Brazil in the Global Crisis: Still a Rising Economic Superpower?
In the past decade, Brazil’s role in the world economy has changed in important ways; today, the country occupies key niches in global energy, agriculture, service and some high-technology markets. Brazil could play an important role in helping the global economy recover. However, Latin America’s largest nation still struggles with endemic inequality issues and deep-seated ambivalence toward global economic integration.
Book
Brazil as an Economic Superpower?: Understanding Brazil's Changing Role in the Global Economy
edited by Leonardo Martinez-Diaz and Lael Brainard
(Washington, DC: Brookings Institution Press, 2009)
On July 13, the Latin America Initiative at Brookings will host a discussion on the book. Panelists — including Martinez-Diaz, of Brookings, Jose Guilherme Reis of the World Bank and Paulo Vieira da Cunha, former director of International Affairs at the Central Bank of Brazil — will discuss the impact of the global financial crisis on Brazil’s economy and how the country’s economic prospects might be affected by the slump in global demand and the changes in the international financial system.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 8 de julho de 2009
1201) Perolas do preconceito: sobre o Enem
Recebi o texto abaixo de um correspondente, depois de eu ter transcrito aqui, alguns posts atras, um desses exemplos de besteirol educacional, consistindo na seleção de frases particularmente estropiadas de alunos do secundário, para deleite ou horror dos incautos.
Penso que o autor está correto, mas tampouco deixo de reconhecer a responsabilidade dos próprios alunos pela sua incultura e ignorância. Afinal de contas, qualquer pessoa medianamente interessada em seu próprio futuro aperfeiçoa o seu domínio do Português pela leitura constante de bons livros.
Passar a mão na cabeça dos alunos e dizer que eles são vítimas de uma escola medíocre é achar que todo mundo é coitadinho, que todo coitadinho é vítima do meio e que deve ser sempre ajudado, em quaisquer circunstancias.
Não retiro o mérito individual e sobretudo a responsabilidade pessoal de qualquer aspecto da vida.
PRA
Pérolas do preconceito
Cesar Ribeiro
O humor é uma arte de resistência. Muitos defendem que o humor não pode ter limites. Pessoalmente, sou bastante libertário neste assunto, acho que o humor pode muito, mas não pode tudo.
Recebi alguns e-mails com o título de “Pérolas do Enem”. O Enem é o Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova que o Ministério da Educação aplica para diagnosticar a educação brasileira. Algumas incorreções, sobretudo gramaticais, viram peças de humor, não apenas de internautas, mas de gente como Jô Soares, que já abriu o programa diversas vezes com as “pérolas” dos alunos.
Não consigo rir. Acredito que, nesse assunto, o humor atravessou a fronteira do bom senso. Para mim, o humor só é válido quando a “vítima” ri de si, ou, mesmo que não goste, sabe exatamente por que estão escrachando seu comportamento. Acho difícil que alguém que tenha escrito “O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias” consiga rir de suas inadequações, tanto gramaticais quanto de coerência.
É neste ponto que o humor deixa de ser uma peça de resistência e passa a ser instrumento da opressão. Meia dúzia de pretensos donos da língua pegam frases descontextualizadas e humilham aqueles que não têm domínio sobre a norma culta. Humilhação pura e simples. Afinal, os estudantes que prestaram o exame não são celebridades fajutas, nem políticos fanfarrões nem novos-ricos ridículos. São pessoas que, de uma forma ou outra, estão se expressando como podem, e se escrevem “errado” (bem entre aspas, mesmo) é muito mais por culpa de um sistema educacional excludente e indiferente do que por falta de interesse ou coisa que o valha.
Rir da ignorância gramatical alheia é reforçar ainda mais o abismo social que separa as classes sociais deste País, é reforçar toda uma estrutura política, social, ideológica que permanece no poder. A cada gargalhada que a platéia do Jô Soares dá quando ele repete as frases do Enem; a cada e-mail transmitido com as “pérolas” e com os comentários infames dos “sabedores da língua” (bem entre aspas, mesmo), aumenta mais a exclusão e, principalmente, diminui a força do humor como arte, pois ele passa a servir para uma minoria se divertir, quando a maioria segue seu próprio rumo, virando-se num analfabetismo funcional, que tem lá o seu próprio humor.
Normalmente, quem usa o “não-saber” do outro para rir e sentir-se superior tem a certeza de que a sua inteligência nunca vai ser questionada. Pura balela. Na mesma proporção que alguém tece um comentário torpe sobre a ignorância alheia, pode receber de volta um comentário torpe sobre a própria ignorância. O humor é uma estrada perigosa. Num dia você atropela, no outro é atropelado. Rir daquilo que o outro não sabe é fácil. Quero ver é rir daquilo que você mesmo não sabe, rir da própria ignorância. E isso, os que organizam e repassam as “peroras do Enem”, parecem não conseguir.
http://ciadeorquestracaocenica1.zip.net/arch2007-09-16_2007-09-30.html
Penso que o autor está correto, mas tampouco deixo de reconhecer a responsabilidade dos próprios alunos pela sua incultura e ignorância. Afinal de contas, qualquer pessoa medianamente interessada em seu próprio futuro aperfeiçoa o seu domínio do Português pela leitura constante de bons livros.
Passar a mão na cabeça dos alunos e dizer que eles são vítimas de uma escola medíocre é achar que todo mundo é coitadinho, que todo coitadinho é vítima do meio e que deve ser sempre ajudado, em quaisquer circunstancias.
Não retiro o mérito individual e sobretudo a responsabilidade pessoal de qualquer aspecto da vida.
PRA
Pérolas do preconceito
Cesar Ribeiro
O humor é uma arte de resistência. Muitos defendem que o humor não pode ter limites. Pessoalmente, sou bastante libertário neste assunto, acho que o humor pode muito, mas não pode tudo.
Recebi alguns e-mails com o título de “Pérolas do Enem”. O Enem é o Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova que o Ministério da Educação aplica para diagnosticar a educação brasileira. Algumas incorreções, sobretudo gramaticais, viram peças de humor, não apenas de internautas, mas de gente como Jô Soares, que já abriu o programa diversas vezes com as “pérolas” dos alunos.
Não consigo rir. Acredito que, nesse assunto, o humor atravessou a fronteira do bom senso. Para mim, o humor só é válido quando a “vítima” ri de si, ou, mesmo que não goste, sabe exatamente por que estão escrachando seu comportamento. Acho difícil que alguém que tenha escrito “O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias” consiga rir de suas inadequações, tanto gramaticais quanto de coerência.
