O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 20 de março de 2024

Brasil vê perda de território ucraniano como inevitável - Priscila Yazbek (CNN Brasil, Paris)

Não sei se o Brasil teria a mesma opinião, no Império ou na República, se algum vizinho regional pretendesse, pela usurpação ou pela força, tomar uma parte do território brasileiro. (PRA)

Análise: Brasil vê perda de território ucraniano como inevitável

Cresce dentro do governo brasileiro a visão de que o fim da guerra pode passar pela derrota ucraniana, enquanto europeus lutam para fortalecer Kiev

Priscila Yazbek, correspondente CNN, Paris, 20/03/2024

https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/priscila-yazbek/internacional/analise-brasil-acha-que-ucrania-tem-que-ceder-a-russia/

Na semana que vem, Lula deve se encontrar com o presidente francês, Emmanuel Macron, que visitará o Brasil entre os dias 26 a 28 de março. E a guerra na Ucrânia será o principal bode na sala. Macron tem enfatizado a necessidade de apoio europeu aos ucranianos e endureceu o tom com a Rússia, citando até mesmo a possibilidade de envio de tropas em solo.

Enquanto a França defende o fornecimento de mais armamentos a Kiev para viabilizar a vitória da Ucrânia, o Brasil discorda do envio de mais armas e defende a paz a qualquer custo, mesmo que signifique uma derrota ucraniana.

O governo brasileiro não fala diretamente que a paz pode passar pela derrota da Ucrânia. Mas diferentes fontes diplomáticas defendem que o fim da guerra depende de concessões por parte dos ucranianos. E ceder, no contexto da guerra na Ucrânia, significa abrir mão de territórios invadidos pela Rússia.

A diferença é que o Brasil enxerga que isso seria apenas uma “concessão” ou “algum sacrifício” em prol da paz. Mas para a Ucrânia e a Europa, a cessão de territórios é vista como uma vitória russa e ponto.

A visão de que a Ucrânia precisa ceder para o conflito se encerrar não é nova, Lula tem falado sobre isso abertamente há algum tempo. Mas cresce dentro da diplomacia brasileira a crença de que chegou o momento de o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky conceder territórios a Moscou para chegar a um ponto final.

A Rússia agora controla quase um quinto da Ucrânia, incluindo a Crimeia, anexada em 2014. Fontes do governo brasileiro avaliam que não seria algo tão irrazoável conceder esses 20% de terras invadidas aos russos para encerrar o conflito.

Alguns chegam a argumentar citando o papa Francisco, que sugeriu na semana passada que a Ucrânia deveria ter a coragem de levantar a bandeira branca e negociar com a Rússia. 

Todos concordam que tanto o Brasil quanto a Europa querem a paz, mas uma fonte diplomática resume que os europeus querem chegar à paz pela guerra e o Brasil quer chegar à paz pelo diálogo – o que muda é o método.

Para os europeus, a Ucrânia não pode perder a guerra porque se o país perder, a Europa vai perder. Há um temor crescente de que em caso de vitória russa, o presidente Vladimir Putin se sinta confiante para fazer novas invasões, ameaçando a situação de relativa paz na Europa.

Histórico

Desde o início da guerra no Leste Europeu, o Brasil destaca reiteradamente que condena a invasão da Ucrânia e que deixou isso claro em resoluções da ONU. Mas declarações do próprio presidente Lula levantam dúvidas sobre de qual lado o país está.

Em maio de 2022, menos de três meses após a invasão da Ucrânia, em entrevista à revista Time, Lula acusou os EUA e a União Europeia de não defender a paz. E afirmou que Zelensky tem tanta culpa pela guerra quanto Putin.

À Time, Lula disse que Zelensky “quis a guerra” porque se “não quisesse, teria negociado um pouco mais”. “Ele [Zelensky] fica se achando o rei da cocada, quando na verdade deveriam ter tido conversa mais séria com ele: ‘Ô, cara, você é um bom artista, é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer’. E dizer para o Putin: ‘Ô, Putin, você tem muita arma, mas não precisa utilizar arma contra a Ucrânia. Vamos conversar!’”, disse o presidente brasileiro na entrevista.

