sábado, 6 de dezembro de 2014

Producao intelectual brasileira em RI e PExtBr, 1954-2014: on the rise in Academia.edu

Vendendo como pão quente, eu poderia dizer se estivesse em Paris. De qualquer modo, acho que atraiu o povo para o qual essa compilação está dirigida.
OK Academia.edu: aceito as congratulações...
Paulo Roberto de Almeida

Política internacional, contexto regional e diplomacia brasileira, acompanhada de listagem seletiva da produção acadêmica em relações internacionais e em política externa do Brasil, de 1954 a 2014
 
Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/9617558/2723_Produ%C3%A7%C3%A3o_intelectual_sobre_rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais_e_pol%C3%ADtica_externa_do_Brasil_1954-2-14_; download pdf: https://www.academia.edu/attachments/35822293/download_file?st=MTQxNzY3OTE4Nyw3MS4yMzUuMjAzLjExLDc4NTEwNjY%3D&s=swp-toolbar). 

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Republica da Gatunagem, e a organizacao criminosa que a controla - Reinaldo Azevedo

Roubar pouco é bobagem, diria alguém, o glorioso é roubar muito, e passar para a história.
Nunca antes na história deste país, uma organização criminosa tinha roubado tanto, e facilitado a vida de tantos outros gatunos.
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 05/12/2014
 às 16:32

O Brasil tem jeito: privatização de estatais e quase extinção de cargos de confiança. Vai encarar, Dilma, ou só embromar?

Na minha coluna  na Folha desta sexta, escrevo: “Tanto Paulo Roberto Costa como Youssef afirmam que o esquema da Petrobras era apenas uma das cabeças da hidra. É claro que a empresa não reúne condições particulares para ser tomada por uma quadrilha. Vigoram ali as condições estruturais presentes nas demais estatais e na administração. Logo… Até hoje ninguém se dispôs a me explicar por que um partido político reivindica a diretoria de operações de uma estatal. Com que propósito?”
Muito bem! Ao negar o pedido de revogação da prisão preventiva de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empresa Engevix, que está na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, o juiz Sérgio Moro afirmou haver indícios de que “os crimes transcenderam a Petrobras”, classificando de “perturbadora” uma tabela apreendida em março com o doleiro Alberto Youssef. Ela traz uma lista com 750 obras públicas de infraestrutura. No papel, constavam “a entidade pública contratante, a proposta, o valor e o cliente do referido operador, sendo este sempre uma empreiteira”.
Pois é. O alerta que fiz na coluna da Folha não é o primeiro. Há tempo afirmo aqui que a Petrobras é apenas uma das franjas da organização criminosa que tomou conta do país. Como é que a gente coíbe a roubalheira? Se vocês querem saber, severas as leis até que são. O problema está na lentidão com que são aplicadas e na forma de organização do estado brasileiro.
Eis a palavra-chave para abrir as portas do enigma: estado. A corrupção não é nova no Brasil nem foi inventada pelo PT. Criadas as condições ideais, estejam certos, ela floresce em qualquer lugar: no Brasil, na Somália ou na Suécia. São as instituições e a certeza da punição que contêm os maus apetites humanos.
Vamos pensar de maneira lógica, uma dificuldade frequente no Brasil. E se a Embraer ainda fosse estatal? Resposta: ela estaria tomada pela máquina corrupta. E se a Vale ainda fosse estatal? Ela estaria tomada pela máquina corrupta. E se a telefonia ainda fosse estatal? Ela estaria tomada pela máquina corrupta. Vale dizer: mais estatais, mais poder aos corruptos. A relação é direta.
Sim, claro! Além das disposições objetivas — as tais condições —, é preciso que haja um partido que faça da corrupção um método, uma categoria de pensamento, um norte ético. A corrupção atinge proporções inéditas no país porque, nos 12 anos do mandarinato petista, o estado, mesmo sem aquelas empresas privatizadas em governos anteriores, passou a ter uma presença na economia só comparável à que havia no regime militar — que, todos sabemos, era essencialmente menos corrupto, o que não quer dizer que fosse desejável em muitos outros aspectos. É que a moral dos quartéis é mais severa do que a dos políticos.
Não se agiganta o estado impunemente. Acreditem: mesmo quando administrado por homens individualmente honestos, ele passa a atender a interesses de corporações, de grupos de pressão, de voluntariosos organizados que reivindicam para si o direito de comandar os destinos do país.
Se Dilma realmente quisesse deixar uma herança virtuosa, se tudo não passasse de embromação para fazer passar o tempo, se tivesse, de fato, a disposição de moralizar a vida pública, como prega em discursos, ela começaria o seu período de reformas não pela política, mas pela administração: profissionalize todos os postos das estatais, reduza os cargos federais de livre nomeação à sua dimensão mínima e reinicie o programa de privatizações. Começando pela Petrobras.
Vamos lá, Dilma, deixe a esquerda raivosa e a direita perplexa, como disse Collor um dia — só que sem a farsa! É claro que estou fazendo uma ironia. Não vai acontecer. Só estou evidenciando que o Brasil tem jeito. O que não tem jeito no país é a canalha que se apossa do bem público em proveito próprio. E ela é ainda mais safada quando alega fazer isso em nome de uma ideologia.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Espionagem sovietica no Brasil: arquivos dos servicos de inteligencia da ex-Tchecoslovaquia

