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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Hackers bonzinhos: isso existe? - certo ministro acha que sim...

Vocês já ouviram falar em hackers éticos? Eu não.
Para mim parece uma contradição nos termos. Se é hacker, como pode ser ético?
Mas esse ministro acredita que sim; bem, ele encontrou uns hackers petistas que são contra a tecnologia proprietária, achando que isso é coisa de capitalistas malvados; tecnologia precisa ser livre, sobretudo gratuita, acreditam eles, o ministro e os tais hackers éticos.
Vamos ver até vai esse contradição nos termos...

Governo vai convidar hackers para ajudar na criação de portalValor Econômico, 6/09/2011

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) planeja lançar no início do ano que vem um portal para facilitar o acesso a informações sobre sua própria gestão, como a distribuição de gastos.
O fluxo de dados será alimentado por um sistema, batizado de Plataforma Aquarius, para o qual o MCTI quer a ajuda dos chamados "hackers éticos" - pessoas com grande habilidade na área de programação, mas que não usam esse conhecimento para invadir redes ou sistemas. Em vez disso, ajudam na prevenção de crimes digitais.

"Vamos formalizar um convite para ajudar no desenvolvimento da ferramenta", disse o ministro Aloizio Mercadante, ontem (5), durante um encontro com hackers em São Paulo. A proposta é que o portal seja baseado em softwares de código aberto - programas que podem ser modificados por qualquer programador. O princípio do software livre é que as mudanças feitas no código sejam oferecidas gratuitamente, já que partiram de uma base de conhecimento comum.

Inicialmente, porém, o desenvolvimento do portal contará com sistemas proprietários, cujo uso depende de uma licença. "Usamos sistemas proprietários nos casos em que não encontramos uma opção de software livre no mercado, mas vocês podem nos ajudar a desenvolver [alternativas]", disse Mercadante aos participantes do encontro.

O MCTI pretende oferecer a ferramenta a outros ministérios e entidades. Para fazer isso, no entanto, quer que toda a plataforma esteja baseada em software livre.

O uso de softwares proprietários foi criticado por alguns hackers que participaram do encontro. O grupo defendeu a criação de mecanismos pelos quais os usuários do portal poderiam cruzar dados, como os gastos destinados a áreas diferentes. Segundo Mercadante, oferecer informações desse tipo ao público vai gerar questionamentos, mas aumentará a eficiência da gestão pública.


3 comentários:

Ricardo disse...

Se você não sabe a diferença entre hacker e cracker é melhor aprender. O Ministro ao menos sabe e não fala bobagem como o senhor.

AL. disse...

"Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de o dizeres". - Voltaire

Colocar todas as linhas de hacking no mesmo saco não faz sentido algum, tentar generalizar que todos hackers são bandidos é como dizer que todos no planeta são ruivos.

A cultura hacker originalmente é uma subcultura de programadores de computadores, há hackers éticos, hackers vândalos, hackers bandidos (crackers e ciber-criminosos),phreakers (hackers de telecom), pseudo-hackers (que é um grande universo) assim como hacker-ativistas, dentro deste último micro-cosmo há os hackers envolvidos com OpenData e Transparência de Dados Públicos sendo-se que a "Casa da Cultura Digital" abriga hackers desta categoria, assim como o primeiro hackerspace do Brasil, o Garoa Hacker Clube.

Inclusive são hackers que se organizam em entidades com CNPJ, portanto eles não são anônimos, não são vândalos, não são bandidos e/ou mercenários, no máximo praticam hacking por diversão sem a intenção de prejudicar ninguém. Estes são Hackers Construindo o Futuro.

O Mercadante já tem noção do terreno no qual ele está pisando e ele está sendo muito ousado, porém não imprudente.

Mário Machado disse...

Sei o que é um hacker ético? Se invadiu um sistema privado não é lá tão ético.