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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BRIClab University of Columbia - Marcos Troyjo

Diretor do BRICLab, Marcos Troyjo, conversa com o Imil sobre o centro inaugurado na Columbia University

20 de dezembro de 2011 
Autor: Instituto Millenium


Marcos Troyjo
O economista e sociólogo Marcos Troyjo, especialista do Instituto Millenium, assumiu a chefia do centro de estudos sobre Brasil, Rússia, Índia e China que a Columbia University acaba de inaugurar em Nova Iorque (EUA), o BRICLab. Em entrevista ao Imil, Troyjo conta quais são as perspectivas do BRICLab, a importância desses países na economia mundial, especialmente do Brasil, e as especificidades do conceito criado pelo economista inglês Jim O’Neill.
Leia a entrevista
Instituto Millenium:  O que é o BRICLab?
Marcos Troyjo: É um centro de estudos sobre Brasil, Rússia, Índia e China fundado na School of International and Public Affairs da Universidade de Columbia, em Nova Iorque. É a primeira do tipo em uma universidade de primeira linha dos Estados Unidos. O BRICLab foi fundado e será dirigido por mim e pelo francês Christian Deseglise, que também é chefe da área de mercados emergentes do HSBC em Nova Iorque, além de ser um estudioso da Saint Paul e professor da Columbia University.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, além de Sergei Guriev, reitor da New Economic School de Moscou; Stefan Wagstyl, editor de mercados emergentes do “Financial Times”, e uma palestra  do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. O evento atesta a importância de se estudar esses quatro países absolutamente fundamentais para as relações internacionais do século XXI.
O BRICLab vai ter quatro áreas de concentração. Uma delas é um curso oferrecido na pós-graduação da School of International and Public Affairs chamado “The Rise of Brics” que terá sua aula inaugural no dia 23 de janeiro (de 2012), ministrado por mim e pelo Deseglise. Teremos também conferências sobre os BRICs em Nova York e em diversas partes do mundo. A primeira vai ser no Rio de Janeiro, provavelmente no próximo dia 23 de março. Nós vamos fazer um programa de educação executiva intitulado ‘Doing Business with BRICs’, voltado para profissionais dos Estados Unidos e de outros países. Ele será realizado em NY, terá duas semanas de duração, e vai focar na especificidades de se fazer negócios com esses quatro países.
Também planejamos uma série de estudos para programas do tipo speaker series, palestras itinerantes de grandes personalidades dos quatro países. Eu obviamente estou muito honrado, pois é a primeira vez que um brasileiro dirige um centro desta natureza.
Imil: O interesse pelos BRICs cresce em todo o mundo. Existem outros centros de pesquisa dedicados ao tema?
Troyjo: No Rio de Janeiro, existe o BRICs Policy Center, que também se concentra no assunto com uma perspectiva bem acadêmica. No BRICLab, teremos um pé na academia e o outro na relação com os formadores de opinião, homens de negócio, pessoas da “prática” e que vão utilizar esse espaço acadêmico para entender melhor as implicações da ascensão desses quatro países.
Para se ter uma ideia, hoje as reservas cambiais somadas do Brasil, Rússia, Índia e China chegam a 4,5 trilhões de dólares, um valor com que esses países poderiam comprar 80% das empresas negociadas hoje na Nasdaq.
Algumas pessoas perguntam: “Mas os BRICs também não inclui a África do Sul?”. É muito importante separar as duas coisas. Uma das maneiras é você chamar este conjunto de BRIC ou BRICs. Quando falamos isso estamos nos referindo a Brasil, Rússia, Índia e China, conceito originalmente que apareceu no trabalho do Jim O’Neill, que formulou a sigla. Mas existe também uma agremiação política, reunião de consultas, que envolve os chefes de Estado de alguns países, dentre eles a África do Sul – BRICS. Não vamos nos debruçar tanto sobre a África do Sul e vamos nos ater ao conceito original de O’Neill.
Imil: Você poderia falar mais sobre como será esse intercâmbio entre o centro de estudos e os empresários?
Troyjo: A primeira maneira será por meio de organizações que reúnem setores, como é o caso das confederações nacionais das indústrias, fazer chegar a eles muitas das conclusões e estudos que serão desenvolvidos pelo BRICLab. Temos, também, os programas voltados para a educação executiva que desejam obter conhecimentos práticos: como se abre uma empresa nesses países, como tratar a questão tributária, quais os pré-requisitos em termos de transferência de tecnologias, patentes, enfim, temas do cotidiano daqueles que hoje tem de gerir empresas globais.
Imil: A crise internacional chegou ao BRIC? Quais são os aspectos da crise que mais devem afetar os BRICs?
