O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Batendo em cachorro morto: colapso do "neoliberalismo" segundo Carta Maior

Na verdade, deveria se chamar Carta Menor, pois se trata de um reduto do pensamento único cuja única função é atacar um fantasma inexistente (desculpem a redundância, mas com esse pessoal é preciso explicar tudo direitinho); o tal de "neoliberalismo".
Alguém já viu o neoliberalismo por aí, leve, livre, solto?
Confesso que nunca vi. Só vejo governos ativistas, manipulando taxas de juros, câmbio, extorquindo recursos dos cidadãos e entregando para os banqueiros e industrias (e um pouco de seguro desemprego também, que é preciso acomodar os pobres).
Como falar em neoliberalismo nessas condições.
Todas e cada uma das análises e prescrições desse pessoal não tem nada a ver com a realidade.
Não se trata, portanto, de um conjunto de ideias inteligentes, no sentido normalmente conferido a ideias dignas de discussão e de serem postadas neste blog.
Por que o faço, então?
Apenas porque professores com dois neurônios, e sérias deficiências de compreensão de fenômenos econômicos costumam recomendar esse tipo de leitura a suas plateias de aluninhos passivos, explicando a eles que todos os males do mundo foram causados por esse monstro metafísico chamado neoliberalismo.
Todas e cada uma dessas "ideias" poderiam ser rebatidas, o que não vou fazer agora por absoluta falta de tempo. Mas registro aqui, para comentário posterior, sobretudo quando essas maravilhas forem publicadas por essa nova maravilha que se chama Ipea da nova era...
Paulo Roberto de Almeida


Seminário Carta Maior
Neoliberalismo: um colapso inconcluso















- O Seminário será transmitido, ao vivo, para os sites da Carta Maior e da PUC/SP, com possibilidade de ser ainda transmitido pela TV PUC. A íntegra dos debates será objeto de uma publicação do IPEA.

Keynesiano friedmanita: isso existe? - Gregor Mankiw


We need internationalist spirit – and a plan for global growth
The world must reject the complacent isolationism of the 1930s and follow Keynes's lead: global problems need global solutions
The Observer, Sunday 4 September 2011

A Republican-supporting economics professor, with a dog called Keynes, whose other economics hero was Milton Friedman? As I sat in my first Harvard economics lecture, listening to Greg Mankiw introduce himself to his new graduate class, my head was in a spin.
Could he really be a Republican Keynesian? And a Keynesian disciple of Milton Friedman? For a young Brit, just graduated from Oxford, this was revolutionary; what I thought was the conventional economic wisdom was being turned upside down.
Because, as with every other PPE graduate – including my contemporary, David Cameron – I was well-schooled in the ideological economic debates of 1980s Thatcherite Britain. Were you a Keynesian or a monetarist? A follower of Willem Buiter or Friedman? Fiscal activist or PSBR hawk? Would you trade a little more inflation for a little less unemployment? Did you read Bill Keegan in the Observer or Samuel Brittan in the FT?
Of course, the serious economic debate was more sophisticated than that. But the divides were real, and reflected in the political debate. So much so that in Conservative circles the label Keynesian became a dirty word – profligate, irresponsible, statist, inflation-loving, not to be trusted.
And listening this summer to right-of-centre politicians and commentators, I have regularly been transported back to those 1980s myths that were exploded in that first Harvard economics class 23 years ago. Because the old caricatures are back with a vengeance, on both sides of the Atlantic.
We have all seen financial markets crashing as governments have rushed to embrace fiscal austerity. But warn about the risks of deflationary fiscal policy and that makes you a deficit denier. Worry about the dangers of all countries trying to cut deficits at once and you are a deluded Keynesian. Counsel that the world needs a plan for growth as well as deficit reduction and you are an irresponsible Keynesian deficit denier.
Keynes himself must be turning in his grave. For – as that Greg Mankiw class highlighted to me, and has now been fully documented in Lord Skidelsky's biography – the real Keynes was no profligate tax-and-spender. His seminal 1930 Treatise on Money was as hawkish on inflation as Friedman decades later. His attitude to irresponsible wage bargaining in the 1920s was as unforgiving as Thatcher in the 1980s.
Central bank independence? I think Keynes would have backed it, though not if Montagu Norman was the governor. The irresponsible and inflationary profligacy of the 1970s Barber boom? He would have abhorred it. But – and this was his great insight – Keynes also knew that economies could occasionally get stuck in a deflationary rut. Although he called it The General Theory, it was actually a special case: when interest rates are so low that they can't be cut any further; when the "animal spirits" of companies and consumers are so depressed that private spending stagnates; when governments crudely cutting spending risks make deficits worse.
Of course, there will be naive Keynesians who will think it is always a special case – time to let rip. And that is what gave Keynesianism a bad name. Jim Callaghan was right to tell the Labour party conference in 1976 that you can't just spend your way to full employment. And while you can argue about her methods, Margaret Thatcher was right in 1979 to say it was a priority to get inflation down.
But, as I argued a year ago in my Bloomberg speech, the global economy is sliding into that rare and dangerous "special case" that Keynes identified in the 1930s and Japan suffered in the 1990s. And,as Ed Miliband argued this week, our world economic leaders need a global plan B for growth.
Yes monetary policy and quantitative easing can help, and progress on banking and trade reform are important, but fiscal policy is now the key. With growth stagnating around the world, every country pressing ahead with deep cuts risks being a catastrophic mistake. As the International Monetary Fund's Christine Lagarde has warned, "slamming on the brakes too quickly will hurt the recovery" – as we have already seen in Britain.
It's time that G7 countries led the way by agreeing revised deficit reduction plans, making them steadier and more balanced to support growth and jobs. Yes, have clear medium-term plans to get deficits down, but have clear plans to avoid a global slump, too.
This time the world must reject the complacent isolationism of the 1930s and follow Keynes's lead. Because, of course, the other distinguishing feature of Keynes was that he believed in global solutions to global problems. And we could do with a bit of that internationalist spirit now from our prime minister and chancellor, who have been noticeably lacking from the global economic debate.
I remember hearing a great story about Keynes making a wartime trip to Washington to meet the US treasury. Apparently, at the first meeting, treasury secretary Morgenthau asked Keynes: "Where is your lawyer?" When Keynes looked puzzled, Morgenthau exclaimed: "Well, who is going to do your thinking for you?"
I sincerely hope George Osborne will soon recant, follow Keynes's lead and take a flight to Washington to make the case for a global plan for growth. And George, don't take a lawyer; an economist will do.

