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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Brasil quer a socializacao dos custos de sua politica cambial!

Em suma, é isso que pretende o Brasil, ou melhor, o atual governo brasileiro.
Ele quer dividir com todos os demais países os "prejuízos", para seus exportadores, de ter uma moeda valorizada.
Curioso que nunca se fala nos benefícios de se ter uma moeda valorizada.
Por exemplo: as importações ficam mais baratas, e assim o sistema produtivo nacional, ou brasileiro, pode trabalhar com custos menores.
Outro benefício: os brasileiros ficam um pouco mais ricos, e podem passear em Paris e Londres, e ir duas vezes por ano à DisneyWorld.
Por que só se vêem os prejuízos?
Por que os produtores nacionais e os exportadores estão reclamando? Seria isso?
Frequentemente ouço, até de economistas bem postos, que NENHUM -- com essa ênfase -- se desenvolveu com câmbio valorizado.
MENTIRA! (minha ênfase).
Dou dois exemplos magníficos. Alemanha e Japão, durante todo o pós guerra, cresceram enormemente, se tornaram grandes máquinas exportadoras, a despeito, e até com o benefício de moedas constantemente valorizadas. O marco alemão, por exemplo, começou sua trajetória, no final dos anos 1940, acima de 6 DM por dólar; quando terminou, em 1999, ou 2002, estava a menos de 1,2 deutsche marks por dólar. Da mesma forma, o iene caiu de mais de 550 por dólar, para menos de 80 atualmente,  e nem por isso o Japão deixou de exportar e retirar benefícios de uma moeda valorizada, o que barateia importações e permite utilizar ao máximo esse desafio para obter ganhos de produtividade, justamente.
E o que lemos na matéria abaixo?:


"Os mecanismos atuais da OMC são muito poucos e muito limitados numa situação de câmbio desalinhado. As regras foram desenhadas ainda nos tempos de moeda fixa e são insuficientes para garantir proteção à indústria nessas circunstâncias. Não existe na OMC um mecanismo específico, como salvaguarda, por exemplo, para reagir a desvalorizações competitivas de moedas."


Mas, os mecanismos da OMC não foram concebidos para conceder proteção à indústria. Eles foram concebidos para facilitar o comércio, o que se consegue liberalizando fluxos, baixando tarifas, produzindo facilitações alfandegárias, etc. Proteção é um conceito que não deveria ser invocado como mecanismo da OMC, e sim como solução emergencial e temporária, e em condições muito limitadas.
Seria a OMC, ou os seus membros responsáveis pelo câmbio desalinhado de um país qualquer?
Claro que não! Por que então se pretende socializar os prejuízos de uma decisão inteiramente nacional. 
Vamos ser claros. Depois do fim de Bretton Woods, ou seja, os regimes de taxas estáveis, cada país é inteiramente livre para fazer o que desejar com a sua moeda: fixar, ancorar, desvalorizar, flutuar, estabilizar, enfim, pode adotar qualquer regime que desejar, sem limitações. Sabendo que qualquer desvalorização torna sua população mais pobre...
Será que EUA e UUEM estão fazendo "desvalorizações competitivas" de suas moedas?
Não consta que seja assim.
A injeção de recursos corresponde a programas específicos de ajuda interna, não a estímulos à exportação.
E foi a própria presidente Dilma quem pediu, expressamente, aos líderes da Europa e dos EUA que estimulassem suas economias, que reinflassem os setores produtivos, para trazer de volta o crescimento e evitar assim maiores problemas ao Brasil.
Como reclamar agora que eles estejam fazendo exatamente o que ela recomendou em suas lições de economia política?


Lemos ainda nesta matéria: 


"...o que queremos é um desafogo para momentos de valorização cambial excessiva."


OK, mas quem é o responsável por essa situação. São os EUA e a Europa responsáveis pela taxa de juros do Brasil, que atrai muitos capitais e assim valoriza sua moeda? Ou os chineses?
Vamos culpá-los, todos, por estarem comprando nossos produtos, aliás commodities, com preços valorizados, e assim ganhando muito dinheiro com isso?
Vamos reclamar de estar ficando ricos?
Por que o Brasil não baixa a taxa de juros, ou se volta para o seu mercado interno, como ele (e outros) recomenda para a China?
Os demais países precisam pagar pelo "desafogo" do Brasil?


Curiosa maneira de ver o mundo.
Quando o Brasil fez um acordo automotivo com o México, este não reclamou que o Brasil tivesse, durante anos seguidos, superávit nas transações bilaterais. Agora que a corrente se inverteu, o Brasil reclama e exige superávit ou equilíbrio politicamente administrado?
Parece aquele menino dono da bola que reclama do resultado do jogo, só aceitando partidas em que ele possa ganhar.
Tudo isso deve ser encarado com seriedade?
Duvido.
E duvido que dessa reunião da OMC saia algo mais do que... palavras...
Paulo Roberto de Almeida 



Brasil busca alívio cambial na OMC
Entrevista / Roberto Azevedo
Primeira Página
Valor Econômico, 26/03/2012

