quinta-feira, 23 de julho de 2009

1235) Premios Darwin (ou teoria da involucao)

Conheço vários volumes dessa magnifica premiação: todo ano sai um exemplar, com dezenas e dezenas de casos selecionados, all around the world.
Parece que temos muitos idiotas soltos por aí: os que sobrevivem ganham o Prêmio, os demais apenas a distinção póstuma...
-------------
Paulo Roberto de Almeida

PRÊMIO DARWIN
Entregues os "Darwin Awards" , ou seja, os prêmios Darwin, que têm a finalidade de homenagear os MENOS evoluídos representantes da raça humana. Segue a lista dos gloriosos ganhadores e uma rápida descrição da motivação do prêmio. (Alguns não irão buscar, é claro).

1º Classificado:
Quando o seu revolver calibre 38 falhou, durante uma tentativa de assalto, o doublê de assaltante, James Elliot de Long Beach, Califórnia, cometeu um pequeno erro. Virou a arma para ver se no cano tinha algo impedindo a arma de funcionar e experimentou apertar de novo o gatilho...
Desta vez a arma funcionou.

2º Classificado:
O chefe de um hotel na Suiça perdeu um dedo no moedor de carnes e entrou com um pedido de ressarcimento na sua seguradora. Esta, desconfiando de uma possível negligência no uso do aparelho, enviou um inspetor que testou o moedor: fez exatamente a mesma operação e perdeu um dedo, ele também. O pedido de ressarcimento foi então aprovado.

3º Classificado:
Um homem ficou retirando neve da rua com uma pá por mais de uma hora, durante uma tempestade de neve em Chicago, para poder estacionar o seu carro.
Terminado o trabalho, foi buscar o carro e ao voltar ao lugar que tinha preparado com tanto esforço, encontrou uma senhora que tinha acabado de estacionar, com a maior naturalidade, no espaço que ele liberara. Explicou à polícia: "- Como poderia deixar de dar dois tiros de fuzil na mulher?"

4º Classificado:
Depois de ter parado para tomar todas num bar clandestino, o motorista de um ônibus no Zimbabwe percebeu que os 20 doentes mentais que deveria levar para um asilo em Bulawayo, fugiram. Tentando esconder sua negligência, foi até uma parada de ônibus e ofereceu transporte de graça para as pessoas que estavam esperando no ponto. A seguir, foi até o asilo e entregou os passageiros, dizendo que eram muito perigosos e inventavam historias incríveis para tentar fugir. O engano só foi descoberto vários dias depois.

5º Classificado:
Um adolescente americano foi internado num hospital com graves ferimentos na cabeça, provocados pelo choque com um trem. Questionado sobre como tinha acontecido o acidente, ele explicou para a policia que estava simplesmente tentando descobrir quanto exatamente podia chegar perto do trem em movimento antes de ser atingido.

6º Classificado:
Um homem entrou num mercado na Louisiana, colocou uma nota de 20 dólares no balcão e pediu para trocar. Quando o balconista abriu a gaveta, o homem mostrou uma arma e mandou que lhe entregasse todo o dinheiro na gaveta. Depois fugiu, mas na pressa esqueceu a nota de 20 no balcão. O total que havia na gaveta e que o homem levou era 15 dólares.

7º Classificado:
Um homem no Arkansas estava tão afobado para tomar uma cerveja, que resolveu jogar um tijolo contra a vitrine de uma loja, para roubar algumas garrafas e fugir. Apanhou um tijolo e o jogou com todas suas forças contra a vitrine. O tijolo bateu e voltou, acertando exatamente a testa dele, que ficou desmaiado no chão até a polícia chegar. A vitrine era de plexiglass inquebrável e a cena foi filmada pela câmera de segurança da loja.

8º Classificado:
Na crônica local do jornal da cidade de Ypsilanti, Michigan, apareceu a noticia de um assaltante que entrou no " Burger King" da cidade às 5 horas da manhã, apontou uma arma para o caixa, e ordenou que lhe entregasse o dinheiro. O atendente explicou que devido a uma trava eletrônica, não poderia abrir o caixa sem um pedido. O homem então pediu cebolas fritas e o atendente retrucou que, pelo sistema, não poderia servir cebolas no café da manhã. O assaltante, frustrado, foi embora.