É neste ponto que o humor deixa de ser uma peça de resistência e passa a ser instrumento da opressão. Meia dúzia de pretensos donos da língua pegam frases descontextualizadas e humilham aqueles que não têm domínio sobre a norma culta. Humilhação pura e simples. Afinal, os estudantes que prestaram o exame não são celebridades fajutas, nem políticos fanfarrões nem novos-ricos ridículos. São pessoas que, de uma forma ou outra, estão se expressando como podem, e se escrevem “errado” (bem entre aspas, mesmo) é muito mais por culpa de um sistema educacional excludente e indiferente do que por falta de interesse ou coisa que o valha.
Rir da ignorância gramatical alheia é reforçar ainda mais o abismo social que separa as classes sociais deste País, é reforçar toda uma estrutura política, social, ideológica que permanece no poder. A cada gargalhada que a platéia do Jô Soares dá quando ele repete as frases do Enem; a cada e-mail transmitido com as “pérolas” e com os comentários infames dos “sabedores da língua” (bem entre aspas, mesmo), aumenta mais a exclusão e, principalmente, diminui a força do humor como arte, pois ele passa a servir para uma minoria se divertir, quando a maioria segue seu próprio rumo, virando-se num analfabetismo funcional, que tem lá o seu próprio humor.
Normalmente, quem usa o “não-saber” do outro para rir e sentir-se superior tem a certeza de que a sua inteligência nunca vai ser questionada. Pura balela. Na mesma proporção que alguém tece um comentário torpe sobre a ignorância alheia, pode receber de volta um comentário torpe sobre a própria ignorância. O humor é uma estrada perigosa. Num dia você atropela, no outro é atropelado. Rir daquilo que o outro não sabe é fácil. Quero ver é rir daquilo que você mesmo não sabe, rir da própria ignorância. E isso, os que organizam e repassam as “peroras do Enem”, parecem não conseguir.
http://ciadeorquestracaocenica1.zip.net/arch2007-09-16_2007-09-30.html
terça-feira, 7 de julho de 2009
1200) Brasil: ¿potencia americana? - Foreign Affairs Latino America
Um número inteiro sobre o Brasil, com a participação de especialistas conhecidos.
Carta del director
Brasil: ¿potencia americana?
El momento de Brasil
Juan de Onis
Después de décadas de un crecimiento inconstante y de desórdenes políticos, Brasil está listo para alcanzar su potencial como actor global. Con un nuevo gobierno en Estados Unidos a partir de este año y uno nuevo en Brasil en 2010, es tiempo de repensar las relaciones entre las dos grandes democracias del hemisferio occidental.
Autores y actores de la política exterior brasileña
Leticia Pinheiro
Antes de llegar a este momento, en el que la agenda de la política exterior brasileña está tan diversificada temáticamente y son innumerables los actores que participan en ella, el país fue testigo de diferentes regímenes políticos y adoptó distintos modelos de desarrollo económico, participó en la formulación de diversas normas del sistema internacional y completó un proceso de creciente internacionalización.
La política exterior brasileña y los desafíos de la gobernanza global
Maria Regina Soares de Lima
El artículo examina los desafíos para la participación de la política exterior brasileña en las instituciones de gobernanza global, en el marco de una coyuntura de cambios sistémicos e internos. Se analizan las dos principales perspectivas sobre el papel de Brasil en el orden internacional y se señalan cuáles son los principales desafíos externos e internos para que Brasil tenga un mayor protagonismo en la escena mundial.
Las relaciones Brasil-Estados Unidos: al compás de nuevas coincidencias
Monica Hirst
En los últimos años se han podido observar cambios en la relación entre Brasil y Estados Unidos en diversas áreas. Aunque este proceso tiene características específicas que remiten a la historia de este vínculo bilateral, es importante analizarlo en el marco de las transformaciones del sistema internacional y, especialmente, de la política exterior de Estados Unidos desde septiembre de 2001.
Brasil y la tormenta que se avecina
Andrew Hurrell
Brasil se ha convertido en un actor importante e influyente en el escenario internacional, pero su actuación depende de la realidad económica y política mundial que surge de las transformaciones al sistema que diseñó Estados Unidos durante la Guerra Fría. La crisis financiera representa tan sólo un elemento en la serie de cambios que determinarán los retos y las oportunidades para la diplomacia brasileña en los próximos años.
La integración regional: una responsabilidad compartida entre Brasil y México
Salvador Arriola
El artículo describe el estado actual de la relación bilateral Brasil-México, algunas de sus características principales y, sobre todo, los beneficios que pueden derivarse de un conocimiento mayor y permanente entre ambos países, que sirva como ejemplo y espejo a toda la región latinoamericana.
Los acuerdos comerciales regionales en la agenda brasileña
Lia Valls Pereira
A comienzos del siglo xxi, Brasil amplió su agenda de acuerdos comerciales. Además de priorizar el Mercosur y la integración sudamericana, se firmaron varios acuerdos con países en desarrollo. No obstante, el análisis de esos acuerdos demuestra que los más importantes abarcan pocos productos y aún no han entrado en vigor. Con respecto a los acuerdos con países desarrollados, la agenda brasileña está estancada.
Inserción económica brasileña en América del Sur
Ricardo Sennes y Ricardo Mendes
América del Sur tiene un lugar destacado en la internacionalización económica de Brasil, en lo relativo a su expansión comercial y a la de sus inversiones. La posición de Brasil frente a la actual crisis económica debe profundizar esa tendencia de crecimiento. Sin embargo, la región carece de instituciones y acuerdos para la protección de las inversiones o para la integración energética, entre otros temas. En ese escenario, es posible que surjan tensiones entre Brasil y los países vecinos por cuestiones económicas.
Integración y transición energética: una perspectiva brasileña
Adilson de Oliveira
América del Sur se encuentra en una posición privilegiada para participar en el proceso de transición hacia la era pospetróleo. El vasto potencial de energías renovables y fósiles abre ventanas de oportunidad para que la región sea fuente segura de abastecimiento de energía. Para explorar esas oportunidades, es esencial que el desarrollo del mercado energético regional ocurra de forma cooperativa y coordinada. La elaboración de un marco regulatorio que promueva la oferta de seguridad energética y la constitución de un acuerdo regional que ofrezca seguridad jurídica para la inversión es esencial para el éxito de la transición energética de la región.
