O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Across the Empire 2014 (27): listagem consolidada das postagens da viagem nos EUA, coast to coast

Esta postagem é puramente recapitulativa e tem por único objetivo disponibilizar, em bloco, todos os links relativos às postagens diárias efetuadas durante a viagem efetuada com Carmem Lícia durante o mês que agora se encerra através do norte dos EUA e do Canadá (Vancouver, Toronto e Niagara tão somente), bem como a postagem final de balanço e avaliação.
Desta maneira, todos os links ficam imediatamente disponíveis para consulta tópica a qualquer um deles.
A única coisa que fica faltando é um balanço contábil, ou seja, quanto gastei da gasolina, com hoteis, e outras despesas. Se puder, quando puder, vou fazer esse balanço também.
Paulo Roberto de Almeida 


0) Crossing the Empire (0): segunda viagem através dos EUA: 12,6 mil km em 30 dias: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/crossing-empire-segunda-viagem-atraves.html
1) Across the Empire (1) First day: boring roads, sempre mais do que o planejado...: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/across-empire-1-first-day-boring-roads.html
2) Across the Empire (2) Second day: only the road, no more than the road...: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/08/across-empire-2-second-day-only-road-no.html
3) Across the Empire (3): Des Moines, Omaha e o caminho dos pioneiros...: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-3-des-moines-omaha-e-o.html
4) Across the Empire (4): de North Platte, Nebraska, a Denver, Colorado: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-4-de-north-platte.html
5) Across the Empire (5): em Denver, num jardim botânico de vidro (Chihuly): http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-5-em-denver-num-jardim.html).
7) Across the Empire (7): de Denver a Cody, leituras no velho Oeste: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-7-leituras-no-velho-oeste.html
8) Across the Empire (8): tinha um Yellowstone no caminho: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-8-tinha-um-yellowstone-no.html
9) Across the Empire (9): de Twin Falls a Portland, pelo Oregon Trail: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-9-de-twin-falls-portland.html
10) Across the Empire (10): em Portland, buscando cultura: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-10-em-portland-buscando.html
11) Across the Empire (11): de Portland, OR, a Tacoma, WA: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-11-de-portland-or-tacoma.html
12) Across the Empire (12): de novo com Chihuly, desta vez em Seattle: http://diplomatizzando.blogspot.ca/2014/09/across-empire-12-de-novo-com-chihuly.html
13) Across the Empire (13): em Vancouver, fazendo o balance da metade do caminho: http://diplomatizzando.blogspot.ca/2014/09/across-empire-2014-13-em-vancouver.html
14) Across the Empire, 2014 (14): Flanando em Vancouver: http://diplomatizzando.blogspot.ca/2014/09/across-empire-2014-14-flanando-em.html 
15) Across the Empire, 2014 (15): Adieu, Vancouver (mas prometemos voltar): http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-15-adieu-vancouver-mas.html
16) Across the Empire, 2014 (16): De Vancouver a Missoula, Montana: dois países, três estados, quase 1000km: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-16-de-vancouver-missoula.html
17) Across the Empire, 2014 (17): De Missoula, Montana, ao Mount Rushmore, South Dakota, via Little Big Horn: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-2014-17-de-missoula-mt-ao.html 
18) Across the Empire, 2014 (18): De South Dakota a Minnesota, terras de cowboys, gado e milharais: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-18-de-south-dakota.html
19) Across the Empire, 2014 (19): Wisconsin e Michigan, dos vidros ao lago: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-2014-19-wisconsin-e.html
20) Across the Empire, 2014 (20): balanço quantitativo de 20 dias de viagem: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-2014-20-balanco.html
21) Across the Empire, 2014 (21): Detroit, a Paris (falida) do MidWest?:  http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-2014-21-detroit-paris.html
22) Across the Empire, 2014 (22): Detroit, entre a tecnologia e a arte: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-2014-22-detroit-entre.html
23) Across the Empire, 2014 (23): de Detroit a Toronto, só turismo e gastronomia...: http://diplomatizzando.blogspot.ca/2014/09/across-empire-2014-23-de-detroit.html
24) Across the Empire, 2014 (24): Toronto, cultura e pequenos prazeres: http://diplomatizzando.blogspot.ca/2014/09/across-empire-2014-24-toronto-cultura-e.html
25) Across the Empire, 2014 (25): Back home, where there is work waiting...: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-2014-25-back-home-where.html
26) Across the Empire, 2014 (26): balanço final e avaliação: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/across-empire-2014-26-balanco-final-e.html

Hong Kong: mais uma "Primavera", desta vez no Outono: a revolucao do guarda-chuva

