A politizacao da gestão da Petrobras é claramente prejudicial ao seu desempenho como companhia de petróleo (ou de energia, se quiserem). Em todo caso, a ingerência do governo nas operações da empresa são o que de pior pode acontecer para uma empresa que trabalha num setor sensível, que envolve decisões de bilhões de dólares e reações a comportamentos do mercado, que são necessariamente mutáveis.
Para satisfazer não se sabe quais objetivos políticos -- ou se sabe, mas é melhor não dizer -- o governo interfere deliberada e diretamente no funcionamento do que deveria ser, simplesmente, uma companhia de energia...
Desempenho da Petrobras é o segundo pior do setor no ano
Peter Millard, do Rio
Valor Econômico, 14/07/2010
Petróleo: Comportamento da ação da estatal brasileira só é melhor que o dos papéis da BP, que enfrenta o pior vazamento de óleo da história americana.
A Petrobras teve o segundo pior desempenho no mundo neste ano entre as companhias de petróleo, atrás apenas da BP , por conta do receio de que o governo vai forçar a empresa a pagar mais do que os investidores esperavam originalmente pelas reservas de petróleo do pré-sal.
O valor dos 5 bilhões de barris de reservas, que o governo pretende trocar por novas ações, irá determinar o tamanho da oferta de ações da estatal planejada para este ano e pode sinalizar o quanto a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende aumentar do controle. Um preço mais elevado pode forçar Petrobras a vender mais ações para pagar o petróleo, diluindo os acionistas minoritários, disse Max Bueno, analista da Spinelli Corretora.
"O governo quer anunciar para a população que tem um valor justo para as reservas", afirmou Ted Harper, que ajuda a gerir US$ 6,8 bilhões na Frost Investment Advisors, de Houston, EUA, em entrevista por telefone. O adiamento da venda de ações, que ficou mais perto das eleições presidenciais de outubro, "deixa as águas completamente turvas e aumenta a politização da oferta".
A Petrobras caiu 27% no primeiro semestre, seu pior início de ano desde 1995. Isso se compara a uma queda de 47% da BP, que enfrenta dezenas de bilhões de dólares em prejuízos por causa do desastre que levou ao maior derramamento de óleo na história americana. A Exxon Mobil , o maior produtor de petróleo dos EUA, e o maior da Europa, a Royal Dutch Shell, perderam 16% e 10%, respectivamente.
A Petrobras pode precisar pagar ao governo até US$ 8 por barril das reservas, ou até US $ 40 bilhões, disseram os analistas do Credit Suisse liderados por Emerson Leite em relatório a investidores em 30 de junho. No início deste ano, o banco previu que a Petrobras pagaria de US $ 5 a US$ 6 dólares por barril, ou US$ 30 bilhões em novas ações.
Procurada, a Petrobras não quis fazer comentários sobre a venda de ações ou sobre o desempenho do papel.
Em assembleia no mês passado, os acionistas autorizaram um aumento de capital total de R$ 150 bilhões (US$ 85 bilhões), incluindo ações a serem emitidas em troca de reservas. A Petrobras disse que espera levantar até US$ 25 bilhões dos acionistas minoritários.
Em 22 de junho, a estatal adiou a oferta para setembro, o que significou também o adiamento do dinheiro necessário para bancar o plano de investimento de US$ 224 bilhões para desenvolver a maior reserva de petróleo encontrada em três décadas. A empresa afirmou que precisa aguardar a avaliação das reservas pelo governo antes da oferta pública.
"O que está assombrando as ações por semanas é esse elevado nível de intervenção política. E agora ela perdeu credibilidade entre os acionistas", após o adiamento, afirmou Christopher Palmer, que supervisiona US$ 5 bilhões como chefe de mercados emergentes na Gartmore Investment Management , em uma entrevista em Londres.
"Quantos bilhões de dólares de valor para o acionista foi destruído devido a falta de credibilidade e de comunicação?", disse.
As eleições presidenciais de outubro poderão levar o governo a colocar um preço elevado nas reservas para evitar uma "reação política", disse Leite.
O ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse por meio de sua assessoria de imprensa em Brasília que o governo não irá interferir no preço das reservas. O processo não vai "sofrer influência eleitoral", disse ele.
Lula e Dilma Rousseff, candidata do PT, "terão dificuldades para justificar" um valor abaixo de US$ 30 bilhões, disseram os analistas da Eurasia Group liderados por Christopher Garman, em relatório de 23 de junho. A oposição pode argumentar durante a campanha que é um "negócio de pai para filho" para a Petrobras e os investidores estrangeiros, disse.
Se o governo acrescentar um dólar "ou dois" ao preço do barril terá um efeito de "bilhões de dólares" sobre o tamanho da oferta de ações e sobre o lucro por ação, disse Eric Conrads, gerente do fundo hedge Armada Capital na Cidade do México, em uma entrevista em 25 de junho.
A Petrobras subiu 7 centavos ontem, ou 0,3%, a R$ 27,30, em São Paulo. A perda da Petrobras neste ano é a segundo pior entre as 35 maiores companhias de petróleo por valor de mercado, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A BP teve a maior alta em 20 meses em Londres anteontem por conta da especulação de que a empresa pode ter sucesso em deter o derramamento de óleo. A BP estendeu seus ganhos ontem, subindo 2,9%, para 410,35 pence.
Petrobras planeja emitir ações suficientes na operação para permitir que o governo e os investidores minoritários mantenham as suas participações. A agência reguladora do petróleo do Brasil, a ANP, contratou a Gaffney, Cline & Associates para avaliar o quanto as reservas realmente valem.
A oferta pública e a permuta fazem parte dos planos para financiar o desenvolvimento de campos, incluindo o de Tupi, a "maior descoberta de petróleo nas Américas desde Cantarell do México em 1976". A Petrobras pode ter de gastar mais de US$ 224 bilhões depois que o derramamento de BP no Golfo do México aumentou os prêmios de seguro e os custos de perfuração em águas profundas, Bueno Spinelli disse em uma entrevista por telefone de São Paulo em 8 de julho.
A preocupação de que os custos de perfuração de águas profundas cresçam está aumentando o custo da proteção contra um descumprimento de contrato por parte da Petrobras, o maior produtor de petróleo em águas abaixo de mil pés, em relação à Petróleos Mexicanos, que não tem produção em águas profundas.
(Colaboraram Tal Barak Harif , de Nova York, Andres R. Martinez, da Cidade do México, e Maria Luiza Rabello, de Brasília)
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Crescimento da idiotice nacional: a revisão do estatuto da crianca
O que é que poderia impedir um país de mergulhar na estupidez, de descer ao abismo mais ridículo da burrice institucionalizada?
Não tenho a receita, mas acredito que bastaria bom senso.
