O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Inquerito criminal contra o capo di tutti i capi: at last...

Demorou...

Financial Times

Last updated: July 16, 2015 9:56 pm

Lula da Silva faces criminal inquiry

©AFP

Former Brazilian president Luiz Inacio Lula da Silva


preliminary inquiry into alleged illegal influence peddling by former Brazilian president Luiz Inácio Lula da Silva has been turned into a formal criminal investigation, deepening a growing political crisis in Latin America’s biggest economy. 
The move by prosecutors came as the leader of Brazil’s lower house of Congress, Eduardo Cunha, said he was seeking legal advice on whether there were grounds to impeach Dilma Rousseff, Brazil’s president and Mr Lula da Silva’s protégé, over separate allegations of impropriety. 
Mr Lula da Silva has been accused of irregularities in his dealings with Odebrecht, the nation’s largest construction conglomerate, in relation to contracts it won for projects in Africa and the Caribbean. He has denied any wrongdoing. 
“The prosecutor decided to open a [formal] inquiry before the time limit for doing so expired,” a spokesman for the Federal district public prosecutor’s office said. 
The Brazilian real weakened on the news 0.46 per cent against the dollar to R$3.15. 
The probe into the left-leaning former president, who ended his two four-year terms in power in 2010 with record approval ratings, is the most serious threat yet to Brazil’s ruling Workers’ party, or PT, which he helped to found. 
Época, a weekly magazine, alleged in May that Mr Lula da Silva had improperly used his influence to obtain loans from Brazil’s state development bank BNDES for Odebrecht’s dealings in Cuba and the Dominican Republic, often travelling to meet the countries’ leaders at the company’s expense. 
The magazine also accused Mr Lula da Silva of similar influence peddling in Ghana and Angola. 
A spokesman at Mr Lula da Silva’s thinktank, Instituto Lula, said on Thursday that it received news of the formal inquiry “with surprise”. 
“But we also received the news with tranquillity out of certainty of the honesty and legality of the activities of the Institute and of the ex-president,” the institute said. 
Separately, Mr Cunha, a congressman with the PMDB, the PT’s main coalition partner, said Brazil was suffering a “grave” crisis in governability. 
Ms Rousseff’s hold over Congress has diminished since elections last year in which the PT performed poorly while her own approval ratings have plummeted. 
Her lack of popularity has been fuelled by the Petrobras scandal, in which ruling coalition politicians are alleged to have collaborated with former directors and contractors to extract bribes from the company. She was chairman of the company when much of the alleged activity took place but has denied wrongdoing.
Mr Cunha, who has also been named for investigation in the Petrobras case, said he was considering a request for Ms Rousseff’s impeachment, submitted by civil activist group the Free Brazil Movement, and was consulting legal experts and Congress’s own counsel. “In the next 30 days, I will have a position on that,” he said. 
The PMDB would prepare its own candidate for the next presidential elections with the partnership with the PT “practically finished”, he said. 

We . . . received the news with tranquillity out of certainty of the honesty and legality of the activities of the Institute and of the ex-president

- Instituto Lula
“It’s that story of a marriage in which the couple have already been sleeping in separate houses for some time. But that’s not to say the PMDB does not support governability,” he said. 
The ratcheting up of the rhetoric by Mr Cunha comes as markets are closely watching Ms Rousseff’s government to see if it can deliver a fiscal adjustment to restore balance to public finances and prevent Brazil losing its coveted investment grade credit rating. 
Economists have been increasing their forecasts for the deepening of a recession in Brazil this year, with Santander on Thursday revising its estimate for a contraction in gross domestic product of 1.9 per cent from 1.5 per cent. 
“The fiscal and monetary policy tightening, Brazilian real depreciation, current crisis in the oil sector, political uncertainty, and business confidence at the lowest level of its historical series sustain our expectation of a strong contraction in investments this year,” Santander said.
 

Latin American development trends and Brazil’s role in the region - Paulo Roberto de Almeida

Mais recente artigo publicado:


1181. “Latin American development trends and Brazil’s role in the region”, revista Paiaguás: revista de estudos sobre a Amazônia e Pacífico (UFMS; vol. I, n. 1, 2015; link para a revista: http://seer.ufms.br/index.php/revpaiaguas; link para o artigo: http://seer.ufms.br/index.php/revpaiaguas/article/view/997; em pdf: http://seer.ufms.br/index.php/revpaiaguas/article/view/997/606). Relação de Originais n. 2830.

Latin American development trends and Brazil’s role in the region

Paulo Roberto de Almeida

Resumo

Analytical essay dealing with Latin American integration process, its peculiarities and  the recent development trends in the region. Instead of deepening its integration process, Latin America is experiencing a clear fragmentation path, with many divergences among leading countries in the domains of economic policies and the integration processes, notwithstanding the fact that new instances were created for that objective (Unasur, Celac). The essay also examines Brazil’s economic and political role in the region, and concludes by an assessment of current trends (comparing the region with Asia Pacific) and advance prospects for divergent trends in Latin America.

Uma estada breve (mas suficiente), na Bizarrolandia, uma experiencia inesquecivel - Paulo Roberto de Almeida

Não é exatamente Une Saison En Enfer, de Rimbaud (ou Mademoiselle Verlaine), inclusive porque o povo é simpático e acolhedor, mas é uma experiência edificante, tanto em termos econômicos, quanto políticos. Tudo é meio bizarro, surrealista, diáfano e vagamento enganador, a ponto de não se poder determinar ao certo se as novelas é que estão certas, ou se a vida real é assim mesmo maluca...
Em todo caso, foi o que me veio à mente, viajando de ônibus de Anápolis a Brasília, e me preparando para sair do Brasil...
Paulo Roberto de Almeida