Quando a China comunista absorveu Hong Kong, em 1997, eu pensei que ao cabo de 50 anos de transição para o capitalismo, seria a grande China a ser absorvida economicamente pela pequena ilha libertária e ultra-capitalista, e não o contrário.
Agota eu me pergunto se não vai ser a pequena ilha democrática a precipitar uma revoluçao política no grande irmão autocrático.
Paulo Roberto de Almeida 


Images of Hong Kong’s ‘Umbrella Revolution’ Tell a Story

In a city unused to political violence, many people in Hong Kong were shocked by what they saw as a harsh response by police officers who used tear gas, batons and pepper spray against pro-democracy demonstrators on Sunday.
Here are some videos and other images of Occupy Central, as the movement is called, whose participants want Hong Kong people to be allowed to freely choose the candidates in the 2017 election for the next leader, a request that China’s central government in Beijing has turned down.
Here is The New York Times’s slideshow of the movement, which officially began on Sunday:
Slide Show

Pro-Democracy Protests in Hong Kong

Riot police used tear gas against protesters after tens of thousands of people blocked a main road to Central, a financial district, outside the government headquarters in Hong Kong on Sunday.
 Wally Santana/Associated Press
Apple Daily, a pro-democracy newspaper in Hong Kong, is offering this live feed:
And this video from Apple Daily gives an aerial overview of the crowds on Sunday night. Chinese text at the beginning calls on Leung Chun-ying, the chief executive, to step down “or there will be a big strike”:
This video contains a dramatic moment with protesters in front of advancing police vehicles suddenly scattering as tear gas is fired:
Despite that and other similar incidents, on Monday, crowds swelled again in downtown Hong Kong, according to the Twitter feed of Varsity, a magazine by the students of the School of Journalism and Communication at the Chinese University of Hong Kong, many of whose students are taking part in the protests:

Protesters were even picking up their trash:

Here is Varsity again, showing a human chain bringing supplies to protesters at noon on Monday:

With China set to celebrate the National Day holiday on Wednesday, The South China Morning Post noted that a Chinese national flag had been raised as usual — but upside down:

Beijing has long warned against a “color revolution” in Hong Kong, or a democracy movement that it says is being supported by “hostile forces” from the West.
A characteristic of the protests so far has been the use by demonstrators of umbrellas, to protect against police use of pepper spray. This post on Twitter shows some umbrellas in a subway exit and suggests a name for the movement: the Umbrella Revolution.

Blog Diplomatizzando: estatisticas das postagens mais vistas do blog (descobri agora)

Eu sou mesmo distraído, ou incompetente. Provavelmente os dois.
De vez em quando acabo caindo na seção de estatísticas do meu blog, e apenas para confirmar, ou me informar, sobre os assuntos mais visados pelos meus leitores -- um pouco como esses chefs que procuram saber o que gostam os seus clientes, para sofisticar e aperfeiçoar o menu preferido ---vou sempre buscar saber quais são as procuras mais comuns, e os posts mais visitados.
Pois eu sempre pegava as estatísticas do dia, ou da semana, no máximo.
Agora é que descobri que tem uma opção para all time views.
Lá fui apertar a dita cuja, e deu isto:



Agora parece que vou ter de voltar a cuidar de alguns velhos assuntos.
A primeira, campeão absoluta, são as dicas para a carreira diplomática, assunto ao qual prometo revisar e aperfeiçoar as informações e comentários aqui colocados, bem como no site.
A segunda começou com um equívoco (a remuneração dos conselheiros do Board), mas parece que atraiu muita gente, sobretudo agora que a incompetência de certos gerentes levou a companhia para o brejo.
A terceira eu não compreendo porque tanta gente, deve ser porque o Oliveira Lima ficou mais popular do que o Rio Branco, nosso santo patrono, semi-deus da Casa e criatura infalivel para todos os sucessores...
A quarta, sobre geopolítica, também me surpreende, e vou reler o material para tentar escrever algo a respeito.
Finalmente, a última, é por que eu contestei certa pessoa que dizia que nós, os guerrilheiros dos anos 1960 e 70, estávamos naquela aventura maluca para lutar contra a ditadura militar e pela democracia no Brasil. Sim, disse nós porque eu também estava nessa, e posso confirmar: ninguém ali lutava pela democracia, e sim por uma ditadura do proletariado, ou seja, um regime comunista. Ainda bem que não deu certo, pois do contrário eu não estaria aqui hoje, ou pelo menos não estaria escrevendo tudo o que escrevo contra os guerrilheiros de outrora, reciclados no poder burguês, e roubando como nunca.
Antes assaltavam bancos, agora eles não precisam: podem roubar do Estado, e tem uma vaca petrolífera ali para isso mesmo.
Bem, está feita a minha descoberta.
Agora volto aos meus escritos...
Paulo Roberto de Almeida