O que vai abaixo é uma das coisas mais estúpidas e mais autoritárias, a que já assisti neste país, como nunca antes desde Cabral...
Paulo Roberto de Almeida
Governo modifica Estatuto da Criança e Adolescente
Thomaz Pires
Congresso em Foco, 14/07/2010 - 16h20
O governo enviou nesta quarta-feira (14) ao Congresso o projeto de lei (veja a íntegra) que pretende acabar com as punições físicas de pais e educadores contra crianças e adolescentes. O texto faz alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa hoje 20 anos de criação, e passa a definir como "ação de natureza disciplinar ou punitiva” o uso da força física contra criança ou adolescentes.
Pela proposta, os infratores que infringirem o ECA com uso da violência física estarão sujeitos a encaminhamento para tratamento psicológico ou psiquiátrico, ao programa oficial ou comunitário de proteção à família, e encaminhamento a cursos ou programas de orientação. Será necessário o testemunho de terceiros - vizinhos, parentes, assistentes sociais - que atestem o castigo corporal e queiram delatar o infrator para o Conselho Tutelar.
Atualmente, o estatuto proíbe maus-tratos, mas não define quais são os casos. Dessa forma, o texto enviado pelo governo alega que a legislação é genérica e precisa ser mais específica no que diz respeito aos castigos. Com isso, a palavra “palmada” foi inserida na redação. Sobre a definição, criticadas pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que avalia que a mudança pode enfraquecer a Lei e monopolizar apenas esse tema, Lula usou do humor para justificar a proposta: “Beliscão dói pra cacete”, disse o presidente na cerimônia de comemoração dos 20 anos do ECA.
O presidente Lula partiu em defesa da iniciativa durante a cerimônia e ressaltou o otimismo no aprimoramento da Lei atual. “Tenho consciência de que o Congresso irá aperfeiçoar e conseguir fazer melhor do que nós mandamos. Temos consciência de que alguns conservadores irão fazer disputa conosco. Mas esse é o debate bom. E temos que mostrar que nós estaremos atentos para garantir que as crianças sejam crianças”.
A proposta ainda precisa passar pelo setor de protocolo da Câmara para ser numerada e encaminhada para a comissão permanente responsável. Ainda não há prazo para a definição de qual parlamentar deverá relatar o proposta.
Não tenho a receita, mas acredito que bastaria bom senso.
O que vai abaixo é uma das coisas mais estúpidas e mais autoritárias, a que já assisti neste país, como nunca antes desde Cabral...
Paulo Roberto de Almeida
Governo modifica Estatuto da Criança e Adolescente
Thomaz Pires
Congresso em Foco, 14/07/2010 - 16h20
O governo enviou nesta quarta-feira (14) ao Congresso o projeto de lei (veja a íntegra) que pretende acabar com as punições físicas de pais e educadores contra crianças e adolescentes. O texto faz alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa hoje 20 anos de criação, e passa a definir como "ação de natureza disciplinar ou punitiva” o uso da força física contra criança ou adolescentes.
Pela proposta, os infratores que infringirem o ECA com uso da violência física estarão sujeitos a encaminhamento para tratamento psicológico ou psiquiátrico, ao programa oficial ou comunitário de proteção à família, e encaminhamento a cursos ou programas de orientação. Será necessário o testemunho de terceiros - vizinhos, parentes, assistentes sociais - que atestem o castigo corporal e queiram delatar o infrator para o Conselho Tutelar.
Atualmente, o estatuto proíbe maus-tratos, mas não define quais são os casos. Dessa forma, o texto enviado pelo governo alega que a legislação é genérica e precisa ser mais específica no que diz respeito aos castigos. Com isso, a palavra “palmada” foi inserida na redação. Sobre a definição, criticadas pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que avalia que a mudança pode enfraquecer a Lei e monopolizar apenas esse tema, Lula usou do humor para justificar a proposta: “Beliscão dói pra cacete”, disse o presidente na cerimônia de comemoração dos 20 anos do ECA.
O presidente Lula partiu em defesa da iniciativa durante a cerimônia e ressaltou o otimismo no aprimoramento da Lei atual. “Tenho consciência de que o Congresso irá aperfeiçoar e conseguir fazer melhor do que nós mandamos. Temos consciência de que alguns conservadores irão fazer disputa conosco. Mas esse é o debate bom. E temos que mostrar que nós estaremos atentos para garantir que as crianças sejam crianças”.
A proposta ainda precisa passar pelo setor de protocolo da Câmara para ser numerada e encaminhada para a comissão permanente responsável. Ainda não há prazo para a definição de qual parlamentar deverá relatar o proposta.
Crescimento da idiotice nacional: a mafia dos jornalistas se mobiliza
Se o Supremo já declarou que a exigência de diploma é inconstitucional, o que estão fazendo todos esses "legisladores" do inconstitucional?
Perdendo tempo e o nosso dinheiro?
Sou contra regulamentações, como já escrevi no post anterior.
Mas sou contra também idiotices oficiais.
Não sei se poderia existir uma lei geral contra a burrice, que impedisse a apresentação de projetos de lei manifestamente estúpidos ou inconstitucionais (as duas hipóteses se aplicam ao dispositivo em questão).
Paulo Roberto de Almeida
Comissão aprova a volta do diploma de jornalista
Renata Camargo
Congresso em Foco, 14/07/2010 - 16h43
A comissão especial da Câmara que discute a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão aprovou nesta quarta-feira (14) o substitutivo que restabelece a obrigatoriedade do diploma, derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julho de 2009. Em reunião esvaziada e sem muito debate, os parlamentares aprovaram a PEC 386/09, proposta pelo deputado Hugo Leal (PSC-RJ).
A matéria vai agora para o plenário da Câmara, onde será votada em dois turnos, antes de seguir para o Senado. De acordo com o texto aprovado, passa a constar, de maneira explícita, na Constituição Federal que “a exigência de graduação em jornalismo e de registro do respectivo diploma nos órgãos competentes para o exercício da atividade profissional não constitui restrição às liberdades de pensamento e de informação jornalística”.
A exigência do diploma de jornalista derrubada pelo STF tem sido alvo de forte polêmica. No Congresso, as reações à decisão do Supremo levou a apresentação de diversas propostas de emenda à Constituição para retomar a exigência do curso superior na área de jornalismo. Em novembro do ano passado, a primeira PEC nesse sentido foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Perdendo tempo e o nosso dinheiro?
Sou contra regulamentações, como já escrevi no post anterior.
Mas sou contra também idiotices oficiais.
Não sei se poderia existir uma lei geral contra a burrice, que impedisse a apresentação de projetos de lei manifestamente estúpidos ou inconstitucionais (as duas hipóteses se aplicam ao dispositivo em questão).