Ed Balls is the shadow chancellor.

Energias renovaveis: Seminario na CD (14/09/2011)


Seminário sobre Energias Renováveis na Câmara dos Deputados - 14/09/2011

O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados convida a todos para o Seminário Internacional "Fontes Renováveis de Energia",  a ser realizado no dia 14 de setembro de 2011, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

O seminário é gratuito e aberto ao publico. As inscrições podem ser feitas em:  http://www2.camara.gov.br/a-camara/altosestudos/formularioinscricaoevento.html

Programação
Manhã: 9h30 – Abertura

Deputado Marco Maia – Presidente da Câmara dos Deputados
Deputado Inocêncio Oliveira – Presidente do Conselho dos Altos Estudos e Avaliação Tecnológica
Representante do Ministério de Minas e Energia
10h – Painel I – Política energética e as fontes renováveis de energia
Foco: experiências internacionais de sucesso e a possibilidade de implementação no Brasil

· Dolf Gielen, Diretor do Centro de Tecnologia e Inovação da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) – 15’
· Dirk Assmann, Diretor do Programa Energia da GiZ – Empresa de Cooperação Técnica Alemã no Brasil – 15’
· Representante do governo da China- 15’
· Maurício Tolmasquim, Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Energética (EPE) – 15’
Mediador: Deputado Pedro Uczai, Relator do estudo sobre energias renováveis no CAEAT – 10’

Tarde
14h – Painel II – Desafios para a inserção da geração descentralizada no sistema elétrico brasileiro – (1h30)
Foco: barreiras de ordem técnica e regulatórias para ampliação da geração descentralizada

· Carlos Roberto Silvestrin, Vice-Presidente Executivo da Cogen – sobre dificuldades técnicas para ampliação da bioeletricidade no Brasil – 15’
· Cícero Bley Júnior, Superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, sobre as lições obtidas do projeto de saneamento ambiental para o desenvolvimento da geração distribuída no Brasil – 15’
· Cyro Vicente Bocuzzi, Presidente do Conselho do Forum Latino Americano de Smart Grid, para tratar do uso das redes inteligentes para viabilizar a geração distribuída – 15’
· Nelson José Hübner Moreira, Diretor-Geral da Aneel, para tratar da regulação e inserção da geração distribuída no sistema elétrico brasileiro – 15’
Mediador: Mauro Passos, Ex-Deputado Federal e Presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina-IDEAL – – 10’
Perguntas: 20’

15h30 – Painel III – Pesquisa e desenvolvimento em energias renováveis no Brasil– (1h30)
Foco: situação atual e evoluções necessárias nas políticas públicas e na legislação

· Adriano Moehlecke, Professor do Núcleo de Tecnologia em Energia Solar PUC/RS, sobre as perspectivas da pesquisa
em energia solar no Brasil – 15’
· Ronaldo Mota, Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, acerca dos programas de apoio no campo das energias alternativas renováveis – 15’
· Augusto Nelson Carvalho Viana, professor da Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI, para tratar dos desafios da pesquisa e desenvolvimento na área dos pequenos aproveitamentos hidráulicos – 15’
· Suani Teixeira Coelho, Coordenadora do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), para tratar dos desafios da pesquisa e desenvolvimento na área da energia proveniente da biomassa – 15’
Mediador: Deputado Fernando Ferro (PT-PE) – 10’
Perguntas: 20’

17h00 – Painel IV – Financiamento das fontes alternativas no Brasil – (1h30)
Foco: fontes de financiamento e dificuldades para a obtenção de recursos para projetos no campo das fontes alternativas renováveis de energia no Brasil

· Rogério Gomes Penetra, Gerente de Planejamento do BRDE – 15’
· Jurandir Santiago, Presidente do Banco do Nordeste – 15’
· Rogério de Paula Tavares, Superintendente Nacional de Saneamento e Infraestrutura da CAIXA – 15’
· João Alberto De Negri , Diretor de Inovação da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos – 15’
Mediador: Deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) – 10’
Perguntas 20’

18h30 – Fechamento do evento

Republica Federativa da Extorsao Tributaria: um Estado anormal

Eu sinceramente não compreendo como empresários carneiros, submissos, subservientes e dependentes conseguem sobreviver com o Estado Extorsivo do Brasil. Como é que capitalistas medianamente alfabetizados, supostamente educados e preparados para fazer cálculos econômicos -- ou dispondo de economistas ou contabilistas para fazê-lo -- não se revoltam contra o Estado extorsivo?
Por que é que esses agentes de criação de riqueza permitem que os políticos roubem, literalmente, uma parte das novas riquezas por ele criadas? Seria por covardia, por acomodação, por conivência com a corrupção? Por que eles não se revoltam e asfixiam o Estado, ou seja, o governo e seus representantes venais e vagabundos?
O cenário descrito abaixo é, na verdade, muito pior do que se possa imaginar, pois existe a tal de substituição tributária que recolhe os impostos preventivamente, numa total inversão do que deveria ser um sistema tributário racional, ou simplesmente normal.
Acredito que vai demorar certo tempo até que os empresários, asfixiados pelo aumento contínuo da carga tributária, se revoltem finalmente. Vamos esperar que a carga ultrapasse 40% da renda nacional.
Paulo Roberto de Almeida