¿Agronegocio de la crisis o crisis del agronegocio?
Leila Harfuch, Marcelo Moreira y Luciane Chiodi
El objetivo de este artículo es comprender las consecuencias reales de la crisis económica internacional sobre el agronegocio brasileño, en el marco de la agricultura mundial y dadas las características particulares de los principales sectores agrícolas brasileños. El análisis concluye que la combinación de los elevados costos de producción, la caída de los precios y la falta de disponibilidad de crédito comprometen la respuesta de la agricultura brasileña a la demanda de alimentos.
El programa Bolsa Familia: un éxito entre el público y la crítica
Julia Sant’Anna
En los últimos 6 años, la política social del gobierno del presidente Luiz Inácio Lula da Silva ha recibido escasas críticas. El programa Bolsa Familia, eje central de la estrategia social desde 2003, parece mostrar que pueden convivir el pragmatismo económico y las políticas de bienestar destinadas a un amplio sector de la población, que antes no era considerado como prioritario en el gasto social brasileño. Ésta no es una receta necesariamente nueva ni surgida de la izquierda, pero está funcionando con bastante éxito en el Brasil de Lula.
Crisis: ¿más incertidumbre y más pobres?
La gran crisis económica de 2008: un revés geopolítico para Occidente
Roger C. Altman
El colapso económico de 2008, el peor en más de 75 años, es un importante revés geopolítico para Occidente. Ha despojado a Washington y a los gobiernos europeos de los recursos y la credibilidad que necesitan para mantener su papel en los asuntos globales. Estas debilidades se repararán con el tiempo, pero mientras tanto seguirán acelerando tendencias que están provocando que el centro de gravedad del mundo se aleje de Estados Unidos.
De la Ronda de Doha al siguiente Bretton Woods: una nueva agenda de comercio multilateral
Aaditya Mattoo y Arvind Subramanian
Los líderes del mundo podrían sentirse tentados a revisar la fracasada Ronda de Doha sobre comercio internacional; sin embargo, Doha no trata los problemas económicos más urgentes del mundo, incluidos aquellos que contribuyeron a la actual crisis financiera. Lo que se necesita, en cambio, es una nueva conversación —un segundo Bretton Woods— que trate las necesidades de las potencias tradicionales y emergentes por igual.
Ideas en crisis: notas sobre el derrumbe de la economía global
Pablo Larrañaga
La situación económica actual conlleva una crisis del saber compartido a propósito de la globalización, sustentado en la oposición entre las lógicas del Estado y del mercado. Para el autor, las posibilidades de una recuperación económica estable dependen de satisfacer, en el marco de distintos riesgos de regresión, una difícil ecuación: el compromiso con la globalidad y una acción pública efectiva.
La política del hambre
Paul Collier
La crisis de los alimentos puede tener efectos desastrosos sobre los más pobres. Los políticos tienen el poder de resolver la crisis alimentaria, pero deben estar dispuestos a poner fin a los prejuicios contra las grandes granjas comerciales y las cosechas genéticamente modificadas, y eliminar los subsidios a la agricultura —los gigantes del populismo romántico, impulsados tanto por la ilusión como por la ambición—.
Mundo
El mito del renacimiento autocrático: por qué prevalecerá la democracia liberal
Daniel Deudney y G. John Ikenberry
Después de años de triunfalismo liberal, el temor de que las autocracias han encontrado nuevas formas de prosperar ha aumentado en tiempos recientes. De hecho, los imperativos de la democracia liberal son más fuertes que nunca. La clave para debilitar a las autocracias es incorporarlas al orden liberal, no excluirlas de él.
La ventaja de Estados Unidos: el poder en el siglo de la interconectividad
Anne-Marie Slaughter
En el mundo de las redes del siglo xxi, el poder de un Estado se mide según su capacidad para convertir la conectividad en innovación y crecimiento. Debido a su demografía, geografía y cultura, Estados Unidos tiene el potencial de hacer del siglo de la interconectividad un siglo estadounidense.
Comentarios y reseñas
Una agenda más general: una política exterior que va más allá de la era de Bush
Stephen R. Graubard
La próxima agenda internacional de Estados Unidos aún está por formularse y el gran riesgo que podría resultar ser provinciana y demasiado poco imaginativa con respecto a lo que es probable que el mundo valore mañana.
Raudel Ávila Solís
La política como espectáculo: el sexenio de Vicente Fox
Gabriela A. Cantú García
Rostros del hombre: los caminos de la libertad frente a los absolutos
Luis Alfonso Gómez Arciniega
The Dictator’s Shadow: Life Under Augusto Pinochet
Pablo Jiménez Meza
Homeland: descenso a un mundo de odio
Jonathan D. Prendas Rodríguez
La percepción de Brasil en el contexto internacional: perspectivas y desafíos
Antonio Puig Escudero
Razón y desarrollo: el crecimiento económico, las instituciones
y la distribución de la riqueza espiritual
José Enrique Sevilla Macip
País de mentiras
Andrea Valencia Montes de Oca
Del comunismo al terrorismo: la contención en el mundo de la posguerra fría
Clásico (1962)
Ideas equivocadas sobre Brasil
Gilberto Freyre
Muchos analistas no comprenden que Brasil es un Estado distinto de los países hispanoamericanos. La experiencia de tener una monarquía parlamentaria en el momento de su independencia es lo que lo distingue de los demás países de América Latina. Brasil, con base en su propia historia, está tratando de encontrar su propio tipo de democracia —política, económica, social, étnica— en lugar de seguir pasivamente los modelos extranjeros.
Carta del director
Brasil: ¿potencia americana?
El momento de Brasil
Juan de Onis
Después de décadas de un crecimiento inconstante y de desórdenes políticos, Brasil está listo para alcanzar su potencial como actor global. Con un nuevo gobierno en Estados Unidos a partir de este año y uno nuevo en Brasil en 2010, es tiempo de repensar las relaciones entre las dos grandes democracias del hemisferio occidental.
Autores y actores de la política exterior brasileña
Leticia Pinheiro
Antes de llegar a este momento, en el que la agenda de la política exterior brasileña está tan diversificada temáticamente y son innumerables los actores que participan en ella, el país fue testigo de diferentes regímenes políticos y adoptó distintos modelos de desarrollo económico, participó en la formulación de diversas normas del sistema internacional y completó un proceso de creciente internacionalización.