Paulo Roberto de Almeida
Comissão aprova a volta do diploma de jornalista
Renata Camargo
Congresso em Foco, 14/07/2010 - 16h43
A comissão especial da Câmara que discute a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão aprovou nesta quarta-feira (14) o substitutivo que restabelece a obrigatoriedade do diploma, derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julho de 2009. Em reunião esvaziada e sem muito debate, os parlamentares aprovaram a PEC 386/09, proposta pelo deputado Hugo Leal (PSC-RJ).
A matéria vai agora para o plenário da Câmara, onde será votada em dois turnos, antes de seguir para o Senado. De acordo com o texto aprovado, passa a constar, de maneira explícita, na Constituição Federal que “a exigência de graduação em jornalismo e de registro do respectivo diploma nos órgãos competentes para o exercício da atividade profissional não constitui restrição às liberdades de pensamento e de informação jornalística”.
A exigência do diploma de jornalista derrubada pelo STF tem sido alvo de forte polêmica. No Congresso, as reações à decisão do Supremo levou a apresentação de diversas propostas de emenda à Constituição para retomar a exigência do curso superior na área de jornalismo. Em novembro do ano passado, a primeira PEC nesse sentido foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Contra todos os corporativismos, sobretudo os dos jornalistas
Todos os que me lêem, ou que me conhecem, sabem que eu sou virulentamente -- quase escrevo violentamente, o que não é um caso, pois sou um cidadão pacífico, só perdendo a paciência com a burrice e a desonestidade intelectual, que infelizmente são muito frequentes por aqui -- contra todos os espíritos de guilda, todas as corporações de ofício, todas as máfias sindicais e sobretudo contra TODAS as regulamentações desnecessárias, inúteis, custosas, dispensáveis.
Sou também contra todos os diplomas, inclusive diplomas de qualquer tipo mesmo para diplomata, inclusive diploma de alfabetizado ou de curso primário. Se dependesse de mim, o Instituto Rio Branco organizaria concursos para selecionar diplomatas sem qualquer exigência prévia, sequer de nacionalidade brasileira (mas aí alguém ainda vai me acusar de traidor da pátria). Se o candidato em questão sabe escrever, sabe línguas, se desempenha bem em "n" matérias consideradas requisitos essenciais para ser um bom diplomata (e aí vocês podem escolher a que quiserem, economia, literatura, culinária, whatever...), então ele pode ser um diplomata, mas eu também o submeteria a uma banca dotada de poderes para barrar malucos em geral, autistas em perticular, psicóticos em especial (acho que é o mínimo que se pode exigir de um diplomata que ele não seja um desequilibrado, desses capazes de decorar um lista telefônica, ou todo o programa do concurso, para passar "brilhantemente" por provas impessoais...).
Sou ESPECIALMENTE CONTRA diplomas e até faculdades de jornalismo, a coisa mais idiota que posso imaginar para alguém que pretenda trabalhar em jornal. Acredito que elas possam existir, pois sou pela liberdade de mercados, e existem técnicas que podem ser aprendidas, entre outras, nessas escolinhas de comunicações.
O que eu sou contra mesmo é essa exigência de diploma de jornalismo como requisito obrigatório para exercer a profissão. TODOS, inclusive um agricultor, podem ser jornalistas, sabendo escrever e tendo aptidão para aprender as tecnicalidades, o que via de regra exige apenas duas ou três semanas de redação. O resto é experiência...
Por isso me permito repetir aqui o post de um conhecido jornalista que é contra os diplomas e as reservas de mercado para jornalistas...
Paulo Roberto de Almeida
JORNALISMO REQUER APTIDÃO, TALENTO E ALGUMA TÉCNICA, QUE SE APRENDE EM DOIS MESES; EXIGÊNCIA DE DIPLOMA FERE O ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO, O MAIS IMPORTANTE DELES
Reinaldo Azevedo, 14.07.2010
Ah, o odor nauseabundo que emana do corporativismo bocó, mas muito eficaz em manter os próprios aparelhos e privilégios. No post abaixo, vocês lêem que uma comissão especial da Câmara aprovou a obrigatoriedade do diploma para jornalista. A proposta é inconstitucional. Já chego lá. Antes, algumas considerações.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murilo, afirma que algumas pessoas que pediram registro de jornalista nunca pisaram numa redação. É mesmo? Se for assim, então elas já podem disputar a direção da Fenaj. Afinal, a maioria dos dirigentes sindicais não saberia a diferença entre um lead e uma touceira, não é mesmo?
À diferença do que sustentam alguns energúmenos, sou jornalista “depromado”. Até hoje, não há uma miserável coisa que eu tenha feito na minha profissão — e não posso reclamar da minha escolha — que me tenha sido dada ou ensinada pelo curso de jornalismo: NADA! ZERO! Já o curso de Letras, penso eu, foi essencial para mim — como é o de medicina, arquitetura, direito, culinária etc para outros jornalistas. Sempre destacando que há os que não cursaram coisa nenhuma e fazem um trabalho brilhante.
Jornalismo requer duas coisas, além de formação intelectual — que os cursos de jornalismo não fornecem porque passam boa parte do tempo ocupados em “desconstruir” os grandes veículos onde a meninada vai trabalhar depois… Jornalismo requer talento para a narrativa — mesmo a narrativa jornalística tem de ter noção de enredo — e um conjunto de procedimentos técnicos, alguns deles ligados à ética da profissão. É precisa de algo parecido com intuição, mas que é só questão de inteligência: saber onde está a notícia. Vale dizer: cedo ou tarde, um jornalista tem de ler A Cartuxa de Parma, de Stendhal — ou vai acabar tratando um evento histórico como buraco de rua. Quem ensina isso? A faculdade de jornalismo???
Talento, lamento!, não se ensina. No máximo, ele pode ser lapidado. Nem todo mundo tem aptidão para a pintura, a música ou a dança. Com o texto, é a mesma coisa. Há gente que não nasceu para viver da escrita — e um jornalista tem de saber escrever, o que a faculdade não ensina. A lapidação se dá no exercício. O que as faculdades têm feito, aí sim, é distorcer a profissão. As faculdades de jornalismo, com raras exceções, se transformaram em extensões do “partido”. Professores se dedicam mais a falar do “outro mundo possível” do que a ensinar como se faz um lead neste nosso muindinho imperfeito mesmo.
Qual, afinal, é o objeto de um curso de jornalismo? Economia? Política? Sociologia? Semiótica? O quê? Resposta: um pouco de tudo isso e nada disso, mas com muitas virgulas entre sujeito e predicado… Se a exigência do diploma já era, do ponto de vista democrático, estúpida, agora se tornou incompatível também com as modernas tecnologias a serviço da informação. Quem poderá impedir, sem violentar a Constituição, um veículo jornalístico de abrigar, por exemplo, um blogueiro que tenha o que dizer, seja ele jornalista “depromado” ou não? Vão plantar batatas para colher Imposto Sindical!!!
