By HAROLD L. COLE AND LEE E. OHANIAN
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Stimulus and the Depression: The Untold Story - Wall Street Journal
By HAROLD L. COLE AND LEE E. OHANIAN
Narcotrafico na Bolivia: crescimento sustentado...
"La política antidrogas de Bolivia no solo genera tensión con Estados Unidos, sino también cada vez más con varios países vecinos y de la Unión Europea"
Brceu Bagley, experto en política antidrogas
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Desarmamento nuclear? Você acredita nisso?
Bondades sociais provocam desemprego pouco social... PCdoB, um partido reacionario...
Isso sempre se soube, mas é bom ter exemplos concretos...
Paulo Roberto de Almeida
Coluna do jornalista Políbio Braga, 26/09/2011
Manuela D'Ávila nem se sabe o que foi buscar na China, mas nada de bom pode sair do regime ditatorial fascio-comunista, autoritário e centralizador de Pequim.
Se a deputada estivesse em Porto Alegre nesta segunda-feira, não teria o que comemorar no terceiro aniversário da sua criatura.
Acontece que as "vantagens" que introduziu para "proteger" e "expandir" o sistema de estágios, acabaram transformando-se num tremendo fracasso. A lei impôs férias para os estagiários, reduziu a jornada de trabalho de 8 para 6 horas, criou quotas e impôs vale-refeição e vale-transporte. As empresas cortaram drasticamente a contratação de estagiários, porque seus custos inviabilizaram o sistema.
O Inep/MEC informou que 13,3 milhões de alunos estão aptos a ingressar no mercado de trabalho por meio de estágios, mas só 7,5% conseguem vaga,
1) Antes da aprovação da lei Manuela, o País possuía 1,1 milhão de estagiários, número que três anos depois caiu para 900 mil.
2) Apenas 14,5% dos 5,1 milhões de estudantes universitários conseguem estagiar (no ensino médio, o número é pior ainda, porque só 3,1% conseguem estágio).
Fonte: A empresa Nube, a maior do Brasil na área. O editor foi conversar sobre isto com Natália Varga, coordenadora de Recrutamento e Seleção da empresa.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
A marcha da (des)integração no (e do) Mercosul: protecionismos cruzados e duplicados...
Parece difícil imaginar um processo de integração que tenha recuado tanto em tão pouco tempo, por motivos tão fúteis...
Proposta do Brasil à OMC sobre tarifas de importações será discutida na próxima reunião do Mercosul
Agência Brasil, 22/09/2011Na próxima cúpula do Mercosul serão discutidos os detalhes da proposta brasileira
A total falta de charme da Extorsao Tributaria do Brasil
Carga tributária pode superar 36% do PIB neste ano, diz IBPT | |
Fernanda Bompan | |
DCI, 26/09/2011
A
carga tributária deve ultrapassar o patamar de 36% do Produto Interno
Bruto (PIB) neste ano. É o que apontam especialistas consultados pelo
DCI. Este percentual, de qualquer forma, para eles, será bem acima do
peso tributário registrado em 2010, cuja carga alcançou 33,56% do PIB,
conforme divulgou a Receita Federal, na última sexta-feira.
O fisco admite que o peso dos tributos sobre os brasileiros segue tendência de alta em 2011. De acordo com os dados anunciados, no ano passado, a carga cresceu 0,42 ponto percentual ante o resultado observado em 2009 (3,14% do PIB). "Para 2011, é um crescimento constante de arrecadação em função das receitas extraordinárias que foram significativas", explicou o coordenador-geral de estudos econômicos e tributários da Receita, Othoniel Lucas de Sousa. O coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, estima que o peso dos impostos federais, estaduais e municipais no País será de 36,8% do PIB. O cálculo dele está baseado na previsão de arrecadação de R$ 1,4 trilhão, do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), para este ano - a descontar o recolhimento do fundo de garantia, que não entra na conta da Receita -, e a projeção que a economia brasileira cresça 4%, para R$ 3,8 trilhões, também para 2011 (estimativa do governo). "O aumento da carga tributária neste ano com relação a 2010 está baseada no fato de que haverá um avanço econômico. Além de que há importantes fatores considerados sazonais que fazem com que esse peso seja de quase 37% do PIB, como a consolidação dos parcelamentos de Pessoa Física e Pessoa Jurídicas que entram na conta como tributos", explica. Apesar de não ter um cálculo exato até o fechamento desta edição, o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, disse esperar que a carga tributária de fato ultrapasse os 36% do PIB. "Projetamos crescimento de 9% [real] na arrecadação tributária, para R$ 1,5 trilhão [com o cálculo do montante do fundo de garantia], que também representa um aumento nominal de 15%", aponta. Já Allan Moraes, advogado tributarista do Salusse Marangoni Advogados e diretor do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) e membro do Instituto Brasileiro de Direito Tributário (IBDT), discorda dos demais especialistas. Na opinião dele, o peso dos impostos sobre os brasileiros deve ficar próximo dos 33% do PIB. Ou seja, não deve apontar crescimento expressivo comparado ao registrado em 2010. "Não acredito que haverá a criação de novos impostos neste ano. O aumento do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] incidente nas operações de crédito da pessoa física e operações de câmbio, pro exemplo, foi mais uma medida regulatória do que arrecadatória. Por isso não vejo alta expressiva", entende. Em 2010 O professor da Santa Marcelina destaca, porém, que as projeções dependem de como ficará o câmbio e o crescimento econômico. "A expansão da economia interfere na arrecadação de impostos. Além de que a questão da oscilação do dólar impacta no recolhimento tributário realizado pelas importações e exportações, que entram [indiretamente] no montante utilizado para cálculo da carga", diz Gonçalves. Othoniel Lucas de Sousa afirmou que, no ano passado, o crescimento da carga tributária foi puxada pelo avanço do PIB, de 7,5%, que aumenta a arrecadação. O recolhimento bruto de tributos em 2010 ficou em R$ 1,233 trilhão, R$ 178 bilhões superior ao valor do ano anterior. Assim, cerca de um terço de tudo o que o brasileiro ganhou naquele ano foi para os cofres públicos. Segundo o coordenador da Receita, a carga tributária cresceu, principalmente, devido ao aumento de alíquotas de tributos que incidem no mercado financeiro e fim de benefícios fiscais, como o IOF. O percentual de carga registrado em 2010, contudo, foi quase dois pontos percentuais menor do que o projetado pelo IBPT (35,13% do PIB). "Isso nos chamou atenção. É possível que tenham sido descontadas as multas pagas de juros, que entram como tributos, e o recolhimento pelo Refis da Crise", comentou. De modo geral, os especialistas entrevistados pelo DCI consideram a carga atual no País muito alta. "O esforço do governo para tirar esse peso de cima dos brasileiros tem que ser muito maior. Não adianta desonerar com percentuais baixos os empresários, por exemplo, e aumentar a alíquota do IPI [Imposto sobre Produto Industrializado] em 30% sobre veículos importados", critica o presidente do IBPT. |
O Partido Comunista Chines inventa uma historia sua (nao a verdadeira)...
O futuro da economia brasileira - George Vidor
Acredito que as novas saúvas do Brasil, as pedagogas freireanas, continuarão a infernizar a educação brasileira pelo futuro previsível.
Sorry folks...
Paulo Roberto de Almeida
Aposta no futuro | |
George Vidor | |
O Globo, 26/09/2011
Como
estará a economia brasileira no bicentenário da independência (2022)?
Os economistas Fabio Giambiagi e Claudio Porto, autores de um livro
sobre esse tema, projetam um quadro em que a taxa de juros real terá
recuado pela metade, caindo para 3%, a inflação deverá girar em torno de
3%, a proporção de pobres diminuirá para 5% da população, e a dívida
líquida do setor público...
...não passará de 10%
do Produto Interno Bruto, diante dos atuais 40% do PIB. Isso porque, no
lugar de um déficit de 3%, o setor público se transformaria em
superavitário, beneficiando-se da redução das despesas com juros e da
manutenção de um saldo (primário) nas demais contas.
É
claro que essas previsões não são um exercício de clarividência, mas
uma tentativa de enxergar o futuro a partir da premissa de que o país
enfrentará seus obstáculos, em vez de ficar bancando o avestruz.
