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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Paulo Roberto de Almeida analisa balanço de despedida de Ernesto Araújo e vê mentiras, falácias e falcatruas (FSP, 21/04/2021)

O texto desformatado mas melhor lisível: 

Diplomata vê mentiras, falácias e falcatruas em discurso de Ernesto


Coluna Monica Bergamo

Folha de S. Paulo, 21/04/2021


O diplomata Paulo Roberto de Almeida fez análise parágrafo por parágrafo do balanço que Ernesto Araújo fez após sua saída do cargo de ministro das Relações Exteriores, apontando o que vê como falácias e falcatruas. Ele destaca o que Araújo disse em seu texto sobre as relações com EUA (“jamais promovi alinhamento automático”) e China (“mantive relações produtivas”) como grandes mentiras. 


“O patético chanceler acidental parece não ter consciência de que vive num mundo situado em outra galáxia, distante das preocupações normais dos diplomatas profissionais", escreve Almeida. Sobre a diplomacia com os EUA, Almeida afirma que "todas as vezes que Trump ordenava alguma coisa, o traidor chanceler dos nossos interesses se apressava em cumprir, zelosamente, até de forma escabrosa, como ocorreu, por sinal, na decisão de retirar o nome do candidato do Brasil à presidência do BID, para favorecer o nome de um preposto de Trump". 


Ele diz que o mesmo aconteceu no etanol, no caso do 5G, "em qualquer outra coisa que fosse ordenada de Washington." "Não se trata sequer de alinhamento obediente, mas de pura submissão automática e antinacional", completa. 


Sobre as relações com a China, o diplomata afirma que "as mais tensas relações do país com o parceiro mais essencial se deram justamente com a China, e não exclusivamente por causa do anticomunismo primário do chanceler anacrônico, mas por causa das obsessões anti-chinesas da família presidencial." 


Almeida acrescenta que a queda de Araújo se deu "exatamente pela condução absolutamente caótica, negativa, catastrófica das relações com o maior parceiro comercial desde 2009, o único que permite superávits salvadores na balança comercial." O diplomata ironiza trecho do texto de Araújo que diz que o então chanceler defendeu a dignidade do Brasil nas relações com a China. 


"O modelo chinês impõe cautela e temor no previdente ex-chanceler, que tomou todas as providências para que o Brasil não se 'atrelasse' a essa estratégica maquiavélica do gigante asiático. O cruzado brancaleônico estava disposto a tudo para preservar nossa 'dignidade' e liberdade, em face de tão poderosa ameaça. Ufa!". 

=Descrição de chapéAument

Diplomata analisa balanço de despedida de Ernesto Araújo e vê mentiras, falácias e falcatruas

Paulo Roberto de Almeida fez leitura de cada um dos parágrafos do balanço do ex-chanceler

Coluna Monica Bergamo
FSP, 21/04/2021

O diplomata Paulo Roberto de Almeida fez análise parágrafo por parágrafo do balanço que Ernesto Araújo fez após sua saída do cargo de ministro das Relações Exteriores, apontando o que vê como falácias e falcatruas.

Ele destaca o que Araújo disse em seu texto sobre as relações com EUA (“jamais promovi alinhamento automático”) e China (“mantive relações produtivas”) como grandes mentiras.

“O patético chanceler acidental parece não ter consciência de que vive num mundo situado em outra galáxia, distante das preocupações normais dos diplomatas profissionais", escreve Almeida.

Sobre a diplomacia com os EUA, Almeida afirma que "todas as vezes que Trump ordenava alguma coisa, o traidor chanceler dos nossos interesses se apressava em cumprir, zelosamente, até de forma escabrosa, como ocorreu, por sinal, na decisão de retirar o nome do candidato do Brasil à presidência do BID, para favorecer o nome de um preposto de Trump".

Ele diz que o mesmo aconteceu no etanol, no caso do 5G, "em qualquer outra coisa que fosse ordenada de Washington."

"Não se trata sequer de alinhamento obediente, mas de pura submissão automática e antinacional", completa.

Sobre as relações com a China, o diplomata afirma que "as mais tensas relações do país com o parceiro
mais essencial se deram justamente com a China, e não exclusivamente por causa do anticomunismo primário do chanceler anacrônico, mas por causa das obsessões anti-chinesas da família presidencial."

Almeida acrescenta que a queda de Araújo se deu "exatamente pela condução absolutamente caótica, negativa, catastrófica das relações com o maior parceiro comercial desde 2009, o único que permite superávits salvadores na balança comercial."

O diplomata ironiza trecho do texto de Araújo que diz que o então chanceler defendeu a dignidade do Brasil nas relações com a China.

"O modelo chinês impõe cautela e temor no previdente ex-chanceler, que tomou todas as providências para que o Brasil não se 'atrelasse' a essa estratégica maquiavélica do gigante asiático. O cruzado brancaleônico estava disposto a tudo para preservar nossa 'dignidade' e liberdade, em face de tão poderosa ameaça. Ufa!".