Que a Fenaj defenda essa excrescência, eis uma coisa que faz sentido. A entidade lutou arduamente pela criação do Conselho Federal de Jornalismo, que era um verdadeiro órgão de censura. Poderia até, imaginem!, cassar a licença de um jornalista. E se apresentou, espertos os caras!, para compor a primeira diretoria do órgão… O amor dessa gente pela profissão me comove. Contenho aqui uma furtiva lágrima…
Inconstitucional
Só para lembrar: o STF derrubou a exigência do diploma porque ele foi considerado incompatível com o princípio da liberdade de expressão assegurado pela Carta. No caso, tratava-se de uma lei que afrontava o dispositivo constitucional; agora, é uma emenda.
E a proposta não deixa de ser inconstitucional porque emenda — afinal, o Artigo 5º da Carta continua lá, a saber:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(…)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
(…)
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Com alguma ironia, observo que, freqüentemente, tenho dúvidas se o jornalismo é mesmo uma “atividade intelectual”, mas tenho a certeza de que é uma “atividade de comunicação”. E não depende de “censura ou LICENÇA”.
Fim de papo.
*PS - Se a Constituição, agora, vai abrigar regulamentação de profissão, por que só jornalismo? E as outras? O Ministério do Trabalho tem um código específico até para a prostituição, destacando os, digamos, requisitos para tal atividade. Imagino a questão tratada naquele que deve ser o nosso documento com sentido de permanência, naquela linguagem decorosa do legalismo: “O exercício das atividades intrafemurais obedece aos princípios do… Sei lá: “do contratante da mão-de-obra”? A boçalidade brasileira é ainda mais extensa do que suas praias…
Sou também contra todos os diplomas, inclusive diplomas de qualquer tipo mesmo para diplomata, inclusive diploma de alfabetizado ou de curso primário. Se dependesse de mim, o Instituto Rio Branco organizaria concursos para selecionar diplomatas sem qualquer exigência prévia, sequer de nacionalidade brasileira (mas aí alguém ainda vai me acusar de traidor da pátria). Se o candidato em questão sabe escrever, sabe línguas, se desempenha bem em "n" matérias consideradas requisitos essenciais para ser um bom diplomata (e aí vocês podem escolher a que quiserem, economia, literatura, culinária, whatever...), então ele pode ser um diplomata, mas eu também o submeteria a uma banca dotada de poderes para barrar malucos em geral, autistas em perticular, psicóticos em especial (acho que é o mínimo que se pode exigir de um diplomata que ele não seja um desequilibrado, desses capazes de decorar um lista telefônica, ou todo o programa do concurso, para passar "brilhantemente" por provas impessoais...).
Sou ESPECIALMENTE CONTRA diplomas e até faculdades de jornalismo, a coisa mais idiota que posso imaginar para alguém que pretenda trabalhar em jornal. Acredito que elas possam existir, pois sou pela liberdade de mercados, e existem técnicas que podem ser aprendidas, entre outras, nessas escolinhas de comunicações.
O que eu sou contra mesmo é essa exigência de diploma de jornalismo como requisito obrigatório para exercer a profissão. TODOS, inclusive um agricultor, podem ser jornalistas, sabendo escrever e tendo aptidão para aprender as tecnicalidades, o que via de regra exige apenas duas ou três semanas de redação. O resto é experiência...
Por isso me permito repetir aqui o post de um conhecido jornalista que é contra os diplomas e as reservas de mercado para jornalistas...
Paulo Roberto de Almeida
JORNALISMO REQUER APTIDÃO, TALENTO E ALGUMA TÉCNICA, QUE SE APRENDE EM DOIS MESES; EXIGÊNCIA DE DIPLOMA FERE O ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO, O MAIS IMPORTANTE DELES
Reinaldo Azevedo, 14.07.2010
Ah, o odor nauseabundo que emana do corporativismo bocó, mas muito eficaz em manter os próprios aparelhos e privilégios. No post abaixo, vocês lêem que uma comissão especial da Câmara aprovou a obrigatoriedade do diploma para jornalista. A proposta é inconstitucional. Já chego lá. Antes, algumas considerações.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murilo, afirma que algumas pessoas que pediram registro de jornalista nunca pisaram numa redação. É mesmo? Se for assim, então elas já podem disputar a direção da Fenaj. Afinal, a maioria dos dirigentes sindicais não saberia a diferença entre um lead e uma touceira, não é mesmo?
À diferença do que sustentam alguns energúmenos, sou jornalista “depromado”. Até hoje, não há uma miserável coisa que eu tenha feito na minha profissão — e não posso reclamar da minha escolha — que me tenha sido dada ou ensinada pelo curso de jornalismo: NADA! ZERO! Já o curso de Letras, penso eu, foi essencial para mim — como é o de medicina, arquitetura, direito, culinária etc para outros jornalistas. Sempre destacando que há os que não cursaram coisa nenhuma e fazem um trabalho brilhante.
Jornalismo requer duas coisas, além de formação intelectual — que os cursos de jornalismo não fornecem porque passam boa parte do tempo ocupados em “desconstruir” os grandes veículos onde a meninada vai trabalhar depois… Jornalismo requer talento para a narrativa — mesmo a narrativa jornalística tem de ter noção de enredo — e um conjunto de procedimentos técnicos, alguns deles ligados à ética da profissão. É precisa de algo parecido com intuição, mas que é só questão de inteligência: saber onde está a notícia. Vale dizer: cedo ou tarde, um jornalista tem de ler A Cartuxa de Parma, de Stendhal — ou vai acabar tratando um evento histórico como buraco de rua. Quem ensina isso? A faculdade de jornalismo???
Talento, lamento!, não se ensina. No máximo, ele pode ser lapidado. Nem todo mundo tem aptidão para a pintura, a música ou a dança. Com o texto, é a mesma coisa. Há gente que não nasceu para viver da escrita — e um jornalista tem de saber escrever, o que a faculdade não ensina. A lapidação se dá no exercício. O que as faculdades têm feito, aí sim, é distorcer a profissão. As faculdades de jornalismo, com raras exceções, se transformaram em extensões do “partido”. Professores se dedicam mais a falar do “outro mundo possível” do que a ensinar como se faz um lead neste nosso muindinho imperfeito mesmo.
Qual, afinal, é o objeto de um curso de jornalismo? Economia? Política? Sociologia? Semiótica? O quê? Resposta: um pouco de tudo isso e nada disso, mas com muitas virgulas entre sujeito e predicado… Se a exigência do diploma já era, do ponto de vista democrático, estúpida, agora se tornou incompatível também com as modernas tecnologias a serviço da informação. Quem poderá impedir, sem violentar a Constituição, um veículo jornalístico de abrigar, por exemplo, um blogueiro que tenha o que dizer, seja ele jornalista “depromado” ou não? Vão plantar batatas para colher Imposto Sindical!!!
Que a Fenaj defenda essa excrescência, eis uma coisa que faz sentido. A entidade lutou arduamente pela criação do Conselho Federal de Jornalismo, que era um verdadeiro órgão de censura. Poderia até, imaginem!, cassar a licença de um jornalista. E se apresentou, espertos os caras!, para compor a primeira diretoria do órgão… O amor dessa gente pela profissão me comove. Contenho aqui uma furtiva lágrima…
Inconstitucional
Só para lembrar: o STF derrubou a exigência do diploma porque ele foi considerado incompatível com o princípio da liberdade de expressão assegurado pela Carta. No caso, tratava-se de uma lei que afrontava o dispositivo constitucional; agora, é uma emenda.
E a proposta não deixa de ser inconstitucional porque emenda — afinal, o Artigo 5º da Carta continua lá, a saber:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(…)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
(…)
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Com alguma ironia, observo que, freqüentemente, tenho dúvidas se o jornalismo é mesmo uma “atividade intelectual”, mas tenho a certeza de que é uma “atividade de comunicação”. E não depende de “censura ou LICENÇA”.
Fim de papo.
*PS - Se a Constituição, agora, vai abrigar regulamentação de profissão, por que só jornalismo? E as outras? O Ministério do Trabalho tem um código específico até para a prostituição, destacando os, digamos, requisitos para tal atividade. Imagino a questão tratada naquele que deve ser o nosso documento com sentido de permanência, naquela linguagem decorosa do legalismo: “O exercício das atividades intrafemurais obedece aos princípios do… Sei lá: “do contratante da mão-de-obra”? A boçalidade brasileira é ainda mais extensa do que suas praias…
Submarinos nucleares: sao realmente necessarios?
Uma opinião cética de um observador político no New York Times de hoje (abaixo)
Não me surpreende que militares em geral, marinheiros em particular, defendam a idéia. Para militares, deter toda a panóplia possível de armas ofensivas e de dissuasão está na lógica do seu trabalho: se é para atacar, ou para se defender, melhor dispor de TODA E QUALQUER ARMA IMAGINÁVEL.
O que me surpreende é que líderes civis entreguem a esses profissionais tudo o que eles desejam, mesmo brinquedos de 8 bilhões de dólares.
É um pouco como pais irresponsáveis dando todos os presentes que uma criança visivelmente e declaradamente deseja ao entrar num palácio de brinquedos, essas superlojas de jogos e brinquedos que são a alegria dos petizes (como se dizia antigamente) e o terror dos pais.
Militares são como crianças, precisam ser controlados.
Acredito que pais responsáveis tenham melhor utilização para o seu dinheiro do que comprar todos os brinquedos na shopping list dos filhos.
Governantes responsáveis compram apenas os brinquedos "necessários" et encore...
Um país não deve se armar para todas as hipóteses possíveis, pois o cenário é infinito. Um país só deve se armar para assegurar um mínimo de defesa, tendo em conta que sua diplomacia está ali para construir um ambiente de paz.
Megalomaníacos, e pais idiotas, se deixam arrastar pelos desejos de crianças abusadas, mesmo aquelas crianças de farda e galardões.
Ainda vou escrever sobre isso...
Paulo Roberto de Almeida
Run Silent. Run Deep. Run Obsolete.
By Timothy Egan
The New York Times, July 14, 2010
QUILCENE, Wash. — We’re digging clams and picking oysters on one of the longest days of the year. It’s a huge bounty, this frutti di mare, bringing to mind what the natives always said about Puget Sound: when the tide is out, the table is set.
And then the waters roil and there appears off the horizon a vessel that could destroy much of the world in an eyeblink.
It’s one thing to see an orca breach, a nine-ton black-and-white flash of Indian art come to life, or a great blue heron swoop for prey, its thin legs unfolding like the collapsible frame of an umbrella. All seems right in the world.
But when a 560-foot-long Trident submarine breaks the surface, carrying a nuclear payload that could wipe out any number of cities, you have to check the time and place. Is this 2010, or 1964?
Just as the Russian spies, with their Facebook poses and quaint plans to get Secret Informations about the Google, made us realize the cold war maintains a peculiar grip, catching a glimpse of a nuclear submarine prompts a similar reaction. The doomsday architecture of Mutual Assured Destruction is still very much in place. The sub was bound for Naval Base Kitsap, home to what the Seattle Times in 2006 called the largest nuclear weapons storehouse in the United States.
These vessels have helped to keep the peace for decades; the service of the men and women who run silent and deep and nearly undetectable is laudable. But what about the policy behind MAD? Is it as outdated as those spies?
As the sea leg of the triad of nuclear deterrence, the Trident submarines provide “the nation’s most survivable and enduring nuclear strike capability,” as stated by the Navy. Their mission is to launch a massive and final lethal blow in the event that the worst has happened: “nuclear combat toe-to-toe with the Ruskies,” in the memorable drawl of Major T. J. “King” Kong, the Slim Pickens character in “Dr. Strangelove.”
MAD makes sense in a rational world: the Russians or Chinese would never try to wipe us out, because we would then wipe them out. They want to live well and prosper, as do we.
But MAD makes less sense at a time when the enemies of civilization are cave-dwelling religious fanatics who target cartoonists and kill innocent children at soccer telecasts and think, if they die in nuclear Armageddon, a sexual reward awaits them in heaven.
American policy, as stated in the Nuclear Posture Review updated by the Obama administration in April, rightfully targets nuclear proliferation by rogue nations — North Korea and Iran — and nuclear terror by free-agent zealots as the top priority. But then it also continues the cold war triad of nuclear deterrence — MAD.
Yes, the report notes that the United States and Russia have reduced strategic nuclear weapons by about 75 percent since the end of the cold war. And the new Strategic Arms Limitation Treaty backed by Obama and facing a round of hearings in Congress would scale those weapons back even more.
“It is in the United States’ interest and that of nearly all other nations that the nearly 65-year-record of nuclear non-use be extended forever.” Such is the goal, as stated in the review.
And despite Mitt Romney’s uninformed posturing against the treaty, Republicans with the most knowledge of American defense strategy, led by Senator Richard Lugar of Indiana, say the new pact would continue the works of Presidents Reagan and Bush the elder to deescalate cold war tensions while upgrading overall deterrent strategy.