Um estudioso de arquivos -- chamemo-lo assim -- me envia um link relativo a arquivos do antigo serviço de inteligência da ex-República Socialista da Tchecoslováquia e seu relacionamento com seus agentes no Brasil e eventuais brasileiros trabalhando para os serviços diplomáticos do Brasil na antiga "Cortina de Ferro" (termos da Guerra Fria).
O tema tem a ver com esta antiga postagem neste blog:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/04/izot-e-aleks-nosso-diplomatas-agentes.html
Paulo Roberto de Almeida

O link remetido é este aqui: http://cepol24.pl/stb_bra.html

Por ele, chega-se a esta informação, que está em tcheco, polonês (pois os arquivos se encontram na Polônia) e em Português:


StB a Brazílie, StB i BraziliaStB no Brasil


Nesta página iremos apresentar fatos relacionados com a polícia secreta da Tchecoslováquia StB (estamos falando principalmente sobre o I Departamento StB, ou seja, o serviço de inteligência) e o Brasil, de acordo com os documentos da StB, o que significa, que não estamos afirmando que se trata da verdade absoluta. Quanto a esta, vamos nos esforçar para verificar de todas as maneiras possíveis. Na presente etapa de nossas pesquisas, nos concentraremos no período da história brasileira que está relacionado com o presidente J. Kubitschek, que era descendente de tchecos e também no final dos anos 50 e nos anos 60. Os documentos do arquivo tcheco ABS (StB) dão uma nova luz aos acontecimentos e no papel das pessoas relacionadas com os mesmos. Estes documentos certamente não são a única fonte histórica que deve ser levada em conta, mas é impossível não lhes dar o devido valor merecido ou fingir que não existem. Faremos um esforço para,a medida do possível, fornecer as fontes, o que sem dúvida, será um complemento apropriado para as pesquisas sobre as relações tcheco-brasileiras e sobre a história do Brasil durante o período pesquisado.

