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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 6 de setembro de 2014

Across the Empire (10): em Portland, buscando cultura...

Logo de manhã, Carmen Lícia e eu, passamos algumas horas na Oregon Historical Society, um museu sobre tudo o que faz, existe, se movimenta, pensa e produz em Oregon, e nas imediações, com a história completa da ocupação humana nesta região, desde os antigos habitantes (aborígenes, diriam os antropólogos, mas eles provavelmente não eram originários daqui), passando pelos primeiros exploradores europeus, os pioneiros americanos, até os modernos ocupantes, com toda a diversidade étnica e cultural, inclusive japoneses, que são mais numerosos e foram mais importantes do que eu pensava. Depois de Pearl Harbor, por exemplo, um submarino japonês, em abril de 1942, ainda entrou pela embocadura do rio Columbia, bombardeou as imediações e se foi, impunemente, de volta para o Japão. Foi o único ataque de uma força estrangeira contra os Estados Unidos continental, desde a guerra contra os inglêses, em 1812, que destruiram algumas cidades, inclusive tocando fogo em Washington. Isso eu não sabia, mas é por isso que a gente visita museu.
Um vigilante do museu tirou esta foto minha e de Carmen Lícia, no grande lobby de entrada:
Depois eu tirei esta foto de Carmbem Lícia junto a uma carroça típica dos pioneiros que colonizaram a região.

Oregon tornou-se uma importante região produtora de vinhos, dos melhores aparentemente, similares aos da Califórnia. Só lamentei não ter vinho para comprar no museu: um vinho que tirou nota 9 (sobre 10) num concurso internacional foi um Pinot Noir de 2008. Preciso ir atrás dele...

O aspecto que eu mais valorizo, como todos sabem, é a leitura e a educação. Na seção destinada ao retorno dos GIs locais, os soldados que retornaram da II Guerra Mundial, existe uma informação sobre as caixas de livros que eles recebiam enquanto estavam nas frentes de combates, ou em tarefas de vigilância, e dispondo de tempo morto entre suas missões. Caixas e mais caixas de livros foram expedidas às frentes de guerra.


Na volta, todos os soldados puderam se inscrever em universidades com bolsas federais. Aqui está o que escreveu a respeito o conhecido humorista Art Buchwald, sobre sua inscrição em cursos de terceiro ciclo:

Bem, depois fomos ao bairro chinês, e comemos por lá. Agora vamos sair novamente, e terminar o dia numa das maiories livrarias do mundo: Powell's, um quarteirão inteiro de livros. Parece que tem mais de um milhão. Acho que só vou comprar 3 ou 4, e ver 0,0001% da livraria...
Paulo Roberto de Almeida
Portland, 6 de setembro de 2014

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