Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 2 de outubro de 2016
China: internacionalizacao da moeda e inserção nos Direitos Especiais de Saque do FMI
"Dipromacia" lulopetralha: ufa, acabou! Diplomatas ficam aliviados com a expulsao dos companheiros
Edmar Bacha: por que a insercao internacional do Brasil parece tao dificil?
INTEGRAR PARA CRESCER 2.0
Edmar Lisboa Bacha
Preparado para o Fórum Nacional (Sessão Especial), “Investindo contra crise e procurando voltar a crescer”. Rio de Janeiro: BNDES, 14/09/2016.
1. Introdução
A posse do novo governo oferece uma boa oportunidade para a implantação de um programa econômico reformista voltado para a retomada do crescimento da economia brasileira.
Conforme se argui em Bacha (2013), a integração da economia brasileira às correntes internacionais de comércio deve ser um componente crítico desse programa. Neste texto, discutimos porque tem sido tão difícil levar a cabo tal programa de integração, apesar de seus benefícios serem aparentemente óbvios, especialmente no contexto do elevado grau de fechamento da economia brasileira ao comércio internacional.
Tratamos de cinco argumentos contrários à abertura, a partir dos quais reiteramos os termos de um programa de integração que leva essas objeções em consideração.
(...)
3. Brasil: um dos países mais fechados do mundo
Em contraste com a abundante evidência dos benefícios do comércio internacional, o Brasil permanece sendo umas das economias mais fechadas do mundo.
Grandes economias são grandes exportadoras: os Estados Unidos são a primeira economia do mundo e a segunda maior exportadora; a China é a segunda maior economia e a primeira exportadora; o Japão é a terceira maior economia e a quarta maior exportadora; a Alemanha é a quarta maior economia e a terceira maior exportadora; a França ocupa a quinta posição tanto no tamanho da economia quanto na importância das exportações; o Reino Unido tem a sexta maior economia do mundo e é o décimo maior exportador.
Já o Brasil é a sétima maior economia do mundo, mas apenas o 25º. maior exportador.
O PIB do Brasil representa 3% do PIB mundial, mas suas exportações alcançam apenas 1,1% das exportações mundiais6 . Um gigantinho em termos de PIB, o Brasil é um anão em termos de exportações.
(...)
Ler a íntegra do trabalho neste link:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/convites_2016/pdfs/160914_intregrar_para_crescer.pdf
Salarios do funcionalismo: nao apenas altos, mas subindo desmesuradamente: a sociedade aguenta isso?
A despeito de ser funcionário público federal, acho um escândalo as remunerações do setor público, muito acima da média do setor privado (em geral duas a três vezes superiores), muito acima de qualquer nível de produtividade que se possa medir objetivamente (mas isso é muito difícil num setor geralmente improdutivo como é o setor público) e muito além do que permitem as taxas de crescimento do produto e da produtividade, e muito acima, exageradamente acima do que são os níveis de inflação ou de crescimento das receitas públicas (ou seja, dinheiro roubado dos verdadeiros criadores de riqueza, que são os empresários e trabalhadores do privado).
A sociedade não aguenta tamanha exploração.
Ao final, transcrevo nota do economista Ricardo Bergamini sobre os privilégios abusivos dos funcionários públicos.
Paulo Roberto de Almeida
O Estado de S.Paulo
Do economista Ricardo Bergamini, recebido em 2/10/2016:
Um grupo de trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) composto por 13,2 milhões de brasileiros (ativos, inativos, civis e militares) que representam apenas 6,39% da população brasileira, sendo 2,2 milhões federais, 4,5 milhões estaduais e 6,5 milhões de municipais gastaram em 2015 o correspondente a 14,98% do PIB. Esse percentual representou 46,18% da carga tributária que foi de 32,44% do PIB em 2015.
Além do aspecto econômico - financeiro acima abordado, devemos ainda acrescentar uma montanha de direitos inimagináveis para os trabalhadores de segunda classe (empresas privadas), conforme abaixo:
Na história do Brasil a nação sempre foi refém dos seus servidores públicos (trabalhadores de primeira classe), com os seus direitos adquiridos intocáveis, estabilidade de emprego e licença prêmio sem critério de mérito, longas greves remuneradas, acionamento judicial sem perda de emprego, regime próprio de aposentadoria (não usam o INSS), planos de saúde (não usam o SUS), dentre muitos outros privilégios impensáveis para os trabalhadores de segunda classe (empresas privadas). Com certeza nenhum desses trabalhadores de primeira classe concedem aos seus empregados os mesmos direitos imorais.