Uma breve estada na Bizarrolândia

Paulo Roberto de Almeida

Acabo de passar dez dias num país profundamente anormal. Um país no qual as pessoas acreditam que existam coisas, qualquer coisa, bem ou serviço, que podem ser adquiridas em "dez vezes sem juros". A anormalidade é tão grande que as pessoas, vendedores ou consumidores, nem percebem mais a anomalia econômica. Esse é o preço final e está conversado, nem se discute e nem se contesta: ele está registrado nos cartazes, nos sites, em todos os lugares. E se por acaso você esquecer dessa particularidade, a mocinha do caixa se encarrega de lembrá-lo: "Em quantas vezes o Sr. quer pagar?"
E não precisa ser algum bem de maior valor, de consumo durável, que justifique algum financiamento embutido, aliás nunca explicitado, seja no preço, seja no ato do pagamento. Pode ser qualquer coisa, numa farmácia ou no supermercado: "Quer dividir? Em quantas vezes?" E você, meio surpreso, esboça uma resposta: "Dá para fazer em 55 vezes?" Não, em 55 vezes não dá, mas ela pode parcelar em até cinco vezes, está bem assim?
Eu sinceramente me pergunto quando começou o "dez vezes sem juros", mas sobretudo eu gostaria de saber se as pessoas realmente acreditam que elas estão adquirindo algum bem ou serviço em "dez vezes sem juros". Será possível isso? Essas coisas são normais?
Eu começo a desconfiar da capacidade de raciocínio de pessoas educadas, gente de classe média, com dinheiro, já fazendo pós-graduação: "Fessor, a gente tá viajando pra Flórida nas férias!" "Ah, tá bom, mas a alta do dólar não vai atrapalhar um pouco?" "Não, a gente tá fazendo tudo em 10 vezes sem juros." "Ah, tá bom então."
O que é que eu vou dizer? Vou chamar o cidadão de idiota, ali na frente dos outros? Mas aí eu percebo que o único anormal ali sou eu mesmo, que ainda me dou ao trabalho de questionar essas coisas e de ver anormalidades numa situação que é considerada a mais normal do mundo. Dez vezes sem juros, quem é que não gosta, quem é que não quer? Como é que eu ouso contestar essa santa paz dos negócios, essa absoluta normalidade do "Quer parcelar?"? E eu me pergunto se economistas sensatos, ou normais, não alertam para o tremendo engodo incorporado a essa mania -- ou seria já um hábito normal? -- do "dez vezes sem juros", e não começam a avisar os incautos que eles estão pagando o dobro do valor real, que eles estão pagando dois televisores e só levando um para casa, que eles estão na verdade adquirindo um financiamento a 100%, não comprando um bem ou serviço.
Mas essa não foi a única anormalidade que eu encontrei em minha recente estada na Bizarrolândia. Confesso que fiquei igualmente surpreso com o comportamento de uma tribo especial de cidadãos, os políticos, ou representantes do povo, como são chamados por aqui. Eles parecem se situar numa outra galáxia, não nesta onde estão os que os elegeram. Eles são capazes de tudo, menos de mirar a situação economicamente caótica que vive Bizarrolândia atualmente. Eles continuam a aprovar aumento de gastos -- geralmente para eles mesmos ou em benefício dos que lhes são caros -- na total indiferença em relação à inflação, ao desemprego, ao descalabro das contas públicas. E se acusam mutuamente de trapaças, de traições, até de roubalheira e de corrupção, vejam só.
Prepostos dos políticos confessam candidamente que desviaram tantos e tantos milhões de uma estatal qualquer, e que mandaram esses milhões para algum paraíso fiscal e já ninguém mais se espanta! Pior: não acontece nada, nadinha. As coisas continuam como se tudo fosse absolutamente normal. O cidadão, ou a cidadã, foi eleito com base em dinheiro desviado, extorquido de empresas privadas e tudo segue adiante na mais perfeita normalidade.
Mais estranho ainda, o que eu fiquei sabendo nessa breve estada em Bizarrolândia, foi que os guardiões do Tesouro, dos recursos duramente amealhados dos contribuintes, fraudaram completamente as contas, despeitaram o orçamento, violaram as leis e a própria Constituição de Bizarrolândia, e nada se passa: as coisas continuam fluindo na mais perfeita (a)normalidade.
E não só os guardiões, mas inacreditavelmente foi o principal responsável pelo respeito à lei e à Constituição quem incorreu nesses crimes contra a moralidade ou ao simples dever constitucional. Como é que pode?
Confesso que não sei. Não sei como é que o povo de Bizarrolândia consegue conviver com essas coisas, assim numa boa, como se tudo isso fosse absolutamente normal. Será que sou eu o anormal?
Não sei. Só sei que estou deixando Bizarrolândia por algum tempo, mas vou ficar observando de longe. Confesso que gostaria de voltar. Encontrei um povo simpático e até brincalhão, no meio do caos econômico e das esquisitices políticas. Mas gostaria de encontrar algo mudado quando eu voltar.
  
Paulo Roberto de Almeida
Em viagem, Anápolis-Brasília, 16/07/2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Paraguai: Lugo apela 'a CIDH sobre seu julgamento politico de 2012

Parece que o bispo prolífico deseja voltar a reproduzir a partir da presidência da República. Bem, se ele não perdeu os direitos políticos -- tanto é que exerce atualmente a função de Senador -- poderá, sem problemas voltar a concorrer à presidência da República.
Quanto a esta apelação à CIDH, será muito barulho por nada, apenas agitação estéril, pois ele foi objeto de um julgamento constitucional, e não será a CIDH que vai ensinar ao Senado paraguaio quais são os trâmites para a destituição de um presidente.
Ele foi destituído por ser incompetente, uma acusação que figura na Constituição paraguaia, e ajudaria muito o Brasil se esse dispositivo também figurasse em nossa Carta. Seria possível mandar para casa presidentes ineptos segundo um ritual simplificado.
Hoje, por exemplo, no Brasil, é preciso configurar algum crime político, mas não é crime ser totalmente incompetente, o que é verdadeiramente uma pena.
Paulo Roberto de Almeida

PARAGUAY
Corte Interamericana da trámite a demanda de Lugo

 Hoy.com.py, 15/07/2015

La Corte Interamericana de Derechos Humanos (CIDHH) hizo lugar a la demanda promovida por el exmandatario de Paraguay y actual senador, Fernando Lugo, respecto al juicio político del año 2012. El canciller nacional recibió la comunicación y corrió traslado al Congreso Nacional. Eladio Loizaga aseguró que el Ejecutivo no tiene injerencia en el asunto.

El ministro de Relaciones Exteriores acudió este lunes al Parlamento, para entregar los antecedentes del caso a ambas cámaras (Diputados y Senado).

El titular de la Cancillería no quiso ahondar en muchos detalles y solo atinó a decir que hay plazos que cumplir, por eso al entrar en contacto con la comunicación de CIDHH corrió traslado al Congreso.

"Las cámaras tendrán que definir el tema, nosotros solo somos un canal (…) El Ejecutivo no tiene participación?, declaró a radio UNO.

En diciembre de 2012, el expresidente de la República Fernando Lugo acudió a la Corte Interamericana de Derechos Humanos (CIDHH) para denunciar el juicio político que lo destituyó en junio de ese mismo año.

El demanda se presentó bajo el patrocinio de los abogados Emilio Camacho y Adolfo Ferreiro. Se aduce que el Congreso violó supuestamente los derechos de Lugo a un justo proceso y a la defensa, provocando un quiebre institucional en el país.