La política exterior brasileña y los desafíos de la gobernanza global
Maria Regina Soares de Lima
El artículo examina los desafíos para la participación de la política exterior brasileña en las instituciones de gobernanza global, en el marco de una coyuntura de cambios sistémicos e internos. Se analizan las dos principales perspectivas sobre el papel de Brasil en el orden internacional y se señalan cuáles son los principales desafíos externos e internos para que Brasil tenga un mayor protagonismo en la escena mundial.
Las relaciones Brasil-Estados Unidos: al compás de nuevas coincidencias
Monica Hirst
En los últimos años se han podido observar cambios en la relación entre Brasil y Estados Unidos en diversas áreas. Aunque este proceso tiene características específicas que remiten a la historia de este vínculo bilateral, es importante analizarlo en el marco de las transformaciones del sistema internacional y, especialmente, de la política exterior de Estados Unidos desde septiembre de 2001.
Brasil y la tormenta que se avecina
Andrew Hurrell
Brasil se ha convertido en un actor importante e influyente en el escenario internacional, pero su actuación depende de la realidad económica y política mundial que surge de las transformaciones al sistema que diseñó Estados Unidos durante la Guerra Fría. La crisis financiera representa tan sólo un elemento en la serie de cambios que determinarán los retos y las oportunidades para la diplomacia brasileña en los próximos años.
La integración regional: una responsabilidad compartida entre Brasil y México
Salvador Arriola
El artículo describe el estado actual de la relación bilateral Brasil-México, algunas de sus características principales y, sobre todo, los beneficios que pueden derivarse de un conocimiento mayor y permanente entre ambos países, que sirva como ejemplo y espejo a toda la región latinoamericana.
Los acuerdos comerciales regionales en la agenda brasileña
Lia Valls Pereira
A comienzos del siglo xxi, Brasil amplió su agenda de acuerdos comerciales. Además de priorizar el Mercosur y la integración sudamericana, se firmaron varios acuerdos con países en desarrollo. No obstante, el análisis de esos acuerdos demuestra que los más importantes abarcan pocos productos y aún no han entrado en vigor. Con respecto a los acuerdos con países desarrollados, la agenda brasileña está estancada.
Inserción económica brasileña en América del Sur
Ricardo Sennes y Ricardo Mendes
América del Sur tiene un lugar destacado en la internacionalización económica de Brasil, en lo relativo a su expansión comercial y a la de sus inversiones. La posición de Brasil frente a la actual crisis económica debe profundizar esa tendencia de crecimiento. Sin embargo, la región carece de instituciones y acuerdos para la protección de las inversiones o para la integración energética, entre otros temas. En ese escenario, es posible que surjan tensiones entre Brasil y los países vecinos por cuestiones económicas.
Integración y transición energética: una perspectiva brasileña
Adilson de Oliveira
América del Sur se encuentra en una posición privilegiada para participar en el proceso de transición hacia la era pospetróleo. El vasto potencial de energías renovables y fósiles abre ventanas de oportunidad para que la región sea fuente segura de abastecimiento de energía. Para explorar esas oportunidades, es esencial que el desarrollo del mercado energético regional ocurra de forma cooperativa y coordinada. La elaboración de un marco regulatorio que promueva la oferta de seguridad energética y la constitución de un acuerdo regional que ofrezca seguridad jurídica para la inversión es esencial para el éxito de la transición energética de la región.
¿Agronegocio de la crisis o crisis del agronegocio?
Leila Harfuch, Marcelo Moreira y Luciane Chiodi
El objetivo de este artículo es comprender las consecuencias reales de la crisis económica internacional sobre el agronegocio brasileño, en el marco de la agricultura mundial y dadas las características particulares de los principales sectores agrícolas brasileños. El análisis concluye que la combinación de los elevados costos de producción, la caída de los precios y la falta de disponibilidad de crédito comprometen la respuesta de la agricultura brasileña a la demanda de alimentos.
El programa Bolsa Familia: un éxito entre el público y la crítica
Julia Sant’Anna
En los últimos 6 años, la política social del gobierno del presidente Luiz Inácio Lula da Silva ha recibido escasas críticas. El programa Bolsa Familia, eje central de la estrategia social desde 2003, parece mostrar que pueden convivir el pragmatismo económico y las políticas de bienestar destinadas a un amplio sector de la población, que antes no era considerado como prioritario en el gasto social brasileño. Ésta no es una receta necesariamente nueva ni surgida de la izquierda, pero está funcionando con bastante éxito en el Brasil de Lula.
Crisis: ¿más incertidumbre y más pobres?
La gran crisis económica de 2008: un revés geopolítico para Occidente
Roger C. Altman
El colapso económico de 2008, el peor en más de 75 años, es un importante revés geopolítico para Occidente. Ha despojado a Washington y a los gobiernos europeos de los recursos y la credibilidad que necesitan para mantener su papel en los asuntos globales. Estas debilidades se repararán con el tiempo, pero mientras tanto seguirán acelerando tendencias que están provocando que el centro de gravedad del mundo se aleje de Estados Unidos.
De la Ronda de Doha al siguiente Bretton Woods: una nueva agenda de comercio multilateral
Aaditya Mattoo y Arvind Subramanian
Los líderes del mundo podrían sentirse tentados a revisar la fracasada Ronda de Doha sobre comercio internacional; sin embargo, Doha no trata los problemas económicos más urgentes del mundo, incluidos aquellos que contribuyeron a la actual crisis financiera. Lo que se necesita, en cambio, es una nueva conversación —un segundo Bretton Woods— que trate las necesidades de las potencias tradicionales y emergentes por igual.
Ideas en crisis: notas sobre el derrumbe de la economía global
Pablo Larrañaga
La situación económica actual conlleva una crisis del saber compartido a propósito de la globalización, sustentado en la oposición entre las lógicas del Estado y del mercado. Para el autor, las posibilidades de una recuperación económica estable dependen de satisfacer, en el marco de distintos riesgos de regresión, una difícil ecuación: el compromiso con la globalidad y una acción pública efectiva.
La política del hambre
Paul Collier
La crisis de los alimentos puede tener efectos desastrosos sobre los más pobres. Los políticos tienen el poder de resolver la crisis alimentaria, pero deben estar dispuestos a poner fin a los prejuicios contra las grandes granjas comerciales y las cosechas genéticamente modificadas, y eliminar los subsidios a la agricultura —los gigantes del populismo romántico, impulsados tanto por la ilusión como por la ambición—.