Troyjo: Não se pode falar em crise internacional como algo restrito aos Estados Unidos e Europa. A crise internacional, até por sua natureza, afeta todos os países. Mas se você fizer uma análise da China você vai perceber que ela está calçada em 3,2 trilhões de dólares. Porém, este país tem praticamente 60% de seu Produto Interno Bruto (PIB) atrelado a exportações, de modo que ela já está sofrendo uma certa redução em sua demanda. Por outro lado, os mecanismos de incentivo de consumo interno da China são muito grandes. As reservas cambiais, as taxas de investimento e os níveis de poupança que a China tem hoje são mais do que suficientes para mitigar as perdas e eventuais correntes de comércio que ela tenha nos próximos 18 ou 24 meses.
No caso da Índia há algo semelhante. Apesar de a Índia ter uma pujança muito grande na exportação de serviços de alta tecnologia de informação, o mercado interno indiano é também bastante aquecido e é intensivo em áreas de contratação que são menos afeitas à crise, pois as vantagens comparativas que eles apresentam em relação as suas contrapartes americanas e europeias são muito grandes. Hoje praticamente todo o serviço de call center foi para a Índia, e não há política anticíclica da Europa e dos Estados Unidos que faça com que esses serviços deixem de ser contratados em um país que utiliza a língua inglesa e tem custos laborais baixíssimos. Acredito que a Índia sofra menos do que outras nações.
No caso da Rússia, o país não é tão dependente de exportações: o PIB russo tem uma pequena parcela de comércio exterior em sua composição. A Rússia sofre um pouco é com eventuais oscilações para baixo do preço internacional do petróleo, pois é seu maior produtor internacional e também produtor importantíssimo de gás. Como, geralmente, a retração da economia global vem acompanhada de queda no preço do barril, a Rússia sofre um pouco com a crise, sem dúvida. No entanto, ela tem reservas cambiais robustas, acho que o país aprendeu bastante com a crise do final dos anos 1990, o que faz com que ela possa, também, ter mecanismos de incentivo e compensação.
No caso do Brasil, o país está muito bem calçado também – 350 bilhões de dólares de reservas cambiais. Nunca tivemos isso. Somos credores líquidos no Fundo Monetário Internacional (FMI). Vamos bater recordes da taxa de investimentos estrangeiros diretos neste ano, apesar de toda a crise internacional. E temos em nosso comércio exterior um perfil de exportações de baixo valor agregado. Mas, por outro lado, são os destinos dessas exportações que farão com que o comércio exterior brasileiro continue pujante.
Imil:  Qual é o maior desafio para o crescimento brasileiro hoje?
Troyjo: O maior desafio é transformar uma visão de crescimento tática, sempre muito de curto prazo, para estratégica. O que quero dizer é que as razões que estão levando ao atual crescimento do Brasil não são as mesmas de amanhã. Por que o Brasil está crescendo hoje? Porque conseguiu se estabilizar macroeconomicamente, promoveu alguns programas de inclusão social, que aumentaram o consumo das classes mais baixas, tornou-se referência mundial em biocombustíveis, fez reformas competitivas na agricultura, e conseguiu estabelecer marcos de responsabilidade da gestão bancária e fiscal que são paradigmas no mundo inteiro. Mas, sobretudo, o Brasil está crescendo porque durante muito tempo tivemos um déficit de infraestrutura, que está sendo sanado, e que demanda muitos investimentos. Os investimentos geram efeitos multiplicadores no setor da construção civil, obras públicas, rodovias, estradas, ferrovias e portos. Mas isso não é o futuro, é o presente.
O PAC, por exemplo, não é um plano para fazer o Brasil sair do presente e chegar ao futuro, é um plano para fazer o Brasil sair do passado e chegar ao presente, o que é ótimo. Onde está o crescimento futuro? Está em setores como robótica, tecnologia da informação, novos materiais, nanotecnologia, química fina, biotecnologia e exploração de petróleo. É neste sentido que o Brasil tem uma janela de oportunidades extraordinária, que é utilizar esses recursos volumosos que vão ser auferidos com o petróleo offshore para realmente robustecer os investimentos em educação, ciência e tecnologia. São eles que vão permitir ao Brasil se tornar uma sociedade densa em tecnologias. Hoje investimos apenas 1% do PIB em pesquisa em desenvolvimento. A China, que há dez anos investia 0,6% do PIB, já investe 1,5% e vai chegar a 2020 investindo 2%. Daqui a pouco ela vai alcançar percentualmente a Coréia do Sul, o país que mais investe em ciência e tecnologia no mundo. Não podemos nos contentar em ser um país desindustrializado, um país sustentado apenas no setor agroexportador e na pujança de recursos energéticos. Precisamos de uma sociedade diversificada, mas utilizando o recurso dos setores mais competitivos para provocarmos  um grande choque tecnológico na sociedade brasileira.