But why not kill the cold war altogether? Deconstruct MAD, or take a couple hundred cities off the hit list? Even if this treaty goes into effect, the United States will retain 240 ballistic missiles just on the submarines alone, according to information presented to Congress.
Why not a much larger reset? The deterrence would still be there, even with a pair of submarines, let alone the dozen-plus out there now, not to mention the new class of extraordinarily costly submarines under construction.
These new submarines may cost about $8.2 billion each to build, the Congressional Budget Office reported a few months ago. The first one, always the most pricey, may run up to $13 billion, which would make it the most expensive Navy vessel ever built. In May, Defense Secretary Robert Gates questioned whether the cost of all these new ships was worth it in the big view of getting the most safety for the most buck.
His legitimate query was greeted by a collective ho-hum. MAD and all its budget-busting infrastructure is just so much a part of the scenery now.
What we will get for those billions are sleek new nuclear-armed behemoths to replace the sleek old nuclear-armed behemoths, all in service to a dinosaur policy. Once the subs are in use, they will likely perform the same tired mission, ready to fire the last shot in a world going down. Meanwhile, above the surface of the ocean, crazed religious leaders in tents and Flintstone huts plot murder against innocents using Radio Shack rejects.
The purpose of these subs, like MAD itself, is rarely questioned. As so they glide in and out of Puget Sound, as the seasons roll by and the decades pass, powered by the inertia of a policy dating to black-and-white television, spies in ill-fitting suits, and a fear of Doomsday just a few ticks of the clock away.
============
Addendum:
Uma leitora, Lara Wasser, ao ler meus comentários iniciais, escreveu-me o que segue:
Acredito que o que menos importa no projeto do submarino nuclear é a questão estratégica operacional militar. O que mais importa é que o Brasil construirá um reator nuclear e terá todo o domínio do ciclo do combustível nuclear.
Os desafios para se produzir um reator pequeno, para ser alocado em um submarino são significativos. O submarino será o pano de fundo de um grande salto tecnológico.
A usina que transformará o yellow-cake (urânio enriquecido) no gás hexafluoreto de urânio, em seguida em dióxido de urânio (pastilhas) já está operando em testes em Rezende. Para realizar esse processo o Brasil precisava contratar o serviço ao Canadá e a França em duas etapas, agora será feito aqui com tecnologia nacional.
O Brasil construirá 5 usinas nucleares a médio prazo. Se o projeto do submarino prosperar, como esperado, as usinas poderão usar reatores nacionais. O custo do Kwh nuclear cairá significativamente.
Era preciso ir a Lua? Quanto a sociedade americana se beneficia dos desenvolvimentos tecnológicos que foram necessários para o feito? Incalculável, eu diria.
----------------
Novo Addendum, por Mário Machado, sobre a postagem "Submarinos nucleares: sao realmente necessarios?":
Me pergunto se para ter o domínio de todo esse ciclo-nuclear que a leitora descreveu é preciso o submarino, não seria mais proveitoso e barato fazer logo o programa para gerar energia e combustível nuclear aqui sem o desvio de energia e foco de construir um submarino que é muito mais que um reator, necessita do casco, das instalações onde construir esse submarino, bases de operação, centenas, se não milhares de marinheiros ligados a manutenção, operação e vigilância dos portos onde este submarino se encontra.
Não me surpreende que militares em geral, marinheiros em particular, defendam a idéia. Para militares, deter toda a panóplia possível de armas ofensivas e de dissuasão está na lógica do seu trabalho: se é para atacar, ou para se defender, melhor dispor de TODA E QUALQUER ARMA IMAGINÁVEL.
O que me surpreende é que líderes civis entreguem a esses profissionais tudo o que eles desejam, mesmo brinquedos de 8 bilhões de dólares.
É um pouco como pais irresponsáveis dando todos os presentes que uma criança visivelmente e declaradamente deseja ao entrar num palácio de brinquedos, essas superlojas de jogos e brinquedos que são a alegria dos petizes (como se dizia antigamente) e o terror dos pais.
Militares são como crianças, precisam ser controlados.
Acredito que pais responsáveis tenham melhor utilização para o seu dinheiro do que comprar todos os brinquedos na shopping list dos filhos.
Governantes responsáveis compram apenas os brinquedos "necessários" et encore...
Um país não deve se armar para todas as hipóteses possíveis, pois o cenário é infinito. Um país só deve se armar para assegurar um mínimo de defesa, tendo em conta que sua diplomacia está ali para construir um ambiente de paz.
Megalomaníacos, e pais idiotas, se deixam arrastar pelos desejos de crianças abusadas, mesmo aquelas crianças de farda e galardões.
Ainda vou escrever sobre isso...
Paulo Roberto de Almeida
Run Silent. Run Deep. Run Obsolete.
By Timothy Egan
The New York Times, July 14, 2010
QUILCENE, Wash. — We’re digging clams and picking oysters on one of the longest days of the year. It’s a huge bounty, this frutti di mare, bringing to mind what the natives always said about Puget Sound: when the tide is out, the table is set.
And then the waters roil and there appears off the horizon a vessel that could destroy much of the world in an eyeblink.
It’s one thing to see an orca breach, a nine-ton black-and-white flash of Indian art come to life, or a great blue heron swoop for prey, its thin legs unfolding like the collapsible frame of an umbrella. All seems right in the world.
But when a 560-foot-long Trident submarine breaks the surface, carrying a nuclear payload that could wipe out any number of cities, you have to check the time and place. Is this 2010, or 1964?
Just as the Russian spies, with their Facebook poses and quaint plans to get Secret Informations about the Google, made us realize the cold war maintains a peculiar grip, catching a glimpse of a nuclear submarine prompts a similar reaction. The doomsday architecture of Mutual Assured Destruction is still very much in place. The sub was bound for Naval Base Kitsap, home to what the Seattle Times in 2006 called the largest nuclear weapons storehouse in the United States.
These vessels have helped to keep the peace for decades; the service of the men and women who run silent and deep and nearly undetectable is laudable. But what about the policy behind MAD? Is it as outdated as those spies?
As the sea leg of the triad of nuclear deterrence, the Trident submarines provide “the nation’s most survivable and enduring nuclear strike capability,” as stated by the Navy. Their mission is to launch a massive and final lethal blow in the event that the worst has happened: “nuclear combat toe-to-toe with the Ruskies,” in the memorable drawl of Major T. J. “King” Kong, the Slim Pickens character in “Dr. Strangelove.”
MAD makes sense in a rational world: the Russians or Chinese would never try to wipe us out, because we would then wipe them out. They want to live well and prosper, as do we.
But MAD makes less sense at a time when the enemies of civilization are cave-dwelling religious fanatics who target cartoonists and kill innocent children at soccer telecasts and think, if they die in nuclear Armageddon, a sexual reward awaits them in heaven.