Mundo
El mito del renacimiento autocrático: por qué prevalecerá la democracia liberal
Daniel Deudney y G. John Ikenberry
Después de años de triunfalismo liberal, el temor de que las autocracias han encontrado nuevas formas de prosperar ha aumentado en tiempos recientes. De hecho, los imperativos de la democracia liberal son más fuertes que nunca. La clave para debilitar a las autocracias es incorporarlas al orden liberal, no excluirlas de él.
La ventaja de Estados Unidos: el poder en el siglo de la interconectividad
Anne-Marie Slaughter
En el mundo de las redes del siglo xxi, el poder de un Estado se mide según su capacidad para convertir la conectividad en innovación y crecimiento. Debido a su demografía, geografía y cultura, Estados Unidos tiene el potencial de hacer del siglo de la interconectividad un siglo estadounidense.
Comentarios y reseñas
Una agenda más general: una política exterior que va más allá de la era de Bush
Stephen R. Graubard
La próxima agenda internacional de Estados Unidos aún está por formularse y el gran riesgo que podría resultar ser provinciana y demasiado poco imaginativa con respecto a lo que es probable que el mundo valore mañana.
Raudel Ávila Solís
La política como espectáculo: el sexenio de Vicente Fox
Gabriela A. Cantú García
Rostros del hombre: los caminos de la libertad frente a los absolutos
Luis Alfonso Gómez Arciniega
The Dictator’s Shadow: Life Under Augusto Pinochet
Pablo Jiménez Meza
Homeland: descenso a un mundo de odio
Jonathan D. Prendas Rodríguez
La percepción de Brasil en el contexto internacional: perspectivas y desafíos
Antonio Puig Escudero
Razón y desarrollo: el crecimiento económico, las instituciones
y la distribución de la riqueza espiritual
José Enrique Sevilla Macip
País de mentiras
Andrea Valencia Montes de Oca
Del comunismo al terrorismo: la contención en el mundo de la posguerra fría
Clásico (1962)
Ideas equivocadas sobre Brasil
Gilberto Freyre
Muchos analistas no comprenden que Brasil es un Estado distinto de los países hispanoamericanos. La experiencia de tener una monarquía parlamentaria en el momento de su independencia es lo que lo distingue de los demás países de América Latina. Brasil, con base en su propia historia, está tratando de encontrar su propio tipo de democracia —política, económica, social, étnica— en lugar de seguir pasivamente los modelos extranjeros.
1199) Alberto Tamer sobre o Mercosul
Esse Mercosul não interessa ao Brasil
Alberto Tamer
O Estado de São Paulo, 5.07.2009
Para que serve hoje o Mercosul?, pergunta editorial do Estado de sexta-feira. Para nada, respondemos. Só para atrapalhar. Como está aí, é obsoleto, ultrapassado, não interessa mais ao Brasil. Na verdade, nunca existiu. Foi uma figura de retórica, pois Paraguai e Uruguai não contam, não contaram nunca, e o Mercosul nada mais é do que um acordo comercial entre Brasil e Argentina, que definha mês a mês.
Entre janeiro e junho, último dado oficial do Ministério de Desenvolvimento, a receita das exportações brasileiras para a Argentina despencou 42,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Um ritmo bem superior à queda de 22% das nossas vendas totais. O valor das nossas importações caiu menos, 19,5%, porque temos um mercado mais
aberto que o argentino.
MAS ELES ESTÃO EM CRISE…
E precisam de ajuda! Sei, sei sim, mas só não entendo porque só se fecham com o Brasil e abrem generosamente para a China. As exportações brasileiras que precisam de licença prévia caíram 61% neste ano enquanto as chinesas apenas 39%. Eles continuam nos roubando nichos importantes de mercado. Estão desalojando nossas indústrias.
O seu governo já deu a entender que não se trata de uma política temporária. A proteção do seu mercado veio para ficar. E continuamos a fazer concessões unilaterais. Nossos empresários querem salvar o que podem enquanto nossos amigos argentinos prometem mas não cumprem. Acho que aprenderam com o pessoal do G-8…
MAS O MERCOSUL PESA MUITO!
Pesava, não pesa mais. Em 2007, chegou a representar 17% das exportações brasileiras. Recuou para 10% em 2008 e em maio (último dado oficial) não passava de 8,7%. Vem declinando a cada mês. É o efeito Argentina que é, na verdade, o Mercosul. A sua participação nas exportações brasileiras só vem caindo. Vamos aos números. Perdoe,
leitor, sei que cansam, mas às vezes são inevitáveis e, neste caso, imprescindíveis.
1 – Entre 1997 e 2000 representavam 13% das nossas exportações totais.
2 – De 2006 a 2007 a participação caiu para 8%, em média.
3 – No ano passado, ainda representou 8,9%.
Agora, fique atento. Nos quatro primeiros meses deste ano, recuou para 7%. Não é porque o Brasil exportou mais para outros mercados – ao contrário, exportou menos. É que a Argentina passou a nos trocar pela China e por outros parceiros mais interessantes.
É mais do que justo que a Argentina se aproxime da China, um parceiro novo e promissor, e se afaste do Brasil, que já deu o que pode dar. Ela está defendendo seus interesses. Concordo. Mas, e os nossos, onde ficam? Vamos continuar amarrados ao Mercosul, enquanto a Argentina não nos faz nenhuma concessão? Vamos continuar não podendo fechar acordos com outros países sem a aquiescência do Mercosul? Ora, está na hora de “virar a mesa”e acabar com isso.
PRESIDENTE, VAMOS MUDAR?
Nós até poderemos conviver com menos comércio, mas jamais podemos continuar impedidos de fazer acordos com quem atender aos nossos interesses sem ter de “pedir autorização” a esse Mercosul agonizante. Está lá, escrito nos estatutos! Não podemos continuar dependendo da Argentina, que com frequência está contra nós na OMC e em outros fóruns internacionais. O Mercosul, nos termos atuais, não ajuda nada, só atrapalha. O acordo que se discute com a União Europeia se arrasta sabem há quanto tempo? Mais de 10 anos!
Ora, sr. presidente. Vamos dar um chega pra lá nisso? Não querem importar mais? Muito bem, mas não encham, vão cuidar da vida. Podemos até ajudar, mas não atrapalhem. Vocês dançam um tango chorado e nós um sambinha gostoso com os Estados Unidos, a UE e a China e com quem mais quisermos. Foi o que fizeram o Chile, o México e outros países
sul-americanos.