Varoufakis: o acordo de rendicao da Grecia a seus horriveis credores (anotado pelo proprio)

O patético, bizarro, folclórico ex-ministro das (não)finanças da infeliz Hélade anotou o acordo recém concluído entre o seu primeiro-ministro traidor e os perversos e crueis credores europeus.
Ele vai criar o PSOL do Syriza, ou o Syriza do B (no caso da G), e liderar uma oposição de extrema-esquerda ao novo status colonizado de seu país.
Ele na verdade, pretendia que os europeus continuassem pagando as não-reformas do Syriza, um pouco como os companheiros no Brasil pretendem que a "burguesia" (leia-se, classe média) pague pelos buracos enormes que eles deixaram no orçamento, inclusive fazendo as mesmas maquiagens contábeis e os mesmos truques rastaqueras que os gregos usaram durante durante anos.
Os europeus deram uma banana para eles, ou talvez um limão amargo...
Melhor assim. Sempre é necessário críticos de esquerda para ver quantas bobagens eles são capazes de fazer, e quantos protestos idiotas são capazes de liderar.
Sempre é didático do ponto de vista da educação do povo.
Os alemães, que não me deixam mentir, precisaram passar por uma hiper-inflação e depois por uma ditadura assassina monstruosa para se converterem no povo mais bonzinho da Europa, capazes de ajudar gregos e troianos, com alguma cenouras e um grande porrete para contentar os bonzinhos e corrigir os recalcitrantes.
Demora mais se aprende.
Vamos ver o Brasil agora...
Paulo Roberto de Almeida

 Comentário inicial do meu amigo Maurício David, quem me enviou esse brilhante documento anotado:
Recebi do ex-ministro grego da Fazenda Yanis Varoufakis - e até há pouco o principal negociador pela Grécia com os credores representados pela Troica - o seguinte relato (e suas anotações pessoais) sobre as difíceis negociações. Por ser um documento muito importante para relatar a visão de um dos lados da negociação, transcrevo-o na íntegra. Para sentir o seu espírito, basta dizer que o Varoufakis classifica o documento final do acordo como "Os Termos da Rendição da Grécia"...
Surge agora um nova oposição de esquerda ao governo Tsipras e ao Syrisa, na voz do "herói" da resistência grega às medidas de austeridades (ao meu ver necessárias, no entanto,  para a recuperação da estrangulada economia grega...), o ex-ministro Yanis Varoufakis... Não vai ser fácil o Tsipras dar uma de Dilma Rousseff e tentar implementar agora tudo o que nas negociações e também na campanha do plebiscito chamou de "extorsões imperialistas que visavam massacrar a economia grega")...
Quanto mais o mundo gira...
Mauricio David, 15/07/2015

Yanis Varoufakis
The Euro-Summit ‘Agreement’ on Greece – annotated by Yanis Varoufakis
 July 15, 2015

The Euro Summit statement (or Terms of Greece’s Surrender – as it will go down in history) follows, annotated by yours truly. The original text is untouched with my notes confined to square brackets (and in red). Read and weep…

Euro Summit Statement Brussels, 12 July 2015

The Euro Summit stresses the crucial need to rebuild trust with the Greek authorities [i.e. the Greek government must introduce new stringent austerity directed at the weakest Greeks that have already suffered grossly] as a pre- requisite for a possible future agreement on a new ESM programme [i.e. for a new extend-and-pretend loan].

In this context, the ownership by the Greek authorities is key [i.e. the Syriza government must sign a declaration of having defected to the troika’s ‘logic’], and successful implementation should follow policy commitments.

A euro area Member State requesting financial assistance from the ESM is expected to address, wherever possible, a similar request to the IMF This is a precondition for the Eurogroup to agree on a new ESM programme. Therefore Greece will request continued IMF support (monitoring and financing) from March 2016 [i.e. Berlin continues to believe that the Commission cannot be trusted to ‘police’ Europe’s own ‘bailout’ programs].

Given the need to rebuild trust with Greece, the Euro Summit welcomes the commitments of the Greek authorities to legislate without delay a first set of measures [i.e. Greece must subject itself to fiscal waterboarding, even before any financing is offered]. These measures, taken in full prior agreement with the Institutions, will include:

By 15 July
- the streamlining of the VAT system [i.e. making it more regressive, through rate rises that encourage more VAT evasion] and the broadening of the tax base to increase revenue [i.e. dealing a major blow at the only Greek growth industry – tourism].
- upfront measures to improve long-term sustainability of the pension system as part of a comprehensive pension reform programme [i.e. reducing the lowest of the low of pensions, while ignoring that the depletion of pension funds’ capital due to the 2012 troika-designed PSI and the ill effects of low employment & undeclared paid labour].
- the safeguarding of the full legal independence of ELSTAT [i.e. the troika demands complete control of the way Greece’s budget balance is computed, with a view to controlling fully the magnitude of austerity it imposes on the government.]
- full implementation of the relevant provisions of the Treaty on Stability, Coordination and Governance in the Economic and Monetary Union, in particular by making the Fiscal Council operational before finalizing the MoU and introducing quasi-automatic spending cuts in case of deviations from ambitious primary surplus targets after seeking advice from the Fiscal Council and subject to prior approval of the Institutions [i.e. the Greek government, which knows that the imposed fiscal targets will never be achieved under the imposed austerity, must commit to further, automated austerity as a result of the troika’s newest failures.]

By 22 July
- the adoption of the Code of Civil Procedure, which is a major overhaul of procedures and arrangements for the civil justice system and can significantly accelerate the judicial process and reduce costs [i.e. foreclosures, evictions and liquidation of thousands of homes and businesses who are not in a position to keep up with their mortgages/loans.]
- the transposition of the BRRD with support from the European Commission.

 Immediately, and only subsequent to legal implementation of the first four above-mentioned measures as well as endorsement of all the commitments included in this document by the Greek Parliament, verified by the Institutions and the Eurogroup, may a decision to mandate the Institutions to negotiate a Memorandum of Understanding (MoU) be taken [i.e. The Syriza government must be humiliated to the extent that it is asked to impose harsh austerity upon itself as a first step towards requesting another toxic bailout loan, of the sort that Syriza became internationally famous for opposing.]

This decision would be taken subject to national procedures having been completed and if the preconditions of Article 13 of the ESM Treaty are met on the basis of the assessment referred to in Article 13.1. In order to form the basis for a successful conclusion of the MoU, the Greek offer of reform measures needs to be seriously strengthened to take into account the strongly deteriorated economic and fiscal position of the country during the last year [i.e. the Syriza government must accept the lie that it, and not the asphyxiation tactics of the creditors, caused the sharp economic deterioration of the past six months – the victim is being asked to take the blame by the on behalf of the villain.]

The Greek government needs to formally commit to strengthening their proposals [i.e. to make them more regressive and more inhuman] in a number of areas identified by the Institutions, with a satisfactory clear timetable for legislation and implementation, including structural benchmarks, milestones and quantitative benchmarks, to have clarity on the direction of policies over the medium-run. They notably need, in agreement with the Institutions, to:

- carry out ambitious pension reforms [i.e. cuts] and specify policies to fully compensate for the fiscal impact of the Constitutional Court ruling on the 2012 pension reform [i.e. cancel the Court’s decision in favour of pensioners] and to implement the zero deficit clause [i.e. cut by 85% the secondary pensions that the Syriza government fought tooth and nail to preserve over the past five months] or mutually agreeable alternative measures [i.e. find ‘equivalent’ victims] by October 2015;
- adopt more ambitious product market reforms with a clear timetable for implementation of all OECD toolkit I recommendations [i.e. the recommendations that the OECD has now renounced after having re-designed these reforms in collaboration with the Syriza government], including Sunday trade, sales periods, pharmacy ownership, milk and bakeries, except over-the-counter pharmaceutical products, which will be implemented in a next step, as well as for the opening of macro-critical closed professions (e.g. ferry transportation). On the follow-up of the OECD toolkit-II, manufacturing needs to be included in the prior action;
- on energy markets, proceed with the privatisation of the electricity transmission network operator (ADMIE), unless replacement measures can be found that have equivalent effect on competition, as agreed by the Institutions [i.e. ADMIE will be sold off to specific foreign vested interests at the behest of the Institutions.]
- on labour markets, undertake rigorous reviews and modernisation of collective bargaining [i.e. to make sure that no collective bargaining is allowed], industrial action [i.e. that must be banned] and, in line with the relevant EU directive and best practice, collective dismissals [i.e. that should be allowed at the employers’ whim], along the timetable and the approach agreed with the Institutions [i.e. the Troika decides.]

