Across the Empire, 2014 (23): de Detroit a Toronto, só
turismo e gastronomia
Paulo Roberto de Almeida
Sábado, 20/09: depois de dois dias em Toronto, uma bela cidade falida, mas dotada de um museu excepcional, voltamos ao menu costumeiro, estradas, no caso só
uma, a 401, de Windsor, na fronteira, até Toronto, onde chegamos pouco antes
das 18hs, depois de alguma gastronomia pelo caminho.
Como tínhamos saído tarde de Detroit, e ainda desviados do roteiro
normal por causa de uma jornada bicicleteira na cidade, que bloqueou várias
ruas, acabamos parando logo depois de atravessar a Ambassador Bridge, para
almoçar num restaurante italiano de Windsor: Armando’s. Eu, com mais fome do
que Carmen Lícia (mas sempre é assim), comecei com uma salada Caprese (tamanho
família) e depois desisti do vitelo a parmegiana, para não ficar comida demais,
pois todos os pratos eram enormes. Comi apenas uma pizza Margheritta, e ainda
assim sem as bordas. Carmen Lícia ficou com seus calamari fritti, que sempre
apreciou. Ambos com uma taça de Valpolicella, mas eu sempre acabo tomando
metade do dela.
Conclusão: vim meio sonado na estrada para Toronto, o que nunca é
recomendável... Mas viajamos bem, com alguns pontos de engarrafamento aqui e
ali.
Fomo diretos ao Museu Aga Khan, nosso objetivo principal na cidade, pois
ele acabava de ser inaugurado (na quinta, 18/09). Não para visitar, pois já era
tarde, mas para comprar os tickets de ingresso, para garantir a visita neste
domingo (aliás hoje). Acabei fazendo algumas fotos do museu, entre elas estas
duas.
Depois fomos à inglória tarefa de encontrar um hotel na cidade, num fim
de semana de festas em Toronto, com todos os hotéis lotados. Depois de passar
por dois ou três, encontramos, a preços extorsivos, no Ramada, da Jarvis
Street, não muito longe do centro, com a vantagem de ter garagem fechada. Tive
de pagar um apartamento de dois quartos, com duas imensas camas tamanho king
size, pelo direito de dormir, pois do contrário talvez tivéssemos de sair da
cidade. Deixamos os pertences no quarto e saímos novamente pela cidade.
A razão da lotação dos hotéis se prende à festa comemorativa da guerra
de 1813, contra os americanos, que por uma vez os canadenses ganharam,
garantido a posse de alguns territórios em torno dos grandes lagos (mas alguns principais
ficaram com os imperialistas desde criancinhas, como escreveria Moniz Bandeira.
Fort York e Toronto estarão em festas neste fim de semana, e isso vai
atrapalhar um pouco a circulação do que pretendemos fazer no domingo, que é
visitar museus, e flanar pela cidade.
Antes de voltar ao Hotel, compramos queijo de cabra, torradas, duas
garrafas de vinho (das pequenas, ou seja, meia garrafa) e mais duas cervejas
para mim. Nosso jantar, pois, foi queijo e vinho, e confesso que liquidei todo
o queijo (CL ficou com uma parte de Asterix, eu fiquei com a do Obelix) e toda
a meia garrafa de Cabernet Sauvignon chileno, deixando o italiano para amanhã
(ou hoje, domingo).
Nada mais tendo a declarar, mas tendo dois jornais para ler, o Wall
Street, velho jornal que os companheiros definiriam como sendo do capital
financeiro monopolista e dos especuladores de Wall Street, e um jornal local,
The National Post, ambos com matérias interessantes, sobre Escócia, Estado
Islâmico, Ucrânia, aquecimento global, enfim, essas coisas sem importância que
só existem para atrapalhar grandes reflexões intelectuais, e perturbar nossa
paz cotidiana.
Amanhã temos muita coisa para fazer, aliás até segunda-feira, quando
pensamos iniciar o roteiro de volta, mas passando em Corning, NY, onde está o
maior museu do vidro do mundo, sem brincadeira. Já tínhamos visitado no ano
passado, mas esse vale uma nova visita.
Paulo Roberto de Almeida
Toronto, 21 de setembro de 2014
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