American policy, as stated in the Nuclear Posture Review updated by the Obama administration in April, rightfully targets nuclear proliferation by rogue nations — North Korea and Iran — and nuclear terror by free-agent zealots as the top priority. But then it also continues the cold war triad of nuclear deterrence — MAD.
Yes, the report notes that the United States and Russia have reduced strategic nuclear weapons by about 75 percent since the end of the cold war. And the new Strategic Arms Limitation Treaty backed by Obama and facing a round of hearings in Congress would scale those weapons back even more.
“It is in the United States’ interest and that of nearly all other nations that the nearly 65-year-record of nuclear non-use be extended forever.” Such is the goal, as stated in the review.
And despite Mitt Romney’s uninformed posturing against the treaty, Republicans with the most knowledge of American defense strategy, led by Senator Richard Lugar of Indiana, say the new pact would continue the works of Presidents Reagan and Bush the elder to deescalate cold war tensions while upgrading overall deterrent strategy.
But why not kill the cold war altogether? Deconstruct MAD, or take a couple hundred cities off the hit list? Even if this treaty goes into effect, the United States will retain 240 ballistic missiles just on the submarines alone, according to information presented to Congress.
Why not a much larger reset? The deterrence would still be there, even with a pair of submarines, let alone the dozen-plus out there now, not to mention the new class of extraordinarily costly submarines under construction.
These new submarines may cost about $8.2 billion each to build, the Congressional Budget Office reported a few months ago. The first one, always the most pricey, may run up to $13 billion, which would make it the most expensive Navy vessel ever built. In May, Defense Secretary Robert Gates questioned whether the cost of all these new ships was worth it in the big view of getting the most safety for the most buck.
His legitimate query was greeted by a collective ho-hum. MAD and all its budget-busting infrastructure is just so much a part of the scenery now.
What we will get for those billions are sleek new nuclear-armed behemoths to replace the sleek old nuclear-armed behemoths, all in service to a dinosaur policy. Once the subs are in use, they will likely perform the same tired mission, ready to fire the last shot in a world going down. Meanwhile, above the surface of the ocean, crazed religious leaders in tents and Flintstone huts plot murder against innocents using Radio Shack rejects.
The purpose of these subs, like MAD itself, is rarely questioned. As so they glide in and out of Puget Sound, as the seasons roll by and the decades pass, powered by the inertia of a policy dating to black-and-white television, spies in ill-fitting suits, and a fear of Doomsday just a few ticks of the clock away.
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Addendum:
Uma leitora, Lara Wasser, ao ler meus comentários iniciais, escreveu-me o que segue:
Acredito que o que menos importa no projeto do submarino nuclear é a questão estratégica operacional militar. O que mais importa é que o Brasil construirá um reator nuclear e terá todo o domínio do ciclo do combustível nuclear.
Os desafios para se produzir um reator pequeno, para ser alocado em um submarino são significativos. O submarino será o pano de fundo de um grande salto tecnológico.
A usina que transformará o yellow-cake (urânio enriquecido) no gás hexafluoreto de urânio, em seguida em dióxido de urânio (pastilhas) já está operando em testes em Rezende. Para realizar esse processo o Brasil precisava contratar o serviço ao Canadá e a França em duas etapas, agora será feito aqui com tecnologia nacional.
O Brasil construirá 5 usinas nucleares a médio prazo. Se o projeto do submarino prosperar, como esperado, as usinas poderão usar reatores nacionais. O custo do Kwh nuclear cairá significativamente.
Era preciso ir a Lua? Quanto a sociedade americana se beneficia dos desenvolvimentos tecnológicos que foram necessários para o feito? Incalculável, eu diria.
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Novo Addendum, por Mário Machado, sobre a postagem "Submarinos nucleares: sao realmente necessarios?":
Me pergunto se para ter o domínio de todo esse ciclo-nuclear que a leitora descreveu é preciso o submarino, não seria mais proveitoso e barato fazer logo o programa para gerar energia e combustível nuclear aqui sem o desvio de energia e foco de construir um submarino que é muito mais que um reator, necessita do casco, das instalações onde construir esse submarino, bases de operação, centenas, se não milhares de marinheiros ligados a manutenção, operação e vigilância dos portos onde este submarino se encontra.
Identificando aliados e inimigos: isso pode mudar a sua vida
Graças ao Vanguarda Popular, o inteligente e bem informado site de transparência na vida pública que já colaborou com o programa "Meu Dossiê, Sua Vida", do governo federal (ver post anterior), já dispomos de um mapa completo dos amigos e inimigos do povo, de maneira que podemos nos defender daqueles perversos sabujos do imperialismo, e sabemos perfeitamente com quem podemos contar na luta contra esses personagens detestáveis.
Apresentou primeiro os inimigos a combater, depois os amigos e aliados confiáveis...
Arquiinimigos do Povo
Capitalismo
Burguesia
Propriedade Privada
Central Intelligence Agency
Reinaldo Azevedo
Rede Globo
Revista Veja
Olavo de Carvalho
Ludwing von Mises
Tio Patinhas
World Net Daily
Movimento Endireitar
Mídia Sem Máscara
Mídia Pró-povo
Granma.Cu
Pravda.Ru
Marxists Internet Archive
Resistir.info
Carta Capital
Portal Vermelho
Luís Nassif
New York Times
Folha de São Paulo
Congresso Em Foco
Centro de Mídia Independente
TV Brasil, a sua TV pública
Agência Bolivariana de Notícias
Camaradas Amigos do Povo
Karl Marx
Lênin
Josef Stalin
Fidel Castro
Pol Pot
Ernesto Che Guevara
Mao Zedong
Michael Moore
Richard Dawkins
Paulo Freire
Antonio Gramsci
Carlos Mariguela
Hugo Chávez
Movimentos Democráticos
MST
Portal do Ateísmo
Portal oficial da ONU
UNESCO Brasil
Fórum Social Mundial
Rede Desarma Brasil
Comissão Pastoral da Terra
Faculdade de Filosofia - USP
Planned Parenthood
Foro de São Paulo
Central Única dos Trabalhadores
Via Campesina
Refundação do Comunismo
Copyright Vanguarda Popular
Apresentou primeiro os inimigos a combater, depois os amigos e aliados confiáveis...
Arquiinimigos do Povo
Capitalismo
Burguesia
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Reinaldo Azevedo
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Olavo de Carvalho
Ludwing von Mises
Tio Patinhas
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Movimento Endireitar
Mídia Sem Máscara
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Camaradas Amigos do Povo
Karl Marx
Lênin
Josef Stalin
Fidel Castro
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Ernesto Che Guevara
Mao Zedong
Michael Moore
Richard Dawkins
Paulo Freire
Antonio Gramsci
Carlos Mariguela
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MST
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Portal oficial da ONU
UNESCO Brasil
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Foro de São Paulo
Central Única dos Trabalhadores
Via Campesina
Refundação do Comunismo
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Transparencia governamental: mais uma iniciativa brilhante...