VAMOS AOS BILATERAIS
Presidente, o senhor deve ordenar – sim, ordenar – ao Itamaraty que cumpra promessa feita há pelo menos dois anos, de iniciar e concluir rapidamente acordos bilaterais com outros países. E, se a Argentina, o Paraguai, o Uruguai reclamarem, é problema deles! Que se mude o acordo ou saímos dele. Ah! mas eles ainda são nosso terceiro parceiro comercial, senhor colunista! Sim, mas 70% do que importam vêm dos Estados Unidos, da China, da União Europeia e de outros países, informa o ministro Miguel Jorge.
Mas 95% das nossas exportações são de produtos industrializados, o ponto fraco do nosso comércio exterior! Sim, mas eles só importam porque precisam, seus empresários já estão entrosados com os nossos, uma linha comercial mais antiga e deixarão logo de importar quando a China oferecer condições, preço e crédito melhores.
OLHA O CHÁVEZ AÍ!
E, a propósito, sr. presidente, já imaginou o que pode acontecer se a Venezuela entrar mesmo no Mercosul? Será um deus nos acuda! O “generalíssimo” Chávez é capaz de perfilar as tropas na fronteira e ameaçar invadir o Brasil se fecharmos algum acordo com os EUA, o grande Satã do Norte. Sr. presidente, vamos refazer esse Mercosul, pois esse que está aí não interessa mais ao Brasil.
Alberto Tamer
O Estado de São Paulo, 5.07.2009
Para que serve hoje o Mercosul?, pergunta editorial do Estado de sexta-feira. Para nada, respondemos. Só para atrapalhar. Como está aí, é obsoleto, ultrapassado, não interessa mais ao Brasil. Na verdade, nunca existiu. Foi uma figura de retórica, pois Paraguai e Uruguai não contam, não contaram nunca, e o Mercosul nada mais é do que um acordo comercial entre Brasil e Argentina, que definha mês a mês.
Entre janeiro e junho, último dado oficial do Ministério de Desenvolvimento, a receita das exportações brasileiras para a Argentina despencou 42,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Um ritmo bem superior à queda de 22% das nossas vendas totais. O valor das nossas importações caiu menos, 19,5%, porque temos um mercado mais
aberto que o argentino.
MAS ELES ESTÃO EM CRISE…
E precisam de ajuda! Sei, sei sim, mas só não entendo porque só se fecham com o Brasil e abrem generosamente para a China. As exportações brasileiras que precisam de licença prévia caíram 61% neste ano enquanto as chinesas apenas 39%. Eles continuam nos roubando nichos importantes de mercado. Estão desalojando nossas indústrias.
O seu governo já deu a entender que não se trata de uma política temporária. A proteção do seu mercado veio para ficar. E continuamos a fazer concessões unilaterais. Nossos empresários querem salvar o que podem enquanto nossos amigos argentinos prometem mas não cumprem. Acho que aprenderam com o pessoal do G-8…
MAS O MERCOSUL PESA MUITO!
Pesava, não pesa mais. Em 2007, chegou a representar 17% das exportações brasileiras. Recuou para 10% em 2008 e em maio (último dado oficial) não passava de 8,7%. Vem declinando a cada mês. É o efeito Argentina que é, na verdade, o Mercosul. A sua participação nas exportações brasileiras só vem caindo. Vamos aos números. Perdoe,
leitor, sei que cansam, mas às vezes são inevitáveis e, neste caso, imprescindíveis.
1 – Entre 1997 e 2000 representavam 13% das nossas exportações totais.
2 – De 2006 a 2007 a participação caiu para 8%, em média.
3 – No ano passado, ainda representou 8,9%.
Agora, fique atento. Nos quatro primeiros meses deste ano, recuou para 7%. Não é porque o Brasil exportou mais para outros mercados – ao contrário, exportou menos. É que a Argentina passou a nos trocar pela China e por outros parceiros mais interessantes.
É mais do que justo que a Argentina se aproxime da China, um parceiro novo e promissor, e se afaste do Brasil, que já deu o que pode dar. Ela está defendendo seus interesses. Concordo. Mas, e os nossos, onde ficam? Vamos continuar amarrados ao Mercosul, enquanto a Argentina não nos faz nenhuma concessão? Vamos continuar não podendo fechar acordos com outros países sem a aquiescência do Mercosul? Ora, está na hora de “virar a mesa”e acabar com isso.
PRESIDENTE, VAMOS MUDAR?
Nós até poderemos conviver com menos comércio, mas jamais podemos continuar impedidos de fazer acordos com quem atender aos nossos interesses sem ter de “pedir autorização” a esse Mercosul agonizante. Está lá, escrito nos estatutos! Não podemos continuar dependendo da Argentina, que com frequência está contra nós na OMC e em outros fóruns internacionais. O Mercosul, nos termos atuais, não ajuda nada, só atrapalha. O acordo que se discute com a União Europeia se arrasta sabem há quanto tempo? Mais de 10 anos!
Ora, sr. presidente. Vamos dar um chega pra lá nisso? Não querem importar mais? Muito bem, mas não encham, vão cuidar da vida. Podemos até ajudar, mas não atrapalhem. Vocês dançam um tango chorado e nós um sambinha gostoso com os Estados Unidos, a UE e a China e com quem mais quisermos. Foi o que fizeram o Chile, o México e outros países
sul-americanos.
VAMOS AOS BILATERAIS
Presidente, o senhor deve ordenar – sim, ordenar – ao Itamaraty que cumpra promessa feita há pelo menos dois anos, de iniciar e concluir rapidamente acordos bilaterais com outros países. E, se a Argentina, o Paraguai, o Uruguai reclamarem, é problema deles! Que se mude o acordo ou saímos dele. Ah! mas eles ainda são nosso terceiro parceiro comercial, senhor colunista! Sim, mas 70% do que importam vêm dos Estados Unidos, da China, da União Europeia e de outros países, informa o ministro Miguel Jorge.
Mas 95% das nossas exportações são de produtos industrializados, o ponto fraco do nosso comércio exterior! Sim, mas eles só importam porque precisam, seus empresários já estão entrosados com os nossos, uma linha comercial mais antiga e deixarão logo de importar quando a China oferecer condições, preço e crédito melhores.