 dokumenty


Ano de 1961: os soviéticos, graças a StB, reataram as relações diplomáticas com o Brasil
Desde janeiro até maio de 1961, durou a ação na qual fizeram parte o serviço de inteligência da Tchecoslováquia (StB) e sua base no Rio de Janeiro, com o objetivo de Reatamento das Relações Diplomáticas entre o Brasil e a União Soviética. Estas relações estavam rompidas desde o ano de 1947. Enquanto a Tchecoslováquia mantinha relações relativamente normais com o Brasil, os soviéticos possuíam neste um campo de ação limitado. A Revolução Cubana conscientizou-lhes sobre o potencial da América Latina e por isso foram obrigados a concentrar-se no maior país daquela região. Para eles não era suficiente o controle total sobre as atividades do serviço de inteligência “tcheco”; eles também desejavam estar presentes legalmente. A tarefa de estabelecer novamente as relações diplomáticas foi confiada a um homem que parecia ter sido „destinado para isso”. Esse homem exerceu influência direta sobre Cuba e inclusive tornou-se amigo pessoal de Fidel e do “Che”. Era um oficial da KGB e também teve bons relacionamentos pessoais com o novo (a partir de janeiro de 1961) presidente brasileiro Jânio Quadros, que conheceu em 1959, quando foi seu guia e tradutor em Moscou e Leningrado. Na época Jânio Quadros visitou a URSS como um político de oposição. Este oficial da KGB, mesmo cumprindo um papel muito importante em Havana durante a crise no Caribe, de repente foi chamado a Moscou onde Nikita Siergiejewicz Chruszczow lhe confiou uma importante missão: “Você vai para o Brasil”. Para que esta missão obtivesse sucesso, era necessário  „incluir” nesta os „Tchecos”, pois estes já possuíam na época um certo domínio pelo „terreno” e possuíam seu contato (trata-se aqui de contato legal)até mesmo no gabinete presidencial.
Os “tchecos”, então, ajudaram a obter o visto para este que talvez tenha sido o primeiro cidadão soviético a visitar legalmente o Brasil desde o ano de 1947. Além disso, foram apanhá-lo no aeroporto, ajudaram-lhe depois a alojar-se no hotel “Miramar” no Rio de Janeiro e inclusive..ajudaram-lhe a se vestir (no relatório da base da StB no Rio está escrito que lhe ajudaram a comprar um paletó, outras peças de roupa e uma mala), ajudaram a trocar dinheiro na casa de câmbio, etc. Depois compraram para ele a passagem aérea até Brasília (capital), onde deveria encontrar-se com Quadros, que em 1959 havia lhe garantido pessoalmente que quando precisasse “receberia o visto na hora”.
Bem,.. não foi bem assim,...sem a ajuda „tcheca” ele não teria recebido o visto e os „Tchecos” levaram um mês para consegui-lo.
Mas, depois que o oficial da KGB em questão, com „disfarce” de jornalista, chegou ao Brasil, até mesmo a audiência com o presidente já não era tão certa. Os “Tchecos” graças ao seu contato(contato legal;não se trata de contato secreto)no gabinete presidencial(o chefe do departamento cultural - esse funcionário possuía o codinome de MOGUL e como possuía uma visão católica e conservadora e além disso era uma pessoa de ótima situação financeira, não servia para ser recrutado) conseguiram rapidamente que fosse atendido pela „eminência parda” do presidente, seu secretário pessoal José Aparecido. Isso tudo porque, por uma questão de má sorte, no dia em que o enviado soviético chegou a capital, o presidente precisou viajar por alguns dias.. A data do próximo encontro foi estipulada e no dia 5 de maio de 1961 Alexandr Ivanovich Alexeyev   (seu sobrenome verdadeiro era Szytow, Алексеев, Александр Иванович, eng.  - Alexandr Ivanovich Alexeyev) após regressar ao Rio para depois decolar novamente para a capital, encontrou com o presidente brasileiro.
Esta conversa trouxe o efeito esperado e ao final do ano as relações foram restabelecidas oficialmente.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
© Mauro "Abranches" & Vladimír Petrilák

 Este link remete a um documento em tcheco, datado de 11 de maio de 1964, aparentemente efetuado em La Paz, mas que menciona o Partido Comunista Brasileiro, o Partidão, então com vários dirigentes exilados na Tchecoslováquia, em Praga: http://cepol24.pl/stb/dok_2.html

Este outro remete a parte de um relatório igualmente datilografado em tcheco: http://cepol24.pl/stb/ao_druzba.html 