Governo Federal lança o Programa “Meu Dossiê, SUA VIDA”
Blog Vanguarda Popular
Escrito por Emmanuel Goldstein
Qua, 14 de Julho de 2010 17:00
BANÂNIA (VanguardaPopular ©) - Nesta quarta-feira (14) começam as inscrições para o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA”, o ambicioso projeto do governo federal que visa incentivar e difundir a criação de “bancos de dados” para ameaçar adversários políticos.
“O programa Meu Dossiê, SUA VIDA vai contribuir para a democratização dos meios de intimidação, permitindo que o banco de dados seja preparado de forma mais rápida e sem deixar vestígios”, argumentou o Ministro da Insegurança da Informação.
A novidade do programa é que a criação do dossiê acontecerá através da InfoInseg, uma rede de Insegurança da Informação que concentra um conjunto de bases de dados distribuídas pelos estados da Federação e por órgãos do governo federal.
O grande problema é que a população ainda tem muitas dúvidas. Pensando nisso, o glorioso Comitê Central do Partido VanguardaPopular © elaborou um pequeno FAQ (perdão pelo estrangeirismo, camaradas) para esclarecer alguns questionamentos.
1) Como funciona o sistema de Insegurança da Informação (InfoInseg)?
Camarada, a rede InfoInseg está funcionando via Internet. Qualquer cidadão cadastrado no Programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” poderá acessar a Rede, em qualquer parte do mundo. Mais informações sobre o InfoInseg você encontra aqui e aqui.
2) Através do programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” poderei violar o sigilo bancário do meu caseiro Eremildo?
Sim, camarada! O sistema InfoInseg possui um módulo exclusivo para violação de sigilos bancários! Com apenas um clique você terá em mãos toda a movimentação financeira do seu caseiro!
3) Meu Partido decidiu comprar um dossiê aloprado contra nossos adversários, o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” é a melhor opção?
Sem dúvidas, camarada! Com o Programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” você vai ficar sabendo tudo sobre a vida dos seus inimigos políticos e poderá, inclusive, violar o sigilo fiscal de algum líder da oposição!
4) Sou membro da Cooperativa de Assassinos 'Foi Bom te Conhecer' e estou iniciando minha carreira de seqüestrador profissional, posso utilizar o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” para coletar informações sobre minhas vítimas?
Sim, camarada bandido social! Toda informação que você precisa sobre sua vítima está disponível na base de dados do governo! Telefones, endereços, cartões de crédito, contas bancárias, resumindo, TODOS os dados pessoais estarão no seu dossiê em poucos segundos! Você não precisa mais perder seu precioso tempo levantando informações sobre o patrimônio da sua vítima, o governo federal já fez isso por você!
5) Sou Secretário Geral da ONU e candidato a ditador totalitário mundial, o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” pode me ajudar a identificar meus possíveis opositores?
Com certeza, camarada megalomaníaco! O sistema InfoInseg é o sonho de todo ditador líder psicopata progressista! Se Josef Stalin, Adolf Hitler e Mao Tse-tung tivessem um banco de dados como esse, com certeza teriam construído países socialistas muito mais prósperos e livres! Com esse sistema você poderá prender, plantar provas e acusar seus opositores muito mais facilmente, como o Hugo Chávez!
Blog Vanguarda Popular
Escrito por Emmanuel Goldstein
Qua, 14 de Julho de 2010 17:00
BANÂNIA (VanguardaPopular ©) - Nesta quarta-feira (14) começam as inscrições para o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA”, o ambicioso projeto do governo federal que visa incentivar e difundir a criação de “bancos de dados” para ameaçar adversários políticos.
“O programa Meu Dossiê, SUA VIDA vai contribuir para a democratização dos meios de intimidação, permitindo que o banco de dados seja preparado de forma mais rápida e sem deixar vestígios”, argumentou o Ministro da Insegurança da Informação.
A novidade do programa é que a criação do dossiê acontecerá através da InfoInseg, uma rede de Insegurança da Informação que concentra um conjunto de bases de dados distribuídas pelos estados da Federação e por órgãos do governo federal.
O grande problema é que a população ainda tem muitas dúvidas. Pensando nisso, o glorioso Comitê Central do Partido VanguardaPopular © elaborou um pequeno FAQ (perdão pelo estrangeirismo, camaradas) para esclarecer alguns questionamentos.
1) Como funciona o sistema de Insegurança da Informação (InfoInseg)?
Camarada, a rede InfoInseg está funcionando via Internet. Qualquer cidadão cadastrado no Programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” poderá acessar a Rede, em qualquer parte do mundo. Mais informações sobre o InfoInseg você encontra aqui e aqui.
2) Através do programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” poderei violar o sigilo bancário do meu caseiro Eremildo?
Sim, camarada! O sistema InfoInseg possui um módulo exclusivo para violação de sigilos bancários! Com apenas um clique você terá em mãos toda a movimentação financeira do seu caseiro!
3) Meu Partido decidiu comprar um dossiê aloprado contra nossos adversários, o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” é a melhor opção?
Sem dúvidas, camarada! Com o Programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” você vai ficar sabendo tudo sobre a vida dos seus inimigos políticos e poderá, inclusive, violar o sigilo fiscal de algum líder da oposição!
4) Sou membro da Cooperativa de Assassinos 'Foi Bom te Conhecer' e estou iniciando minha carreira de seqüestrador profissional, posso utilizar o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” para coletar informações sobre minhas vítimas?
Sim, camarada bandido social! Toda informação que você precisa sobre sua vítima está disponível na base de dados do governo! Telefones, endereços, cartões de crédito, contas bancárias, resumindo, TODOS os dados pessoais estarão no seu dossiê em poucos segundos! Você não precisa mais perder seu precioso tempo levantando informações sobre o patrimônio da sua vítima, o governo federal já fez isso por você!
5) Sou Secretário Geral da ONU e candidato a ditador totalitário mundial, o programa “Meu Dossiê, SUA VIDA” pode me ajudar a identificar meus possíveis opositores?
Com certeza, camarada megalomaníaco! O sistema InfoInseg é o sonho de todo ditador líder psicopata progressista! Se Josef Stalin, Adolf Hitler e Mao Tse-tung tivessem um banco de dados como esse, com certeza teriam construído países socialistas muito mais prósperos e livres! Com esse sistema você poderá prender, plantar provas e acusar seus opositores muito mais facilmente, como o Hugo Chávez!
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