On the basis of these reviews, labour market policies should be aligned with international and European best practices, and should not involve a return to past policy settings which are not compatible with the goals of promoting sustainable and inclusive growth [i.e. there should be no mechanisms that waged labour can use to extract better conditions from employers.]

- adopt the necessary steps to strengthen the financial sector, including decisive action on non-performing loans [i.e. a tsunami of foreclosures is ante portas] and measures to strengthen governance of the HFSF and the banks [i.e. the Greek people who maintain the HFSF and the banks will have precisely zero control over the HFSF and the banks.], in particular by eliminating any possibility for political interference especially in appointment processes. [i.e. except the political interference of the Troika.]

On top of that, the Greek authorities shall take the following actions:
- to develop a significantly scaled up privatisation programme with improved governance; valuable Greek assets will be transferred to an independent fund that will monetize the assets through privatisations and other means [i.e. an East German-like Treuhand is envisaged to sell off all public property but without the equivalent large investments that W. Germany put into E. Germany in compensation for the Treuhand disaster.]
The monetization of the assets will be one source to make the scheduled repayment of the new loan of ESM and generate over the life of the new loan a targeted total of EUR 50bn of which EUR 25bn will be used for the repayment of recapitalization of banks and other assets and 50 % of every remaining euro (i.e. 50% of EUR 25bn) will be used for decreasing the debt to GDP ratio and the remaining 50 % will be used for investments [i.e. public property will be sold off and the pitiful sums will go toward servicing an un-serviceable debt – with precisely nothing left over for public or private investments.] This fund would be established in Greece and be managed by the Greek authorities under the supervision of the relevant European Institutions [i.e. it will be nominally in Greece but, just like the HFSF or the Bank of Greece, it will be controlled fully by the creditors.] In agreement with Institutions and building on best international practices, a legislative framework should be adopted to ensure transparent procedures and adequate asset sale pricing, according to OECD principles and standards on the management of State Owned Enterprises (SOEs) [i.e. the Troika will do what it likes.]
- in line with the Greek government ambitions, to modernise and significantly strengthen the Greek administration, and to put in place a programme, under the auspices of the European Commission, for capacity-building and de-politicizing the Greek administration [i.e. Turning Greece into a democracy-free zone modelled on Brussels, a form of supposedly technocratic government, which is politically toxic and macro-economically inept] A first proposal should be provided by 20 July after discussions with the Institutions. The Greek government commits to reduce further the costs of the Greek administration [i.e. to reduce the lowest wages while increasing a little the wages some of the Troika-friendly apparatchiks], in line with a schedule agreed with the Institutions.
- to fully normalize working methods with the Institutions, including the necessary work on the ground in Athens, to improve programme implementation and monitoring [i.e. The Troika strikes back and demands that the Greek government invite it to return to Athens as Conqueror – the Carthaginian Peace in all its glory.] The government needs to consult and agree with the Institutions on all draft legislation in relevant areas with adequate time before submitting it for public consultation or to Parliament [i.e. Greek Parliament must, again, after five months of short-lived independence, become an appendage of the Troika – passing translated legislation mechanistically.] The Euro Summit stresses again that implementation is key, and in that context welcomes the intention of the Greek authorities to request by 20 July support from the Institutions and Member States for technical assistance, and asks the European Commission to coordinate this support from Europe;

With the exception of the humanitarian crisis bill, the Greek government will reexamine with a view to amending legislations that were introduced counter to the February 20 agreement by backtracking on previous programme commitments or identify clear compensatory equivalents for the vested rights that were subsequently created [i.e. In addition to promising that it will no longer legislative autonomously, the Greek government will retrospectively annul all Bills it passed over the past five months.]
The above-listed commitments are minimum requirements to start the negotiations with the Greek authorities. However, the Euro Summit made it clear that the start of negotiations does not preclude any final possible agreement on a new ESM programme, which will have to be based on a decision on the whole package (including financing needs, debt sustainability and possible bridge financing) [i.e. self-flagellate, impose further austerity upon an economy crushed by austerity, and then we shall see whether the Eurogroup will grave you with another toxic, unsustainable loans.]

The Euro Summit takes note of the possible programme financing needs of between EUR 82 and 86bn, as assessed by the Institutions [i.e. the Eurogroup conjured up a huge number, well above what is necessary, in order to signal the debt restructuring is out and that debt bondage ad infinitum is the name of the game.] It invites the Institutions to explore possibilities to reduce the financing envelope, through an alternative fiscal path or higher privatisation proceeds [i.e. And, yes, it may possible that pigs will fly.] Restoring market access, which is an objective of any financial assistance programme, lowers the need to draw on the total financing envelope [i.e. which is something the creditors will do their utmost to avoid, e.g. by ensuring that Greece will only enter the ECB’s quantitative easing program in 2018, once quantitative easing is… over.]

The Euro Summit takes note of the urgent financing needs of Greece which underline the need for very swift progress in reaching a decision on a new MoU: these are estimated to amount to EUR 7bn by 20 July and an additional EUR 5bn by mid August [i.e. Extend and Pretend gets another spin.] The Euro Summit acknowledges the importance of ensuring that the Greek sovereign can clear its arrears to the IMF and to the Bank of Greece and honour its debt obligations in the coming weeks to create conditions which allow for an orderly conclusion of the negotiations. The risks of not concluding swiftly the negotiations remain fully with Greece [i.e. Once more, demanding that the victim takes all the blame in behalf of the villain.] The Euro Summit invites the Eurogroup to discuss these issues as a matter of urgency.

Given the acute challenges of the Greek financial sector, the total envelope of a possible new ESM programme would have to include the establishment of a buffer of EUR 10 to 25bn for the banking sector in order to address potential bank recapitalisation needs and resolution costs, of which EUR 10bn would be made available immediately in a segregated account at the ESM [i.e. the Troika admits that the 2013-14 recapitalisation of the banks, which would only need a top up of at most 10 billion, was insufficient – but, of course, blames it on… the Syriza government.]