“Mas não é só o Putin que é culpado, os Estados Unidos e a União Europeia também são. Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]? Os Estados Unidos e a Europa poderiam ter dito: ‘A Ucrânia não vai entrar na OTAN’. Estaria resolvido o problema”, acrescentou Lula na ocasião.

A ideia de que a entrada de ex-repúblicas soviéticas na OTAN e na União Europeia justifica a ira da Rússia é frequentemente mencionada por interlocutores do governo, que defendem que Putin foi provocado.

Para citar mais algumas falas de Lula, em janeiro de 2023, o presidente afirmou que “quando um não quer, dois não brigam”. E em abril de 2023, disse: “O presidente Putin não toma iniciativa de paz. O Zelensky não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando contribuição para a continuidade dessa guerra”.

As declarações foram amplamente rebatidas por europeus e americanos, que afirmaram que a guerra só tem um culpado: a Rússia.

Críticas a Zelensky

Dentro do Itamaraty, as críticas a Zelensky também são recorrentes. Fontes próximas a Lula e ao seu assessor especial e ex-chanceler Celso Amorim dizem que os dois consideram Zelensky um jovem prepotente. Lula já disse inclusive em público que falta experiência a Zelensky.

Outro comentário que se repete é que a proposta do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para encerrar o conflito não funciona, porque parte de premissas que são inaceitáveis para os russos.

Uma comparação é feita até mesmo entre Zelensky e Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense: ambos estariam sustentando as respectivas guerras para se segurar no cargo, já que sofrem uma rejeição crescente internamente.

Em seu terceiro mandato, Lula busca se sobressair no cenário global como um mediador da paz. Mas na Europa, a imagem que se destaca do presidente brasileiro é de um líder que demonstra mais compreensão com os agressores do que com os agredidos.

 



quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Congresso Mundial de História Econômica, Paris, 2-29 Julho 2022

 World Economic History Congress, Paris, 25-29 July 2022


The 19th World Congress will be held in Paris on July 25-29, 2022. The Congress will address “resources” as one of the main challenges of the contemporary world. The Congress will consider sessions on all the categories of resources, that is natural, material, immaterial and human (work and skill): water, air, energy, food products, raw materials, labour, capital, patents etc.

The organizing committee welcomes a large set of approaches in economic history including social history, urban and rural history, history or economics of finance, sciences and technologies, gender history, cultural history, etc. – and crossovers with other disciplinary fields, including management studies, demography, geography, environment, anthropology, sociology, socio-psychology etc. It also invites panels about methods in economic history, history of economic thought or economic theory, as well as innovative discussion of new sets of data and archives, or public communication of new (or renewed) results in economic history.

The plenary sessions are lectures presented by internationally renowned researchers (keynote lectures):
- Pr. Bruce Campbell (Queen's University Belfast): “Environmental change, renewable resources and the economic history of the pre-industrial world”
- Pr. Catherine Coquery-Vidrovitch (Université de Paris)
- Pr. Ibrahima Thioub (Université Cheikh Anta Diop UCAD, Dakar)
- Pr. Francesca Trivellato (Institute for Advanced Study, Princeton University)

Social Events
With the worst of the 2020 pandemic hopefully behind us, we know that everyone will be keen to enjoy in-person interaction with colleagues! Besides coffee breaks, the Congress will organize several social events throughout the week.
Coffee breaks

Light breakfast refreshments will be available at the welcome coffee on Monday morning from 10:30 to 11:30 am at the Pullman building after the opening plenary session.

Simpler coffee breaks will be available in each building where sessions take place from

4:00 to 4:30 pm on Monday, and between 10:30 and 11:00 am and between 3:30 and 4:00 pm from Tuesday to Friday.

Opening reception, Monday 6:30 to 8:45 pm at Pullman (Free - RSVP)

Join fellow attendants for an aperitif cocktail at the Pullman building
Pre-Congress Social Events : Sightseeing

Participants will benefit from guided tours on the afternoon of Sunday, July 24, 2022:
Exhibition in the Cité des Sciences et de l’Industrie
Storage of the Musée des arts et métiers (Saint-Denis)
Industrial heritage sites in North Paris
Visits in Paris : CITECO, Réservoir de Montsouris (XIXth water tank), Museum of Mineralogy in the Paris School of Mines, Archives nationales...