OLHA O CHÁVEZ AÍ!
E, a propósito, sr. presidente, já imaginou o que pode acontecer se a Venezuela entrar mesmo no Mercosul? Será um deus nos acuda! O “generalíssimo” Chávez é capaz de perfilar as tropas na fronteira e ameaçar invadir o Brasil se fecharmos algum acordo com os EUA, o grande Satã do Norte. Sr. presidente, vamos refazer esse Mercosul, pois esse que está aí não interessa mais ao Brasil.
1198) Sistema monetario internacional: trabalho publicado
Meu mais recente trabalho publicado:
Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional
Brasília, 23 junho 2009, 9 p. Décimo artigo da série especial, sobre a fragilidade das recomendações pretensamente keynesianas a partir da crise econômica internacional.
Espaço Acadêmico, vol. 9, n. 98, julho 2009, p. 15-21
Citação ABNT:
ALMEIDA, P. Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional. Revista Espaço Acadêmico, Brasil, 9 jun. 2009. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7445/4364. Acesso em: 06 jul. 2009.
Esse ensaio faz parte de uma série, como indica o seu nome, Falácias Acadêmicas, cujos títulos elaborados até aqui podem ser conferidos neste link.
Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional
Brasília, 23 junho 2009, 9 p. Décimo artigo da série especial, sobre a fragilidade das recomendações pretensamente keynesianas a partir da crise econômica internacional.
Espaço Acadêmico, vol. 9, n. 98, julho 2009, p. 15-21
Citação ABNT:
ALMEIDA, P. Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional. Revista Espaço Acadêmico, Brasil, 9 jun. 2009. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7445/4364. Acesso em: 06 jul. 2009.
Esse ensaio faz parte de uma série, como indica o seu nome, Falácias Acadêmicas, cujos títulos elaborados até aqui podem ser conferidos neste link.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
1197) Limmericks...
Nada como revisitar velhos posts. A gente descobre coisas das quais já se tinha esquecido, como est post de 4 de Fevereiro de 2007, por exemplo:
697) Limmericks...
Reproduzo-o aqui, por mero deleite literário.
Como sabem muitos (mas nem todos), “limmericks” é uma forma de expressão poética contendo algum ensinamento prosaico, ou mesmo um divertimento passageiro, organizada em cinco estrofes, que sempre combina duas rimas na forma aabba.
Não sei se tenho jeito para essas coisas, mas vou tentar arriscar...
Honestidade intelectual
Honrar a palavra dada
Recusar a verdade revelada
Ser, no equilíbrio, um cético
Manter comportamento ético
É a que aspiro, antes de mais nada
Projeto de vida
Ampliar conhecimento
É o meu empreendimento
Propagar sabedoria
Distribuir benfeitoria
Eu vivo para esse invento...
Imediatamente recebi um comentário, do qual, infelizmente só vim a tomar conhecimento nesta data, 06.07.2009:
Blogger ☆ MJ disse...
aparentemente você leva jeito sim para isso =)
seu blog ajuda e muito a me informar
espero no futuro ser nada mais nada menos do que você é no presente =)
seu currículo é o meu sonho!
parabéns!
Quarta-feira, Fevereiro 07, 2007 8:40:00 AM
697) Limmericks...
Reproduzo-o aqui, por mero deleite literário.
Como sabem muitos (mas nem todos), “limmericks” é uma forma de expressão poética contendo algum ensinamento prosaico, ou mesmo um divertimento passageiro, organizada em cinco estrofes, que sempre combina duas rimas na forma aabba.
Não sei se tenho jeito para essas coisas, mas vou tentar arriscar...
Honestidade intelectual
Honrar a palavra dada
Recusar a verdade revelada
Ser, no equilíbrio, um cético
Manter comportamento ético
É a que aspiro, antes de mais nada
Projeto de vida
Ampliar conhecimento
É o meu empreendimento
Propagar sabedoria
Distribuir benfeitoria
Eu vivo para esse invento...
Imediatamente recebi um comentário, do qual, infelizmente só vim a tomar conhecimento nesta data, 06.07.2009:
Blogger ☆ MJ disse...
aparentemente você leva jeito sim para isso =)
seu blog ajuda e muito a me informar
espero no futuro ser nada mais nada menos do que você é no presente =)
seu currículo é o meu sonho!
parabéns!
Quarta-feira, Fevereiro 07, 2007 8:40:00 AM
1196) O medidor da "maldade": viajando pelos Estados vilões
A Folha de São Paulo deste domingo 5 de julho de 2009, trouxe, na última página do seu caderno "Mais", uma matéria com o escritor e viajante Tony Wheeler, fundador da editora de guias de viagens Lonely Planet, e autor do recentemente publicado "Bad Lands", um livro de viagens sobre os "estados-violões", assim chamados (rogue States, no original) por terem sido enquadrados pela doutrina Bush no "eixo do mal". Pois bem vejamos o que é o seu
Medidor da Maldade
Trata-se de um "malignômetro" pelo qual Tony Wheeler combina quatro quesitos para avaliar o potencial maléfico de certos países, todos os estados-vilões que ele visitou e que constam do seu livro (que não conheço ainda).
Esses critérios são:
1) Maus tratos a seus cidadãos, de 0 a 3
2) Envolvimento com o terrorismo, de 0 a 3
3) Ameaça a outros países, de o a 3
4) Culto à personalidade dos líderes, de 0 a 1
Com base nesses critérios, ele sai distribuindo pontos aos países que visitou, resultando na seguinte lista da "maldade"
1) Coréia do Norte, campeã absoluta, com 7 pontos redondos, mas o livro está defasado, pois dá apenas um ponto para "ameaça a outros países", quando talvez ela merecesse 3 atualmente, o que elevaria o total a 9
2) Iraque, com 6 pontos, mas o autor está completamente defasado, pois dá 3 pontos para "ameaça a outros países", quando as invasões e guerras com Irã e Kwait já fazem parte do passado e provavelmente não voltarão a ocorrer. De fato, uma nota confirma que se tratava do Iraque sob Saddam Hussein, mas um guia de viagens tem por obrigação ver não o passado, mas o presente e as perspectivas imediatas.
3) Irã, com 5 pontos, sendo 2 por envolvimento com o terrorismo. Uma nota diz que o país merece meio ponto extra pelo decreto religioso contra o escritor Salman Rushdie.