domingo, 28 de setembro de 2014

Economia companheira: incompetencia soberana e voluntaria - Gustavo Franco

Não preciso comentar. Está tudo aí.
Paulo Roberto de Almeida

GUSTAVO FRANCO

Gustavo Franco é economista e ex-presidente do Banco Central

A economia de Dilma, sem rodeios



O governo petista, iniciado em 2003, contou com quatro maravilhosas turbinas, todas alheias à sua vontade.
A primeira teve a ver com bancos. Com o sistema (privado e público) totalmente saneado, depois de um conserto caro e trabalhoso, o crédito mais que dobrou, de 2003 até nossos dias, ultrapassando 55% do PIB, sem deterioração da qualidade dos ativos (mercê de boa regulação). A expansão foi principalmente no crédito pessoal, e graças ao consignado, o endividamento familiar dobrou, como proporção da renda, sem aumentos substanciais no comprometimento dos salários.
A segunda foi fiscal. Com as contas em ordem, ficou mais fácil reduzir a taxa de juros, independentemente das oscilações próprias do ciclo econômico, até 7,25% anuais para a Selic. Nesse caminho, o efeito sobre o valor dos ativos, ao menos até 2008, foi espetacular: o conjunto das empresas que compõem o Ibovespa valia R$ 2 trilhões às vésperas da crise, partindo de R$ 294 bilhões em dezembro de 2002.
A terceira foi externa, e na verdade foi a combinação de dois ventos, um que vinha da China e outro dos bancos centrais dos países desenvolvidos. Não houve crise bancária na periferia, exceto de forma efêmera, por maior “aversão a risco”, no começo de 2009, nada mais. Não foi uma “marolinha”, deu trabalho ao BC, mas durou menos que um ano e depois disso choveu capital para dentro do Brics, cujas reservas aumentaram para US$ 5,2 trilhões em 2014 contra US$ 1,7 trilhão em 2006.
O fato novo, tratando de assuntos cambiais, é que o nível de reservas do país é tão gigantesco que um déficit em conta corrente elevado, como o de agora, parece perder importância. O poderio do BC em sua intervenção na taxa de câmbio resulta em que esta parece ter se tornado, finalmente, conforme o desejo de muitos, um preço público fixado conforme a folga que a inflação oferece, que, infelizmente, não é muita.
A quarta e mais importante de todas as turbinas é a da demografia, com amplos efeitos na desigualdade e no mercado de trabalho. A maior criação do bônus demográfico é a “nova classe média”, em torno da qual se criou certa mitologia. O enredo é simples: nos anos 1960, o país era uma pirâmide e apenas 15% da população total trabalhava, uma época em que o grosso da população estava abaixo dos 14 anos. Verificou-se, desde então, uma enorme redução na taxa de fertilidade e assim, para resumir, a passagem do tempo foi fazendo a “base da pirâmide” se tornar a “copa da árvore”.
Os efeitos sobre a desigualdade podem ser vistos da seguinte forma: nos anos 1990, um domicílio com um casal, cada qual ganhando dois salários mínimos, e cinco filhos em idade escolar pertencia à classe D ou pior. Na segunda metade dos anos 2000 essa mesma família tinha sete pessoas trabalhando, e uma renda combinada que a colocava firmemente na classe C. Bastou as crianças crescerem. Se o avô viesse morar com a família, traria sua renda de aposentado e a opção de fazer um crédito consignado, elevando as possibilidades de consumo da família para níveis impensáveis dez anos antes. Eis a mágica da classe média: demografia e crédito, com alguma ajuda do salário mínimo. Nada disso tem a ver com o Bolsa Família, que tem sua utilidade para o que se passa dois extratos mais para baixo, na região da pobreza.