Um outro documento relatando o codinome de uma agente no Rio de Janeiro, ou melhor, um informante dos serviços soviéticos atuando por intermédio dos tchecos: http://cepol24.pl/stb/nemame_agenty.html

O primeiro agente da inteligência tcheca no Brasil: o camarada Treml: http://cepol24.pl/stb/residentura.html

O Primeiro Oficial da StB (Serviço de Inteligência da Polícia Secreta Comunista „Tcheca”) residente no Brasil: O Camarada „TREML
 A partir do ano de 1952 atuou no Rio de Janeiro, o residente da inteligência da Tchecoslováquia que possuía o  codinome de “TREML”,Os documentos da pasta com número de registro 81079 (“Correspondências diversas”) indicam que o camarada TREML foi enviado para a legalização (ou seja, para o „MSZ” – Ministério das Relações Exteriores) em 1.8.1951 e no dia 22.8.1952 foi enviado para o Brasil. O camarada TREML, que assinava seus relatórios enviados do Rio inicialmente como “HONZA”,  durante a sua estadia no Brasil, teve que enfrentar diversos problemas; como residente trabalhou por longo tempo sozinho e por isso seu trabalho não rendeu muito. Entretanto, a inteligência “Tcheca” é grata justamente a ele,  pela formação das bases de trabalho e pelas possibilidades de continuação das atividades no maior país da América Latina.
que era TREML?

Nascido em 1925
Durante o período da II Guerra Mundial, trabalhou como barbeiro (1941-1945). Cumpriu o serviço militar nos anos 47-49, de onde saiu com o posto de sargento. Até 1949 trabalhou como educador e referente das questões de imprensa (“agitador”) em uma fábrica perto da fronteira.
Membro do Partido Comunista da Tchecoslováquia a partir do ano 1945 (28.5.).
Em 1950, tornou-se funcionário do Ministério de Segurança Nacional. Concluiu uma escola bimestral de “serviço de inteligência”. No dia 1 de outubro foi aceito nas fileiras do Ministério de Segurança Nacional. Em 1951 durante um curto período,  foi enviado como funcionário da inteligência para a base da StB em Roma. Nessa época, já conhecia os idiomas italiano e inglês.
A partir de 1952 foi residente no Rio de Janeiro. Quando chegou ao Brasil possuía o posto de subtenente.
Durante sua carreira de mais de 30 anos de serviço nas fileiras da StB, trabalhou em  6  bases fora de seu  país.
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 (Vamos aguardar nova remessa de informações...)

Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 5 de dezembro de 2014

Petrolao: diretor autorizado a continuar recebendo salario num resort...

Trabalho cansa. Melhor tirar férias, sem prejuizo de salário, claro...
Paulo Roberto de Almeida

Comunicado Petrobras

 Prorrogação da licença na Presidência da Transpetro

Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A. – A Petrobras informa que hoje, o Conselho de Administração da Transpetro aprovou a prorrogação da licença não remunerada, do Presidente da Transpetro, José Sergio de Oliveira Machado, pelos próximos 30 dias. O Presidente licenciado continuará sendo substituído pelo diretor Cláudio Ribeiro Teixeira Campos.

Relacionamento com Investidores


PS.: A Polícia Federal não andava atrás dele?

Politica Externa: politica externa? Onde mesmo ela foi parar? - JamilChade (OESP)

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Paulo Roberto de Almeida

Política internacional, contexto regional e diplomacia brasileira, acompanhada de listagem seletiva da produção acadêmica em relações internacionais e em política externa do Brasil, de 1954 a 2014
 
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IBRI, 60 anos, por seu presidente de honra, Jose Carlos Brandi Aleixo

Sessenta anos do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, por José Carlos Brandi Aleixo

Mundorama: 05 Dec 2014 04:00 AM PST

A comemoração dos sessenta anos do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI é oportunidade propícia para recordar alguns sucessos de sua auspiciosa história.

 RIO DE JANEIRO

Em 27 de janeiro de 1954, na então capital federal, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, foi fundado o Instituto Brasileiro de Relações Internacionais. Rezava seu Estatuto “uma associação cultural independente, sem fins lucrativos, mantida por contribuições de seus associados, doações de entidades privadas e subvenções dos poderes públicos. É seu objetivo promover e estimular o estudo imparcial dos problemas internacionais, especialmente dos que interessam à política exterior do Brasil”.

Na sua fundação e nos primeiros trinta e oito anos decorridos na cidade do Rio de Janeiro ocupa lugar de relevo o paraibano Cleantho de Paiva Leite (1921-1992). Nascido em João Pessoa, formou-se em Direito no Recife em 1945. Na “London School of Economics and Political Science” pesquisou o tema da “Administração Colonial”. De 1945 a 1951 integrou o Conselho de Tutela da ONU. De 1951 a 1954 participou da Assessoria Econômica do Presidente Getúlio Vargas.

Capítulo de singular transcendência na trajetória do IBRI foi o do lançamento, em março de 1958, da Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI), sob a direção do paraibano Oswaldo Trigueiro. Ele havia sido Governador do seu Estado, Deputado Federal e Embaixador do Brasil na Indonésia.

No primeiro número do citado periódico constam: seis artigos, sendo o primeiro deles “Os direitos humanos como fundamento da ordem jurídica e política”, de Vicente Rao; Resenha de treze eventos de importância internacional; cinco documentos significativos; e nomes de sete publicações e de seus autores.

Entre os componentes do Conselho Curador (14), do Conselho Consultivo (21) e da Diretoria Executiva (1), havia ilustres acadêmicos, professores universitários, periodistas, juristas, historiadores, literatos, etc.

BRASÍLIA

Muitos fatores contribuíram para a transferência do IBRI do Rio de Janeiro para Brasília, cidade com clara vocação internacional.

Antes de sua inauguração em 21 de abril de 1960, ela foi visitada por Governantes de países como Cuba, Estados Unidos, Honduras, Indonésia, Itália, Japão, México, Paraguai, Portugal. A partir de 21 de abril de 1970 o governo brasileiro passou a receber embaixadores e outras autoridades estrangeiras só na nova capital. Em 1974 a Universidade de Brasília foi a primeira do país a realizar vestibular para o Curso de Relações Internacionais. Em 1976 ela criou o Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais (REL). Coincidentemente, no mesmo ano, o Instituto Rio Branco, sob a operosa direção do Ministro Sérgio Bath, deslocou-se do Rio de Janeiro para Brasília. Os seus docentes não diplomatas permaneceram naquela urbe. Vários professores da UnB — entre os quais o autor destas linhas — assumiram disciplinas do Curso de Preparação para a Carreira Diplomática (CPCD). Concomitantemente diversos diplomatas brasileiros, com vocação também acadêmica, ingressaram no Professorado da UnB. Entre eles estavam Carlos Henrique Cardim, Celso Amorim, Paulo Roberto de Almeida e Samuel Guimarães.

Com o falecimento do benemérito Cleantho de Paiva Leite, em 7 de outubro de 1992, sua viúva Maria Cecília e remanescentes do IBRI aprovaram a ideia de sua instalação em Brasília. Em 27 de janeiro de 1993 os membros do IBRI, reunidos no Rio de Janeiro, aprovaram, por unanimidade, a outorga de “todos os poderes necessários ao Embaixador Sérgio Guarishi Bath [novamente Diretor do Instituto Rio Branco] para reconstituir a composição desses dois órgãos [Conselhos Curador e Consultivo], designar o novo Diretor do IBRI e o novo Diretor de sua Revista e adotar todas as providências necessárias ou convenientes para a continuidade institucional do IBRI e a manutenção financeira e editorial de sua revista”.