A carga tributária indireta

Editorial - O Estado de S.Paulo

05 de setembro de 2011

O sistema tributário brasileiro é oneroso demais e afeta a competitividade do produto nacional não apenas por causa da existência de vários tributos, com diferentes bases de cálculo e alíquotas altas, mas também porque suas regras impõem custos adicionais aos contribuintes.

A necessidade de recolhimento dos tributos devidos antes do recebimento do pagamento pela venda que gerou a tributação, por exemplo, tem um efeito nocivo sobre o fluxo de caixa de mais de 40% das empresas industriais.
O prazo de que as indústrias dispõem para recolher o tributo é menor do que o prazo que muitas delas concedem a seus clientes para o pagamento do produto vendido. Embora esse descompasso tenha um alto custo financeiro para as empresas, o ônus adicional não entra no cômputo da carga tributária brasileira - que é muito mais alta do que a de países com grau de desenvolvimento econômico comparável ao nosso, já equivale à de muitas economias ricas e continua a crescer. Se entrasse, a carga seria ainda maior.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 594 empresas de diferentes portes constatou que, para 41,1% delas, o prazo médio para o recebimento pela venda é de 46 dias, mas os tributos que mais afetam seu fluxo de caixa - como as contribuições previdenciárias, o PIS e a Cofins, entre os tributos federais, e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o principal tributo estadual - precisam ser recolhidos no prazo máximo de 40 dias. O descasamento de prazos aumenta as necessidades de capital de giro das empresas, o que lhes impõe maior custo financeiro.
O tributo que mais pesa no fluxo de caixa de mais da metade das indústrias (53,1% das empresas consultadas) é o ICMS, pois, além de ser o que exige o maior recolhimento em valor, é também o que tem o menor prazo de pagamento.
"Os tributos têm um peso grande sobre o faturamento", observou o economista da CNI Mário Sérgio Carraro. Daí a importância de o governo rever os prazos para seu recolhimento, de modo a torná-los, no mínimo, igual ao prazo no qual as indústrias recebem o pagamento das vendas que geraram o tributo.
Esta é mais uma das características nocivas do sistema tributário brasileiro. Outra, já bem conhecida dos contribuintes, pois lhes impõe um custo direto, é o aumento da carga tributária nos últimos 15 anos. De 28,4% do PIB brasileiro em 1995, a carga tributária já representa hoje mais de 34% de tudo o que o País produz.
Essa carga registrou ligeira redução em 2009, ano em que, para reduzir o impacto da crise global sobre a economia brasileira, o governo ofereceu benefícios fiscais a diversos segmentos. Mas, com a vigorosa retomada da atividade econômica no ano passado, a carga tributária voltou a crescer.
A maioria da população, porém, não percebe bem o peso dos impostos na sua vida cotidiana e muito menos os malefícios da tributação excessiva. O sistema tributário brasileiro tem características que dificultam essa percepção. Embora representem quase 40% do total arrecadado pelos três níveis de governo, os tributos indiretos, muitos cobrados em cascata, não são "visíveis" para a maioria da população, que não é informada adequadamente sobre o valor dos impostos que paga.
Há, além do ônus financeiro do descompasso entre recolhimento do tributo e recebimento da venda, outros custos que o sistema tributário impõe à economia. Sua complexidade, a frequente mudança de suas regras e sua burocracia excessiva exigem das empresas a manutenção de grandes equipes para acompanhar as alterações da legislação e assegurar o cumprimento das obrigações tributárias.
Pesquisas internacionais recentes constataram que, no Brasil, são consumidas cerca de 2.600 horas de trabalho por ano para o pagamento de tributos, enquanto nos países mais desenvolvidos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico gastam-se, em média, 216 horas por ano.
Os gastos das empresas brasileiras com a burocracia tributária são estimados em cerca R$ 20 bilhões por ano. Também este é um custo do sistema tributário que não entra no cômputo da carga tributária.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estagios no Itamaraty: guia pratico


O Programa de Estágio do MRE é direcionado para estudantes de nível médio e superior, regularmente matriculados em instituições de ensino brasileiras. Todos os assuntos relativos ao programa podem ser direcionados ao e-mail estagio@itamaraty.gov.br.
Informações aos candidatos
Conheça mais sobre o Programa de Estágio do MRE e saiba como participar, carga horária, horário, duração e esclareça suas principais dúvidas.

Informações aos supervisores de estágio

Informações aos estagiários do MRE
3. Responsabilidades do Estudante: folha de freqüência, contrato
5. Alterações Contratuais:
7. Declaração de Estágio

Principais Documentos e Formulários
  • Estudante:

  • Supervisor:

Legislação


Equipe
Chefe da DTA: Cons Mariana Madeira
Subchefe: TS Bruno Assunção
OC Juliana Costa de Faria
OC Carolina Freire
Estagiárias: Maria Eduarda / Cristiana

Europeus malucos: melhor se precaver...