The Euro Summit is aware that a rapid decision on a new programme is a condition to allow banks to reopen, thus avoiding an increase in the total financing envelope [i.e. The Troika closed Greece’s banks to force the Syriza government to capitulate and now cries out for their re-opening.] The ECB/SSM will conduct a comprehensive assessment after the summer. The overall buffer will cater for possible capital shortfalls following the comprehensive assessment after the legal framework is applied.

There are serious concerns regarding the sustainability of Greek debt [N.b. Really? Gosh!] This is due to the easing of policies during the last twelve months, which resulted in the recent deterioration in the domestic macroeconomic and financial environment [i.e. It is not the Extend and Pretend ‘bailout’ loans of 2010 and 2012 that, in conjunction with GDP-sapping austerity, caused the debt to scale immense heights – it was the prospect, and reality, of a government that criticized the the Extend and Pretend ‘bailout’ loans that… caused Debt’s Unustainability!]

The Euro Summit recalls that the euro area Member States have, throughout the last few years, adopted a remarkable set of measures supporting Greece’s debt sustainability, which have smoothed Greece’s debt servicing path and reduced costs significantly [i.e. The 1st & 2nd ‘bailout’ programs failed, the debt skyrocketing as it was always going to since the real purpose of the ‘bailout’ programs was to transfer banking losses to Europe’s taxpayers.] Against this background, in the context of a possible future ESM programme, and in line with the spirit of the Eurogroup statement of November 2012 [i.e. a promise of debt restructure to the previous Greek government was never kept by the creditors], the Eurogroup stands ready to consider, if necessary, possible additional measures (possible longer grace and payment periods) aiming at ensuring that gross financing needs remain at a sustainable level. These measures will be conditional upon full implementation of the measures to be agreed in a possible new programme and will be considered after the first positive completion of a review [i.e. Yet again, the Troika shall let the Greek government labour under un-payable debt and when, as a result, the program fails, poverty rises further and incomes collapse much more, then we may haircut some of the debt – as the Troika did in 2012.]

The Euro Summit stresses that nominal haircuts on the debt cannot be undertaken [N.b. The Syriza government has been suggesting, since January, a moderate debt restructure, with no haircuts, maximizing the expected net present value of Greece’s repayments to creditors’ – which was rejected by the Troika because their aim was, simply, to humiliate Syriza.] Greek authorities reiterate their unequivocal commitment to honour their financial obligations to all their creditors fully and in a timely manner [N.b. Which can only happen after a substantial debt restrucuture.] Provided that all the necessary conditions contained in this document are fulfilled, the Eurogroup and ESM Board of Governors may, in accordance with Article 13.2 of the ESM Treaty, mandate the Institutions to negotiate a new ESM programme, if the preconditions of Article 13 of the ESM Treaty are met on the basis of the assessment referred to in Article 13.1. To help support growth and job creation in Greece (in the next 3-5 years) [N.b. Having already destroyed growth and jobs for the past five years…] the Commission will work closely with the Greek authorities to mobilise up to EUR 35bn (under various EU programmes) to fund investment and economic activity, including in SMEs [i.e. Will use the same order of magnitude of structural funds, plus some fantasy money, as were available in 2010-2014.] As an exceptional measure and given the unique situation of Greece the Commission will propose to increase the level of pre-financing by EUR 1bn to give an immediate boost to investment to be dealt with by the EU co-legislators [i.e. Of the headline 35 billion, consider 1 billion as real money.] The Investment Plan for Europe will also provide funding opportunities for Greece [i.e. the same plan that most Eurozone ministers of finance refer to as a phantom program].

Grecia, euro, União europeia, uniao fiscal, etc - Memo do FMI e artigo do Milton Friedman

Parece que a Grécia, e a União Europeia ainda vão sofrer muito por terem começado uma aventura econômica através de decisões políticas, como esse salto no escuro da moeda única antes de terem chegado a uma união econômica verdadeira.
Vou procurar um artigo que fiz, aí por 2000, sobre o euro, para ver quanta bobagem (otimista) escrevi sobre a nova moeda, levando em conta o que se sabe agora (não só pelo benefício do chamado hinsight, mas também depois de todas essas adesões políticas).
A rigor, nem a Bélgica e a Itália poderiam ter sido admitidas na primeira leva, nem a Espanha, Portugal, na segunda, ou a Grécia na terceira. Nenhum desses países se qualificava ao abrigo do próprios critérios de Maastricht, que a Alemanha impôs como condição para abandonar o Deutsche mark e aderir a essa moeda "comunitária" (os alemães têm horror dessa concessão e sua corte constitucional fez diversas restrições aos mecanismos da união monetária).

Mas esse Memo do FMI coloca em evidência, novamente, alguns dos alertas feitos pelo economista Milton Friedman em 1997, antes, portanto, sequer do lançamento da moeda única. Lembro aqui o link: http://www.project-syndicate.org/commentary/the-euro--monetary-unity-to-political-disunity#MhlrQpL6kFk7M8gI.01

Gostaria apenas de lembrar uma coisa: isso que estão pedindo, união fiscal, é virtualmente, ou concretamente impossível, dadas as diferenças entre as obrigações fiscais de cada Estado.
Entre a carga fiscal da Irlanda e de certos países escandinavos, vai uma distância de 20 pontos, e entre as alíquotas de IVA de um país a outro da UE pode mediar uma distância de 15%, ou então de zero a 22% para certos produtos. Entre a legislação laboral francesa e o modelo anglo-saxão existem anos-luz de distância, assim em termos de impostos sobre o trabalho e sobre os lucros de vários países europeus.
A Alemanha nunca teve salário mínimo, e foi "obrigada" a adotar um agora, por força da nova coalizão CSU-SPD no poder, o que é um tiro no pé.
Enfim, não esperem paz econômica na Europa antes de muito tempo: estamos em uma segunda guerra de trinta anos, desta vez em torno da moeda única e suas exigências em matéria de requisitos formais da vida econômica.
Paulo Roberto de Almeida