O Itamaraty cresce, apesar de crise e do ajuste fiscal...


21/12/2011 - 11h58

Comissão do Senado aprova criação de 1.293 cargos para Itamaraty

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) projeto de lei que cria 1.293 cargos para o Itamaraty. Segundo a oposição, os novos postos vão ter um impacto de R$ 600 milhões.
A proposta ainda terá que ser analisada pelo plenário da Casa em regime de urgência. Pelo projeto, são 400 cargos de diplomata e 893 cargos oficial de chancelaria. Senadores oposicionistas e governistas divergiram sobre a criação dos cargos.
O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), disse que a criação dos cargos não está em sintonia com a política de responsabilidade fiscal defendida pelo governo. Ele lembrou que o Palácio do Planalto vetou reajuste salarial aos servidores em 2012.
"A presidente Dilma [Rousseff] não deve nem ter conhecimento de que isso está sendo votado nessa Comissão, se não ela impediria essa votação. Essa proposta tem muitas implicações, os gastos não são apenas com salários, mas também com diárias, passagem, aluguel. Não é fácil", disse.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) saiu em defesa da criação dos postos. Ela afirmou que a presidente tem ciência da votação e que, apesar dos ajustes e as restrições ao aumento dos servidores, esses postos são prioridade para o governo.
A petista lembrou que desde o governo Lula houve um aumento de representações do país e que isso faz parte da nova política externa brasileira. "Ela [presidente] não considera pouco importante [esse projeto]." A senadora afirmou ainda que o governo do PT, mesmo sob críticas da oposição, "não teve medo de colocar o Brasil onde sempre quis, mas nunca esteve".
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ainda que os cargos serão preenchidos por concursos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os presidentes do Mercosul contra o Tratado de Assuncao: surrealista?


Nada é surrealista na América do Sul, na América Latina, ou até no Mercosul.
Os processos decisórios no Mercosul se submetem a uma regra geral que é o consenso, e a devida internalização de qualquer nova norma ou resolução, sua comunicação ao país depositário do Tratado de Assunção, que é o Paraguai, claro, e depois sua entrada em vigor, de conformidade com os trâmites constitucionais dos países e do próprio Mercosul.
Essa é a regra geral.
No caso da Venezuela, ocorreu algo estranho, bizarro, surrealista, desde o início. Ela foi aceita no Mercosul, por um protocolo, sob a esdrúxula figura de "membro pleno em processo de adesão", uma figura estranha nos anais e nos registros históricos da diplomacia mundial nos últimos dez mil anos, mais ou menos.
Três países aprovaram seu ingresso sob esse arranjo muito estranho, mesmo que a Venezuela não cumpriu formalmente os requisitos indispensáveis a seu ingresso: aceitação da Tarifa Externa Comum e demais regras de política comercial. Não se sabe quando ela vai, sequer se vai cumprir esses requisitos, pois os países membros parece não se incomodarem com isso.
Só ficou faltando o Paraguai, cujoSenado ainda não aprovou o ingresso da Venezuela.
Os presidentes ainda foram mais bizarros: criaram uma comissão para, previsivelmente, pressionar o Paraguai, ou o seu Senado, e o presidente do Paraguai concordou com mais essa bizarrice.
Já não é nem a questão democrática que está em jogo aqui (inclusive porque a cláusula democrática é muito elementar no Mercosul), mas o sim a capacidade da Venezuela -- e outros eventuais candidatos, como Equador e Bolívia -- de ingressar num "clube restrito", como pode ser o Mercosul, sem cumprir com suas regras básicas, sem aceitar suas normas de funcionamento.
O Mercosul estaria caminhando para sua "aladização", ou para sua irrelevância como bloco com pretensões a ser um mercado comum e coordenar políticas econômicas e monetárias?
Paulo Roberto de Almeida 