4) Afeganistão e Líbia, empatados com 4,5 pontos, mas a Líbia ganha dois por envolvimento com o terrorismo, quando aparentemente ela renunciou a esse apoio (mas, nunca se sabe...). Quanto ao Afeganistão, se tratava do país sob o regime talebã, mas aparentemente a vida não melhorou muito desde então, apenas se mudou a direção do país.
5) Arábia Saudita, com 4 pontos, mas pode-se questionar os critérios do autor: 2 pontos são por maus-tratos aos cidadão, eu diria claramente às mulheres, e mais 2 por envolvimento com o terrorismo, o que obviamente não é de responsabilidade da monarquia reinante, que deveria ser condenada por atraso monumental nos temas civis e políticos, reacionarismo educacional, fundamentalismo religioso, desrespeito aos direitos do homem, especificamente quanto à liberdade religiosa.
6) Albânia, com 3 pontos, embora uma nota precise que "especialmente sob o regime Enver Hoxha, da qual ainda não se recuperou totalmente. Se posso acrescentar algo, é que o país precisa ser visto de modo totalmente diferente. Antes, se tratava de um totalitarismo comunista miserável para o seu próprio povo, mas aparentemente ordeiro. Depois, mergulhou no caos das máfias criminosas, envolvidas com tráfico ilegal de pessoas, drogas, armas, enfim, um prato cheio para filmes de Hollywood.
7) Mianmar, com 2,5 pontos, sendo 2 por maus tratos aos seus cidadãos (deveria ser 3 inteiros, ou talvez mais).
8) Cuba, com apenas 1,5 ponto por maus tratos aos seus cidadãos. Acho que o autor só ficou nas praias cubanas, pois se tivesse conversado mais com a população local talvez aumentaria os pontos nesse quesito. Ele não dá nenhum ponto por culto à personalidade, dizendo que tem mais fotos de Ché Guevara do que de Fidel Castro. A questão não é essa: é que a ilha é uma fazenda pessoal dos Castros, que comandam o processo político e a vida pessoal dos cubanos com mão-de-ferro, nos últimos 50 anos.
Enfim, o livro pode dar ideias a outros para fazerem seus próprios indicadores de "malignidade" de certos governos...
ALiás, já existe um Index dos Estados Falidos, na Fund for Peace, do qual falarei oportunamente. Os interessados podem buscar o
Index of Failed States, neste link.
Não se assustem...
Medidor da Maldade
Trata-se de um "malignômetro" pelo qual Tony Wheeler combina quatro quesitos para avaliar o potencial maléfico de certos países, todos os estados-vilões que ele visitou e que constam do seu livro (que não conheço ainda).
Esses critérios são:
1) Maus tratos a seus cidadãos, de 0 a 3
2) Envolvimento com o terrorismo, de 0 a 3
3) Ameaça a outros países, de o a 3
4) Culto à personalidade dos líderes, de 0 a 1
Com base nesses critérios, ele sai distribuindo pontos aos países que visitou, resultando na seguinte lista da "maldade"
1) Coréia do Norte, campeã absoluta, com 7 pontos redondos, mas o livro está defasado, pois dá apenas um ponto para "ameaça a outros países", quando talvez ela merecesse 3 atualmente, o que elevaria o total a 9
2) Iraque, com 6 pontos, mas o autor está completamente defasado, pois dá 3 pontos para "ameaça a outros países", quando as invasões e guerras com Irã e Kwait já fazem parte do passado e provavelmente não voltarão a ocorrer. De fato, uma nota confirma que se tratava do Iraque sob Saddam Hussein, mas um guia de viagens tem por obrigação ver não o passado, mas o presente e as perspectivas imediatas.
3) Irã, com 5 pontos, sendo 2 por envolvimento com o terrorismo. Uma nota diz que o país merece meio ponto extra pelo decreto religioso contra o escritor Salman Rushdie.
4) Afeganistão e Líbia, empatados com 4,5 pontos, mas a Líbia ganha dois por envolvimento com o terrorismo, quando aparentemente ela renunciou a esse apoio (mas, nunca se sabe...). Quanto ao Afeganistão, se tratava do país sob o regime talebã, mas aparentemente a vida não melhorou muito desde então, apenas se mudou a direção do país.
5) Arábia Saudita, com 4 pontos, mas pode-se questionar os critérios do autor: 2 pontos são por maus-tratos aos cidadão, eu diria claramente às mulheres, e mais 2 por envolvimento com o terrorismo, o que obviamente não é de responsabilidade da monarquia reinante, que deveria ser condenada por atraso monumental nos temas civis e políticos, reacionarismo educacional, fundamentalismo religioso, desrespeito aos direitos do homem, especificamente quanto à liberdade religiosa.
6) Albânia, com 3 pontos, embora uma nota precise que "especialmente sob o regime Enver Hoxha, da qual ainda não se recuperou totalmente. Se posso acrescentar algo, é que o país precisa ser visto de modo totalmente diferente. Antes, se tratava de um totalitarismo comunista miserável para o seu próprio povo, mas aparentemente ordeiro. Depois, mergulhou no caos das máfias criminosas, envolvidas com tráfico ilegal de pessoas, drogas, armas, enfim, um prato cheio para filmes de Hollywood.
7) Mianmar, com 2,5 pontos, sendo 2 por maus tratos aos seus cidadãos (deveria ser 3 inteiros, ou talvez mais).
8) Cuba, com apenas 1,5 ponto por maus tratos aos seus cidadãos. Acho que o autor só ficou nas praias cubanas, pois se tivesse conversado mais com a população local talvez aumentaria os pontos nesse quesito. Ele não dá nenhum ponto por culto à personalidade, dizendo que tem mais fotos de Ché Guevara do que de Fidel Castro. A questão não é essa: é que a ilha é uma fazenda pessoal dos Castros, que comandam o processo político e a vida pessoal dos cubanos com mão-de-ferro, nos últimos 50 anos.
Enfim, o livro pode dar ideias a outros para fazerem seus próprios indicadores de "malignidade" de certos governos...
ALiás, já existe um Index dos Estados Falidos, na Fund for Peace, do qual falarei oportunamente. Os interessados podem buscar o
Index of Failed States, neste link.
Não se assustem...
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
O Chanceler alemão Merz: "Caros amigos, as décadas da Pax Americana chegaram ao fim para nós na Europa, e para nós na Alemanha também...
-
Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands! Several Israeli companies have established themselves in the Indian m...