CRISIS IN GREECE
The I.M.F. Is Telling Europe the Euro Doesn’t Work
The New York Times, JULY 14, 2015
It reads like a dry, 1,184-word memorandum about fiscal projections. But the International Monetary Fund’s memo on Greek debt sustainability, explaining why the I.M.F. cannot participate in a new bailout program unless other European countries agree to huge debt relief for Greece, has provided the “Emperor Has No Clothes” moment of the Greek crisis, one that may finally force eurozone members to either move closer to fiscal union or break up.
The I.M.F. memo amounts to an admission that the eurozone cannot work in its current form. It lays out three options for achieving Greek debt sustainability, all of which are tantamount to a fiscal union, an arrangement through which wealthier countries would make payments to support the Greek economy. Not coincidentally, this is the solution many economists have been telling European officials is the only way to save the euro — and which northern European countries have been resisting because it is so costly.
The three options laid out by the I.M.F. would have different operations, but they share an important feature: They involve other European countries giving Greece money without expecting to get it back. These transfers would be additional to the approximately 86 billion euros in new loans contemplated in Monday’s deal.
 “Wait a minute,” you might say. “The I.M.F. isn’t calling for a fiscal union; it’s calling for debt relief.” But once a debt relief program becomes big enough, this becomes a distinction without a difference; they’re both about other eurozone countries giving Greece money.
Indeed, one of the debt relief options proposed by the I.M.F. is “explicit annual transfers to the Greek budget,” that is, direct payments from other governments to Greece, which it could use to make its debt payments. This, obviously, is a fiscal union.
A second option is extending the grace period, during which Greece would be relieved of the obligation to make interest or principal payments on its debt to European countries, through the year 2053. That’s not a typo. Under this plan, Greece would make no more debt payments until Justin Bieber is 59 years old. This is a fiscal union by another name, since those lengthy and favorable credit terms would save the Greeks money at the expense of Greece’s creditors, most of which now are other European governments or the I.M.F.
The third option floated by the I.M.F., a cancellation of a portion of Greece’s debts, has been fiercely resisted by the German government, even though this is the option that least obviously constitutes a continuing fiscal union. Debt cancellation is a one-time fiscal transfer (if I lend you $100 and then forgive the debt, that’s much like me simply giving you $100), but at least in theory it would be done only once, with Greece expected to stand on its own otherwise. The important exception is that Greece would still need to rely on European governments to lend it money at favorable rates, though not quite as favorable as under the Old Bieber scenario.
Unfortunately, however, this is not Greece’s first bailout rodeo. Previous bailouts have had to be revised and enlarged, and as the I.M.F. notes in the section of its memo about “considerable downside risk,” that could happen again. The plans for Greece to regain solvency rely on fast economic growth and sharp rises in labor productivity that outperform the rest of Europe — something that cannot be guaranteed. They also rely on the country’s running a large primary surplus for an extended period — that is, collecting much more in taxes than it spends on government services, which typically does not prove popular with the voting public.
In other words, Europeans would have good reason to fear that a debt haircut given to Greece today would not be the last.
The memo makes clear what the real cost to Europe of continued eurozone membership for Greece is: If European governments want to keep Greece in, they’re going to have to put up a lot of money in one non-loan form or another, money they will give Greece that they never get back.
Of course, the main alternative to a deal is a Greek exit from the euro, which would also be costly to European holders of existing Greek debt, who could expect to be repaid in devalued drachmas, if at all. That is a reason for European governments to be willing to pay the price prescribed by the I.M.F. to make a Greek deal work.
But the I.M.F. officials are saying they cannot pretend that a bailout deal will lead to an eventual payment in full from Greece. If Greece stays in the euro, it will need much more financial support from the rest of Europe than was admitted in Monday’s deal, and the I.M.F. is asking European governments to put that admission on paper.

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terça-feira, 14 de julho de 2015

Revolucao Francesa e Patrimonio Historico - Pedro P. Palazzo

Revolução Francesa e Patrimônio Histórico

Pedro P. Palazzo

Clique para ampliar
Hoje, 14 de julho, é a data nacional da França, quando se celebra o início da Revolução Francesa representado pela “Queda da Bastilha”, em 1789. Apesar de ter sido demolida naquele mesmo ano, ou melhor, justamente por ter sido demolida, a Bastilha fez parte de um conjunto de monumentos perdidos que inspirou as primeiras iniciativas de proteção ao patrimônio cultural. Além disso, a sua vizinhança ilustra alguns conceitos universais de urbanismo.
A palavra Bastilha vem do francês antigo e significa “cidadela fortificada”. O monumento em questão era um grande castelo que defendia uma das portas na parte Leste da muralha de Paris construída a mando do Rei da França Carlos V, a partir de 1370. Quando começou a funcionar, em 1386, tinha um inovador desenho abaulado com oito torres. No entanto, rapidamente tornou-se obsoleta como fortaleza por dois motivos: a introdução dos canhões no campo de batalha, logo no início do século XV, e o crescimento da cidade, que ultrapassou a linha das muralhas. Por isso, passou a ser usada como prisão desde o final da Guerra de Cem Anos (1337–1453). O fato de muitas vezes receber presos políticos, e também de abrigar um arsenal com armas e munições, tornaram-na um objetivo importante quando as milícias revolucionárias tomaram as ruas num ímpeto, no dia 14 de julho de 1789.
(...)
Ler o texto completo neste link: http://www.abaco-arquitetura.com.br/pt-br/blogs/revolucao-francesa-patrimonio-historico

Mestrado em Economia da Universidad Francisco Marroquin - Informacoes gerais

Mestrado em Economia da Universidad Francisco Marroquin
Administrado pelo Centro de Estudios Superiores Online de Madrid Manuel Ayau





Informações neste link:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/P%C3%A1gina_principal


Resumo da apresentação:

Quer aprender economia?
Quantos mestrados de economia que você conhece apresentam uma defesa profunda e sistemática do capitalismo?
Certamente, não há outro no qual se reúnam as contribuições das principais escolas liberais.
Neste Mestrado de Economia da Universidad Francisco Marroquín (UFM) e do Centro de Estudios Superiores de Madrid Manuel Ayau (OMMA) preparamos um programa rigoroso que abrange as contribuições cientificas mais sólidas em defesa do livre mercado – como desenvolvidas pelas correntes mais importantes do pensamento liberal: a Escola Austríaca, a Escola de Chicago, a Escola da Escolha Pública, a Escola de Bloomington e o neoinstitucionalismo.
Ao longo do mestrado você obterá uma formação completa em disciplinas tão variadas e complementares como finanças, ciclo econômico, história econômica, tributação ou políticas públicas, de modo que, ao concluí-lo, contará com sólidos conhecimentos teóricos e práticos que lhe permitirão não somente compreender a complexa engrenagem que coordena o livre mercado, mas também refutar as falácias mais propagadas contra esse sistema.
Ademais, o título de mestrado habilitará aqueles alunos interessados em continuar sua formação econômica a realizar sua tese doutoral dentro da UFM e sob a direção de algum dos excelentes acadêmicos que fazem parte de nosso claustro (equipe).

Professores, neste linkhttp://economia.ommayau.com/pt/index.php/Professores

Nosso programa

Quantos mestrados em economia você conhece? Certamente, nenhum teórico e prático que reúna as contribuições científicas mais sólidas em defesa do livre mercado como tem sido desenvolvidas pelas correntes mais relevantes do pensamento liberal.
Nesse Mestrado em Economia UFM-OMMA, nós preparamos um programa com o objetivo de que nossos alunos aprendam quais são os processos econômicos e as instituições que explicam o bem-estar das pessoas em sociedade. O programa aprofunda tanto os aspectos técnicos da análise econômica, como as instituições sociais que impulsionam o desenvolvimento econômico. Consciente da missão da UFM e da OMMA, o Mestrado em Economia UFM-OMMA estuda e avança os princípios econômicos, mas considera o vínculo com os princípios éticos e jurídicos de uma sociedade de pessoas livres e responsáveis. Se lhe interessa a estrutura acadêmica desse Mestrado, podemos dizer que é certificado pela Universidad Francisco Marroquín (UFM) e pelo Centro de Estudios Superiores Online de Madrid Manuel Ayau (OMMA), que conta com um programa de 60 créditos ECTS e que tem duração de 12 meses. Se, por outro lado, o que realmente lhe interessa é conhecer a fundo os conteúdos de nosso programa, continue lendo e poderá ver o que lhe vamos ensinar.