Em 6 de julho de 1993, reunido no Instituto Rio Branco, o “Grupo de amigos de Cleantho” fundou o IBRI de Brasília e elegeu: Professor José Carlos Brandi Aleixo, Diretor Geral; Professor Alcides Costa Vaz, Secretário Executivo; Professora Luciara Silveira de Aragão e Frota, Primeira Tesoureira; Ministro Adolf Libert Westphalen, Segundo Tesoureiro; Embaixador Sérgio Bath, Conselheiro Paulo Roberto de Almeida e Professor José Flávio Sombra Saraiva, membros do Conselho Fiscal; Professor Amado Luiz Cervo, Editor da Revista Brasileira de Política Internacional.

Para o êxito do IBRI, em geral, e de sua Revista Brasileira de Política Internacional, muito contribuiu a atitude favorável da Universidade de Brasília e, particularmente, do Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais e do Departamento de História. Entre os que prestaram grande serviço ao IBRI, cabe mencionar, a título de exemplos, os nomes do funcionário Vanderlei Valverde e da então aluna Jennifer Cristino. CNPq e CAPES proporcionaram valioso apoio.

O previdente fundador Cleantho deixou na Tesouraria saldo importante para as naturais despesas do encerramento do IBRI no Rio de Janeiro e do seu começo em Brasília.

Pode-se afirmar que o IBRI tem sido fiel ao seu objetivo inicial de “estimular o estudo imparcial dos problemas internacionais, especialmente dos que interessam à política exterior do Brasil”. Sua RBPI, decana dos periódicos nacionais congêneres, altamente conceituada, permanece sendo editada por professores da Universidade de Brasília.

José Carlos Brandi Aleixo é Professor Emérito da Universidade de Brasília e Presidente de Honra do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI (brandialeixo@gmail.com).


Arquivado em:BrasilPolítica ExternaPolítica Internacional       
    

Russia: o estado (deploravel) da nacao putinesca - editorial NYT

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It is hard to imagine that this was a state of the nation address President Vladimir Putin relished making.

His country is in bad shape — sanctions and low oil prices have thrown the ruble into a tailspin, the economy is headed for recession, he had to abandon the South Stream gas pipeline and, just hours before he was to speak, Islamist rebels mounted an attack in Chechnya. So, analysts wondered, would he stay with the hard line or inject a dose of realism?

Both, it turned out. Speaking to a loyal Russian elite in a gilded Kremlin hall on Thursday, Mr. Putin served up yet another hyperaggressive rant about the purportedly relentless efforts of the perfidious West, orchestrated by Washington, to dismantle, undermine, isolate, humiliate, contain and otherwise destroy Russia.

Far from giving any hint of a readiness to scale back the tensions over Ukraine, Mr. Putin actually equated Crimea’s importance for Russia to the Temple Mount’s importance for Jews.

Fulminating at the West and blaming it for all of Russia’s woes has kept Mr. Putin’s ratings high through the Ukraine crisis and has deflected any of the immediate blame for Russia’s growing problems onto “enemies,” so it was not surprising that Mr. Putin would stay with it.

But he could not escape the growing concern among many Russians about where their economy is headed. The ruble has plummeted; oil is trading far below the levels on which Russia’s budget was drawn up; and the government has acknowledged that the country is headed for a recession. The anxiety is palpable in Russian streets.

Mr. Putin’s response was a combination of bravado and carrots. The current tensions, he said, should help Russia overhaul its economy to become more self-sufficient. He promised to make doing business easier for small and middle-sized companies, and announced a four-year freeze on the tax rate. And he vowed not to ask questions of oligarchs who bring back any of the billions that have been fleeing abroad.

Some of these measures are reasonable and could be helpful, but the question is whether they will be enough for Mr. Putin to ride out the storm.

A majority of Russians were willing to surrender some freedom as long as they enjoyed prosperity, and to cheer Mr. Putin on as long as he seemed to be restoring Russian self-respect and power. But as prices increase and recession sets in, the bluster will become increasingly hollow.

Mr. Putin’s choice then will be to become even more belligerent and ruthless, at home and abroad — or to recognize that the solution is to stop lying about the West, and to start trying to resolve the Ukraine crisis and fix the real problems of Russia’s economy.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...