Diante dessas poderosas turbinas, a pergunta que não quer calar é como foi que a administração Dilma Rousseff conseguiu desarrumar a economia. Certamente, não foi um único erro, os desastres aéreos sempre compreendem diversos desacertos combinados com infelicidades e surpresas. No caso em tela, só é possível inocentar as surpresas.
O maior dos equívocos é o de sempre, a desordem nas contas públicas. Diretamente, descontada a maquiagem, ou via bancos públicos ou obrigações não reconhecidas, a situação fiscal se tornou crítica, por simples opção ideológica.
Se alguma surpresa houve foi descobrir petróleo, o sonho extrativista de todos os caudilhos, que, todavia, se mal administrado, pode se tornar uma maldição. Na verdade, a opção por um modelo fortemente nacionalista, impondo grandes obrigações de investimento à Petrobras, combinado ao represamento de preços, enfraqueceu brutalmente a empresa.
De forma análoga, a mesma filosofia de favorecer o Estado e apertar o setor privado prevaleceu nas áreas de energia e infraestrutura, com resultados igualmente ruins. O governo se empenhou em indispor-se com o capital. Como querer que haja investimento?
As perdas de valor nas empresas públicas listadas são impressionantes, e apenas se cogita sobre as perdas ocultas que são as que ocorrem em empresas públicas não listadas, ou decorrentes de obrigações pelo Tesouro assumidas e não ainda reconhecidas.
Adicione-se à mistura um retorno aos anos 1960 em matéria de protecionismo e exigências de conteúdo nacional, e lá se vai, para baixo, a produtividade. O valor adicionado gerado em média pelo trabalhador brasileiro era 19% do que produzia um americano em 2000. Caiu para 18% em 2012. A China passou de 6% a 17% no mesmo período.
A inflação acordou, a política monetária teve de ser revertida, e se instaurou um clima de forte desconfiança, sobre a qual tudo o que se pode dizer é que há merecimento. Parecendo confirmar o diagnóstico, mas apenas depois de se sentir ameaçada na eleição, a presidente demitiu o Ministro da Fazenda, mas ainda não disse coisa alguma sobre o que fará para reverter esse quadro.
É difícil de explicar, exceto pela demografia, como o desemprego se mantém baixo e os salários continuam a crescer com recessão e estagnação da produtividade. A oferta de trabalho tem crescido menos que a demanda, coisa inédita entre nós: entra menos gente no mercado de trabalho a cada dia, e sai mais gente do que no passado. Há certa perplexidade sobre isso, mas as empresas registram continuadas dificuldades de contratar, daí o medo em demitir, mesmo com a economia fraca, e assim vão se apertando.
A ideia de que há uma crise externa culpada de tudo é uma fraude grosseira. O Brasil não carrega as feridas de 2008 que o mundo desenvolvido ainda está curando, e estamos nos beneficiando da política monetária deles. O investimento direto estrangeiro está acima de US$ 60 bilhões anuais desde 2009, por que será? Será este o impacto da crise sobre o país?
Diante das turbinas acima descritas, e dos erros cometidos, deve ser claro que o governo Dilma Rousseff meteu os pés pelas mãos na economia de forma inteiramente soberana e voluntária.