    Programa
Introdução à Economia
 Problema económico: alocação de recursos e comunicação de informação dispersa. O ponto de vista econômico. Necessidades, bem-estar e geração de riqueza. Economia, mercados e sociedade. Instituições: dos direitos de propriedade e a liberdade contratual à moeda. A economia como ciência da ação humana.

Processos de Mercado  
A economia como processo de coordenação. Valor e preço de bens /serviços de consumo. A variável tempo na economia: a interação entre preferências temporais e estrutura de produção. Preços de bens / serviços de produção: salários e renda da terra. O sistema de preços relativos como sistema de comunicação de informação dispersa. A demanda e a empresa. Concorrência e monopólio: instituições e eficiência. Externalidade, bens públicos, informação assimétrica: das “falhas de mercado” às “falhas do governo”.

Análise Econômica do Socialismo  
A disciplina de Análise Econômico do Socialismo visa explicar como realmente funcionavam os sistemas socialistas na hora de planificar a produção e coordenar seus aparelhos burocráticos, identificando os insuperáveis problemas de informação e incentivos com os quais lidavam.

Teoria Monetária e Bancária  
O propósito dessa disciplina é decifrar a natureza do dinheiro e do crédito, explicando seu papel coordenador da divisão do trabalho, mas também descoordenador da mesma através do ciclo econômico.

História do Pensamento Econômico  
Nessa disciplina, o aluno aprofundará seu aprendizado daquelas ideias, autores e assuntos que têm contribuído para a formação do estado atual da ciência econômica, com todos os seus erros e acertos. Ao longo dessa viagem intelectual, o aluno conhecerá em detalhes como e porque se desenvolveram as boas e más ideias que, de uma forma ou outra, seguem governando o mundo atual.

História Econômica Global
 Um bom economista necessita não somente possuir um conhecimento profundo da teoria econômica, mas também dos fatos econômicos tal como ocorreram ao longo da história. A disciplina de história econômica constituirá não somente de uma narração de como o capitalismo enriqueceu as nações, mas também de como o estatismo freou esse processo sadio de enriquecimento generalizado.

Economia e Instituições
 Nessa disciplina serão analisadas as diferentes instituições que existem na sociedade pela perspectiva das seguintes escolas de pensamento: Escola Neoinstitucionalista, Escola Austríaca, Escola de Chicago, Escola de Bloomington e Escola da Escolha Pública (Public Choice).

Ambiente Econômico
 Em geral, as decisões empresariais e econômicas são tomadas sob a influência do ambiente econômico. Questões como a arbitrariedade do poder político, a robustez das instituições, o crescimento econômico, o nível de abertura dos mercados, a intervenção regulatória do governo ou a situação financeira do Estado determinam, em grande medida, a estratégia que uma empresa adotará durante sua vida. Essa disciplina foi desenhada para analisar o ambiente econômico que os empresários, políticos e agentes econômicos em geral devem estudar para tomar decisões de sucesso. O conteúdo da disciplina divide-se em três partes. A primeira explora os fatores que determinam a competitividade de uma economia. Os empresários preferem desenvolver seus projetos empresariais em mercados altamente competitivos, especialmente se planejam competir no mercado internacional ou com empresas que são referência na economia global. A segunda estuda os fatores específicos que determinam a dificuldade ou facilidade relativa de abertura, administração e fechamento de uma empresa. A terceira e última avalia o grau de liberdade econômica de cada país. A liberdade de empresa, assim como outros tipos de liberdade relacionados à atividade econômica têm se tornado fatores-chave para o desenvolvimento econômico. Nela, trataremos de descobrir os nexos causais entre a liberdade e o crescimento econômico.

Conjuntura Econômica
 A disciplina de Conjuntura Econômica busca facilitar a aplicação dos conteúdos teóricos do módulo de Macroeconomia à análise da atualidade. Longe de nos concentrarmos no comportamento dos enganosos macroagregados, prosseguiremos a analisar a situação e a evolução financeira dos distintos agentes que efetivamente tomam decisões econômicas no mercado: famílias, empresas, bancos e governos.
O objetivo final da disciplina é dotar o aluno das habilidades para poder, por um lado, interpretar corretamente o ambiente econômico que a rodeia e, por outro, redigir um relatório de conjuntura a partir de um exame atento das distintas magnitudes que interferem ao longo do ciclo econômico: consumo, investimento, taxas de juros, preços, emprego, flutuações creditícias, gasto público, etc. .

Inovação e Empresa
 Embora os modelos de economia estacionária e equilíbrio geral e parcial tenham servido tradicionalmente para nos aproximar da compreensão dos fenômenos econômicos, são cada vez mais evidentes as limitações de tais paradigmas na explicação do desenvolvimento real da economia moderna.
É por isso que essa disciplina tratará da descrição e do estudo do mundo econômico e empresarial entendendo-o como um processo de “destruição criativa”, recorrendo à célebre expressão de Joseph Schumpeter.
Com esse paradigma dinâmico, revisaremos os diferentes tipos de inovações e os produtos que se desenvolvem a partir das mesmas. Assim mesmo, estudaremos as causas e as formas distintas de crescimento empresarial, dando ênfase à relação existente entre a estrutura de mercado de uma indústria e seu grau de maturidade.

Teoria do Estado  
O Estado é um ator (agente) fundamental dentro das economias atuais. Todo o intervencionismo econômico se assenta sobre certa concepção do poder público que legitima suas medidas coercivas sobre a sociedade. Contudo, as razões para justificar a existência de um monopólio territorial da violência não têm sido sempre as mesmas: nessa disciplina estudaremos e criticaremos a evolução das diferentes visões.

Políticas Públicas  
O intervencionismo estatal materializa-se em toda uma série de políticas setoriais dirigidas a corrigir as supostas “falhas de mercado”. Nessa disciplina serão analisadas quais são elas, seu significado, se podem ser corrigidos pelo intervencionismo estatal sem que estes tornem-se piores “falhas de governo” e, finalmente, estudaremos como funcionaria o livre mercado em matéria educativa, sanitária, previdenciária, urbanista ou meio ambiente.

Comércio Internacional e Globalização  
Provavelmente, o fenómeno económico mais crucial das ultimas quatro décadas tenha sido a progressiva redução das barreiras comerciais dos países e a consequente globalização. A globalização tem permitido a multiplicação dos fluxos de bens e capitais entre países, favorecendo o barateamento do consumo e do investimento no Ocidente, assim como o aparecimento de uma classe média incipiente nos países em desenvolvimento. Contudo, a globalização também é submetida a todos os tipos de críticas, especialmente por parte de aqueles que competem diretamente com os novos empresários dentro do mercado global. Nessa disciplina analisaremos as vantagens da globalização e revisaremos as críticas mais frequentes.