Por Assis Moreira - O Brasil quer pavimentar o terreno na Organização Mundial do Comércio (OMC) para a criação de um mecanismo de desafogo para um momento de valorização cambial excessiva, permitindo impor sobretaxa na importação para proteger sua indústria. A primeira grande discussão ocorrerá amanhã e quarta-feira, reunindo setor privado, governos, instituições internacionais e acadêmicos, na sede do xerife do comércio, em Genebra, num ambiente de fricções crescentes, causadas por desvalorizações competitivas de moedas e retração da demanda global.
Em entrevista, o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, diz que o Brasil precisaria de uma tarifa de importação de 180% para dar a mesma proteção que a tarifa de 35% oferecia antes da Rodada Doha, em 2001. É com essas cifras que ele enfatizará amanhã na OMC a que ponto o câmbio deteriorou a competitividade da indústria brasileira.
Nesse cenário, Azevedo reage com vigor à afirmação do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, de que não estaria claro se o câmbio afeta o comércio. Para o representante brasileiro, trata-se de argumento de quem "quer conturbar e confundir" a discussão. Afinal, nota ele, estudo da própria OMC mostrou o impacto dos desalinhamentos cambiais no curto prazo para setores específicos da economia. "E isso exige remédio", disse.
Na mesma linha, a Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) discutirá já hoje mudanças no comércio internacional, com ênfase no câmbio no Brasil. O estudo para discussão estima que a excessiva valorização do real chegou a 80% em abril de 2011 em relação a um nível "ótimo" de longo prazo. Os autores, os economistas André Nassif, do BNDES e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Feijó, da UFF, e Eliane Araújo, da Universidade Estadual de Maringá, sugerem uma meta para o câmbio, para o país alcançar a taxa "ótima" real de longo prazo, definida como aquela que induz à alocação de recursos para os setores de maior produtividade da economia. A seguir, os principais trechos da entrevista com Azevedo:

Valor: O que o Brasil espera dessa discussão sobre câmbio na OMC?
Roberto Azevedo: Os mecanismos atuais da OMC são muito poucos e muito limitados numa situação de câmbio desalinhado. As regras foram desenhadas ainda nos tempos de moeda fixa e são insuficientes para garantir proteção à indústria nessas circunstâncias. Não existe na OMC um mecanismo específico, como salvaguarda, por exemplo, para reagir a desvalorizações competitivas de moedas. É necessário atualizar as disciplinas da OMC e isso só acontece negociando regras também sobre câmbio.

Valor: Ou seja, um antidumping cambial?
Azevedo: Nossa expectativa é de que os passos sucessivos dessa discussão na OMC conduzam inevitavelmente à negociação de um mecanismo de desafogo em situações de desalinhamento cambial de curto prazo.

Valor: A questão cambial já foi tratada no sistema multilateral de comércio.
Azevedo: Sim, o Gatt (que antecedeu a OMC) tratou e desenvolveu disciplinas sobre o assunto. Por exemplo, nos anos 90 tomou decisão que permite o reajuste de direitos específicos, que são tarifas de importação fixadas em valor monetário por unidade. A decisão permite que o país tenha o direito de aumentar essa tarifa de importação específica, quando uma moeda se desvaloriza rapidamente.

Valor: Por que o Brasil não faz uso então dessa possibilidade?
Azevedo: O Brasil não tem em sua tabela de compromissos nenhuma tarifa desse tipo, somente tarifas ad valorem (percentual). Nada impede que desenvolvamos mecanismo similar para as tarifas ad valorem.

Valor: Como superar suspeitas de alguns parceiros de que o Brasil busca pretexto para as medidas de proteção que vem adotando?
Azevedo: Seria até ingênuo imaginar que reclamações sobre câmbio não têm relação com comércio. Em todas as grandes negociações globais sobre câmbio o comércio estava como pano de fundo. Isso é nítido quando o presidente Nixon, em 1971, deixou de autorizar a conversão do dólar em ouro. No mesmo momento, ele impôs sobretaxa de 10% em todas as importações americanas. A reclamação na época era de que a valorização do dólar estava favorecendo a indústria estrangeira em detrimento do emprego nos EUA. A relação câmbio/comércio nunca deixou de existir. Inclusive em seguida o assunto foi para o Gatt. A discussão não prosperou porque ali ninguém estava disposto a entrar numa guerra comercial. Tentou-se encontrar uma acomodação, que resultou num acordo internacional, o Acordo Smithsonian, levando a um realinhamento cambial, desvalorizando o dólar. Em 1985, o Acordo Plaza levou a uma desvalorização do dólar entre 20% e 50% contra o marco alemão, o iene japonês e o franco francês. Dois anos depois foi necessário outro acordo, o do Louvre, para estabilizar a moeda americana, que já estava em franco declínio. Todas essas negociações tiveram início com reclamações fortíssimas dos setores industrial e laboral dos EUA.

Valor: Como o Brasil reage então ao diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, que diz que não está claro se o câmbio afeta o comércio?
Azevedo: Isso é querer tapar o sol com a peneira. Estudos da própria da OMC, publicados em setembro de 2011, deixam inequívoco que desalinhamentos cambiais têm claro impacto no curto prazo para setores específicos da economia. Quando se quer conturbar e confundir essa discussão, argumenta-se que no longo prazo não há consenso de que o desalinhamento cambial é nocivo e retira a competitividade etc. Mas esse longo prazo aí é coisa de 15, 20 anos e até lá todo o sistema produtivo já se ajustou ou quebrou de vez. Outro argumento é de que a volatilidade do câmbio ao longo dos anos não diminui os fluxos de comércio. Isso pode até ser verdade. Mas não é isso o que o Brasil está procurando tratar na OMC. O que queremos é que a OMC reconheça, como seu próprio estudo diz, que, quando há uma mudança significativa de patamar na taxa de câmbio, seguramente há um impacto de perda de competitividade em determinados segmentos da indústria do país que sofreu a valorização. Isso exige remédio. É evidente que nem todos os setores da economia são afetados da mesma forma. Isso não significa que não existam empresas ou setores que precisam de algum tipo de proteção mais imediata.