IPhone addicted people (como eu): attention to the fine print


$199 Apple iPhone 6 Is Fiction, if Not Fantasy

MINH UONG / THE NEW YORK TIMES
Strategies
By JEFF SOMMER
What does it cost to buy a basic new iPhone 6? If you think the answer is $199, and you’re happy believing that, you may want to stop reading now.
If, like me, you watched Apple’s self-referential love fest for the new iPhone and suddenly wanted one very badly, you may have been encouraged by the way the price was listed: “From $199.”
Apple could have been more transparent and said that the typical base price was $649 or more. But that would have spoiled the fun.
It turns out that upgrading an iPhone every two years on a 24-month phone service contract, as I’ve been doing, doesn’t cost $199. This year it will cost me at least $649. In fact, it could cost considerably more than that if you add the miscellaneous charges that your phone carrier may impose, and the discounts that it may withhold.
Keeping your costs under control may take some work:  I discovered that a relatively new option — buying a phone on the installment plan from AT&T, my current carrier — turns out to be much cheaper for me than getting the phone through a service contract, the way I’d done it before. I didn’t know that until I crunched the numbers. 
“I think it’s fair to say that people wouldn’t be as motivated to go out and buy if they thought it was a $650 purchase,” said Craig Moffett, senior analyst and a partner at MoffettNathanson Research. “And if you look at the marketing issues and the accounting issues, it’s fair to conclude that the companies have a strong incentive to obfuscate about pricing.”
The information you need to figure out the real price exists on the Apple website and on the sites of the various major phone carriers. But often it’s not easy to find the numbers or to calculate them. The first time I tried, on AT&T, I had to click through several steps of the online ordering process before I stumbled on the dismaying truth. (T-Mobile, which calls itself “America’s Un-carrier,” is commendably clearer.)
Mr. Moffett has been studying phone pricing for years, and he gave me a quick primer. The confusing pricing has major implications for phone company investors who may not understand that the newer purchase options enable the companies to claim higher revenue over the short term than they could with the older plans. That accounting change, he said, is masking a decline in phone company revenue. “There are a lot of unsophisticated consumers and investors who don’t understand all of this,” he said.
Here’s how it works.
Every two years, whenever there’s a full iPhone upgrade, as there is right now, there is typically a surge in people ordering new phones: Apple reportedthat people placed 10 million iPhone orders last weekend. But this year, there are more choices, and I found them confusing.
Mr. Moffett explained why: “This is the first iPhone cycle when what’s known in the industry as E.I.P. — or equipment installation plan — is really popular among the big carriers. They’re giving a lot of discounts. And you may be able to get a better deal that way right now, if you’re willing to look for one. Unfortunately, many Americans are allergic to math. And you may have to do the numbers yourself to find out which plan is better for you.”
I started buying an iPhone 6 on AT&T’s website the way I always have, with a standard two-year service contract. But this time, I was surprised to discover that if I continued down that road, AT&T would penalize me in two ways.
This part may be tedious if you’re not at least a little nerdy, but please bear with me:
First, AT&T said it would charge me a $40 “upgrade fee.” And then, as I went further, a warning popped up. It said that while I could pay $199, I would no longer be “eligible for the Mobile Share Value monthly discounts” of $15 or $25 a month. In my case, it’s $25 a month. That’s because I use a lot of data: I’m part of a family-sharing plan that gives us 10 gigabytes of data a month.
If I got a phone for $199, plus $40 for an upgrade fee, I’d “lose” — that is, have to pay — $25 a month for my service plan for two years, or $600. Add all of that up, and it comes to $839. If you use less data, you’d presumably “lose” $15 a month for two years, or $360. Using the same calculations, you’d end up paying $599.
And there’s more. Because even the smaller and cheaper of the two main versions of the iPhone 6 dwarfs the iPhone 5 that I carry in my pocket, the protective case I’ve got now won’t fit on a new phone. And I won’t risk dropping such a precious gadget without a case. With a corporate discount, the cheapest replacement case I was able to find on the AT&T store goes for $16. Ouch. Tack that onto the final price.
That’s for a basic iPhone 6. Apple, you’ll recall, says the phone costs “from $199.” Hmm.
I found an excellent article on ZDNet by Ed Bott, who did this sort of calculation for a variety of plans and carriers. He concluded this way: “You know what? You can’t get an iPhone 6 for $199. And anyone who tries to tell you otherwise needs to go back to smartphone school.” I went back to smartphone school, with the help of Mr. Moffett.
I found that if I bought the iPhone from AT&T and qualified as a good credit risk, I would receive a 0 percent loan for the full cost of the phone and could pay it off over 24 months at $27.05 a month, which comes to a little more than $649. Let’s round that off at $650. There’s no $40 upgrade fee. And there’s no $199 down payment. (I would have to pay sales tax on the $649 cost of the phone.) For me, I concluded, it would be cheaper to buy the phone from AT&T on the installment plan. If I used less data, it would be cheaper to buy the phone from AT&T through a service contract. And, of course, there are different deals on different carriers.
Once I started down this road, it made me pause. Do I really need to replace my phone every two years if it’s going to cost $650?
As Farhad Manjoo has explained in these pages, many people don’t need to buy new phones that often. In my case, if I keep my old phone a bit longer, I’ll save $25 every month, and that adds up.
The installment plans are popular now, but they could hurt Apple and the phone companies, because they may wean many of us off the two-year upgrade cycle, Mr. Moffett said. “The E.I.P. plans are clearly better for one category of person — someone who will keep a phone for more than two years. They’re much cheaper.” And more of us might join that category, if we understand the numbers.
But through the magic of corporate accounting, the plans help make the carriers’ revenues look more appetizing. If you buy a $650 phone on the installment plan from a phone company, it counts as $650 in immediate earnings for that company even though the money actually comes in over two years. As these plans have become more popular, they’ve had a significant effect on the industry. Thanks to installment plans, annualized revenue in the second quarter for the entire American phone industry appeared to rise by 3.7 percent, Mr. Moffett calculated. When you exclude them, the industry would be declining in revenue for the same period by 2.1 percent, annualized.
For investors, that means the cellphone business may not be as attractive as it looks at first glance. And for consumers, it means that you’ve got to pay very close attention to the fine print when you get a phone. It’s actually cheaper — in some cases but not all — to buy a phone rather than get a subsidized phone on a two-year contract. It’s all in the details. Once you start examining the cost of a new iPhone, it may not look quite so irresistible.

RELATED COVERAGE

  1. Bits Blog: Apple Responds to Complaints of Bent iPhonesSEP 25, 2014
  2. Bits Blog: Apple Pulls iOS 8 Software Update After iPhone Problems SEP 24, 2014