Mercado de Capitais e Investimento  
Uma das consequências mais positivas da globalização tem sido a criação de um mercado mundial de capitais ao qual as empresas podem recorrem para obter financiamento para implementar seus planos de negócios internacionais. Os mercados mundiais de capitais, todavia, também produzem certos riscos que devem ser considerados dentro do marco atual de papel moeda inconversível e bancos centrais inflacionistas.

Finanças Públicas e Política Fiscal
 Os impostos são a razão última que justifica a existência de um Estado, assim como a manifestação que mais gera distorções no mercado. O propósito dessa disciplina é compreender, precisamente, os diversos efeitos distorcivos que a política tributária gera no comportamento dos agentes econômicos: sua poupança, seu investimento, seu consumo, a composição e o perfil do seu patrimônio, seu tempo de serviço, seu custo de financiamento ou sua capacidade de geração de riqueza no longo prazo.

Horário e duração das aulas
Nosso Mestrado em Economia UFM-OMMA tem duração de 12 meses + tese. As aulas ocorrem nas terças e quintas das 12:30 às 15:30 horas (horário de Brasília) a partir de 17 de setembro de 2015.
No caso de o aluno não poder assistir a alguma das aulas, poderemos disponibilizar a gravação das mesmas quantas vezes sejam necessárias, em qualquer momento, para que assim não perca nenhum dos conteúdos tratados.
A nota de cada disciplina é composta de:
•    80% de trabalhos e/ou provas
•    10% de presença (70% ou mais de presença = nota máxima de presença).
•    10% de participação do aluno em aula.

Método
Acreditamos que os alunos devem ser protagonistas de sua própria formação. Por isso, nesse Mestrado em Economia da OMMA-UFM, tratamos de oferecer aos nossos alunos elementos e ambiente apropriados para a formulação das perguntas sobre as quais construirão seu processo de aprendizagem. Além disso, acreditamos que para cumprir esse objetivo é necessário combinar o método socrático e o estudo de casos práticos nas aulas online, em tempo real. Queremos ajudar nossos alunos a liderarem sua formação e seguir aprendendo com eles.
Perfil do aluno e oportunidades de carreira
O Mestrado em Economia OMMA-UFM é direcionado a todos os economistas ou profissionais das chamadas ciências sociais; a quem deseja trabalhar ou está criando think tanks e deseja melhorar sua formação com o intuito de influenciar políticas públicas; a jornalistas que desejam especializar-se no jornalismo econômico; aos interessados em carreiras acadêmicas relacionadas, particularmente, com a pesquisa e docência nas áreas da ciência econômica ou ciência social; a quem trabalha ou deseja trabalhar em organismos nacionais e internacionais; a quem deseja realizar consultoria empresarial em assuntos de economia e/ou interessados em desenvolver suas capacidades empreendedoras por um melhor entendimento do processo econômico que constitui o ambiente empresarial.
Existem varias oportunidades de carreira. O mestrado será um profissional com conhecimentos teóricos sólidos, capaz de explicar com clareza o que ocorre na economia local, nacional e global, assim como as consequências das políticas econômicos dos governos; melhorará sua capacidade empreendedora por meio do conhecimento do meio ambiente empresarial; terá capacidade de interpretar a história dos feitos e, especialmente, das ideias econômicas; aperfeiçoará sua interpretação dos processos de ação e interação humanas; conhecerá os fundamentos e benefícios de uma sociedade livre; e destacará a importância do respeito às instituições do Estado de Direito para alcançar o desenvolvimento econômico.

Formulário de admissão: http://economia.ommayau.com/pt/index.php/Especial:Solicitud
 
Uma apresentação foi feita no dia 10 de julho, e pode ser vista neste link: 
 

Foreign Policy resume o acordo sobre o programa nuclear iraniano: vai funcionar?

Esta é a pergunta que vale milhões, ou uma nova corrida nuclear na região.
Se os demais países acreditarem nesse acordo -- que ainda precisa passar pela aprovação, ou rejeição, do Congresso americano -- pode ser que se evite nova onda de proliferação.
Do contrário, as perspectivas são relativamente obscuras quanto às suas consequências...
Paulo Roberto de Almeida

The Deal is Done
By Paul McLeary and Adam Rawnsley
Foreign Policy Daily Report, July 14, 2015

It starts here. An agreement has been reached. After an intense 18 days of negotiation, six world powers and Iran finally managed to strike a historic deal Tuesday to curb Iran's nuclear program in exchange for billions of dollars in relief from international sanctions. The agreement will prevent Iran from producing enough material for a nuclear weapon for at least a decade while giving the international community access to Iranian facilities, including military sites, to ensure compliance.

For Iran, the deal will give the country access to more than $100 billion in assets frozen overseas -- money that critics fear will be used to step up Tehran's support for its armed proxies in Syria, Lebanon, Iraq and elsewhere.

A key provision calls for the U.N. arms embargo on the country to stay in place for at least five more years, though it could end earlier if the International Atomic Energy Agency can certify that Iran has stopped all work on nuclear weapons. A U.N. restriction on the transfer of ballistic missile technology to Tehran is set to stay in place for up to eight more years.

FP’s Colum Lynch and Dan De Luce tackle the highly contentious arms embargo issue, writing that U.S. negotiators believe the embargo -- which prevents Iran from importing a range of military hardware, including warplanes and battle tanks -- “has done little to impede Iran’s ability to arm and equip its proxies throughout the region, including in Lebanon, Syria, and Iraq.”

On the other hand, the agreement mostly leaves in place the infrastructure that Tehran has built up at its main nuclear sites, though much of it will be taken apart and placed in storage. Iran will also be allowed to continue enriching smaller amounts of lower-grade uranium and plutonium.

Fallout. The administration will now start trying to sell the deal to skeptics on Capitol Hill and throughout the Middle East, where both Israel and Gulf powers like Saudi Arabia believe the agreement will eventually allow for Iran to attain a bomb.

The deal will likely set off a new round of weapons buys by Gulf countries who have eyed the Iran talks warily. FP recently reported on the potential Gulfie wish list: more expensive missile defense systems, more long-range radar units, and better command and control equipment to stitch the region’s various missile defense batteries into a networked whole.

Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu -- one of the biggest critics of the talks on the world stage -- said on Tuesday in Jerusalem that the deal was "a historic mistake for the world,” since “in every area where it was supposed to prevent Iran attaining nuclear arms capability, there were huge compromises.”

Netanyahu gave a high-profile speech on Capitol Hill lobbying against a potential deal earlier this year; now that one has been reached he and Israel's top diplomats are sure to do what they can to derail the deal or tighten its terms.

Speaking early Tuesday morning at the White House, President Barack Obama said that the deal “is not built on trust, it is built on verification,” while insisting that the U.S. would reinstate sanctions -- and potentially use force -- if Iran cheated and continued work towards a nuclear weapon. Obama also said he would veto any attempt by the Republican-controlled Congress to scuttle the agreement.