9º Classificado:
Um homem tentou roubar gasolina de um trailler estacionado numa rua em Seattle e a polícia encontrou-o no lugar, dobrado, no chão, vomitando sem parar. No relatório da policia está explicado que o homem ao invés de colocar a mangueira no tanque e chupar para puxar a gasolina, colocou a mangueira no tanque da privada química do trailer e chupou com muita força. O proprietário do trailler se recusou a fazer o B.O. declarando que nunca tinha dado tanta risada na vida.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

1234) Cotas raciais: tentativa de bloquear o expediente racista

Uma iniciativa a ser seguida de perto...

DEM ajuiza ação contra cotas raciais em universidade
Valor Econômico, 22/07/2009, pág. A8

O DEM entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de liminar, contra o sistema de cotas raciais na Universidade de Brasília (UnB). O partido quer que seja declarada a inconstitucionalidade de atos do poder público que resultaram na instituição de cotas raciais na universidade. O partido também quer que sejam suspensos todos os processos na Justiça (federal e estadual) envolvendo o tema. Segundo a ação, o resultado do 2º vestibular 2009 da Universidade de Brasília, no qual foi instituído o sistema de acesso por cotas, foi publicado no dia 17 de julho de 2009 e o registro dos estudantes aprovados, cotistas e não-cotistas, está previsto para os dias 23 e 24 de julho de 2009. O DEM argumenta que a violação aos preceitos fundamentais decorre de específicas determinações impostas pela Unb. Atos administrativos e normativos determinaram a reserva de cotas de 20% do total das vagas oferecidas pela universidade a candidatos negros.

Na ação, o partido pede a concessão da liminar pelo STF a fim de suspender a realização da matrícula dos alunos aprovados mediante o sistema universal e o de cotas para negros na Unb, que acontecerá nos dias 23 e 24 de julho de 2009. Requer que se divulgue nova lista de aprovados, a partir das notas de cada candidato, independentemente do critério racial, determinando que somente após essa divulgação os alunos realizem a matrícula, obedecendo à classificação universal. A ação também pede que tribunais de todo o país suspendam imediatamente todos os processos que envolvam a aplicação de cotas para ingresso em universidades, até o julgamento definitivo da ação.

============

Ação contra as cotas na UnB
Samanta Sallum
Correio Braziliense, 22.09.2009

O sistema de cotas para negros nas universidades públicas está ameaçado por uma ação judicial que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E, se for acatado o pedido de liminar, a matrícula de 652 candidatos cotistas aprovados no último vestibular da Universidade de Brasília (UnB) será suspensa. O autor do processo é um partido político, o Democratas (DEM). Mas a iniciativa coube à advogada Roberta Fragoso Menezes Kaufmann, que também é procuradora do Distrito Federal e assina a ação. Ela sustenta que o sistema de reserva de vagas fere o princípio da igualdade, e que o obstáculo para o negro chegar ao ensino superior no Brasil não é racial. Mas, sim, o econômico.

O registro das matrículas para o segundo semestre letivo da UnB está marcado para amanhã e sexta-feira e será realizado. Quem vai apreciar o pedido de liminar é o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Na noite de ontem, ele assinou despacho dando prazo de cinco dias para que a Advocacia Geral de União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República se manifestarem. Se a liminar for acatada depois disso, o registro das matrículas dos cotistas será anulado.

Cerca de 3,2 mil alunos ingressaram na UnB pelo sistema de cotas. Ao todo, 80 universidades no país adotam o modelo, em que a Universidade de Brasília foi pioneira (leia memória). Por isso, a decisão sobre o caso pode afetar toda a política nacional de cotas. A ação do DEM se baseia na dissertação de mestrado de Roberta Kaufmann, aprovada em 2003, na própria Faculdade de Direito da UnB. O orientador foi o atual presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, também professor da universidade. Roberta aponta que o sistema adotado no Brasil é um modelo importado dos Estados Unidos. Nossa realidade é bem diferente. Lá, o negro, mesmo tendo dinheiro, era alvo do racismo. Tinha direitos subtraídos. Aqui, a situação é outra , argumenta. Segundo ela, o debate no Brasil foi precipitado. A questão não é a cor da pele, é precariedade econômica. Deveria haver uma política de Estado para dar assistência aos pobres, não às raças , disse ela ao Correio.

Instabilidade

O sistema de cotas passou a valer na UnB em 2004. Antes, apenas 12% dos alunos eram negros. Em cursos de alto prestígio, como odontologia, medicina e direito, não chegavam a 2%. O índice-geral agora aumentou para cerca de 20%. O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa, faz a defesa contundente do atual sistema de cotas. Ele alerta para o clima de instabilidade pública que pode ser provocado, caso a liminar seja concedida. Já adotamos o sistema há cinco anos. Ele é uma reafirmação do que já está na Constituição brasileira. É preciso superar os obstáculos ao desenvolvimento humano calcados no racismo e na xenofobia. O argumento da ação tem um ângulo redutor , comentou.

Segundo José Geraldo, o fator que dificulta a melhoria de condição econômica dos negros se explica pela questão racial, ao voltarmos ao nosso passado histórico. Alunos recém-aprovados no sistema de cotas foram surpreendidos com ação. Passamos por todo o processo seletivo, pela parte mais difícil. Faltam dois só dias para a matrícula e eles entram com esse processo , reclamou Stanlei Luiz Mendes de Almeida, 17, que passou para enfermagem.

1233) Doutrina da dissuasao: new style...


A guerra (eletronica), por outros meios....
Techdom’s Two Cold Wars
HOLMAN W. JENKINS, JR.
The Wall Street Journal, July 22, 2009
Image M.E. Cohen

Why didn’t the U.S. and the USSR just ignore each other and save themselves the cost of an arms race? Answer: Each had the potential to do such serious damage to the other, they dared not risk it.

Microsoft and Google also have the power to damage each other, and are better off if they don’t. They too spend a lot of money on deterrence—a puzzle since both are inevitably owned by many of the same shareholders, including large mutual and pension funds. Even more than the Cold War superpowers, they have every incentive quietly to agree to be deterred without investing quite so much on an arms race.

These are thoughts designed to trouble the naïve delight of many who heard Google’s announcement last week that it intends to roll out an operating system to compete with Windows. Partisan Google fans imagine Google finally is preparing to go toe-to-toe with its nemesis. They couldn’t be more wrong.

Google might do so if Microsoft were unilaterally to disarm in some way. That’s not going to happen. Microsoft merely is being reminded that its fat Windows margins are vulnerable to attack.

Microsoft sent the parallel message to Google when it spent millions to launch Bing, a new search engine that’s receiving good reviews even from Microsoft haters. Bing, Microsoft hopes, will finally prove a weapon that can seriously threaten Google’s margins, though only to keep Google from raiding Microsoft’s.

Or take Microsoft’s newly announced move (foreshadowed here last year) to launch a free, ad-supported version of Office. Steve Ballmer and company are showing they aren’t lying down in the face of Google Apps, also offered free. Be assured, however, that Microsoft has no intention of seriously cannibalizing its own Office cash flows just to stop Google from doing the same.

Their little secret is that neither Google nor Microsoft really have an interest in challenging each other’s core franchises if it means risk to their own. Their posturing is primarily defensive—fear of loss is greater than hope of gain.

And both companies by now have a well-earned reputation for being willing to invest large sums simply to threaten the profits of companies that potentially threaten theirs. Microsoft gave the world MSN, Internet Explorer, Xbox, Zune and now Bing—aimed at AOL, Netscape, Sony, Google or whatever new player might threaten to bypass Microsoft’s dominance on the desktop.

For its part, Google has forked over billions for YouTube, Gmail, its phone software, Google Apps—meant to pre-empt strategic turf that someone else might conceivably use to claim a large share of Web advertising.

That doesn’t mean their skirmishes aren’t meant to draw blood, which is what makes them credible. Their threats and gestures probably do take a modest toll on each other’s profits. Google undoubtedly is more susceptible to pushback from advertisers who can say, semi-believably, that they might shift some of their business to Bing. Microsoft might bend a little more for corporate clients on the price of Windows or Office if a customer can point to, say, a Google alternative he might patronize.

Naturally, the fondest wish of both companies’ shareholders is that they find a cheaper way to deter each other, or better yet strike a cease-fire. In short, they wish Google and Microsoft would reach the kind of condominium that Google and Apple have reached.

For, whatever the advertised purpose of Google CEO Eric Schmidt’s presence on Apple’s board, the obvious purpose is to manage competition between the two companies. Of all the dabbling Google has done, notice that it hasn’t dabbled in music-playing software, in cataloging music files (though Google says its mission is to “organize all the world’s information”), or even in allowing users to create playlists of YouTube music videos. Google’s dabbling has been restricted to markets where Microsoft, Nokia or others are dominant, not where Apple is dominant.

How long the Apple-Google cold peace can last is, in some ways, a more interesting subject than the latest dustup between Google and Microsoft. The Justice Department’s antitrust division already is known to be looking into Mr. Schmidt’s role on the Apple board as a potential violation. Yet Mr. Schmidt remained on the Apple’s board even as Google launched Android, its mobile phone operating system that competes with Apple’s iPhone. He remains on the Apple board even as Google now prepares to launch a computer operating system, which means competing not just with Microsoft but with Apple.

One thing that keeps Apple and Google maneuvering so cautiously with respect to each other is that both currently benefit from an aura of “coolness” that would be jeopardized if they found themselves clashing in public. Keep your friends close and your enemies closer.

Even if antitrust weren’t in the way, Microsoft and Google would find it harder to engage in a similar frigid entente simply because Microsoft’s “uncoolness” requires Google partly to define itself as anti-Microsoft. But don’t doubt the two would opt for a competitive cease-fire if they could figure out how.

1232) Pirataria, um negocio rentavel...

...daí esta carta aos piratas somalis, de um colega de profissao, mas situado no coracao de Wall Street...
Nao deixa de ser ironico...
-------------
Paulo Roberto de Almeida

A Letter to the Somali Pirates
MARK HELPRIN (OPINION)
The Wall Street Journal, July 21, 2009

Dear Mr. Yusuf:

Here is our memorandum, as promised, and we very much enjoyed meeting you (please return Mr. Goldstein, the fax machine, and the candy bowl). Your business model is admirable in view of its low start-up costs, high return on investment, lack of long-term obligations to employees, freedom from taxation, agility in the face of changing conditions, and absence of regulation. No expenditures are required for public relations, advertising, marketing, or employee recruitment. When necessary, you can liquidate your holdings with neither legal fees nor court supervision—although you yourself may be hanged. To answer the key question of how long you will be able to operate, you must take into account the resources and constraints of your competitors, the maritime nations represented in this analysis by the coastal states of NATO plus Japan.

Despite the dramatic shrinkage of the American military across nearly every category, the distraction of two minor wars, the smallest fleet since 1916, and even steeper reductions in the rest of NATO, cumulatively this group of states can put to sea more than a thousand ocean-going warships, almost 400,000 marines and special operation troops, more than 5,000 maritime aircraft, and thousands of land-based aircraft capable of operating from expeditionary airfields or at a great remove. The United States alone can deploy 335 naval and coast-guard surface combatants, 382,000 sailors and coast guardsmen, 187,000 marines, 43,000 special operations personnel, 4,600 maritime aircraft, and unprecedented resources in reconnaissance and surveillance. Though these nations are but shadows of what they once were, what they have is much more than sufficient to terminate your enterprise should they embark upon one or more of the following:

Protection Allowed: There are many impediments to the self-defense of merchantmen, including national and international statutes, insurance regulations, and government requirements, all of which, however, could easily be swept away by changes in law and policy that would encourage commercial vessels to take on private security teams.

Protection Provided: Special forces trained to work at sea, such as the U.S.N. Seals, with superior weaponry, rapid and continuous access to intelligence and surveillance networks, the ability to integrate with on-call naval and air forces, and the weight of the national militaries backing them, would be a step up from the previous option and could be provided by drawing upon less than 10% of their echelons.

Maritime Patrol: Modern naval vessels except for the smallest are usually equipped with helicopters and/or, in the case of aircraft carriers or amphibious ships, fixed-wing aircraft that can cover tens or even hundreds of thousands of square miles. Fifty ships of various types on station—less than 5% of available inventory—could largely cleanse your operational area.

Maritime Corridors and Convoys: The world’s navies need no more patrol the northernmost quadrant of the Indian Ocean than during WWII the allies needed to purge the entire Atlantic of U-Boats. They can establish closely guarded transit lanes, and/or convoys, with a task force of only twenty active vessels or fewer, as each convoy would require no more than a single frigate or equivalent. Ten discrete groupings of ships could move in both directions simultaneously, eliminating the need for vessels to wait long at assembly points for their escorts.

Facility Raids: One VSTOL carrier, much less a full-deck-carrier task force, is sufficient to destroy your boats and port facilities, using precision weapons to minimize civilian casualties, and remaining on station for long-term suppression.

Punitive Raids: Collectively or individually, the maritime powers could at will expand attacks upon your docks and boats to whatever punitive degree they wished.

Q-Ships: These nations have in the past deployed—and could deploy again—civilian ships fitted out with concealed heavy weaponry. Depending upon the rules of engagement, your employees would be either incapacitated, captured, or annihilated.

As daunting as all this may seem, we believe that you may conduct your business relatively unimpeded for some time to come. When the United States had only a tiny fraction of the naval capability it now has, the small and vulnerable forces it sent to deal with pirates of equal or greater military power performed with legendary bravery and daring. That was then.

Now, large constituencies in the economically advanced nations make it difficult for their governments to act, e.g., against terrorists who for decades remained free of even symbolic retribution. The governments of these countries, often reflecting their most timid and conciliatory citizens, seldom dare to dare. Although President Obama approved an assault upon three of your employees, this was politically not much more than a S.W.A.T. action authorized by a police chief. Despite your 84 attacks in the first quarter of 2009, and the totally rag-tag nature of your followers, a Pentagon official, one Edward Frothingham, claims that the resources of the United States military are too limited to commit against you without “grave implications for us.”

As you well know, the previous American president was held in check by his underestimation of the time and forces required by his policies in the Middle East. The current president’s most war-like virtue is the ability to apologize to people who should be apologizing to us—an extraordinary skill no doubt, but questionable. You might worry a bit more about Messrs. Sarkozy and Berlusconi, either one of whom could drive you out of business, but as for the rest, though the quivers are full, no arrows are likely to be loosed in the near future.

That is because the intelligence that controls them is also the hand that stays them. The powers that should be a threat to you are caught in a paralyzing web of abstract legalities, deference to hostile opinion, and even in the clearest cases a perverse contempt for self-defense, which rules out the ability effectively to define, prepare for, justify, and execute it—and execute you. You would think that if you fire upon our ships we would fire back. But those days are over, and you have prosperous times ahead.

Sincerely,
Stately, Plump, Buck & Mulligan

K-Street Consultants Mr. Helprin, a senior fellow at the Claremont Institute, is the author of, among other works, “Winter’s Tale” (Harcourt), “A Soldier of the Great War” (Harcourt) and, most recently, “Digital Barbarism” (HarperCollins)

Copyright 2009 Dow Jones & Company, Inc. All Rights Reserved

1231) Fim da Guerra Fria: livro em francês


Acaba de sair a segunda edição deste livro essencial para se compreender as consequências geopolíticas do final da Guerra Fria: Les Grandes Questions Internationales depuis la Chute du Mur de Berlin (Paris: Economica, 2009, 512 p.).
Seu autor, Thierry Garcin, jornalista na Radio France Internationale, é doutor em Ciências Políticas pela Universidade de Paris (Sorbonne-Paris I), pesquisador associado em Paris-V e na Universidade do Québec em Montreal (UQAM) e é professor em Paris-I, Paris-III e no Centre d'Etudes Diplomatiques et Stratégiques (CEDS), ademais de conferencista em diversas instituições de ensino, entre elas a prestigiosa Sciences-Po.

Sommaire
INTRODUCTION

Première partie
LES BOULEVERSEMENTS INTERNATIONAUX DE 1989-1991
ET LEURS CONSÉQUENCES
A) La chute des régimes communistes à l’Est
B) L’unification de l’Allemagne
C) La mort de l’Union soviétique et la renaissance de la Russie
D) Le conflit du Golfe

Deuxième partie
LES ÉTATS-UNIS, UNIQUE SUPERPUISSANCE
A) Les attributs classiques de la puissance
B) Une superpuissance renouvelée puis déconsidérée
C) Les mandats Clinton en politique étrangère
D) Les mandats Bush fils en politique étrangère
E) La nouvelle ère Obama

Troisième partie
LES GRANDS FACTEURS DE DÉSTABILISATION
A) La multiplication des conflits identitaires
B) Le désordre institutionnel
C) Les revendications religieuses dans les luttes politiques
D) Migrations et mouvements de population

Quatrième partie
LES TENTATIVES DE RECOMPOSITION RÉGIONALE
A) La fragilité des processus de paix
B) Le renforcement des intégrations économiques
C) De nouvelles puissances émergentes
D) Les aléas de l’Union européenne

Cinquième partie
LA DÉFENSE DANS LES RAPPORTS DE FORCE INTERNATIONAUX
A) Les conséquences de la fin des rapports Est-Ouest
B) Les organisations de défense occidentales
C) La multiplication des actions extérieures

Sixième partie
LE RÔLE DES ORGANISATIONS INTERNATIONALES
A) La réactivation et les faiblesses des Nations unies (ONU)
B) Les organisations régionales : le cas de l’Afrique

Septième partie
BALKANISATION VERSUS MONDIALISATION
A) Les conséquences politiques de la balkanisation
B) Les conséquences politiques de la mondialisation

CONCLUSION

Preço: 33 euros
E-mail: infos@economica.fr

1230) Bancos publicos: melhor esclarecer

O presidente Lula fez, nesta terça-feira 21 de julho de 2009, comentários sobre os bancos públicos brasileiros, que foram reproduzidos num boletim da Liderança do PT na Câmara dos Deputados, com data de 22.07.2009.
Reproduzo aqui a totalidade desta nota:

Lula defende bancos públicos e critica privatizações
Informes nº 4283 - Quarta-feira 22/07/2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na última segunda-feira que os bancos públicos, como o Banespa, podem ter sido usados para reforçar ilegalmente o orçamento de campanhas eleitorais no passado. Em reunião com executivos do Banco do Brasil, ele relacionou as consequências desse fato às privatizações ocorridas principalmente no fim dos anos 90 e início dos 2000. Lula fez uma defesa da existência dos bancos públicos.

"Na verdade, jogou-se em cima dos bancos a irresponsabilidade dos governantes que gerenciavam esse banco ou que muitas vezes utilizavam esse banco para fazer, quem sabe, os caixas 2 da vida em época de campanha eleitoral", disse, sem citar nenhuma instituição específica. "E, por conta disso, todos os bancos públicos estavam quebrados", afirmou, ao criticar a onda de privatizações ocorrida há cerca de dez anos.

Ao comentar que a economia brasileira tem sido beneficiada atualmente pela atuação de bancos públicos em meio à crise, Lula afirmou que "é nesse momento em que a gente sente o acerto do Brasil ter um banco como o Banco do Brasil ou uma Caixa Econômica. E talvez o arrependimento porque bancos tão importantes nesse País foram praticamente doados, como o Banespa, vendido a troco de nada", afirmou.

Em 2000, o espanhol Santander pagou R$ 7 bilhões pelo banco paulista, com ágio de 281% sobre o preço mínimo. O presidente brincou ao dizer que tem "pena" dos países ricos, que não têm bancos públicos fortes e deu como exemplos a Alemanha e os Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

=======

Agrego poucos comentários:
1) De fato, bancos públicos foram usados para financiar políticos e candidatos, no passado, e por isso quebraram, provocando um imenso prejuízo ao Brasil, que teve de intervir, sanear e depois vender esses bancos. Eles hoje cumprem sua função de bancos, e não de financiadores ilegais de políticos.
2) Eles foram privatizados justamente por isso, e portanto, os argumentos do presidente não possuem consistência lógica e são absolutamente incompreensíveis para quem lida com lógica formal.
3) Se os bancos públicos existiam e estavam a serviço de governantes, é claro, evidente, cristalino, que havia o risco de sua utilização indevida. Não juntar uma coisa com outra representava um descolamento da realidade...
4) Dizer que o Banespa foi vendido a troco de nada, ou doado, não é correto e o presidente foi logo desmentido pelo próprio boletim do PT, que esclarece que o Banespa foi vendido com um ágio 281 por cento acima do preço mínimo. Se isso é doação, o presidente precisaria esclarecer o que seria uma venda com lucros...
5) Ficar com pena dos EUA e da Alemanha, porque não têm bancos públicos é extremamente magnânimo da parte do presidente, mas não creio que os dirigentes políticos concordariam com a hipótese, ou sequer com a realidade. Esses dois países têm milhares de bancos públicos, que são as cooperativas de créditos, as caixas hipotecárias, as instituições de poupança e outros entes financeiros totalmente públicos, ou seja, controlados por municípios, governos estaduais, sindicatos, cooperativas etc. Todos eles funcionando de acordo com regras de mercado, num sistema de crédito extensivo e pujante. O que eles não têm são grandes bancos públicos funcionando com verbas orçamentárias ou submetidas a comandos políticos arbitrários, que lhes digam a quem e a quanto eles devem emprestar. Acho que esses dois países estão melhor assim.
6) O presidente não mencionou todo o dinheiro público, isto é, dos cidadãos, que foi colocado no BB, ou na CEF, ou no BNDES, para livrá-los de situações constrangedoras ou de quebradeira, simplesmente. Acho que ele não foi informado sobre os bilhões que o governo passou a esses bancos, que distorcem as condições do mercado de capitais, ao emprestar a taxas que não representam a realidade do mercado.

Certas pessoas são consideradas inimputáveis em suas declarações e atos, como as crianças, os índios, os alienados...

1229) Um pouco de gozacao, pois a realidade ja é muito dura

A transcrição abaixo, puramente aleatória, não tem absolutamente nada a ver com os objetivos e o chamado "espírito" desta lista. Mas, aqui já tem posts sérios demais, tratando de relevantes problemas da nacionalidade e do assim chamado sistema internacional.
Portanto, nada como aproveitar um fim de noite (na verdade, madrugada), para postar algo risível, anódino, inocente, mas que provavelmente reflete muito bem o nosso país.

O garçom de Hamburgo
Blog do Noblat, 17.7.2009

Nunca me esqueci de uma historinha contada por Jô Soares em seu programa de entrevistas. Digo historinha porque tem princípio, meio e fim e porque não é muito longa. Mas não é história, não é ficção, é fato verídico. Não sei precisar a data, mas creio que o fato se passou há bastante tempo. Também não posso garantir a exatidão das palavras, a memória não é um gravador, mas o miolo e o desfecho do diálogo são exatamente esses que passo a relatar:

Jô Soares estava em Hamburgo, Alemanha, com seu pai. Foram almoçar. O restaurante era elegante e o cardápio indicava preços salgados. Fluentes em várias línguas fizeram seus pedidos, não sei se em alemão ou francês. Feito isso, pai e filho começaram a bater papo. Se o pai do Jô era parecido com ele, imagino o papo animado. Se fosse mais calado, o filho com certeza falava pelos dois.
De repente o garçom para diante deles e pergunta:
_ Brrrasileirrras?
_ Somos, diz o senhor Soares.
_ Von wo? Ondchi?
_ Do Rio de Janeiro.
_ Rrrrioo de Janeirrro, shodadis...
_ O senhor conhece o Brasil?
_ Sim. Trrrabalhou lá, morrrou lá.
-- É mesmo? E gostou?
_ Adorrrrooou! Vai voltarrr.
O pai do Jô olhou para o filho, com quem acabara de comentar uma das sempiternas crises brasileiras, e disse para o garçom:
_ Talvez fosse melhor pensar bem. Aqui o senhor está em sua terra, tem a proteção do Estado, muita segurança, com certeza ganha bem e ainda recebe boas gorjetas.
_ Ganharrr bem, ganharr. Segurrro, é. Mas tem grosse shodadis, grosse.
_ Deixou alguma namorada lá?
_ Non, non, non, ich casada, vai com mulherrrr.
_ Mas do que é que tem tanta saudade então?
_ Do “esculhambaçom”.
Nada para mim, nem textos dos mais brilhantes escritores brasileiros, descreve melhor o Brasil do que esse breve diálogo.
O “esculhambaçom” é um de nossos traços marcantes. Há países que mudam, há países que se transformam, há países que sofrem reformas, pacíficas umas, outras frutos de revoluções e até de guerras. Mudam inteiramente, às vezes ficam quase irreconhecíveis. Para pior, para melhor, mas mudam.
Não foi o que aconteceu conosco. As mudanças aqui foram cosméticas: as cidades cresceram, temos mais automóveis nas ruas, mais viadutos e túneis, mais aeroportos, mais edifícios, mais estados e mais políticos. Mas foi só. De resto, nosso espírito é o mesmo.
Somos diferentes até nisso: como acontece com as pessoas, a idade só fez acentuar nossas características mais marcantes. E uma delas é “o esculhambaçom”. Nunca foi tão grande. Nunca foi tão viçosa, nunca foi tão desenfreada, nunca foi tão desabrida, nunca foi tão gloriosa.
E nunca exerceu o mando como agora. As rédeas estão em suas mãos. Tomara que o hamburguês tenha vindo. Ele há de estar no sétimo céu com tanta “esculhambaçom”!
=======
PRA:
Bem, acho que isso basta: temos um brilhante futuro para a nossa “esculhambaçom”!

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...