A análise de Almeida pode ser encontrada aqui.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Como o mundo está vendo e avaliando o Brasil? Conversa com Jamil Chade - República do Amanhã

 Como o mundo está vendo e avaliando o Brasil? 

Conversa com Jamil Chade. 

Parte 1/2

128 visualizações
21 de abr. de 2021
https://www.youtube.com/watch?v=sglXuzJ2Wto


O think tank República do Amanhã convidou o jornalista Jamil Chade, para discutir o tema: Como o mundo está vendo e avaliando o Brasil: o alcance das sequelas da imagem do país no exterior. Residente em Genebra desde 2000, Jamil é formado em Relações Internacionais pela PUC-SP, com mestrado pela Universidade de Genebra. É correspondente internacional de vários veículos de imprensa e foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo até 2016. Integra a rede de jornalistas no combate à corrupção da Transparência Internacional. Presidiu a Associação da Imprensa Estrangeira na Suíça e foi pesquisador da Comissão Nacional da Verdade. É autor de cinco livros, dois deles finalistas ao Prêmio Jabuti. Não bastasse a degradação de imagem do país que já ocorria com a leitura que o mundo faz do desapego de Bolsonaro com a democracia, com valores civilizatórios e com o meio ambiente, o desprezo governamental com a tragédia social na pandemia macula ainda mais a imagem que o mundo faz do país. Essa combinação é explosiva: governante desprezível e dramática tragédia social na pandemia. O encontro virtual, organizado em 17/04/2021, foi mediado pelo jornalista Eugênio Bucci. A segunda parte do vídeo está disponível no nosso canal youtube https://youtu.be/899QQAsCaR0 Visite nosso site http://republicadoamanha.org​​​​


José Guilherme Merquior: um intelectual brasileiro; Livres promove conversa, dia 22/04, 18hs

 

12,6 mil inscritos

O maior pensador do liberalismo brasileiro no século XX completaria 80 anos neste 22 de abril. 
Vamos celebrar o legado da obra de José Guilherme Merquior em uma conversa com grandes convidados.

Mediação: Paulo Roberto de Almeida 
Participação: Bolivar Lamounier, Celso Lafer, Gelson Fonseca e Persio Arida 
Apresentação: Mano Ferreira 
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Trajetória pessoal de José Guilherme Merquior: 1941-1991 
Trajetória intelectual: da juventude à eternidade 
Trajetória diplomática: de 1963 a 1991 
Produção intelectual: incomensurável, inesgotável 
Participação no debate público: um dos poucos, talvez o único intelectual brasileiro com projeção internacional, publicando diretamente em francês, inglês, espanhol. 
Impacto na Academia: um gigante em prol de nosso Esclarecimento 
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Saiba mais sobre os convidados: 

Bolivar Lamounier é sociólogo, doutor em Ciência Política, autor de diversos livros, integrou a comissão Afonso Arinos e foi diretor do IDESP. 

Celso Lafer é jurista, autor de diversos livros, doutor em Ciência Política, professor emérito da USP e membro da Academia Brasileira de Letras, foi ministro das Relações Exteriores. 

Gelson Fonseca é diplomata de carreira desde 1970, doutor em Estudos Estratégicos Internacionais, autor de diversos livros, foi representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas, embaixador no Chile, cônsul-geral em Madri e presidente da FUNAG. 

Persio Arida é economista, criador do Plano Real, ex-presidente do Banco Central e conselheiro acadêmico do Livres. 

Mediação: Paulo Roberto de Almeida é diplomata de carreira desde 1977, autor de diversos livros, doutor em Ciências Sociais, ex-diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais e conselheiro acadêmico do Livres.

Publicação dedicada a textos de e sobre José Guilherme Merquior: 





Acompanhe o debate neste link: 


Publicações da Academia Brasileira de Letras: 

 

Dez anos sem José Guilherme Merquior: Mesa-redonda realizada na Academia Brasileira de Letras no dia 4 de outubro de 2001; Participantes: Acadêmicos Eduardo Portella, Sergio Paulo Rouanet, Prof. Antonio Gomes Penna, Editor José Mario Pereira e Prof. Leandro Konder; link: https://www.academia.edu/41993264/Dez_anos_sem_Jose_Guilherme_Merquior_ABL_2001

 

Mesa-redonda em homenagem aos 70 anos de José Guilherme Merquior; Realizada na Academia Brasileira de Letras no dia 14 de abril de 2011; Participantes: Acadêmicos Domício Proença Filho, Eduardo Portela, Cândido Mendes, Sérgio Paulo Rouanet, Alberto da Costa e Silva, Celso Lafer; link; https://www.academia.org.br/abl/media/PLAQUETE-JG%20Merquior%20-%2070%20anos%20de%20nascimento-PARA%20INTERNET.pdf.