Ops! Vejam a matéria abaixo.
E eu que pretendia passar cinco meses na Europa no próximo ano, mais exatamente em Paris, e em inúmeras viagens por todos os países europeus, acho que vou revisar meus projetos.
Vai que eu encontro um desses de mau humor numa manhã parisiense?
Paulo Roberto de Almeida 



NOVO ESTUDO

Quase 40% dos europeus sofrem de transtornos mentais

Estudo foi feito ao longo de três anos em 30 países europeus

Opinião e Notícia, 6/09/2011 
Um grande estudo publicado nesta segunda-feira, 5, revelou o impressionante dado de que 38% dos europeus — ou cerca de 165 milhões de pessoas — sofrem de uma desordem cerebral como depressão, ansiedade, insônia, ou demência.
O estudo, liderado por Ulrich Wittchen, diretor do Instituto de Psicologia Clínica e Psicoterapia da Universidade de Dresden, na Alemanha, foi feito ao longo de três anos em 30 países europeus — os 27 da União Europeia mais a Suíça, Islândia e Noruega — e envolveu um contingente de 514 milhões de pessoas.

Custos econômicos e sociais

Um outro dado impressionante é que apenas cerca de um terço dos casos recebe o tratamento ou a medicação necessária para os transtornos mentais. 
“Os transtornos mentais se tornaram o maior desafio para a saúde da Europa do século XXI”, afirmam os autores do estudo.
Essas doenças implicam custos econômicos e sociais calculados em centenas de milhões de euros, uma vez que as pessoas afetadas muitas vezes se tornam incapazes de trabalhar e são prejudicadas em seus relacionamentos.

Voto distrital: comecando a corrigir iniquidades eleitorais

Não tenho nenhuma ilusão de que essa conquista virá logo, sequer no médio prazo. Não tenho nenhuma ilusão de que os parlamentares brasileiros vão aderir a um sistema que corrige iniquidades eleitorais que há muito precisam ser extintas.
Não tenho nenhuma ilusão de que o sistema político-partidário ou que a legislação eleitoral caminhe no sentido da correção de suas atuais deformações, dos verdadeiros atentados à lógica, aos bons costumes e à moralidade. Creio que ele vai continuar corrupto, imoral e deformado durante muito tempo, talvez muito mais tempo do que possamos imaginar.
Isso não é motivo, porém, para deixar de lutar pelas boas causas.
Paulo Roberto de Almeida


O voto distrital aproxima o eleitor do seu representante no Congresso, melhora a fiscalização sobre os deputados e diminui a corrupção

O modelo brasileiro de votação para a Câmara dos Deputados faz duas vítimas a cada pleito: a lógica e o eleitor. A lógica, porque regras obtusas permitem, por exemplo, que votos dados a um candidato sejam usados para eleger outro.
O eleitor, porque a ineficiência do processo faz com que, semanas depois de ir às urnas, ele mal se lembre de em quem votou.
A fim de corrigir essas distorções, um grupo de empresários e estudantes de São Paulo está propondo a adoção do voto distrital no Brasil. O modelo parte da divisão do país em distritos (no caso do Brasil, 513 – o mesmo número de cadeiras na Câmara), que elegeriam, cada um, o seu representante.
Os organizadores do movimento “Eu voto distrital” prepararam uma série de simulações sobre como seria o Brasil sob esse novo modelo. Uma delas revela que, se o sistema já estivesse em vigor em 2010, o partido que mais perderia com ele seria o PT – o que explica o fato de a sigla ser, desde já, inimiga número 1 da proposta.
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz dez motivos pelos quais essa ideia merece o seu apoio. Entre eles estão o barateamento das campanhas, o fim do efeito Tiririca, o enfraquecimento das oligarquias e a diminuição da corrupção.
Se já é uma pessoa convencida de que o distrital é a melhor opção para o país, basta clicar aqui para assinar a petição que será enviada aos parlamentares em Brasília, propondo a mudança.

O bicho-papao do seculo XXI: ele mesmo, el profesor "al reves"...

Bem, cada país tem suas paranoias, suas paúras, seus medos, suas fixações, obsessões, manias (freudianas ou não), enfim, um conjunto, ou pelo menos uma ou duas fantasmagorias, que despertam suores frios, medos, ou até pânico.
No caso da Venezuela, o professor ao contrário de Economia (tudo o que ele fizer, está nos manuais, só que num sentido completamente inverso) é o bicho-papão do momento.
Vai ser um fracasso esse censo.
Bem feito...
Paulo Roberto de Almeida

El censo de Chávez desata el miedo

Venezuela – El País – 06/09/11.