Em vista do acima colocado fica a pergunta aos leitores de como podemos explicar que 92,61% da população brasileira aceita, passivamente, tamanha aberração econômica, financeira, moral, política e constitucional, sem nenhuma indignação.
O amigo tem alguma dúvida de quem mais perderia com a justiça social e a moralização administrativa.
Notas:
1 - Devemos lembrar que são poucos apadrinhados e corruptos de paraquedistas no serviço público que geram essa aberração, mas cabe aos servidores dignos ajudarem nessa faxina, e não ficarem criticando os que abordam tais excrecências do setor público brasileiro.
2 - Gostaria de saber se existe alguém nesse planeta que apoiaria, sem nenhum pudor, que uma nação gaste 46,18% de sua carga tributária com apenas 6,39% da população.
Seminario 200 anos de Varnhagen, no IHGB, RJ: 25-26/10
A parte final deste pequeno folder de programação, de apresentação de obras publicadas, ainda precisa ser ajustada, mas o essencial das palestras está confirmado.
O livro ali faltante é o resultante do seminário organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão em abril passado, no Instituto Rio Branco, já objeto de algumas postagens minhas neste mesmo espaço, cujos dados são os seguintes:
Sérgio Eduardo Moreira Lima (org.): Varnhagen (1816-1878): diplomacia e pensamento estratégico (Brasília: Funag, 2016, 260 p.; disponível no site da Funag, link: http://funag.gov.br/loja/download/1156-varnhagen-1816-1878.pdf ).
Publiquei pequeno resumo de minha contribuição a esse último livro, nestes dois artigos sequenciais de Mundorama:
“O pensamento estratégico de Francisco Adolfo de Varnhagen”, Mundorama; (primeira parte, 17/02/2016, link: http://www.mundorama.net/2016/02/17/o-pensamento-estrategico-de-francisco-adolfo-de-varnhagen-por-paulo-roberto-de-almeida/); divulgado por inteiro no Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/02/o-pensamento-estrategico-de-varnhagen.html).
“Impactos do pensamento estratégico de Francisco Adolfo de Varnhagen”, Mundorama; (segunda parte, 19/02/2016, link: http://www.mundorama.net/2016/02/19/os-impactos-do-pensamento-estrategico-de-francisco-adolfo-de-varnhagen-por-paulo-roberto-de-almeida/).
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 2 de outubro de 2016.
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Conferencia do Forte de Copacabana: 13-14/10, RJ
CEBRI 194/2016
Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2016
Ref.: Carta-Convite | XIII Forte de Copacabana International Security Conference
Day 1 - Closed Door Workshop
Prezados Senhores,
O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), em parceira com a Fudação Konrad Adenauer (KAS) e a Delegação da União Europeia (U.E.) no Brasil, tem o prazer de lhe convidar a participar no workshop restrito que compõe o primeiro dia da XIII Conferência do Forte de Copacabana. O objetivo desta reunião é arrematar as discussões temáticas iniciadas nas reuniões preparatrórias, fazer apontamentos relevantes para o evento aberto ao público do dia seguinte e discutir e indicar os temas e abordagens prioritários para a próxima edição da Conferência, a ser realizada em 2017. O workshop será precedido por um almoço entre os convidados. Sua expertise nos temas em discussão será fundamental para o sucesso desta atividade preparatória.
A programação das atividades se dará conforme abaixo.
13 de outubro de 2016 | quinta-feira
Ø 14h00 às 18h00 – Workshop restrito | Dia 1 – XIII Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana
Local: Escola Superior de Guerra (ESG) - Av. João Luís Alves, s/n - Urca, Rio de Janeiro - RJ
Agenda resumida:
§ 14h00: Credenciamento
§ 14h10: Boas-vindas
§ 14h30: Painel I – “Might and Right in World Politics”
§ 16h30: Painel II – “Perspectives of World Politics of Security”
Ø 19h00 – Jantar entre os convidados para o workshop restrito
Local: a confirmar
Desde já, nossa equipe está à disposição para quaisquer esclarecimentos e informações adicionais que se façam necessários. Os contatos poderão ser feitos com o Coordenador de Estudos e Debates, Leonardo Paz, através do telefone (21) 2206-4417 ou e-mail lpaz@cebri.org.br, ou com a Supervisora de Comunicação e Eventos, Bárbara Brant, através do telefone (21) 2206-4411 ou e-mail barbara@cebri.org.br.
Cordiais saudações,
Julia Dias Leite
Como a India se tornou mais competitiva do que a China: Global Competitiveness Report (WEF)
What is competitiveness?
These are the world’s most competitive economies
Contra a anti-globalizacao - Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida