segunda-feira, 1 de março de 2010

1729) Mont Pelerin Society - Hayek contest

From: Mont Pelerin Society [mailto:mps@heritage.org]
Date: Friday, February 26 2010 14:52
Subject: Mont Pelerin Society-Hayek Essay Contest

Dear MPS Members:

As you know, the MPS 2010 General Meeting in Sydney, Australia is quickly approaching. I anticipate a wonderful program, and hope that you are beginning to make your travel plans. Along with the General Meeting comes the Friedrich A. Hayek Essay Contest. The essay contest will officially be announced on March 1st, although preliminary information can now be found on the website. Again, this year we are asking our members to help get the word out about the Hayek Essay.

I have attached a flyer with all pertinent information. I ask that you present this at your university campus, around your place of business, or to specific individuals that you think display the promise of writing a winning essay! I encourage you to promote the essay contest in your home country, as the contest is open to all young adults around the world. If you have any questions about the contest, please email mps@heritage.org.

Also, while I have your attention, we are making an effort to update our membership directory with correct and complete contact information. At this time, if you could send your email “signature”, business card, or other contact information that you would like in the directory, it would really help us out!

Regards,
Deepak Lal
President

The Board of Directors of the Mont Pelerin Society Announces
Friedrich A. Hayek Fellowships
for the 2010 GENERAL MEETING OF THE MONT PELERIN SOCIETY
(Sydney, Australia – October 10-15, 2010)

ESSAY CONTEST
Examine whether authoritarian capitalism is a viable alternative to its Western liberal version, to promote long term economic growth and development.
First prize: $2500 cash award + travel grant*
Second prize: $1500 cash award + travel grant*
Third prize: $1000 cash award + travel grant*
Visit www.montpelerin.org for more information on the Hayek Essay contest
Visit www.mps2010.org for more information on the Mont Pelerin Society General Meeting

The Hayek Essay Contest is open to all individuals 35 years old or younger.
Entrants should write a 5,000 word (maximum) essay. Essays are due on May 31, 2010 and the winners will be announced on July 15, 2010. Essays should be submitted in English only. Electronic versions should be sent to:
mps@heritage.org.
Prizes are given to the top three essays and include a Hayek Fellow cash award plus a travel grant* to our Society’s next General Meeting in Sydney on October 10-15, 2010. The essays will be judged by an international panel of three senior members of the Society.
*Travel grant includes coach class airfare, registration fee, and some meals. Hotel, food, and other expenses will be the responsibility of the attendee.
Made possible by a generous gift from the Aequus Institute

1728) Diplomacia brasileira em discussao

Tática de ocas
Editorial O Globo - 27/02/2010

Na montagem do governo Lula, coube a grupos de esquerda o controle do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra, para atender ao MST com generosos repasses de dinheiro público; e, ainda, um canal de influência na política externa, com a criação de uma espécie de Itamaraty do B, cujo controle está nas mãos do assessor especial da presidência Marco Aurélio Garcia, próximo de Hugo Chávez. Com isso, Lula pôde seguir uma política econômica minimamente sensata, sem maiores problemas a não ser algum fogo amigo de tempos em tempos.

A aproximação com o Irã atende ao antiamericanismo, traço marcante desse bloco existente no governo.

A passividade diante da morte de mais um dissidente cubano nos cárceres dos irmãos Castro, quando Lula e comitiva desembarcavam em Havana, ilustra este posicionamento da política externa do Itamaraty do B. Quer dizer, em tese, a defesa dos direitos humanos é importante, menos quando se trata dos compañeros ideológicos, como os Castro e Hugo Chávez.

É constrangedor ver Lula ao lado de Raúl Castro quando o presidente cubano afirmou que, "em meio século, não assassinamos ninguém. Aqui ninguém foi torturado. Aqui não houve execução extrajudicial".

Com a aproximação das eleições, entende-se que Lula procure fazer acenos a este lado da geografia ideológica, a fim de manter a tropa unida em torno da candidatura Dilma Rousseff, também a ser apoiada pelo PMDB fisiológico e sublegendas.

Mas a possibilidade de o Brasil assinar um acordo nuclear com o Irã vai além de qualquer limite. A hipótese, negada pelo governo, se dá num momento crucial em que países de peso, como Estados Unidos, França, Inglaterra e até a Rússia, juntam forças para pressionar o regime ditatorial e teocrático de Ahmadinejad a abandonar o projeto de desenvolvimento de armas atômicas. E o Brasil, em nome de uma suposta afirmação na política internacional, se descredencia aos olhos do mundo ao se tornar um dos legitimadores do programa nuclear iraniano. Pois, mesmo se a hipótese do acordo não se confirmar, é veloz a aproximação entre Brasília e Teerã, coerente com a política externa ideológica do Itamaraty do B. O presidente Lula visitará o Irã em maio.

Dos 15 países que atualmente compõem o Conselho de Segurança da ONU, cinco são tidos como relutantes à adoção de novas sanções contra o Irã: China (membro permanente), Brasil, Turquia, Líbano e Bósnia (membros rotativos).

São necessários nove votos — e, claro, nenhum veto — para que uma resolução com novas sanções seja aprovada. Não por acaso, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, estará em Brasília na semana que vem e deverá pressionar o governo brasileiro a apoiar a comunidade internacional contra o Irã.

Não pode passar despercebido, também, que há no governo autoridades, como o atual ministro de Assuntos Estratégicos, o ex-embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que defendem abertamente o descumprimento do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Brasil é signatário, e que estará em rediscussão em maio.

Aliar-se ao que existe de pior na comunidade internacional, em decorrência do antiamericanismo militante existente no governo e por tática eleitoreira, é grave desserviço ao Estado brasileiro, que é perene, ao contrário dos governos.

1727) Cronica das mentiras ordinarias (e como...)

Acredito que Moisés Naím foi inclusive leniente com dirigentes que, mais que mentir, pensam que somos idiotas, e que não sabemos julgar as atitudes desprezíveis que adotam com respeito aos direitos humanos...

Los derechos humanos en Cuba
Tramposos, hipócritas y mentirosos

MOISÉS NAÍM
El País, 28/02/2010

Estamos acostumbrados a que los políticos nos mientan. O que nos digan una cosa y hagan otra. En algunos países los gobernantes no parecen incurrir en mayores costes cuando mienten, o cuando prometen lo que todos saben que no se cumplirá o describen la realidad de maneras que nada tienen que ver con lo que de verdad sucede. Estas son tendencias universales y son excepcionales los países en los cuales esto no ocurre. Pero es peligroso acostumbrarse tanto. Esta tolerancia ha hecho que en algunos países la complacencia del público con las flagrantes mentiras de los gobernantes o con la hipocresía de los políticos alcanza niveles insólitos. Nos hemos acostumbrado tanto a que nos mientan que ya no nos importa; es parte de un juego en el que todos participamos. Los gobernantes mentirosos saben que sabemos que nos están mintiendo y que, o no nos importa, o no hay nada que podamos hacer al respecto. Cuentan también con el hecho de que la mayor parte de la población no presta mucha atención a lo que dicen, y que quienes sí prestan atención tiene la memoria corta.
En todo esto juegan un rol crítico los medios de comunicación y la buena noticia es que las nuevas tecnologías como Google o YouTube facilitan el recuento de las promesas incumplidas, las mentiras y las contradictorias posiciones de gobernantes y políticos. Siempre y cuando, claro está, esos líderes no tengan el control de los medios, incluyendo Internet. O que a la población le importe que le mientan.

Los ejemplos sobran y en cada país -y continente- se pueden hacer largas listas de las mentiras gubernamentales o de los políticos que engañan haciendo trampas con el idioma. América Latina, por ejemplo, es una fuente inagotable de hipocresía gubernamental.

Hace poco, en Cancún, los presidentes latinoamericanos crearon una nueva organización que quizás se llame Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños. Sus integrantes son todos los países del hemisferio menos Estados Unidos, Canadá y... Honduras. ¿Por qué no Honduras? Porque su nuevo Gobierno, elegido en un proceso que nadie objeta, es el sucesor de un Gobierno que derrocó a un presidente democráticamente electo. Pequeño detalle: Cuba, ese bastión de la democracia, es miembro de la nueva Comunidad de Estados Latinoamericanos. Cuba sí; Honduras, no. ¿No les da vergüenza? Otro pequeño detalle: esa reunión, convocada con el nombre de la Cumbre de la Unidad (¿será por eso que no se invitó a Estados Unidos?) incluyó violentos intercambios de insultos entre los presidentes de Colombia y Venezuela y mostró claramente que hay más unidad entre muchos países de la región con Estados Unidos que entre ellos mismos.

La nueva organización incluye entre sus principios fundacionales "promover el respeto al derecho internacional". Este sagrado principio fue aclamado por los mismos presidentes que no dijeron absolutamente nada cuando uno de ellos, Hugo Chávez, un día decidió prohibir, arbitraria y unilateralmente y en contra de todas las normas del derecho internacional, el comercio entre su país y Colombia. El embargo aún se mantiene y las empresas brasileñas lo han aprovechado para quitarle el mercado venezolano a los exportadores colombianos. ¡Viva la unidad!

En las reuniones del Grupo de los 20, la presidenta Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, truena contra las manipulaciones y la falta de transparencia del sistema financiero internacional. Tiene razón. Pero que esto venga de una presidenta cuyo país ha caído al foso de la lista de los países más corruptos del mundo compilada por la organización Transparencia Internacional es una deliciosa ironía que no parece importarle. Para ella esta contradicción no tiene consecuencias.

"No se puede juzgar a un país o la actitud de un gobernante en función de la actitud de un ciudadano que decide empezar una huelga de hambre", dijo el presidente brasileño Lula da Silva minimizando la muerte del cubano Orlando Zapata, fallecido en la cárcel después de un prolongado ayuno en protesta contra las torturas y maltratos que allí sufrió. Lula aceptó que en su época de líder sindical había hecho huelgas de hambre, pero que "jamás" lo volvería a hacer. Sobre esto último estoy seguro de que es absolutamente sincero.

Sobre el tema de la sinceridad vale la pena recordar a George Orwell: "La gran enemiga de la claridad en el lenguaje es la insinceridad... El lenguaje político está diseñado para hacer que las mentiras parezcan verdades y que el asesinato parezca respetable...".

============

Os outros 25 Zapatas
O GLOBO, 26 Fevereiro 2010

Famílias temem pela sorte de presos políticos que estão com a saúde mais deteriorada

O homem na cadeira de rodas que desde 2008 vive de hospital em hospital penitenciário lembra muito pouco o boxeador que foi campeão na categoria dos pesos-pesados pela província de Matanzas, em Cuba. Ariel Sigler Amaya, de 44 anos, que foi presidente do Movimento Independente Opção Alternativa (de direitos humanos), é "um dos 75", os presos detidos na onda repressora de 2003. Com a saúde deteriorada, sua família teme que tenha o mesmo destino que Orlando Zapata Tamayo e pede por sua libertação para tratamento.

Dos 200 presos políticos cubanos, de 20 a 25 estão com a saúde muito deteriorada, contam os dissidentes. No caso de Sigler, a lista de doenças é longa e começa com uma polineuropatia, um distúrbio neurológico em que nervos periféricos por todo o corpo começam a não funcionar corretamente. E passa por desnutrição, problema nos rins, garganta e estômago, que o irmão, Juan Francisco, acredita serem agravados pelas condições na prisão.

- Ele era um homem forte, atlético, quando começou esta tragédia - diz Juan Francisco, por telefone. - Se demorarem mais dois ou três anos, todos os presos vão morrer

Sigler não é um caso isolado. Alida Viso, uma das Damas de Branco, conta que o marido, o jornalista Ricardo González Alfonso do Repórteres sem Fronteiras, está perdendo a visão, vítima de um glaucoma que não consegue tratar adequadamente na prisão.

- As condições são terríveis. A comida é ruim e às vezes está estragada. Há ratos, baratas e mosquitos. Meu marido fica numa cela pequena, sem ventilação artificial ou janela e tem que se proteger das goteiras com uma capa de nylon - conta. - Não pedimos só a libertação dos presos políticos doentes, mas de todos. Mesmo os mais jovens não resistem a essas condições - diz Alida.(Cristina Azevedo)

De homem do ano a errante na ilha
'El País' condena a atitude de Lula em Havana

Apesar da responsabilidade do regime de Cuba, a morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo acabou arrastando o presidente brasileiro aos holofotes internacionais. O jornal espanhol "El País" - que no ano passado elegeu Lula a personalidade de 2009 - criticou duramente o silêncio do presidente, que se limitou a lamentar o episódio.

"A morte de Zapata é uma acusação adicional e motivo de condenação enérgica contra a mais longa ditadura da América Latina. É um desafio para a comunidade internacional e principalmente para Lula, que tem nas mãos o papel de porta-voz da condenação à repressão política, tanto por seu lugar de potência emergente como pela coincidência de sua visita à ilha", diz um trecho do editorial.

"A ida a Havana foi uma chance perdida de mostrar que é possível uma opção de esquerda capaz de oferecer progresso e bem-estar pelo fortalecimento da democracia. O trato com Havana e o mito que a revolução castrista representa para partes da esquerda latina colocam todos os dirigentes da região numa situação difícil, principalmente o presidente brasileiro", afirma outro trecho.

No "El Mundo", a jornalista e escritora cubana Gina Montaner classificou o abraço de Lula ao líder Fidel Castro como "o abraço da morte". Na Flórida, o diário "Miami Herald" destacou que Zapata "não precisava morrer, mas sucumbiu diante do consentimento silencioso de líderes democráticos".

Enquanto no hemisfério norte, imprensa e governos reagiram em uníssono, criticando o regime dos Castro, na América do Sul, apesar da avalanche de condenações na imprensa, o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, foi o único líder da região a "condenar energicamente" a morte de Zapata e defender a democracia no bastião comunista.

===============

Exilados cubanos ocupam consulado do Brasil em Miami
Agencia EFE, 26 Fevereiro 2010

Miami, 26 fev (EFE).- Um grupo de exilados cubanos ocupou hoje pacificamente durante uma hora o consulado do Brasil em Miami para denunciar a "cumplicidade" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no "assassinato" do prisioneiro político Orlando Zapata Tamayo.
Cerca de 15 pessoas da Assembleia da Resistência, entre ex-presos políticos cubanos e membros de organizações do exílio, entraram nas instalações do consulado do Brasil e ocuparam uma das salas enquanto exclamavam: "Lula, cúmplice!", "Vergonha para Lula!" e "Viva Orlando Zapata Tamayo!".
"Lula é cúmplice da ditadura castrista e do assassinato de Orlando Zapata", expressou à Agência Efe Orlando Gutiérrez, diretor do Diretório Democrático Cubano, que liderava o grupo que entrou no consulado brasileiro.
Gutiérrez ressaltou que o objetivo da ocupação era pôr em evidência a "vergonha que representa para o Brasil Lula aparecer abraçado aos irmãos Castro no momento em que estão assassinando um homem pelo mero fato de discordar".
O presidente brasileiro se reuniu na quarta-feira passada com seu colega cubano, Raúl Castro, e com seu irmão Fidel, no dia seguinte da divulgação da morte de Orlando como consequência de uma greve de fome de 85 dias.
O grupo de exilados, pertencentes a organizações como Plantados e Madres y Mujeres Antirepresión por Cuba (MAR), entregou ao cônsul brasileiro, Luiz Augusto de Araújo Castro, uma foto na qual aparece Lula se abraçando a Fidel Castro com a imagem de Zapata Tamayo impressa no meio.
No verso da fotografia se lê: "Fidel Castro, assassino; Lula, cúmplice".
Essa fotografia, que pediram ao cônsul para entregar ao presidente, "deve envergonhar Lula".
"Não há melhor documento que o rosto do prisioneiro político que ia ser assassinado pelo regime castrista", disse a presidente da MAR, Sylvia Iriondo.
"O caso de Orlando é uma mostra da trajetória e história de crimes e violações perpetradas pelo castrismo", disse.
Sylvia denunciou que "ainda restam muitos presos políticos cubanos em condições críticas", ao mesmo tempo em que pediu à comunidade internacional para que não tolere a "impunidade e falta de vergonha" do regime de Havana.
Gutiérrez explicou que a ação realizada hoje é o "começo de uma campanha para alertar o povo brasileiro que as ações de Lula são prejudiciais para o povo cubano".
EFE

domingo, 28 de fevereiro de 2010

1726) Assassinatos políticos: uma arte pouco fina...

Um leitor deste blog escreveu-me a propósito deste post:

sábado, 27 de fevereiro de 2010
1724) Maquiavel sempre atual: da tradicional arte do assassinato politico


Ele escreveu-me o seguinte:
"Prezado PRA,
Interessantíssimo artigo do George Friedman. A STRATFOR tem análises realmente muito boas. Mas faltou talvez seu comentário aprofundado sobre a questão do assassinato político. Você concorda com o autor?"

Sem tempo para elaborar a respeito, respondi o que segue:
Democracias não assassinam líderes políticos de outros países, mesmo achando que eles são detestáveis ou perversos, seja para si mesmas, seja para o próprio povo daqueles países.
A menos de uma situação de guerra declarada, o assassinato político não é um instrumento aceitável.
Diferente é a situação de entidades não estatais que já se engajaram em atividades clandestinas contra uma democracia qualquer. Acredito que neste caso, como medida de autodefesa, essas democracias têm o direito, e provavelmente o dever (isto é, proteger o seu próprio povo de ataques terroristas com armas de destruição em massa, por exemplo) de atacar não apenas os operativos (que são substituíveis), mas também os líderes políticos por trás dessas ações, mesmo antecipadamente.
Situações de guerra desse tipo são muito difusas, e acredito que não vale a pena esperar pelo pior.
Portanto, eu me pronuncio claramente pelo assassinato político nessas circunstâncias, posto que o "assassinato" nada mais é do que uma medida legítima de autodefesa.
Eliminar Bin Laden pode não afastar todas as ameaças terroristas contra os EUA e a Europa, mas certamente vai eliminar uma das fontes de ataques.
Não tenho nenhuma dúvida de que esses terroristas e seus líderes não hesitariam e não hesitarão um só segundo, se puderem lançar um ataque devastador -- por meios biológicos, radiológicos ou químicos -- contra as democracias ocidentais.
É direito delas afastar esse tipo de ameaça, eliminando essas pessoas que estão engajadas nessa guerra.
São as leis da guerra, desde Sun Tzu, aliás...
Paulo Roberto de Almeida

sábado, 27 de fevereiro de 2010

1725) Dos aconselhamentos entre chefes de Estado

O presidente Lula diz que tem conversado com Obama a respeito de Cuba. Interessante que acaba de dizer, em El Salvador, que não gosta de se intrometer nos assuntos internos dos outros países, razão pela qual evitou comentar a questão dos direitos humanos em Cuba. Não sei se o aconselhamento a Obama representa alguma forma de ingerência nos assuntos "internos" dos EUA...

Lula pede ousadia a Obama para acabar com embargo econômico a Cuba
Boletim do PT na Câmara dos Deputados, 27.02.2010

Antes de deixar Cuba, na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez novo apelo ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que ele acabe com o embargo econômico e comercial à ilha. Em entrevista à imprensa cubana, pouco antes de embarcar para o Haiti, Lula avaliou que o embargo não faz mais sentido. E pediu a Obama que atue com a mesma ousadia que tiveram os eleitores norte-americanos, ao votarem nele.

“Como os cubanos, eu creio que o embargo não tem mais sentido. Não existe mais explicação política, econômica, não existe mais guerra fria, não existem mais mísseis, nada. Portanto, penso, basta apenas uma tomada de decisão. Estou convencido de que o presidente Obama, que ganhou as eleições em Miami, deveria, tomar essa decisão”, disse Lula.

Lula afirmou que já tem conversado com Obama a respeito da ilha. “Uma coisa que eu tenho dito, com todo respeito ao presidente Obama, ele não tem que fazer nada mais do que fez o povo americano ao ter a ousadia de votar no Obama para presidente. É essa ousadia do povo americano que permite que ele seja ousado e resolva o problema do embargo a Cuba”, completou Lula.

O presidente disse ainda, durante a entrevista à imprensa cubana, que o Brasil trabalha com a firme convicção de ser o primeiro parceiro cubano em prol do investimento e desenvolvimento daquele país. “Acreditamos no potencial de desenvolvimento de Cuba. O Brasil hoje tem mais condições do que tinha há dez anos atrás e, portanto, nós não faltaremos em discutir os projetos mais importantes para Cuba para prepará-la para o futuro”, disse.

=========
PS PRA: Que tal se Lula pedisse ousadia a Raul e Fidel Castro em terminar com a ditadura e convocassem eleicoes livres na ilha?

1724) Maquiavel sempre atual: da tradicional arte do assassinato politico


Desenho de Pedro Paulo Palazzo de Almeida para meu livro: O Moderno Principe: Maquiavel revisitado
Nesse livro eu escrevi que os assassinatos de inimigos políticos na missa dominical estavam provavelmente fora de moda. Provavelmente eu estava enganado...
Paulo Roberto de Almeida (27.02.2010)

The Utility of Assassination
By George Friedman
February 22, 2010

The apparent Israeli assassination of a Hamas operative in the United Arab Emirates turned into a bizarre event replete with numerous fraudulent passports, alleged Israeli operatives caught on videotape and international outrage (much of it feigned), more over the use of fraudulent passports than over the operative’s death. If we are to believe the media, it took nearly 20 people and an international incident to kill him.

STRATFOR has written on the details of the killing as we have learned of them, but we see this as an occasion to address a broader question: the role of assassination in international politics.

Defining Assassination
We should begin by defining what we mean by assassination. It is the killing of a particular individual for political purposes. It differs from the killing of a spouse’s lover because it is political. It differs from the killing of a soldier on the battlefield in that the soldier is anonymous and is not killed because of who he is but because of the army he is serving in.

The question of assassination, in the current jargon “targeted killing,” raises the issue of its purpose. Apart from malice and revenge, as in Abraham Lincoln’s assassination, the purpose of assassination is to achieve a particular political end by weakening an enemy in some way. Thus, the killing of Adm. Isoroku Yamamoto by the Americans in World War II was a targeted killing, an assassination. His movements were known, and the Americans had the opportunity to kill him. Killing an incompetent commander would be counterproductive, but Yamamoto was a superb strategist, without peer in the Japanese navy. Killing him would weaken Japan’s war effort, or at least have a reasonable chance of doing so. With all the others dying around him in the midst of war, the moral choice did not seem complex then, nor does it seem complex now.

Such occasions rarely occur on the battlefield. There are few commanders who could not readily be replaced, and perhaps even replaced by someone more able. In any event, it is difficult to locate enemy commanders, meaning the opportunity to kill them rarely arises. And as commanders ask their troops to risk their lives, they have no moral claim to immunity from danger.

Now, take another case. Assume that the leader of a country were singular and irreplaceable, something very few are. But think of Fidel Castro, whose central role in the Cuban government was undeniable. Assume that he is the enemy of another country like the United States. It is an unofficial hostility — no war has been declared — but a very real one nonetheless. Is it illegitimate to try to kill such a leader in a bid to destroy his regime? Let’s move that question to Adolph Hitler, the gold standard of evil. Would it be inappropriate to have sought to kill him in 1938 based on the type of regime he had created and what he said that he would do with it?

If the position is that killing Hitler would have been immoral, then we have a serious question about the moral standards being used. The more complex case is Castro. He is certainly no Hitler, but neither is he the romantic democratic revolutionary some have painted him as being. But if it is legitimate to kill Castro, then where is the line drawn? Who is it not legitimate to kill?

As with Yamamoto, the number of instances in which killing a political leader would make a difference in policy or in the regime’s strength is extremely limited. In most cases, the argument against assassination is not moral but practical: It would make no difference if the target in question lives or dies. But where it would make a difference, the moral argument becomes difficult. If we establish that Hitler was a legitimate target, then we have established that there is not an absolute ban on political assassination. The question is what the threshold must be.

All of this is a preface to the killing in the United Arab Emirates, because that represents a third case. Since the rise of the modern intelligence apparatus, covert arms have frequently been attached to them. The nation-states of the 20th century all had intelligence organizations. These organizations carried out a range of clandestine operations beyond collecting intelligence, from supplying weapons to friendly political groups in foreign countries to overthrowing regimes to underwriting terrorist operations.

During the latter half of the century, nonstate-based covert organizations were developed. As European empires collapsed, political movements wishing to take control created covert warfare apparatuses to force the Europeans out or defeat political competitors. Israel’s state-based intelligence system emerged from one created before the Jewish state’s independence. The various Palestinian factions created their own. Beyond this, of course, groups like al Qaeda created their own covert capabilities, against which the United States has arrayed its own massive covert capability.
Assassinations Today

The contemporary reality is not a battlefield on which a Yamamoto might be singled out or a charismatic political leader whose death might destroy his regime. Rather, a great deal of contemporary international politics and warfare is built around these covert capabilities. In the case of Hamas, the mission of these covert operations is to secure the resources necessary for Hamas to engage Israeli forces on terms favorable to them, from terror to rocket attacks. For Israel, covert operations exist to shut off resources to Hamas (and other groups), leaving them unable to engage or resist Israel.

Expressed this way, covert warfare makes sense, particularly for the Israelis when they engage the clandestine efforts of Hamas. Hamas is moving covertly to secure resources. Its game is to evade the Israelis. The Israeli goal is to identify and eliminate the covert capability. Hamas is the hunted, Israel the hunter here. Apparently the hunter and hunted met in the United Arab Emirates, and the hunted was killed.

But there are complexities here. First, in warfare, the goal is to render the enemy incapable of resisting. Killing just any group of enemy soldiers is not the point. Indeed, diverting resources to engage the enemy on the margins, leaving the center of gravity of the enemy force untouched, harms far more than it helps. Covert warfare is different from conventional warfare, but the essential question stands: Is the target you are destroying essential to the enemy’s ability to fight? And even more important, as the end of all war is political, does defeating this enemy bring you closer to your political goals?

Covert organizations, like armies, are designed to survive attrition. It is expected that operatives will be detected and killed; the system is designed to survive that. The goal of covert warfare is either to penetrate the enemy so deeply, or destroy one or more people so essential to the operation of the group, that the covert organization stops functioning. All covert organizations are designed to stop this from happening.

They achieve this through redundancy and regeneration. After the massacre at the Munich Olympics in 1972, the Israelis mounted an intense covert operation to identify, penetrate and destroy the movement — called Black September — that mounted the attack. Black September was not simply a separate movement but a front for various Palestinian factions. Killing those involved with Munich would not paralyze Black September, and destroying Black September did not destroy the Palestinian movement. That movement had redundancy — the ability to shift new capable people into the roles of those killed — and therefore could regenerate, training and deploying fresh operatives.

The mission was successfully carried out, but the mission was poorly designed. Like a general using overwhelming force to destroy a marginal element of the enemy army, the Israelis focused their covert capability to destroy elements whose destruction would not give the Israelis what they wanted — the destruction of the various Palestinian covert capabilities. It might have been politically necessary for the Israeli public, it might have been emotionally satisfying, but the Israeli’s enemies weren’t broken. Consider that Entebbe occurred in 1976. If Israel’s goal in targeting Black September was the suppression of terrorism by Palestinian groups, the assault on one group did not end the threat from other groups.

Therefore, the political ends the Israelis sought were not achieved. The Palestinians did not become weaker. The year 1972 was not the high point of the Palestinian movement politically. It became stronger over time, gaining substantial international legitimacy. If the mission was to break the Palestinian covert apparatus to weaken the Palestinian capability and weaken its political power, the covert war of eliminating specific individuals identified as enemy operatives failed. The operatives very often were killed, but the operation did not yield the desired outcome.

And here lies the real dilemma of assassination. It is extraordinarily rare to identify a person whose death would materially weaken a substantial political movement in some definitive sense — i.e., where if the person died, then the movement would be finished. This is particularly true for nationalist movements that can draw on a very large pool of people and talent. It is equally hard to reduce a movement quickly enough to destroy the organization’s redundancy and regenerative capability. Doing so requires extraordinary intelligence penetration as well as a massive covert effort, so such an effort quickly reveals the penetration and identifies your own operatives.

A single swift, global blow is what is dreamt of. Covert war actually works as a battle of attrition, involving the slow accumulation of intelligence, the organization of the strike, the assassination. At that point, one man is dead, a man whose replacement is undoubtedly already trained. Others are killed, but the critical mass is never reached, and there is no one target who if killed would cause everything to change.

In war there is a terrible tension between the emotions of the public and the cold logic that must drive the general. In covert warfare, there is tremendous emotional satisfaction to the country when it is revealed that someone it regards as not only an enemy, but someone responsible for the deaths of their countryman, has been killed. But the generals or directors of intelligence can’t afford this satisfaction. They have limited resources, which must be devoted to achieving their country’s political goals and assuring its safety. Those resources have to be used effectively.

There are few Hitlers whose death is morally demanded and might have a practical effect. Most such killings are both morally and practically ambiguous. In covert warfare, even if you concede every moral point about the wickedness of your enemy, you must raise the question as to whether all of your efforts are having any real effect on the enemy in the long run. If they can simply replace the man you killed, while training ten more operatives in the meantime, you have achieved little. If the enemy keeps becoming politically more successful, then the strategy must be re-examined.

We are not writing this as pacifists; we do not believe the killing of enemies is to be avoided. And we certainly do not believe that the morally incoherent strictures of what is called international law should guide any country in protecting itself. What we are addressing here is the effectiveness of assassination in waging covert warfare. Too frequently, it does not, in our mind, represent a successful solution to the military and political threat posed by covert organizations. It might bring an enemy to justice, and it might well disrupt an organization for a while or even render a specific organization untenable. But in the covert wars of the 20th century, the occasions when covert operations — including assassinations — achieved the political ends being pursued were rare. That does not mean they never did. It does mean that the utility of assassination as a main part of covert warfare needs to be considered carefully. Assassination is not without cost, and in war, all actions must be evaluated rigorously in terms of cost versus benefit.

1723) Blogometria: medindo os cliques, acessos, saidas...

Como ocorre toda sexta-feira, vem um desses relatórios que revelam o número de passantes e turistas acidentais neste blog:

Diplomatizzando
Site Summary

VISITS
Total 9,788
Average Per Day 374
Average Visit Length 2:21
Last Hour 8
Today 44
This Week 2,619

PAGE VIEWS
Total 14,711
Average Per Day 550
Average Per Visit 1.5
Last Hour 10
Today 69
This Week 3,851

Entry Page (apenas alguns iniciais, sobre cerca de 100):
1 http://diplomatizzando.blogspot.com/
3 http://diplomatizzando.blogspo...eralismo-e-neoliberalismo.html
4 http://diplomatizzando.blogspo...de-comercio-de-1810-entre.html
5 http://diplomatizzando.blogspo...d-world-bank-all-data-you.html
9 http://diplomatizzando.blogspo...-do-concurso-do-itamaraty.html
13 http://diplomatizzando.blogspo...eiros-da-petrobras-76-mil.html
14 http://diplomatizzando.blogspo...-um-embaixador-do-barulho.html
15 http://diplomatizzando.blogspo...litica-externa-brasileira.html
16 http://diplomatizzando.blogspo...eiros-da-petrobras-76-mil.html
17 http://diplomatizzando.blogspo...rso-do-rio-branco-algumas.html
18 http://diplomatizzando.blogspo...quim-nabuco-de-volta-cena.html
19 http://diplomatizzando.blogspo...-dissidentes-cubanos-lula.html
20 http://diplomatizzando.blogspo...19-cultura-japonesa-sites.html

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...