Valor: Qual a dimensão do impacto do câmbio sobre as exportações, que o país mostrará na OMC?
Azevedo: Vamos mostrar que a forte perda de competitividade, no rastro do desalinhamento cambial no Brasil pode conduzir a fechamento de empresas e aumento do desemprego. A cadeia de efeitos é ampla sobre o nosso parque produtivo. É por isso que desejamos algum mecanismo de alívio na OMC. O Brasil vai mostrar uma desvalorização cambial de magnitude várias vezes superior à proteção tarifária máxima de 35% que tem como compromisso na OMC. Fizemos um cálculo no ano passado que apontou que o Brasil precisaria de tarifa de importação de 180% para dar a mesma proteção que a tarifa de 35% oferecia antes da Rodada Doha, em 2001. Com a desvalorização recente do real, passando para um patamar de 1,80 por dólar, esse percentual terá caído. Mas a proteção que nossa indústria precisaria é de vários múltiplos de 35%.

Valor: Nesse cenário, o Brasil poderá aumentar para além de 35% o teto das tarifas de importação?
Azevedo: Com exceção dos mecanismos de defesa comercial (salvaguarda, antidumping, direitos compensatórios), isso apenas é possível com a reconsolidação da tarifa que consta da nossa tabela de compromissos na OMC. A reconsolidação acontece na OMC, mas é muito pontual, para um ou outro produto. Numa situação de desalinhamento cambial, é muito difícil resolver o problema por aí. Primeiro, teríamos que aumentar milhares de tarifas. Segundo, teríamos de pagar compensações aos parceiros, e não são pequenas. Seria muito difícil manobrar uma reconsolidação dessa envergadura. Além disso, a reconsolidação tarifária, para mais de 35%, se tornaria permanente. Ora, o que queremos é um desafogo para momentos de valorização cambial excessiva.

Valor: Não existe o risco de o antidumping cambial deflagrar mais guerra comercial, com barreiras por todo lado?
Azevedo: Não, porque inevitavelmente a discussão sobre esse mecanismo vai procurar circunscrever ao máximo sua utilização e diminuir ao máximo seu impacto sobre o comércio. Não se pode ter uma visão imediatista, na situação em que estamos vivendo apenas hoje. O real é hoje uma moeda muito valorizada, como a de outros emergentes. Mas, historicamente, a situação foi inversa, como nas crises do México, da Rússia, dos asiáticos, em que os capitais saíram subitamente e nossas moedas despencaram. O mecanismo tem que ser adequado para as duas situações, de câmbio alto ou baixo. Não queremos que, mais adiante, as exportações brasileiras sofram barreiras desnecessárias quando o câmbio estiver em patamares mais baixos.

Valor: Qual o apoio que o Brasil tem sobre câmbio na OMC?
Azevedo: No começo, foi muito pouco. Num esforço enorme, tivemos que convencer cada delegação de que estávamos criando uma oportunidade e não mais polêmicas. Felizmente conseguimos que boa parte apoiasse a abertura do debate e outros não objetassem. Na medida em que os parceiros percebem que não buscamos uma negociação açodada, de afogadilho, e sim bem pensada, com objetivos sistêmicos bem definidos, a cautela e receio diminuem. No começo era só o Brasil que falava, os outros ficavam na escuta. Existem delegações cautelosas, mas o quadro está mudando.

Valor: Só que os EUA e a China, com fricções bilaterais sobre câmbio, também não querem o tema na OMC. Isso já não mata a iniciativa?
Azevedo: Esse quadro é muito fluido. Mesmo esses dois países têm evoluído em suas abordagens. Posturas mais reativas vêm muito do temor de que a discussão saia do controle e seja usada para fins políticos, apontar culpados, recriminar determinadas ações no mercado financeiro. Não é o que buscamos.

Valor: Quais serão os próximos passos, após o seminário?
Azevedo: Gostaríamos de examinar já no segundo semestre, como o sistema multilateral do comércio tratou do assunto, como reagiu. Com base nessas análises, caberia passar a olhar para o futuro. Como atualizar as regras da OMC. Para o Brasil, quanto mais rápido melhor. Mas não vai ser fácil. Temos que seguir o ritmo de uma organização com mais de 150 países e que trabalha com base no consenso.

Um bolinho para os comunistas: que gracinha (seria melhor se nao mentissem...)

Os comunistas de todo o Brasil -- cabem em dois ônibus; OK, três -- comemoraram o que eles chamam de "90 anos de vida".
Não tenho certeza de que tenha sido uma vida completa, ou seja, uniforme, pois mudaram várias vezes de posição, de lado, de bandeiras -- não, de bandeiras não, só de slogans -- e, sobretudo, de versões de sua história.
Eles poderiam começar por não mentir, o que já seria um grande avanço para uma história sincera, fiel aos fatos, que pretendem centenária, dentro de dez anos (se sobreviverem até lá, o que é provável, pois contam com fundos públicos e o apoio de uns poucos true believers).
Por exemplo, na matéria que lhes dedica esse pasquim comunista que se chama "Correio do Brasil", lê-se o seguinte, logo na primeira linha:


"Há exatos 90 anos, um grupo de trabalhadores – eram 73 no país todo – fundava o Partido Comunista Brasileiro (PCB). "


Por que razão eles já começam mentindo?
Em 1922 foi fundado, exatamente, o "Partido Comunista do Brasil, seção brasileira da Terceira Internacional". Ou seja, foi fundado o PCdoB, não o PCB. Por que eles escondem isso?
Ele só se transformou em Partido Comunista nos anos 1950, quando pretendiam dar um ar nacional ao que era uma filial do PCUS, o Partido Comunista da União Soviética.
Alguns anos depois, comunistas descontentes com a linha levemente antistalinista do PCUS -- então sob Nikita Kruschev -- e apoiadores daquele outro genocida chamado Mao Tsé-tung resolveram recriar o PCdo, passando a apoiar os chineses, que então se aliavam a qualquer um, desde que fosse contra a União Soviética. Que princípios, hem?