Mercosul cria comissão para acelerar adesão da Venezuela ao grupo

BBC – 21/12/11.
Os quatro países membros do Mercosul criaram nesta terça-feira em Montevidéu, no Uruguai, uma comissão para acelerar a incorporação da Venezuela ao bloco. A adesão venezuelana depende apenas do aval do Senado paraguaio, que há anos posterga a decisão.
A declaração final do encontro, assinada pelos presidentes dos quatro países membros do bloco, ressalta a “importância” de que a adesão da Venezuela se dê “no mais breve prazo”. A presidente Dilma Rousseff foi uma das defensoras da proposta.
A comissão, proposta pelo presidente do Uruguai, José Mujica, será formada por representantes indicados pelos governos do Mercosul.
Não ficou claro, no entanto, como se dará o funcionamento do grupo já que, pelo Tratado de Assunção, de constituição do Mercosul, a adesão de novos países precisa ser aprovada pelos Congressos de todos os membros do bloco.
Chávez, que participou da cúpula como presidente de um país associado, disse que a adesão venezuelana “é importante demais” para ser deixada “na mão de cinco pessoas que não (a) querem”.
A fala foi uma referência ao Senado paraguaio, dominado pelo Partido Colorado, de oposição, que argumenta que não há garantias de democracia plena na Venezuela, pré-condição para integrar o bloco, segundo o Protocolo de Ushuaia.
“Atrás deles têm que ter uma mão muito poderosa, é necessário que o Mercosul chegue até o Caribe”, disse Chávez ao final da cúpula.
O presidente paraguaio, Fernando Lugo, também fez declarações de apoiou à entrada da Venezuela.
A comissão, por sua vez, foi duramente criticada pelo ex-presidente uruguaio Luis Alberto Lacalle, que classificou o grupo como uma “sentença de morte” ao Mercosul.
“O tratado (de Assunção) tem seus requerimentos legais e eles (os presidentes) os ignoraram. Eles estão ferindo mortalmente o Mercosul”, disse Lacalle, um dos fundadores do bloco, em 1991.
Também foi criado um grupo de trabalho com o fim de discutir com o Equador as condições de acesso do país ao Mercosul.
TEC e Palestina
A decisão de maior impacto econômico foi a expansão da lista de produtos sobre o qual incidem o imposto máximo de importação em mais cem produtos, para cada país.
Esses itens, ainda não especificados, pagarão imposto de 35%, o teto da TEC, a Tarifa Externa Comum do Mercosul. A medida foi tomada a fim de proteger as industrias nacionais da invasão de produtos estrangeiros.
O Mercosul também aprovou um acordo de livre comércio com a Palestina e um projeto de cooperação em pesquisa de biotecnologia aplicada à saúde, a ser financiado pelo Focem (Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul)



Brasil vitorioso no Mercosul: medidas "progressistas" para evitar a crise

O Brasil conseguiu que suas teses progressistas -- por oposição a essas teses reacionárias de conservadorismo fiscal, corte de gastos, contenção de despesas públicas, equilíbrio orçamentário, moderação emissionista e outras medidas conservadoras que só aprofundariam a recessão, a desigualdade,  e agravariam ainda mais a crise -- fossem aceitas no Mercosul, que consentiu não apenas em aumentar a TEC, sempre quando for preciso para o seu máximo consolidado na OMC (infelizmente) de 35% de tarifa ad valorem, mas que também conta com países progressistas -- como Argentina e Venezuela, por exemplo -- que estão dispostos a adotar outras medidas defensivas no plano comercial, tudo em nome da boas causas, claro, para aprofundar a integração, acelerar o crescimento da economia e a prosperidade dos povos, aumentar o bem-estar das pessoas, enfim, integrar o Mercosul ao mundo, começando consigo mesmo, que ninguém é de ferro.
E essa coisa de ficar barrando um país progressista como a Venezuela, obstaculizando seu ingresso no bloco vibrante e dinâmico, também é um abuso que precisa ser contornado, eliminado, contido: quem esses paraguaios estão pensando que são?
O Brasil quase que saiu inteiramente vitorioso na última cúpula do Mercosul: só falta dobrar os paraguaios e fazer com que eles aprovem rapidamente o ingresso da Venezuela. E depois o do Equador, e o da Bolívia e o de quem mais quiser: o Mercosul está aberto a todos e a todas. Basta querer. 
O que? TEC? Para que essa coisa? Não precisa! Pode entrar sem TEC mesmo, aliás pode até mesmo entrar sem cumprir todos os requisitos da cláusula democrática, que como todos sabem, no Mercosul é muito mais exigente do que na OEA.
Viram conservadores? Recolham-se à sua insignificância...
Paulo Roberto de Almeida 