Esse
exercício de futurologia motivou uma empresa voltada para consultoria
em inovação, a MJV, a criar um jogo de cartas — que será lançado em
evento da revista "The Economist" , programado para a primeira semana de
novembro, em São Paulo — no qual os "jogadores" optam por um entre
quatro diferentes cenários.
A “gamerização” é um
instrumento cada vez mais útil na captação de ideias, sugestões,
propostas e soluções, em especial no que se refere à inovação. De uma
maneira geral ainda é comum vincular inovação a avanços tecnológicos,
particularmente na indústria. Mas ela pode ir bem mais além. Engenheiros
e tecnólogos hoje recorrem inclusive às artes para sair do específico e
encontrar uma forma abrangente de pensar a inovação. Assim surgiram os
designers da inovação.
Inspirada nessa inovação no
jeito de pensar a própria inovação, a MJV incorporou à sua equipe
mestres e doutores em antropologia e música, por exemplo, buscando
respostas não apenas sobre como fazer, mas sobre o quê fazer. Seus
principais clientes são bancos e companhias de seguros.
Porto
e Giambiagi acompanharam o “desenho” do jogo de cartas, cujo primeiro
resultado prático será colhido no evento da revista inglesa. A
propósito, no livro de ambos, a expectativa é que a taxa de investimento
da economia brasileira evolua dos atuais 19% para 24% do PIB em 2011. E
que taxa de poupança doméstica fique um pouco abaixo disso (22% a 23%
do PIB), o que seria capaz de sustentar uma meta de crescimento médio
anual de 4,5% para o país no período.
Como
pesquisador do Cepdoc da Fundação Getulio Vargas, o professor Eduardo
Raposo teve oportunidade de entrevistar quase todos os ex-presidentes do
Banco Central (BC). Esse acervo lhe inspirou a escrever um livro sobre o
tema, do ponto de vista político, que é a sua especialidade. Também
professor da PUC-RJ, Raposo foi um dos fundadores do programa de
pós-graduação em ciências sociais da universidade católica. A ideia do
professor é mostrar como as políticas econômicas, desde a criação da
Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), que antecedeu o Banco
Central, refletem a dicotomia entre a tentativa de modernização e um
modelo ibérico de organização das instituições, cuja estrutura é sempre
de cima para baixo, quase impositiva, herança dos tempos em que isso se
mostrou necessário para expulsão dos mouros da península. Por isso, o
professor Raposo intitulou seu livro de “Banco Central do Brasil: o
Leviatã ibérico”. Vai dar o que falar (ainda mais nesse momento em que
muita gente questiona se o BC terá mesmo autonomia operacional durante o
governo Dilma).
Na semana que vem, aporta na Baía
de Guanabara a primeira plataforma de produção de petróleo e gás do
grupo Eike Batista, a OSX-1, que foi construída em Cingapura. Depois de
passar pelos trâmites aduaneiros, a OSX-1 seguirá para a Bacia de
Campos, a 70 quilômetros de Arraial do Cabo, onde se conectará ao
primeiro poço da formação Waimea. A previsão é que a produção este ano
alcance o volume de 20 mil barris equivalentes de óleo (incluindo gás
natural nesse cálculo) por dia.
Não fosse uma
questão com consequências relevantes para o conjunto da economia, o
comportamento do câmbio na semana passada poderia ser motivo de piada.
Ninguém, verdadeiramente, estava enxergando motivos concretos que
justificassem tamanha oscilação nas cotações do dólar. Mas o ambiente
internacional favoreceu operações especulativas por aqui. Do mesmo modo
que meses atrás a valorização do real foi excessiva, amparada em
movimentos de capitais de curtíssimo prazo, também agora o que se viu
foram operações muito rápidas por parte de quem já vinha apostando em
uma queda gradual da moeda brasileira.
No entanto,
abstraindo o susto da alta galopante nas cotações do dólar, se o câmbio
se mantiver em um patamar de R$1,80, será um alívio para as autoridades
econômicas e para grande parte da indústria de transformação que vem
enfrentando dificuldades pra exportar ou para competir com produtos
procedentes da Ásia. O lado negativo, possivelmente, será um pouco mais
de inflação, e aí voltará aquela conversa mole sobre a precipitação do
Banco Central em baixar a taxa básica de juros. É pena que o aquecimento
da demanda, entre meados de 2010 e início de 2011, tenha posto em
terceiro plano qualquer estudo ou debate em torno do componente inercial
no processo inflacionário brasileiro. Esse fator ficará mais evidente à
medida que a demanda interna evoluir mais devagar nos próximos meses, e
os índices de preços não recuarem em igual intensidade. Neutralizar tal
componente inercial residual (em comparação ao que havia antes do
lançamento do real ) é um desafio para o qual não se encontrou uma
solução satisfatória. Há quem considere isso tão importante que chega a
chamar de Plano Real 2 a busca de tal saída.
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Milonga para los argentinos (e para russos e brasileiros)
Prost, ou prosit, ou seja lá o que destino quiser...
Paulo Roberto de Almeida
Perguntar nao ofende: que tal um novo imposto para a educacao, tambem?
Pergunto: que tal criar um novo imposto para financiar os gastos com educação?
E mais um para os investimentos em infra-estrutura?
E alguns outros para resolver os problemas da casa própria, do desmatamento, do combate à dengue, dos transportes urbanos, da criminalidade, dos jatos da Força Aérea?
E que tal um imposto exclusivo para financiar campanhas eleitorais?
E um último para pagar os gastos com os 56% de aumento do Judiciário?
Nada mais do que justo. Todas essas prioridades requerem impostos específicos, pois se entrar no caixa único do Tesouro, vocês sabem o que acontece: o governo gasta com cafézinho e os grandes problemas nacionais ficam sem solução.
Não é uma maravilha ter impostos específicos para solucionar todos e cada um dos problemas nacionais?
Paulo Roberto de Almeida
Ideli Salvatti: 'A Saúde vai ter um novo imposto'
Em entrevista ao 'Estado', ministra diz que governo tem ‘clareza’ de que precisa de novas fontes para financiar setor
Vera Rosa e Tânia MonteiroMudam as bebidas, permanecem os hábitos...
"De volta ao hotel onde estava hospedada em Nova York, depois de pronunciar, como compete ao Brasil, o discurso de abertura de nova sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff fez uma breve pausa antes de se preparar para a etapa seguinte de sua agenda - encontros bilaterais com os chefes de governo do Chile, Colômbia, França e Grã-Bretanha - e compartilhou uma Veuve Clicquot com membros de sua comitiva. Havia, de fato, o que comemorar."
Apenas um comentário: nós devemos pagar, também, pelos costumes etílicos dos nossos governantes?
Paulo Roberto de Almeida
Frases da semana (3) Antidumping cambial, ou salvaguarda cambial, ou, qualquer outra coisa cambial...
"Ainda não temos um termo exato porque é uma novidade. Chamamos de antidumping cambial, mas poderia ser uma salvaguarda. O câmbio tornou-se uma variável extremamente importante para o comércio. Quando a OMC foi criada, a realidade era muito diferente."
"O primeiro passo é estabelecer uma faixa de variação cambial aceitável. Não é atribuição da OMC, mas talvez do FMI. Definida a faixa, a OMC autorizaria países vítimas a neutralizar desvalorizações excessivas com uma medida cambial. Essa discussão está madura para ser feita agora."
Entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, "Tarifas de importação não são suficientes" (19/09/2011, p. B4).
Vocês entenderam? Eu confesso que não.
Busquei em meus manuais de economia internacional, seção políticas cambiais, mas não consegui achar nada que conseguisse me ajudar na interpretação das palavras do ministro. Confesso que sou incapaz de fazê-lo, tal a complexidade e inovação das propostas ministeriais.
Acredito que também os técnicos do FMI e da OMC terão certa dificuldade em saber como interpretar, e como aplicar as complexas propostas do ministro.
Talvez isso necessite uma rodada inteira de negociações comerciais (e cambiais) multilaterais apenas para entender o conceito, depois mais uma rodada inteira para discutir o que deve ser feito, se algo deve ser feito, enfim, mais uma terceira rodada para tentar aplicar alguma medida racional, e ao cabo de tudo, o yuan já será conversível e terá tido uma valorização de 100%.
Ufa! Ainda bem que o ministro levantou o problema...
Mas, confesso que eu queria entender o que ele disse...
Paulo Roberto de Almeida