Un hombre de unos 50 años abre la puerta de su casa en el barrio de clase alta de Prados del Este, en Caracas. “Fuera de aquí. El Gobierno ya me ha jodido dos veces y no pienso darle más información para que me vuelva a joder”. Luego desaparece y le cierra la puerta a Jesús,uno de los encargados de realizar el censo nacional.
Desde que comenzó el recuento, el pasado jueves, Jesús ha recibido respuestas similares. El empleado marca en su base de datos la opción: esta familia “se negó a brindar información”. De las 15 casas que le correspondía censar durante el día, solo le han recibido en una.
Tienen miedo a responder. Tras la ola de expropiaciones de los últimos años y tras la amarga experiencia con la Lista de Tascón (nombre popular que se le dio en 2003 a la base de datos de solicitantes de un referendo revocatorio contra Chávez, que fue usada luego para purgar la Administración Pública de opositores), un amplio sector de los venezolanos cree que la información del censo podría utilizarse como represalia.
“¿Para qué necesita saber el Gobierno cuántos cuartos utilizan las personas de este hogar para dormir?”, se queja Rosa García, una señora de unos 60 años que vive en una urbanización de clase media del este de Caracas. “Quieren saberlo para llenarte los cuartos vacíos de gente, como en Cuba, o para expropiarte la casa”.
Hay otras tres preguntas del censo que, aunque se corresponden con los estándares internacionales para medir factores como el hacinamiento o el ingreso promedio de la población, son vistas con suspicacia bajo las circunstancias políticas actuales de Venezuela.
Organizaciones como el partido socialcristiano Copei creen que el hecho de que se le pregunte a los venezolanos su nombre y apellido, el nombre de la empresa para la cual trabaja y su ingreso mensual exacto, revela que la medición tiene un objetivo ideológico.
Otros representantes de la oposición al Gobierno de Hugo Chávez, como el gobernador del Estado de Miranda, Henrique Capriles Radonski, han intentado cortarle el paso a las críticas siendo ellos mismos los primeros en ser censados.
El director del Instituto Nacional de Estadística, Elías Eljuri, ha hecho un llamamiento a la calma y ha dicho que ningún venezolano está obligado a responder lo que no quiera. A pesar de la resistencia de algunos, confía en que el proceso tendrá éxito.
“En cuatro días hemos censado más de 160.000 hogares y el rechazo que ha habido ha sido del 0,2%. Eso es totalmente normal dentro de cualquier investigación. La gente sentirá más confianza cuando vea que las preguntas son las mismas de los censos anteriores y que la información que suministra queda encriptada”, comenta Eljuri a este diario.
Durante la hora que dura la entrevista sobre las condiciones de vida familiar de seis personas, Pedro Gutiérrez, de 54 años, espera las polémicas preguntas. Estas nunca llegan. “La información que me han solicitado está correcta. Pero con la política que lleva este Gobierno a cualquiera le da miedo el censo. Yo, lo que no me convenga, no lo contesto”, dice Gutiérrez.
Los que se llevan la peor parte son los empleados del censo. A Brienza, una chica de 25 años, sin empleo y graduada como técnico superior en informática, la echaron el viernes de una casa con un perro pitbull. La joven apuntó en el dispositivo electrónico que utilizan para almacenar las encuestas la siguiente frase: “Finalizó la entrevista por problemas de seguridad”.
Su salario es de 10,75 bolívares fuertes (2,5 dólares) por cada encuesta realizada. Ellos mismos costean los gastos de transporte y alimentación, y están obligados a hacer hasta tres intentos en los hogares donde no consigan a alguien que les responda.
El censo nacional se lleva a cabo en Venezuela cada diez años y de sus resultados depende, entre otras cosas, el reparto de dinero entre las regiones, el diseño de las políticas públicas y la conformación de las circunscripciones electorales.
Un resultado positivo contribuiría a evitar, por ejemplo, lo que ocurrió en las elecciones parlamentarias de 2010. En aquella ocasión, la oposición, a pesar de contar con más votos nominales a su favor, obtuvo menos escaños en la conformación final de la Asamblea Nacional. Esta vez el proceso tendrá una duración de tres meses y culminará el 30 de noviembre próximo.

Hackers bonzinhos: isso existe? - certo ministro acha que sim...

Vocês já ouviram falar em hackers éticos? Eu não.
Para mim parece uma contradição nos termos. Se é hacker, como pode ser ético?
Mas esse ministro acredita que sim; bem, ele encontrou uns hackers petistas que são contra a tecnologia proprietária, achando que isso é coisa de capitalistas malvados; tecnologia precisa ser livre, sobretudo gratuita, acreditam eles, o ministro e os tais hackers éticos.
Vamos ver até vai esse contradição nos termos...

Governo vai convidar hackers para ajudar na criação de portalValor Econômico, 6/09/2011

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) planeja lançar no início do ano que vem um portal para facilitar o acesso a informações sobre sua própria gestão, como a distribuição de gastos.
O fluxo de dados será alimentado por um sistema, batizado de Plataforma Aquarius, para o qual o MCTI quer a ajuda dos chamados "hackers éticos" - pessoas com grande habilidade na área de programação, mas que não usam esse conhecimento para invadir redes ou sistemas. Em vez disso, ajudam na prevenção de crimes digitais.

"Vamos formalizar um convite para ajudar no desenvolvimento da ferramenta", disse o ministro Aloizio Mercadante, ontem (5), durante um encontro com hackers em São Paulo. A proposta é que o portal seja baseado em softwares de código aberto - programas que podem ser modificados por qualquer programador. O princípio do software livre é que as mudanças feitas no código sejam oferecidas gratuitamente, já que partiram de uma base de conhecimento comum.

Inicialmente, porém, o desenvolvimento do portal contará com sistemas proprietários, cujo uso depende de uma licença. "Usamos sistemas proprietários nos casos em que não encontramos uma opção de software livre no mercado, mas vocês podem nos ajudar a desenvolver [alternativas]", disse Mercadante aos participantes do encontro.

O MCTI pretende oferecer a ferramenta a outros ministérios e entidades. Para fazer isso, no entanto, quer que toda a plataforma esteja baseada em software livre.

O uso de softwares proprietários foi criticado por alguns hackers que participaram do encontro. O grupo defendeu a criação de mecanismos pelos quais os usuários do portal poderiam cruzar dados, como os gastos destinados a áreas diferentes. Segundo Mercadante, oferecer informações desse tipo ao público vai gerar questionamentos, mas aumentará a eficiência da gestão pública.