Dilma defende medidas protecionistas no Mercosul para barrar entrada de importados
Texto publicado em 21 de Dezembro de 2011 -
Fonte: Agência Brasil
Montevidéu - A presidenta Dilma Rousseff manifestou, nesta terca-feira (20), preocupação com a crise econômica internacional e as "propostas conservadoras" para solucioná-la. Em discurso no encerramento da reunião dos presidentes dos quatro países membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), ela defendeu a criação de mecanismos para proteger a economia da região, diante da perspectiva de recessão global, que deve levar à escassez de credito nos mercados externos e à fuga de capitais.
Segundo a presidenta, a solução é adotar mecanismos de defesa comercial, para impedir a invasão de produtos de terceiros paises que buscam novos mercados, como o Mercosul.
Ela também defendeu uma maior integração regional e mencionou a importância da entrada da Venezuela no bloco regional. "Incorporemos ao Mercosul mais países do porte e da relevância da Venezuela. Este processo é inadiável e não deve ser obstaculizado por interesses menores", disse Dilma. A adesão da Venezuela ao Mercosul foi aprovada pelos presidentes do bloco regional em 2006, mas precisa ser ratificada por todos os parlamentos.
Os congressos do Brasil, da Argentina e do Uruguai ja votaram a favor da entrada da Venezuela. Mas a maioria do Senado paraguaio, de oposição ao presidente Fernando Lugo, votou contra. Esse foi um dos temas discutido em um encontro fechado dos presidentes, que durou mais de quatro horas. Foi a reunião mais longa de presidentes em toda a história do Mercosul.

O trem de Paris à Moscou - Silvio dos Santos


O trem de Paris à Moscou 



por Sílvio dos Santos *

Na última quinta-feira, dia 15 de dezembro de 2011, chegou à Moscou o trem de passageiros que saiu de Paris, retomando uma ligação ferroviária tradicional que estava desativada há tempos, devido a problemas políticos. A composição operada por russos e franceses, percorreu os 3.177 km, entre as 2 capitais em 37 horas, diminuindo em 20 horas o tempo que anteriormente era de 57 horas. Trata-se de um trem padrão com velocidades menores que o TGV (ver artigo sobre o trem de alta velocidade), e utilizou a rota via Berlin na Alemanha. A tarifa para a 2ª classe é de 135 euros.
A chegada em Moscou contou com bailarinas do Can-Can que viajaram a bordo do 1º trem para celebrar o reiniciou da ligação ferroviária.
Os russos, tradicionais freqüentadores da Riviera francesa desde os tempos dos czares, retomaram a ligação Moscou-Nice há 3 anos. A  procura por Nice durante o inverno é grande devido o clima ameno da costa mediterrânea e se constituí numa alternativa para fugir do rigoroso frio siberiano.

Trem Paris-Moscou chega com dançarinas do Can-Can a bordo

Supremo Tribunal de Causas Proprias, ou Tribunal Inferior Federal...

...ou Tribunal Pessoal Federal, ou ainda Suprema Defesa de Traficagens Pessoais, ou qualquer outro nome desses feitos justamente para envergonhar os meretíssimos.
Pois é, parece que quando a Ministra Eliana Calmon referiu-se a bandidos togados, ela não estava errada...
Foi o Peluso quem lhe passou uma censura pública e foi Mello quem desautorizou o CNJ, deixando-o como uma corte de último recurso, caso os bandidos togados não sejam punidos nas instâncias estaduais.
Dificilmente o serão.
Ou seja, temos mesmo um STF que é um baixo tribunal, que não é supremo, que não é sequer tribunal e que no máximo é uma instância federal para defender causas pessoais dos meretíssimos...
Paulo Roberto de Almeida 



Peluso, que recebeu R$ 700 mil do TJ-SP, defende Lewandowski
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, fez uma nota para defender a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que suspendeu inspeção feita pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na folha de pagamento do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Lewandowski recebeu pagamentos sob investigação, feitos a todos os desembargadores da corte por conta de um passivo trabalhista da década de 90.

Ministro do Supremo beneficiou a si próprio ao paralisar inspeção

O próprio ministro Peluso, que, como Lewandowski, foi desembargador do TJ paulista, recebeu recursos desse passivo.

Ele recebeu R$ 700 mil, de acordo com a própria assessoria do presidente do Supremo.

Peluso considera que, apesar dos recebimentos, nem ele nem Lewandowski estão impedidos de julgar ações sobre o tema porque os ministros do STF não se sujeitam ao CNJ.

Portanto, não seria possível falar que agem em causa própria ou que estão impedidos quando julgam a legalidade de iniciativas daquele órgão, já que não estão submetidos a ele, e sim o contrário, de acordo com a Constituição e com decisão do próprio STF.