Eles poderiam, também, para serem absolutamente fieis à história, de lembrar que em agosto de 1939, num "volte-face" que surpreendeu muita gente ao redor do mundo, os comunistas soviéticos fizeram um pacto com os nazistas hitleristas. Obedientes como eles são, todos os comunistas, inclusive os do Brasil, apoiaram disciplinadamente o camarada Stalin, e passaram a dizer que Hitler eram um socialista, aliado da causa, e que os socialistas eram, na verdade, "social-fascistas", só um pouco melhores do que os "cães trotsquistas". Essas coisas a história registrou, só que os comunistas se esqueceram, ou não querem contar.
Que coisa hem?! Comunistas e fascistas, aliados, juntinhos, amiguinhos...
Se dependesse deles, continuariam amigos até hoje. Pena que o Hitler, esse safado, traiu a causa e invadiu a União Soviética. Foi pena, de verdade, pois eles se entendiam tão bem.
Aliás até hoje. Não há nada mais parecido do que um fascista do que um comunista, e vice-versa. Na verdade, são a mesma coisa: autoritários, totalitários, amigos de censura, de prisão para seus opositores ideológicos.
Mas continuam gozados. O pessoal do PCdo, por exemplo, chorou copiosamente quando morreu o segundo ditador da Coréia do Norte, dizendo que ele tinha trazido paz e felicidade ao povo daquele país. 
Que gracinha!


Na mesma matéria od 90 anos, por vezes hilariante, podemos ler coisas do gênero:


"...os ideais de Karl Marx e Friedrich Engels estão mais atuais do que nunca e precisam ser implementados no país, de uma vez por todas".


Uau! Eles dizem isso sem corar?
De verdade? E de uma vez por todas?
Vamos lá, pessoal, ainda um pequeno esforço e vocês conseguirão...


E como os comunistas comemoram os seus 90 anos? Bem, eles alugaram uma casa de shows, mas não sei se o espírito comunista foi preservado. Senão vejamos:


"Na chegada à casa de shows alugada pela organização do PCdoB, a retreta recepcionava os convidados, vestidos para festa, aos acordes de clássicos marciais dos mais variados, indo desde um pout pourri de Raul Seixas à The Washington Post March, embora executada com parcimônia por um dos clarinetistas, que a considerava “yankee demais” para o evento."


São divertidos esses comunistas, ainda mais quando escrevem coisas deste tipo: 


"Se uma garrafinha de água, na casa de shows, custava R$ 4, era de graça para os comunistas na ABI. Estes últimos também puderam saborear um cafezinho da casa, enquanto respiravam a odisséia de uma legenda que, embora dividida, aponta para o horizonte do socialismo no Brasil."


Horizonte do socialismo no Brasil? Deveras?
Mas que exploradores do povo os proprietários capitalistas da casa de shows: cobrar R$ 4 por uma garrafinha de água???!!!
Que direito eles têm de explorar comunistas? Justo os comunistas, que são contra a exploração do homem pelo homem...
E essa coisa de água sair de graça, isso não existe. Como diria o capitalista ultraliberal Milton Friedman, "there is no such thing as a free lunch".
Se alguém lhe deu algo de graça, é porque um outro alguém está pagando, neste caso todos os sócios da ABI, mesmo os que não são comunistas.
Que exploração, hem?!


Bem, para encerrar, os comunistas não deixam de ser pateticamente otimistas, como se lê por esta frase: 


"Seja sob o brilho dos holofotes, na festa animada por artistas que simpatizam com o ideário comunista, seja no ambiente simples e austero da ABI, o comunismo chega às raias de seu primeiro século no Brasil com a perspectiva de um crescimento sem par na história republicana brasileira. "


Bem, só podemos desejar saúde e felicidades aos comunistas.
Eles continuam impagáveis.
Literalmente...
Paulo Roberto de Almeida 

Inflacao no Brasil: ainda na terceira divisao - Mansueto Almeida

A verdade, para responder diretamente à questão colocada neste post, é que os dirigentes do Brasil - presidentes, e técnicos da área fiscal e monetária -- mantiveram o país na terceira divisão, ao não colocarem metas progressivamente mais baixas para o centro da inflação, sobretudo quando isso era factível e necessário, no período anterior à crise. 
Agora se escudam na crise para não mover a meta central, que ficou congelada desde seis anos. Na verdade, se deslocou para cima, pois estão mirando no teto, não no centro.
Bando de espoliadores da riqueza individual dos brasileiros todo anos eles roubam 5 a 6% da renda pessoal ao não reduzirem progressivamente a meta...
Paulo Roberto de Almeida 

Time Brasil continua na terceira divisão

Qual seria sua reação se o seu time continuasse na terceira divisão? E se fosse o seu país?

Hoje, arrumando arquivos antigos no computador, me deparei com uma apresentação do economista chefe do Itaú-Unibanco, Ilan Goldfajn, do dia 16 de fevereiro de 2006 em São Paulo. Como todos sabem, Ilan é um excelente economista que dispensa apresentação.
Em 2006, ele arriscou que o Brasil estava na transição da 3a para 2a divisão na comparação internacional de inflação. Passados seis anos, pena que nosso time “Brasil”não fez essa transição. Não sei se foi culpa da presidência do clube, do “treinador” e da “comissão técnica”, ou dos jogadores.
Nesta mesma apresentação Ilan falava que “seria bom garantir a conquista da inflação em torno de 4.5%, antes de continuar o processo desinflacionário”. O problema é que hoje até garantir 4,5% ficou extremamente difícil. Passados seis anos, com poucas modificações, a apresentação parece que foi feita hoje.
Por exemplo, quando fala das razões para elevada taxa de juros real no Brasil, Ilan destaca três fatores:  (i) ajuste fiscal incompleto: gastos públicos crescentes; (ii) sucessão de choques negativos dificultam a convergência para taxa de juros reais de equilíbrio; e (iii) recente expansão de crédito.
E ai, o que falta ao nosso time? o problema é com a direção do time, com o técnico ou com os jogadores?

domingo, 25 de março de 2012

Argentina: sozinha contra o mundo... - Joaquin Morales Sola

Parece que combina com os argentinos: sempre se creem maiores do que são.
Neste caso, na verdade, não são os argentinos, mas suas lideranças políticas.
Será que depois de se solidarizar com o "bloqueio naval" por causa das Malvinas, o Brasil também vai se solidarizar com o país, nessa sua luta contra o mundo?


La Argentina, enojada con el mundo

La Nación
Buenos Aires, 25 de marzo de 2012
Por JOAQUÍN MORALES SOLÁ*
“Cristina Kirchner quiere un enemigo. Tarde o temprano, siempre lo termina construyendo según la medida de su necesidad política. Ahora le tocó al mundo. Los Estados Unidos están a punto de sacarle a la Argentina las ventajas comerciales para exportaciones nacionales. El rey Juan Carlos viajará en los próximos meses a México, Brasil y Chile. En un recorrido parecido al de Barack Obama en su momento, pasará por el cielo de la Argentina sin aterrizar en Buenos Aires en medio del grave conflicto por el control de YPF, propiedad mayoritaria de la española Repsol.
El Fondo Monetario Internacional podría dictar duras sanciones contra la Argentina en los próximos tres o cuatro meses para castigar sus trastornos estadísticos y económicos, según adelantaron inmejorables fuentes. Los empresarios de Brasil y Chile están presionando fuertemente a sus gobiernos para que tomen distancia de un régimen argentino de importaciones que depende de la voluntad absoluta y contradictoria de un solo hombre. La bronca europea oscila entre las trabas comerciales de Moreno, el caso Repsol y la inexplicable sobreactuación argentina contra los británicos por Malvinas.
¡Qué maravilla! Hemos argentinizado YPF sin poner un peso. La exclamación fue de Néstor Kirchner poco después de que la familia Eskenazi accediera a parte del paquete accionario y al gerenciamiento de la petrolera. Se la dijo a un funcionario que todavía está en la administración. No se hacen esas cosas sin poner un peso. La compra de acciones por parte de los Eskenazi debía ser pagada con sus ganancias en la empresa.
Ese fue el acuerdo de Repsol con los Eskenazi, que Kirchner respaldó y del que luego se ufanó. No es cierto que no se invirtió. YPF invirtió. ¿Pudo invertir más? Sí, pero el acuerdo para argentinizarla obligaba a liquidar las ganancias , recordó otro funcionario que trabajó en el acuerdo. El presidente de Repsol YPF, Antonio Brufau, le recordó los términos de ese pacto al propio representante del Estado, Roberto Baratta, durante una tensa reunión del directorio de la compañía. Los españoles no saben ya qué ha cambiado desde entonces, ni quién es ahora un interlocutor argentino fiable, ni qué es lo que quiere la Presidenta.
Quiere el espectáculo de la guerra, por ahora. En la famosa reunión del directorio en la que no pudieron ingresar Baratta y dos funcionarios nacionales, Axel Kicillof y Daniel Cameron, hubo una mediación frustrada. Un miembro independiente del directorio, Mario Blejer, consiguió que Brufau accediera a que se sentaran en la reunión Cameron y Kicillof; éstos habían aceptado antes la mediación de Blejer. Cuando llegó la invitación, los funcionarios se negaron a ingresar. Habían consultado con Cristina Kirchner y ésta les ordenó rechazar la mediación. Luego, los funcionarios denunciaron ante los periodistas que no se los dejó entrar, lo cual fue cierto en el primer momento, pero no en el último.
En una segunda reunión, los mismos funcionarios, ya en reunión de directorio, aceptaron aprobar la memoria y el balance, aunque pidieron un cuarto intermedio para redactar dos objeciones parciales. Cuando regresaron, anunciaron que votarían en contra de todo el balance y que no le agregarían nada. La Presidenta había vuelto a obturar cualquier posibilidad de acuerdo.
La tercera reunión fue la del miércoles pasado. La mayoría de los accionistas de YPF, Repsol y los Eskenazi anunciaron que no liquidarían dividendos de los años 2010 y 2011, que usarían esos recursos para capitalizar la empresa, que no comprarían dólares y que no girarían divisas al exterior. Era la respuesta perfecta para las quejas presidenciales por la liquidación de ganancias. La Presidenta volvió a rechazar el acuerdo y pidió que ese dinero no sirviera para capitalizar la empresa, sino para crear un “fondo de inversión”.
Una empresa capitalizada está en mejores condiciones de conseguir créditos para inversiones. Es improbable, además, que los dueños de YPF usen esa capitalización para hacerse de dólares en Nueva York, como denunció Kicillof. Incurrirían en una mentira o en una traición. En tal caso, la maquinaria de inteligencia y mediática del Estado les caería encima en el acto.
Los dueños de YPF decidieron no sentar el precedente de un “fondo de inversión”, que luego el Gobierno podría digitar a su antojo. ¿Por qué no reclamaría más recursos para ese fondo? ¿Por qué no podrían pagarse con esos recursos las importaciones de combustibles, que este año podrían oscilar entre los 10.000 y los 12.000 millones de dólares?
Las inversiones de Repsol en la Argentina son las inversiones industriales más importantes de España en el mundo. En la Argentina está la primera colectividad española en el exterior. El rey Juan Carlos tiene una histórica relación con la sociedad argentina y con la propia Presidenta. El monarca rompió todas las reglas del Estado español cuando en 2007, poco antes de las elecciones que ganó Cristina, recibió a ésta en su residencia de verano. El rey no recibe visitas extranjeras durante sus vacaciones ni se reúne con candidatos. La Presidenta nunca le devolvió ningún favor.
Yo no le aconsejaría al rey que viaje ahora a la Argentina , dijo un funcionario español, que aceptó que Buenos Aires es una escala indefinida e inasible para todo el gobierno de su país. El funcionario español había tenido acceso a los informes que revelaron la exasperada reunión de Cristina con el príncipe Felipe durante los fastos de su asunción, en diciembre pasado. ¿Para qué iría el rey ahora a Buenos Aires en medio de la disputa por Repsol, que es una cuestión de Estado para España? , se preguntó el funcionario.
El caso Repsol, que tiene un 20 por ciento de sus acciones en manos de norteamericanos, y las restricciones para acceder al dólar y para liquidar dividendos, han destruido cualquier posibilidad de inversión externa o local. ¿Quién traería dólares al país si después no podría sacarlos? Un prestigioso analista económico fue contratado por dos fondos de inversión, uno en Miami y otro en Bruselas, para dar conferencias ante potenciales inversores. No dio ninguna conferencia. Cobró sus honorarios y se volvió sin poder hablar. No hubo ningún interesado en invertir en la Argentina…”.
Extracto del artículo publicado por el diario La Nación


* Columnista político del diario LA NACION. Comenzó su carrera periodística a los 16 años en La Gaceta de Tucumán. En 1975 entra en el diario Clarín como responsable de la sección Política, más tarde fue jefe de Redacción y autor de la columna política dominical de ese diario. Columnista político del noticiero de Telefé y del programa "Tiempo Nuevo", de Bernardo Neustadt. Durante 1997, condujo "Dos en la noticia" junto con Magdalena Ruiz Guiñazú, por el ex Canal 9. En 1990, el gobierno de Italia lo condecoró con la Orden al Mérito de la República Italiana. Posteriormente, en 1992, España lo distinguió con la Orden de Isabel la Católica. En 1998, recibió la Orden Nacional al Mérito que entrega la república de Francia. En su último libro, "Sin excusas" (Sudamericana), Morales Solá revela diálogos con el ex vicepresidente Chacho Alvarez, sobre la trama secreta de los sobornos en el Senado, las causas de su renuncia y los errores que condujeron al fracaso de la Alianza.

Chavez: que trate de si, olvide la politica - entrevista de medico

Tudo o que sempre se deseja às pessoas em geral é que tenham uma vida plena, bem realizada, se possível feliz, em todo caso normal.
Chávez deveria retirar-se da vida política para cuidar de sua saúde, acredita este médico.
É o que penso, também: antes de tudo, está o próprio Chávez e sua família, que certamente não ficará ao desabrigo...
A Venezuela continuará existindo, ele talvez não.
Em todo caso, nossos votos de restabelecimento, algo duvidosos a crer nesta matéria...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela: Chavez tendría metástasis, segun entrevista publicada en ABC


El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, tendría metástasis y el tratamiento recibido no es el adecuado, según afirma el doctor José Rafael Marquina, médico internista venezolano, especializado en cuidados intensivos, de los pulmones y sueño, residente en Florida, y profesor de la Nova University, entrevistado por el diario español ABC.ABC (España)

Caracas, 25 marzo 2012
La entrevista fue realizada telefonicamente y su contenido, que reproducimos a continuación es el siguiente:
” -¿Tras su regreso de La Habana, cuál es el tratamiento que le darán a Chávez en Caracas?
-Le aplicarán unas 30 sesiones de radioterapia y no 25 como se había pensado. En Caracas ya empezó el tratamiento en el Hospital Militar.
-¿Cuántas sesiones se hicieron en Cuba? ¿Dieron algún resultado?
-En Cuba le dieron 10 sesiones y Chávez no ha respondido al tratamiento. El problema en el centro médico cubano es que se lo aplicaron de forma desorganizada. Se lo suspendieron cuando le visitó el presidente colombiano Santos. Fue un desastre. Al presidente le estaban dando la radiación sin tatuaje.
-¿Qué significa eso?
-Hay que marcar la zona donde se va a dar la radiación. Los médicos cubanos empezaron sin tatuarlo, decían que no lo necesitaba. Levantaban al presidente a las 6 de la mañana, lo llevaban al primer piso del centro médico CIMEQ, le hacían la tomografía computarizada y luego la radio. El médico brasileño les recomendó el tatuaje cuando le examinó el jueves 15.
-¿Cuánta radiación le dieron en Cuba?
-En Cuba le han dado 5.000 “rads” por dosis y por área. En Caracas no sé cuánto, todo es un misterio con la radioterapia y no han querido dar información.
-¿Cuál fue el resultado de la biopsia que le sacaron en Cuba?
-No conozco los resultados de la biopsia. Las láminas la mandaron a los EE.UU. y Brasil. Los cubanos asumen que tenía células malignas, cancerígenas.
-¿Finalmente no se operó en Cuba como afirma el norteamericano Roger Noriega o fue una intervención superficial con laparoscopia como dice usted?
-Primero hay que aclarar que Chávez tiene un tumor cancerígeno que ha hecho tres metástasis: en el hígado, en las glándulas suprarrenales y en el área retropiroteneal y la vejiga. Después de que me llamaran para decirme que tenía un nuevo tumor de dos centímetros y que había que operarlo en Caracas, Chávez prefirió hacerlo en La Habana, donde le practicaron la laparoscopia. Ahí vieron lo avanzado del cáncer y decidieron sólo limpiarle los bordes necróticos. No le sacaron el tumor de las glándulas suprarrenales dañadas por temor a complicaciones.
-¿La radioterapia en Caracas le complica a Chávez la campaña electoral?
-Durante la radioterapia perderá peso y se le verá con fatiga.
-¿Cómo candidato no podrá recorrer los barrios populares?
-No podrá en esas condiciones. Es posible que le preparen emisiones televisivas aparentando vigor y fortaleza.
-Ahora luce más delgado lo que complace a la presidente argentina Cristina Fernández, ¿ya no le dan esteroides?
-Darle estimulantes con los esteroides fue un error y yo se los advertí a los médicos cubanos.
-¿Si en La Habana no funcionó la radioterapia por qué en Caracas sí?
-Con la radioterapia le están comprando tiempo. Le frenan la expansión del cáncer pero no se lo eliminan. El problema es que después de esto no va a tener otra alternativa. No hay nada.
-¿Y no le iban a aplicar quimioterapia también?
-Probablemente lo hagan, pero por la confidencialidad que hay en su entorno médico no lo sé. Las hijas de Chávez están llamando a medio mundo para consultar si está bien o no el tratamiento seguido por su padre.
-¿Cómo médico que le recomendaría al presidente Chávez?
-En su condición de presidente que pida 60 días de permiso por el reposo médico para someterse al tratamiento y esperar a ver con la tomografía los resultados de la radioterapia, para luego reincorporarse a la campaña electoral. Si no lo hace así sería irresponsable de su parte como jefe de Estado y padre de familia. Si no hay una mejoría al cabo de 60 días debería pasar los últimos días de su vida con su familia y nombrar al que le reemplazará en la campaña electoral
-¿En el peor de los casos qué plazos le pronostica?
-Si no hay respuesta a la radioterapia Chávez debería estar entre nosotros hasta noviembre o diciembre de este año. Aun respondiendo positivamente la radio viviría hasta abril del 2013.
-¿A qué se debe su protagonismo sobre la enfermedad de Chávez si no es oncólogo ni su médico de cabecera?
-Mi interés en el asunto a través de Twitter surgió en febrero cuando Chávez dijo que tenía dos centímetros de un nuevo tumor. Sabía que estaba mintiendo y empecé a enviar mensajes por la red. Y sin proponérmelo me he convertido en una voz autorizada. Por mi credibilidad y reputación a mí me consultan gente del gobierno que estudió conmigo en la Universidad de Los Andes. Y yo lo hago por ayudar, para que tenga el tratamiento adecuado.
-¿Le han desmentido alguna vez?
-Nadie hasta ahora, pero a Noriega sí le ha desmentido varias veces el gobierno venezolano”.

Maastricht: uma pequena cidade, uma grande livraria...

Sempre tive curiosidade de conhecer Maastricht, um nome para mim desconhecido até que os neerlandeses organizassem, em 1992, uma reunião do Conselho Europeu nessa cidadezinha próxima da fronteira belga, na estrada que leva a Liège. Ali foi assinado o tratado de Maastricht, o que criou a União Europeia, e deu origem à moeda única, talvez a fonte de toda a confusão atualmente existente (não a moeda, mas a forma como foi administrada, ou não, a união monetária).
Pois bem, durante anos falei sobre os critérios de Maastricht, sem jamais ter colocado os pés na própria base geográfica desses arranjos, bastante racionais, mas implementados de forma muito leniente com os gastadores contumazes e embromadores habituais.
Agora surgiu a oportunidade de conhecer a cidade, por uma razão ainda melhor do que o tratado e os famosos critérios ligados à moeda única.
Aqui está, ou aqui estão os MOTIVOS, e eles são poderosos...
Paulo Roberto de Almeida 
Ver em: http://flavorwire.com/272286/venture-inside-of-hollands-most-sacred-bookstore

Venture Inside of Holland’s Most Sacred Bookstore

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A bookstore is something of a sacred place these days. The few independent outlets that remain are rare opportunities to retreat from the churning of the city and peruse an infinite number of worlds. It is no wonder that the vast library presents such an image of escape; its stores of scripts, represented by endless spines of books lined one after the other, suggests the suspension of time and a chance to retreat to places carved out by words and crafted in one’s mind.
Dutch book retailers Selexyz decided that there was no better place for their latest bookstore to occupy than a 13th century Dominican cathedral in Maastricht, Holland. According toMyModernMet, the architects at Merkx + Girod jumped on the opportunity to fuse the old with the new and created a design for Selexyz Dominicanen Maastricht that integrates a thoroughly modern bookstore within the preserved historic structure.
The cathedral’s soaring nave provided ample room for a minimally designed three-story bookshelf, a metal structure that spans down the long central space and offers a provocative contrast to Gothic stone. Additional low-lying tables and shelves flank the central structure, spilling into the aisles, buttressing the round piers, and lining segments of the church walls. The apse, furnished by a cross-shaped long table, houses a café and seating area for visitors to tuck into their books, almost recreating the original circulation of the building.
The architects were careful to use minimal lighting to preserve the integrity of the original space, which basks in the ethereal, faint glow of natural light during the day. This bookstore undoubtedly rivals the Apple store at Grand Central Terminal with its discreet takeover of a distinctive, existing space. But unlike the Apple Store, the architecture of Selexyz Dominicanen Maastricht commands hushed indoor voices, we’re betting.
This post by Kelly Chan originally appeared on Architizer, a Flavorwire partner site. All images via My Modern Met.
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Evolución reciente del comercio exterior de Brasil - Funcex

Evolución reciente del comercio exterior de Brasil

 

Por FUNCEX
viernes 16 de marzo de 2012 13:50
El comercio internacional de Brasil se muestra afectado por los desarrollos macroeconómicos recientes. Por un lado, los vaivenes de los precios internacionales de materias primas alteran sensiblemente los ingresos por exportaciones; por el otro, la economía brasileña se ha desacelerado y con ello ha reducido el crecimiento en las compras externas. De todas maneras, la sorpresa de enero fue el regreso del déficit comercial.
Retroceso en las exportaciones de productos básicos y desaceleración de las compras de bienes de consumo
Las exportaciones totales de enero de 2012 alcanzaron los 16141 millones de dólares, apenas un 6,1% por encima del registro del mismo mes del año pasado. Los productos manufacturados se destacaron, con un crecimiento del 4,1% respecto al mismo mes del año anterior. Las ventas de productos básicos se contrajeron un 1,4%. Sin embargo, si consideramos la evolución acumulada de los últimos doce meses, el panorama cambia, en tanto refleja en parte la situación previa a la desaceleración global reciente: los productos básicos lideran las ventas externas, con una expansión del 32,1% y una participación de 47,6% en las exportaciones totales.
Cuadro 1 Evolución de las exportaciones
 Mill de USD

Las compras externas, en tanto, totalizaron 17433 millones de dólares, un 17,7% por encima de enero de 2011. La principal novedad fue la desaceleración de las compras de bienes de consumo durable. Estos se expandieron un 9,6% en comparación con enero del año pasado, mientras que el crecimiento anual en 2011 fue de 34,4%. La desaceleración también fue importante en los bienes intermedios (8,5%). El mayor aumento, por otro lado, se dio en el mes de los combustibles (38,9%). Con estos números, el saldo comercial del mes fue deficitario, por 1292 millones de pesos.
Cuadro 2. Evolución de las importaciones
Mill de USD
  

Exportaciones: factores climatológicos y caída de precios explican la desaceleración
Durante el mes de enero de 2012 se redujo el índice de precios de las exportaciones con respecto a diciembre (2,4%), lo cual contrasta con la experiencia reciente. De hecho, en el acumulado de 12 meses, los precios fueron los principales responsables del crecimiento de las exportaciones, expandiéndose un 21,2%. La baja del índice de precios de las exportaciones totales en enero respecto a diciembre de 2011 fue causada principalmente por la caída de los precios de los productos básicos (-3,9%), en particular del mineral ferroso, aunque los productos semi-manufacturados y manufacturados también registraron caídas. Este movimiento acentuó la tendencia reciente de fuerte disminución de los precios de exportación asociados a las materias primas, registrada desde mediados de 2011. Después de alcanzar un máximo histórico en agosto, el acumulado caída del 8,2% desde entonces. 
En comparación con el mismo mes del año pasado, las cantidades exportadas crecieron apenas un 2,6%. Con respecto a diciembre, a la excepción de los productos manufacturados (-0,5%), hubo aumentos en productos semimanufacturados (3,2%) y básica (3,4%). Un factor clave para explicar esta dinámica fue la reducción en los embarques de minerales ferrosos, debido a las abundantes lluvias registradas en las zonas de extracción.
Importaciones: desaceleración de las compras de bienes de consumo
El índice de precios de las importaciones aumentó en 6.9% en enero de 2012 con respecto al mismo mes de 2011, pero el crecimiento acumulado de los últimos doce meses fue bastante mayor (cercano al 14%). Detrás de este fuerte crecimiento se encuentra, por supuesto, el precio de los combustibles, que creció un 37%.
En relación con las cantidades importadas, en tanto, se registró un aumento del 10,0% en enero respecto al mismo mes de 2011. Sigue la tendencia de crecimiento de 2011, cuando el PBI creció menos del 3% y los volúmenes de compras externas lo hicieron un 9%. Recordemos que en 2010 el PBI se había expandido por encima de 7% y los volúmenes de compras externas lo hicieron un 37%.  El punto de inflexión fue agosto de 2011: a partir de ese momento los volúmenes de importación se mantuvieron prácticamente constantes, de manera que toda la ganancia entre enero de 2011 y enero de 2012 correspondió a los primeros 8 meses. El principal motor de esta desaceleración es el rubro de bienes de consumo durable, que de hecho se contrajo un 1% en la comparación con enero del año pasado, siendo la primera caída desde septiembre de 2009.