O Imperio Diminuido - John Bolton

Um hiperconservador republicano, aliás um falcão -- desses que quase desapareceram com o fim da Guerra Fria -- desmantela, pedra por pedra, a política externa (se existe alguma) de Obama.
Nada de muito surpreendente, vindo de quem vem, mas é sempre bom examinar o que pensam alguns republicanos da diplomacia "kindler and gentler" de Obama.
Paulo Roberto de Almeida 

The Innocents Abroad: Obama's Foreign Policy Is Characterized
 
This article appears in the September 19th issue of the National Review
 
 
Barack Obama's badly flawed worldview and the incoherent foreign policy flowing from it have now disintegrated. Within the past few months, his media acolytes notwithstanding, the evidence has become conclusive: Obama's presidency is gravely wounding America and its friends. His response to virtually every significant threat or crisis has either complicated or worsened the problem, or, at best, left it essentially no closer to resolution.
Obama has repeatedly highlighted his propensity to apologize for America's past transgressions (as he defines them), and his disinclination to be assertive on our behalf. Indeed, so radically different is Obama from any prior American president that many observers have concluded that he has a comprehensive plan, and that somewhere in all that mess there must be a doctrine. Others look not for a plan, but for a plot; pop psychology and conspiracy theories abound as to why Obama is so comfortable, even enthusiastic, about American decline.
But it is folly to look for rhyme and reason when there is neither. For better or worse, there is no single dispositive flaw in Obama's doctrine, since there is little that resembles a doctrine. His saunter through world affairs is unstructured. Instead, the explanation for his policy's failure, and its well-deserved collapse now unfolding before us, lies in a jumbled mix of philosophy, political priorities, and personal inadequacy. Like Obama's presidency generally, his national-security flaws combine ideology, naïveté, weakness, lack of leadership, intellectual laziness, and a near-religious faith in negotiation for its own sake.
Perhaps most significantly, Obama is simply not interested in foreign and defense policy. To state such a proposition about a U.S. president seems counterintuitive or even shocking, but Obama is different from all of his predecessors, Republican or Democrat, since Franklin Roosevelt. His first thought on awakening each morning is not about threats to America, its global interests, and its friends and allies, but about his efforts to radically restructure our economy and society. That is where his intellect and his heart are focused, and his lack of attention to the rest of the world is palpable. When Obama has no other choice but to concentrate on international affairs--such as during the Afghanistan surge or the killing of Osama bin Laden--he will do so, but only for as long as is necessary to address the immediate problem before him.
So what emerges from a president who is basically uninterested in foreign affairs, who doesn't see our manifold threats and challenges as worthy of presidential time and energy, who repeatedly stresses devotion to negotiations that are divorced from their substantive outcome, and who believes that multilateral fora rather than American resolve and power can address foreign problems?
In those few national-security areas where Obama does his homework, a second characteristic predominates: He simply does not see much occurring internationally that threatens American interests. Such a benign view of a chaotic world may be even more shocking than his general lack of interest, but it is yet another reflection of his underlying intellectual laziness. He is most politely described as credulous and inexperienced, especially for someone who lived overseas as a child. During both the 2008 campaign and his presidency, for example, Obama has downplayed the very concept of a "global war on terror," treated nuclear proliferation as a side issue, and ignored the enormous strategic threats posed by a rising China and a belligerent Russia. American decline, most recently reflected in S&P's downgrade of America's sovereign debt to France's level, is untroubling and even natural to him.
In days gone by, Americans with such attitudes were classified as isolationists. But the president is no advocate of insularity, instead choosing multilateralism and expressing it in rhetoric that could have come straight from its source, Woodrow Wilson. It was Wilson, after all, and not our first community-organizer president, who insisted that "there must be, not a balance of power, but a community of power, not organized rivalries, but an organized common peace." Here is the ideology of negotiation and global governance in its fullest flower.
Radical as Obama is, his worldview is not dissimilar from those of a long line of liberal presidential candidates, stretching back decades. In 1988, for example, Vice President George H. W. Bush said of his November opponent, Michael Dukakis: "He sees America as another pleasant country on the U.N. roll call, somewhere between Albania and Zimbabwe." Precisely the same could be said about Obama. The only significant difference is that Obama made it to the White House, and Dukakis didn't. This is why, two years ago in Standpoint magazine, I called Obama our first "post-American President," one unburdened by American exceptionalism.
So what emerges from a president who is basically uninterested in foreign affairs, who doesn't see our manifold threats and challenges as worthy of presidential time and energy, who repeatedly stresses devotion to negotiations that are divorced from their substantive outcome, and who believes that multilateral fora rather than American resolve and power can address foreign problems? The now-indisputable answer is a failing, collapsing U.S. foreign policy.
Since his inauguration, for example, Obama has insisted that the nuclear-proliferation threat represented by Iran and North Korea could be defused through negotiation. Although he has never articulated the slightest reason to believe that either rogue state would voluntarily eliminate its weapons program, he has extended his "open hand," waiting for Tehran and Pyongyang to unclench their fists. In both cases, gullibility and the fascination with negotiation as a process, or perhaps just Obama's narcissism, have given the proliferators the precious assets of time and the cover of legitimacy, both of which they have unfortunately used all too productively.
In fact, Tehran accelerated and expanded its uranium-enrichment programs. Efforts at international sanctions were half-hearted and ineffective, as huge, recent construction contracts and potential oil-bartering agreements with China show. Much-touted computer-viruses have failed to impede Iran's enrichment capacity, as demonstrated by the accumulating evidence in public reports from the International Atomic Energy Agency and assessments by independent groups such as the Wisconsin Project and the Nonproliferation Policy Education Center.
In July, even Obama's Treasury Department was forced to admit (albeit with minimal publicity from the Oval Office) that Shia Iran has been funding and sheltering a critical al-Qaeda supply chain for at least six years, as al-Qaeda works to kill Americans in Iraq, Afghanistan, and elsewhere. This is hardly surprising, since Iran has long been an equal-opportunity funder of and arms supplier for terrorism, including both Shia Hezbollah in Lebanon and Sunni Hamas in Gaza and the West Bank. U.S. military officials have contended for years that Iran was providing Shiite extremists in Iraq with RPGs and other weapons to use against American and coalition forces, and simultaneously supplying similar equipment to the Taliban, its former sworn enemy in Afghanistan, for use against U.S. and NATO troops there. While Iran's support for al-Qaeda may therefore seem disturbingly new, it is actually nothing of the sort.
What is disturbing is that President Obama apparently hasn't the slightest desire to explain these troubling conclusions to the American public, although his unaccustomed reticence is hardly surprising. This latest inconvenient development contravenes Obama's preferred narrative that al-Qaeda faces near-terminal decline, especially after Osama bin Laden's death, and that wide-ranging diplomatic engagement with Tehran's mullahs on nuclear weapons and other matters is still possible. It is as if the White House has forgotten the Bedouin proverb: "I against my brother; I and my brother against our cousin; my brother and our cousin against the neighbors; all of us against the strangers."
Moreover, Iran's free-flowing financial and weapons support for groups with widely divergent religious and ideological orientations has broad implications for the analysis of radical threats elsewhere in the Middle East. For example, Iran's support for Hamas, which is effectively a subsidiary of Egypt's Muslim Brotherhood, shows how Iran can fish in troubled waters far more extensively in Sunni, Arab regions than Obama expected from a Persian, Shia regime. Accordingly, therefore, the prospects for the Arab Spring to bring about democratic change, which have already fallen woefully short of expectations, can only become more problematic.
Regarding North Korea, the other main locus of nuclear-proliferation concern, Obama's policy of "strategic patience" has simply allowed Pyongyang to expand its uranium-enrichment activities in plain view, as well as continue to progress with ballistic-missile and other weapons programs. Both Japan and South Korea believe that the North has been making important progress on downsizing its nuclear devices in order to fit them onto its short- or medium-range ballistic missiles, or onto the long-range Taepodong-2. This intricate mating procedure requires either developing greater rocket thrust to launch heavier, bulkier payloads, or squeezing down the warheads to fit the existing missile capabilities. Increasing rocket power, decreasing warhead size, or both, will ultimately give the North the range of delivery systems it seeks. And the extensive evidence of cooperation between North Korea and Iran in the nuclear and ballistic-missile fields only continues to grow.
Obama has acted as though the gravest threat there to American interests and international peace and security is Israeli housing construction in the suburbs of Jerusalem.
Moreover, while Obama has dithered, South Korea has become increasingly concerned about yet another developing North Korean asymmetric capability: cyber-warfare. Pyongyang's interest and growing skills in the cyber field point directly to China as a source of assistance, given the prominent role Beijing has given information warfare, and our increasing awareness of sustained--and successful--Chinese probing of U.S. government and corporate information-technology assets. To date, North Korea's cyber attacks have apparently focused on the South, with at least three major incidents claimed since 2009. But they could readily be conducted worldwide.
In bilateral talks in New York in late July, Obama's diplomats treated North Korea's leading purveyors of disinformation as serious negotiating partners (a mistake unfortunately inherited from the Bush administration). Incredibly, rumors abound that these latest talks were really about the regime change in Pyongyang that will follow Kim Jong Il's death, as if these regime consiglieri could somehow be persuaded of a different succession plan, one more favorable to the United States. Certainly we should be stirring up dissension in North Korea, but New York is not the place to do it.
Inexperience, incompetence, and blind faith in negotiation have led to gridlock in the Middle East. Obama has acted as though the gravest threat there to American interests and international peace and security is Israeli housing construction in the suburbs of Jerusalem. Two-and-a-half years of such focus have produced essentially no progress in Israeli-Palestinian talks, just ongoing humiliation for the United States. And Obama's various reactions to the Arab Spring can be described only as contradictory and incoherent. In consequence, Islamist forces are rising in Egypt; the Syrian dictatorship, aided by Iran's Revolutionary Guards, is massacring civilians in Syria; Hezbollah's grasp on Lebanon is tightening; and our closest friends on the Arabian peninsula are rapidly distancing themselves from a United States they regard as weakening, irresolute, and unreliable. In Turkey, July's mass resignation of top generals may be conclusive evidence of the demise of Kemal Atatürk's vision of a secular state.
Obama's unwillingness even to discuss a "global war on terror," both to avoid "offending" Muslims (which he thinks this Bush-era phrase did), and because he just does not see the threat, continues undisturbed. After Osama bin Laden's well-deserved death, the White House quickly contended that al-Qaeda itself was in jeopardy, thereby inflating its own accomplishments and laying the groundwork for reduced military budgets and less-forward international positions generally. Equally promptly, however, Michael Leiter, outgoing head of the National Counterterrorism Center, and others emphatically refuted any such suggestion.
Then media reports appeared that al-Qaeda in Yemen was trying to produce ricin, a potent biological weapon. Of course, al-Qaeda's earliest manuals, many of which were captured in the aftermath of our 2001 overthrow of the Taliban government in Kabul, stressed al-Qaeda's desire to obtain nuclear, chemical, or biological weapons. Today we see evidence of their quest's continuing, not that Obama has seemingly ever paid much attention to it, or given it any prominence whatever in his public pronouncements.
In Libya, Qaddafi's removal has not mitigated the enduring toxic effects on the United States of Obama's ideology and weakness. He intervened for the wrong reasons, justifying military action under the abstract ideological doctrine of a "responsibility to protect" civilians; launched impressive initial military strikes, then backed off; called for Qaddafi's overthrow, but refused to say we would use military force to do so; then targeted Qaddafi--unsuccessfully for many months--without being willing to say so; then agreed with Britain and France that Qaddafi could actually stay in country if he gave up power; and then capped all these mistakes by inviting Russia in to mediate between our most important alliance and its military adversary. And who knows what will follow Qaddafi?
That Qaddafi has finally fallen despite these debilitating errors proves graphically how NATO could have succeeded at the outset rather than requiring five months of "kinetic military action." The key error was ideology, the ego-gratifying balm and moral superiority of the "responsibility to protect." But in pursuing the supposedly humanitarian doctrine, rather than "regime change," we neither swiftly ousted Qaddafi, nor ensured a successor regime congenial to the West, nor fully succeeded in protecting innocent civilians from the continuing misery of civil war. And tellingly, Obama's ideological knee-jerk propelling us into Libya was followed by inattention, the characteristic best describing his general approach to the rest of the world. No foreign friend or adversary could miss the point that, once launched into the conflict in Libya, Obama subsequently ignored it until the last days. NATO's intervention will long be remembered as a strategic embarrassment for the West, one directly attributable to Obama. He did not inherit this debacle from the Bush administration; he created it all by himself.
We could pass on to broader matters of grand strategy involving Russia and China, except that the Obama  administration has no grand strategy on Russia and China. Instead, zealous faith in negotiations for their own sake produced the ill-advised "reset" policy with Russia, and cravenness in dealing with China. And what has all of that obtained? Putin called America a "parasite economy," and China's official news agency lectured Washington on its financial failures. Surely this is some measure of how far America has sunk, when former KGB agents and China's Communist-party mouthpiece purport to instruct us on our economic policy.
Obama's personal and philosophical weakness is revealed most palpably in his view of the national-security budget.
With Russia, naïveté is Obama's dominant flaw. He believed, incredibly, that by canceling planned missile-defense facilities in Poland and the Czech Republic, and broadly scaling back plans for national missile defense; agreeing to the ill-advised New START arms-control treaty; and turning a blind eye to Moscow's ongoing reassertion of hegemony in the former Soviet Union, he could persuade Russia to look kindly on American interests elsewhere. But appeasement, needless to say, has brought nothing but scorn from Moscow. And, incredibly, Obama's naïveté has not diminished in the face of it. Administration officials this summer quickly concluded that a bomb, attributed to Russian intelligence, which was detonated near our embassy in Georgia, was actually "an attempt to poke the Georgians in the eye, not the U.S." Indeed.
In early August, China began initial sea trials for its first aircraft carrier. While years away from posing a direct threat to the U.S. Navy, China's carrier reflects a wider expansion of both its conventional land and naval forces (including submarines) and its strategic-weapons capabilities. Coupled with increasingly assertive territorial claims in the South China Sea and bolder efforts to control transit rights in other nearby international waters, Beijing's arms buildup foreshadows a major challenge to America and its Asian friends. In response, Obama sent Vice President Joe Biden to Beijing. More seriously, his administration also refused to sell to Taiwan the most advanced models of F-16 fighter-bombers.
China's focus on area-denial, anti-access weapons systems also underscores its objectives. If China can hold the U.S. Navy at bay and at risk, it can dramatically enhance its drive toward hegemony in East and Southeast Asia. To achieve this goal, Beijing does not need to be a global peer competitor to Washington militarily; it must only be capable of neutralizing the Western Pacific naval dominance we have enjoyed since 1945. Countering such a threat should be a serious priority at the Pentagon, but doing anything consequential would, of course, require additional financial resources for personnel and weapons systems.
Here in particular America is at risk. Obama's personal and philosophical weakness is revealed most palpably in his view of the national-security budget. Deep spending cuts ($400 billion) in Obama's first three Pentagon fiscal years, when virtually every other agency and entitlement program was enjoying substantial, indeed extravagant, increases, were already painful enough. But truly staggering is the combination of the further defense cuts ($350 billion) Obama ordered at the start of this year, which are now essentially written into the first tranche of cuts in the compromise legislation raising the debt ceiling, not to mention to the $500-600 billion in additional cuts that will be required if the recent debt-ceiling legislation's "trigger mechanism" kicks in.
Had Obama openly proposed defense cuts of such magnitude, conservatives would surely have risen in furious opposition. But in the blue smoke and mirrors of arcane budget debates, Obama has succeeded beyond his wildest ideological fantasy. The Washington Post's Robert Samuelson wrote that the debt-ceiling deal "reflects liberal preferences" and was "mostly a triumph of the welfare state over the Pentagon." With conservatives scoring "own goals" (as the Europeans say in soccer) like this, no wonder Obama sees virtue in "leading from behind." Obama is too sinuous a politician to admit this growing record of failure, but that very sinuousness also explains much of his problem. He combines an inability to perceive threats--by not understanding that real differences exist between countries, not just poor communication--with inattention and laziness, naïveté, ideology, and faith in negotiation. His administration's foreign policy has thus produced a sorry record, with every prospect for an even sorrier future.
Tracing these factors to their logical conclusions, we can see that Obama is simply an invention; there is less to him than meets the eye. Worse than being merely doctrinaire, he is hollow at the center. And that is most assuredly not what we need today, or for another presidential term.
John R. Bolton is a senior fellow at AEI