A corregedoria do CNJ iniciou em novembro uma devassa no Tribunal de Justiça de São Paulo para investigar pagamentos que magistrados teriam recebido indevidamente junto com seus salários e examinar a evolução patrimonial de alguns deles, que seria incompatível com sua renda.

Um dos pagamentos que estão sendo examinados é associado à pendência salarial da década de 90, quando o auxílio moradia que era pago apenas a deputados e senadores foi estendido a magistrados de todo o país.

Em São Paulo, 17 desembargadores receberam pagamentos individuais de quase R$ 1 milhão de uma só vez, e na frente de outros juízes que também tinham direito a diferenças salariais.

Tanto Peluso quanto Lewandowski dizem ter recebido menos do que esse valor.

Lewandowski afirmou ontem, por meio de sua assessoria, que se lembra de ter recebido seu dinheiro em parcelas, como todos os outros.

O ministro disse que o próprio STF reconheceu que os desembargadores tinham direito à verba, que é declarada no Imposto de Renda. Ele afirmou que não entende a polêmica pois não há nada de irregular no recebimento.

A corregedoria tem deixado claro desde o início das inspeções que não está investigando ministros do STF, e sim procedimentos dos tribunais no pagamento dos passivos da década de 90. Ou seja, quem está sob investigação são os tribunais, e não os magistrados, que eventualmente se beneficiaram dos pagamentos.

O órgão afirmou ontem ainda, por meio de nota, que não quebrou o sigilo dos juízes e informou que em suas inspeções "deve ter acesso aos dados relativos à declarações de bens e à folha de pagamento, como órgão de controle, assim como tem acesso o próprio tribunal". Disse também que as informações coletadas nunca foram divulgadas.

No caso de São Paulo, a decisão do Supremo de esvaziar os poderes do CNJ suspendeu investigações sobre o patrimônio de cerca de 70 pessoas, incluindo juízes e servidores do Tribunal de Justiça.

Liminar concedida anteontem pelo ministro Marco Aurélio Mello impede que o conselho investigue juízes antes que os tribunais onde eles atuam analisem sua conduta --o que, na prática, suspendeu todas as apurações abertas por iniciativa do CNJ.

No caso de São Paulo, a equipe do conselho havia começado a cruzar dados da folha de pagamento do tribunal com as declarações de renda dos juízes. O trabalho foi paralisado ontem.

Leia a íntegra da nota de Peluso:

"O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, repudia insinuações irresponsáveis de que o ministro Ricardo Lewandowski teria beneficiado a si próprio ao conceder liminar que sustou investigação realizada pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra magistrados de 22 tribunais do país. Em conduta que não surpreende a quem acompanha sua exemplar vida profissional, o ministro Lewandowski agiu no estrito cumprimento de seu dever legal e no exercício de suas competências constitucionais. Inexistia e inexiste, no caso concreto, condição que justifique suspeição ou impedimento da prestação jurisdicional por parte do ministro Lewandowski.

Nos termos expressos da Constituição, a vida funcional do ministro Lewandowski e a dos demais ministros do Supremo Tribunal Federal não podem ser objeto de cogitação, de investigação ou de violação de sigilo fiscal e bancário por parte da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça. Se o foi, como parecem indicar covardes e anônimos "vazamentos" veiculados pela imprensa, a questão pode assumir gravidade ainda maior por constituir flagrante abuso de poder em desrespeito a mandamentos constitucionais, passível de punição na forma da lei a título de crimes."

Educacao na China, educacao no Brasil: tudo a ver?

Gustavo Ioschpe um economista conhecido por ser especialista em educação, passou algum tempo na China, inquirindo sobre a educação.
O resultado completo está na Veja online, neste link: http://veja.abril.com.br/tema/educacao-na-china



Viva a gloriosa Coreia do Norte, viva o novo heroi do povo: PCdoB dixit...

Camaradas se conhecem, se reconhecem e se admiram mutuamente.
Faz sentido esta homenagem sentida, pungente, sincera, entre totalitários desavergonhados, entre partidários do mesmo sistema ditatorial.
Gostei, sobretudo, da economia próspera, socialista, da melhoria da vida do povo coreano.
Que bonito...
Eles se amam.
Eles se merecem...

Estimado camarada Kim Jong Um
Estimados camaradas do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia
Recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do camarada Kim Jong Il, secretário-geral do Partido do Trabalho da Coreia, presidente do Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia e comandante supremo do Exército Popular da Coreia.
Durante toda a sua vida de destacado revolucionário, o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares.
O camarada Kim Jong Il deu continuidade ao desenvolvimento da revolução coreana, inicialmente liderada pelo camarada Kim Il Sung, defendendo com dignidade as conquistas do socialismo em sua pátria. Patriota e internacionalista promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos.
Em nome dos militantes e do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressamos nossas sentidas condolências e nossa homenagem à memória do camarada Kim Jong Il.
Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coreia irão superar este momento de dor e seguirão unidos para continuar a defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista e na melhoria da vida do povo coreano.

Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB e Ricaro Abreu Alemão secretário de Relações Internacionais do PCdoB


Estes camaradas, em todo caso, são muito melhores em matéria de homenagens:



Escrito por Emmanuel Goldstein   
CAMARADAS! Sentimos profundamente a morte do camarada Kim Jong Il, nosso melhor amigo, líder e guia incomparável. É imensa e irreparável a nossa perda. Para todos nós a vida do camarada Kim simbolizava o futuro feliz e radioso, significava a certeza de outro mundo possível, em que os homens se verão definitivamente f....errados livres da exploração pelo próprio homem. A morte do camarada Kim é, por isso, uma perda excepcionalmente pesada, não apenas para o bravo povo Norte-Coreano, que, graças ao companheiro Kim, se libertou das cadeias da escravidão capitalista, mas também para os trabalhadores do mundo inteiro, para os maconheiros da USP e para toda a humanidade progressista.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Crime contra a cultura no Egito


Confrontos destroem relíquias no Egito – pág. A18
Violência entre manifestantes e governo gera incêndio em instituto criado por Napoleão, com 192 mil documentos
Entre os tesouros perdidos estão mapas e manuscritos que datam do final do século 18; prédio pode desabar
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Instituto do Egito, centro de pesquisas criado pelo francês Napoleão Bonaparte no final do século 18, pegou fogo durante os confrontos entre manifestantes e militares egípcios no sábado, no Cairo.
Voluntários passaram os últimos dois dias tentando recuperar o que sobrou de cerca de 192 mil livros, jornais e manuscritos queimados.
O instituto abrigava tesouros como os 24 volumes do manuscrito "Descrição do Egito", uma das mais abrangentes obras sobre o país, da Antiguidade e seus monumentos ao dia a dia no início do século 19. A obra foi escrita por 150 estudiosos e cientistas durante a ocupação francesa, de 1798 a 1801. Uma das cinco cópias originais foi perdida no incêndio.
Um mapa raro do século 18 do país e da região da Abissínia (atual Etiópia) também foi queimado.
Além disso, há risco de o edifício que abriga o instituto desabar.
MORTES
"O incêndio desse edifício tão rico significa que grande parte da história egípcia chegou ao fim", lamentou o diretor da instituição Mohammed al Sharbouni.
O diretor disse que a maior parte da coleção do instituto foi queimada no incêndio, que durou cerca de 12 horas.
Os bombeiros usaram água para apagar o incêndio, o que aumentou os danos.
Os militares que governam o Egito acusaram ontem a imprensa de trabalhar para desestabilizar o país.
As críticas foram lançadas pelo general Adel Emara, em pronunciamento que aconteceu horas depois de as tropas de choque do governo atacarem novamente os manifestantes na praça Tahrir.
Ao menos 3 pessoas morreram, elevando para 14 o número de mortos depois de quatro dias de embates.
Os confrontos ocorrem no Cairo desde sexta feira, quando as forças de segurança reprimiram os protestos pró-democracia que duravam três semanas. Os manifestantes pedem a saída da junta militar -no poder desde a queda do ditador Hosni Mubarack em fevereiro
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar "muito preocupado" com o "uso excessivo" de força contra os manifestantes na capital do Egito. Ele pediu aos militares "moderação e respeite os direitos humanos".

Diplomata vitima de malaria na Africa

Diplomata brasileira está internada em estado grave com malária
Terra Brasil
diplomata brasileira Milena Oliveira de Medeiros, 35 anos, está internada com malária em um hospital de Brasília. Ela foi à África participar da IV Reunião Ministerial da Cúpula América do Sul-África, que ocorreu em 24 e 25 de novembro em Malabo ...

Culpados? Muitos, a começar pelas péssimas condições sanitárias da Guiné Equatorial. Mas principalmente os serviços hospitalares de Brasília, que trataram malária como simples dengue.


Culpados indiretos? Aqueles que abriram embaixadas em lugares inóspitos e não providenciaram o mínimo de condições para um apoio adequado aos diplomatas residentes ou em trânsito. Outras embaixadas possuem residências e chancelarias em lugares tão ou mais inóspitos, mas costumam fornecer apoio e informações aos seus diplomatas. Não parece ter sido o caso da jovem diplomata.


