que não aprenderam? Eles também são vítimas. Vítimas que geram vítimas. A culpa, em essência, é dos governos que liberaram a abertura de escolas de medicina e não desenvolveu melhores mecanismos para cobrar qualidade.

Sou solidário, até certo ponto, com estudantes que fizeram o boicote ao exame, argumentando que as escolas deveriam ser avaliadas com profundidade. Mas sou mais solidário com o cidadão comum que tem o direito de saber dos riscos à sua saúde.

(Fonte: O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo)

domingo, 2 de setembro de 2012

Capes contraria 'a revalidacao automatica de diplomas

No que faz muito bem.
Paulo Roberto de Almeida 

ESTABILIDADE ACADÊMICA
Por Marília Scriboni

Revista Consultor Jurídico, 4 de julho de 2012

"O Conselho Técnico-Científico da Educação Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível (Capes), ligado ao Ministério da Educação, é contrário à revalidação automática de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior. O grupo encaminhou nota técnica sobre o assunto no último 26 de maio ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Para o grupo, “a adoção desse procedimento comprometeria todo o Sistema Nacional de Pós-Graduação stricto sensu, suas exigências e resultados, bem como sua estabilidade acadêmica e científica para a formação de quadros de nível de excelência internacional.
Algumas universidades do Mercosul vêm oferecendo mestrados em áreas como Economia, Direito, Administração e Medicina em dois meses, juntamente com pacotes de férias. É esse tipo de prática que a Capes vem querendo barrar, além das diversas ações judiciais que tentam fazer a revalidação automática dos diplomas. Há, inclusive, projetos de lei no Senado e na Câmara que tentam permitir a revalidação para cursos feitos em países de língua portuguesa e membros do Mercosul. Assim, a nota serve como um ato simbólico e um aviso de que os cursos desse tipo não são aceitos no Brasil.
O documento diz que “é motivo de muita preocupação que a revalidação automática de diplomas obtidos no exterior seja adotada sem exame e comprovação do trabalho científico, tecnológico, educacional e de inovação realizado tanto pelo portador do título, como pela instituição que o titulou”.
Ainda de acordo com a nota, “a República Federativa do Brasil persegue o objetivo de excelência e reconhecimento internacionais de seu sistema de pós-graduação, o que somente se mostra possível com a definição de parâmetros aceitos pela comunidade acadêmico-científica nos âmbitos nacional e internacional”.
A Capes diz, ainda, que “inexiste exemplo de país onde a revalidação de títulos obtidos no exterior seja aplicada automaticamente por ato normativo do Poder Legislativo, sem processos ou acordos construídos pela própria comunidade científico-acadêmica”. O assunto é regulado pela Lei 9.394, de 1996, que aprovou as diretrizes e bases da educação nacional.
O artigo 48 da lei estabelece que “os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular”.
Hoje, são três as possibilidades: Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação; Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação e os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior."
Marília Scriboni é repórter da revista Consultor Jurídico.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Catedra Rio Branco em Oxford - Edital Capes

Transcrevendo:

Cátedra Rio Branco – OxfordPDFImprimirE-mail

OBJETIVO:

A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES), e o Instituto Rio Branco, e a Universidade de Oxford, realizam seleção de candidatos à bolsa para o Programa Cátedra Rio Branco em Relações Internacionais da Universidade de Oxford, na área de educação. O programa tem como objetivo enviar pesquisadores, intelectuais e formuladores de políticas públicas à Universidade de Oxford, proporcionando ambiente propício proporcionando ambiente propício para a análise da função desempenhada pelo Brasil no cenário mundial e das posições adotadas pelo país em temas globais.

BENEFÍCIOS:

Pela CAPES:
  • Bolsa mensal de £ 3500,00 (três mil e quinhentas libras esterlinas);
  • Auxílio-instalação;
  • Auxílio para aquisição de passagem aérea Brasil/ Inglaterra/ Brasil;
  • Seguro saúde.
Pela Universidade de Oxford:
  • O candidato selecionado será admitido como membro da Universidade de Oxford e de uma de suas Faculdades; terá acesso às bibliotecas da Universidade de Oxford e terá disponibilizada sala de trabalho no Centro Latino Americano ou nas proximidades;
  • Quantia mensal de £1.500 (hum mil e quinhentas libras esterlinas) por até 3 meses letivos para custos com acomodação em Oxford;
  • Isenção de taxas escolares.

DURAÇÃO:

Mínimo de 3 e máximo de 12 meses.

DATA LIMITE DE CANDIDATURAS:

Até 6 de junho de 2012.

Inscrições

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