Vão apurar responsabilidades e apontar os culpados? Duvido...
Paulo Roberto de Almeida 



Trapalhadas automobilisticas do governo: promete, ameaca e nao cumpre

Que vergonha!
Que o governo seja incompetente para fazer obras em benefício da população, isso já é sobejamente conhecido, e não deveria nos surpreender.
Ele é simplesmente incapaz até de gastar o dinheiro que arranca de nossos bolsos e do caixa das empresas. Incompetência típica de Guinness, ou de Prêmio Nobel da Incompetência, Darwin Awards, para quem sabe o que é isso...


Mas que o governo seja incompetente até para fazer o mal contra nós, isso já é novidade.
Ele não consegue nem beneficiar-se a si próprio ou aos seus amigos os capitalistas promíscuos.
Dupla vergonha: o governo não consegue nem ser protecionista, e não consegue montar um projeto de extorsão racional. Tudo é improvisado, tudo é anunciado antes dos estudos, tudo é rápido e mal feito, como na cavalaria...
Eta governicho vagabundo...
Paulo Roberto de Almeida 


16/12/2011 | COMÉRCIO EXTERIOR - IPI mais alto para importados entra em vigor; preços sobem em janeiro / Martha Beck e Eliane Oliveira,

Governo ainda não tem plano para montadoras que querem fabricar no Brasil. Começa a vigorar amanhã o aumento de 30 pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados. Como já havia prometido, o governo deixará de fora da sobretaxa carros que tenham, pelo menos, 65% de conteúdo nacional. Mas a equipe econômica não conseguirá cumprir a promessa de aliviar a tributação para montadoras que se comprometeram a fazer investimentos no país. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não conseguiu chegar a um consenso sobre a forma de lidar com empresas que planejam começar a produzir no Brasil, mas ainda não se encaixam na regra. Esse mecanismo, que deveria ser publicado por meio de decreto até hoje, só deve ser editado em meados de 2012. O adiamento vai afetar JAC Motors, BMW, Chery e Suzuki, que já anunciaram planos de produção no Brasil. E as montadoras que ainda não têm fábricas no país já fizeram a conta do aumento. A Audi, por exemplo, promete subir os preços entre 10% e 15% no início de 2012, quando acabam os estoques dos veículos comprados com o imposto anterior. A chinesa JAC também vai reajustar a tabela, mas os valores não foram definidos. - O reajuste é inevitável. Vamos aumentar entre 10% e 15% os preços, dependendo do câmbio. O estoque nos garante um preço menor até o fim de dezembro - disse Leandro Radomile, diretor de marketing e vendas da Audi. Um porta-voz da JAC disse que espera a flexibilização das medidas para se instalar no país, já que é muito difícil começar a produção de um veículo de 10 mil peças com um índice de nacionalização tão alto. Técnicos dizem que regra é muito genérica O tratamento diferenciado para essas montadoras deve vir acompanhado de nova regra sobre o percentual de conteúdo nacional que precisa ser cumprido para quem já está instalado no país. Técnicos do governo informaram ao GLOBO que o percentual de 65% é uma regra genérica que precisa ser aperfeiçoada. Seria necessário, por exemplo, fixar o tipo de peça que precisa ser nacional. Esse ponto foi abordado ontem pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, que disse esperar que o governo mude a fórmula de cálculo do índice, para que as autopeças nacionais ganhem mais peso: - Da forma como está, são contabilizados gastos com publicidade e comercialização. O Ministério da Fazenda informou ontem que a nova regulamentação entrará em vigor em 2013, como já havia indicado o ministro Guido Mantega. O IPI mais alto para os importados vai vigorar até o fim de 2012. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, também disse ontem, em Genebra, que o governo estuda medidas para incentivar a entrada de novas montadoras no Brasil a partir de 2013, como a redução do IPI para carros nacionais. - O IPI não será reduzido (agora). Mas talvez em 2013. Para 2013, vamos discutir um novo regime (automotivo), que será um outro capítulo ? explicou. O ministro disse que foi consultado por muitas montadoras que querem entrar no país: - Vamos colocar algumas exigências para que possam operar em igualdade de condições com as que já estão no Brasil. Vão ser medidas muito claras de incentivos tecnológicos para 2013 em diante. Não se pode obrigar a cumprir exigências de uma hora para outra. Vai ser algo gradual. Um alto funcionário do governo também disse ao GLOBO que o regime automotivo terá incentivos fiscais para os que investirem pesado em conteúdo nacional, pesquisa e inovação no Brasil, mas que não está certo se o benefício principal será um IPI menor para tais fabricantes. Global 21