National Archives reception

Tuesday 6:30 to 9:00 pm (Free - RSVP)

Participants in the Archives Social Event will be invited to this visit and this reception by the French National Archives
Musée de l’Air et de l’Espace

Tuesday 6:30 to 9:00 pm (Details to follow - RSVP)

Participants in the Musée de l’Air et de l’Espace Social Event will be invited this visit and this reception by the museum
Gala Dinner at the Cité des Sciences et de l’industrie (Parc de la Villette)

Wednesday 8:30 to 11:00 pm -- (Price to be announced)

The main reception of the Congress will take place in the marvelous venue of the Main Hall of the Cité des Sciences.
Student Reception (Condorcet)

Thursday 8:00 to 12:00 pm (Free to graduate students -others: tba Conditions to be announced for others)

Join fellow early-career researchers in economic history in this informal reception with music.
Closing Reception (Condorcet)

Friday 7:45 to 9:30 pm (Free - RSVP)

Say farewell to the Congress and fellow attendants during this cocktail dinner in the Campus Condorcet.


quinta-feira, 15 de abril de 2021

Um diplomata precisa mentir por seu país? E pelo governante?

 Eu sempre achei completamente IMBECIL aquela frase de um embaixador inglês— a despeito de sincera — que afirma que um embaixador é um homem (já tem essa) enviado ao exterior para mentir pelo (ou sobre) seu país”. Além de imbecil, indigna de alguém que se respeite. Confesso que nunca fiz isso, nem nunca recebi instruções para fazê-lo (e se recebesse não as cumpriria). Lamento a postura daqueles embaixadores que, durante a ditadura, tinham de mentir para jornalistas e outros interlocutores, negando que no Brasil ocorressem torturas, desaparecimentos e assassinatos políticos. Aliás, antes de ingressar na carreira, em 1977, e depois, eu fazia exatamente o inverso (um dia vou publicar o meu material escrito sob outros nomes dessa época), e por isso fui fichado pelo SNI como “diplomata subversivo” (está no Arquivo Nacional de Brasília).

Mas acho que muito pior do que mentir pelo país é mentir em favor de um governante escroto, nojento, execrável.

Paulo Roberto de Almeida

"Nossa economia não depende do turismo", diz embaixador brasileiro

14/04/2021 10h05

Os dois últimos voos provenientes do Brasil antes da entrada em vigor da suspensão da ligação aérea entre os dois países decidida pela França aterrissaram na manhã desta quarta-feira (14) em Paris com medidas sanitárias reforçadas. O decreto do governo francês publicado hoje detalha que os voos permanecerão suspensos pelo menos até 19 de abril. O embaixador do Brasil na França, entrevistado pela BFM TV, negou a responsabilidade do presidente Bolsonaro nessa crise e minimizou o impacto econômico da suspensão.

A suspensão dos voos entre a França e o Brasil é notícia em todos os canais de TV e rádio franceses. Eles enviaram repórteres ao aeroporto Roissy-Charles de Gaulle para colher a reação dos passageiros que puderam embarcar nos últimos voos, antes do início da suspensão. A decisão foi anunciada nessa terça-feira (13) pelo primeiro-ministro Jean Castex, pressionado pela grave situação sanitária no Brasil, devido a variante brasileira, conhecida como P1, considerada a mais contagiosa e perigosa.

Os dois voos da Air-France, provenientes do Rio de Janeiro e de São Paulo, aterrissaram por volta das 7h30, horário local. O desembarque foi mais demorado que o previsto por causa da imposição de novas medidas. Além de apresentar um PCR negativo realizado 72 horas antes do embarcar, os passageiros tiveram que fazer um teste de antígeno e se comprometer a respeitar um isolamento de 7 dias. Mas todos estavam aliviados por terem conseguido viajar. Segundo eles, os aviões não estavam cheios e a viagem foi tranquila.

Um francês, residente no Brasil, ouvido pela Franceinfo, que veio de São Paulo, disse que "esperava um clima de pânico a bordo, mas que tudo foi tranquilo. "Meu problema agora vai ser voltar", indicou. Um jovem, também entrevistado pela Franceinfo, disse que preferiu antecipar a viagem para não ficar retido no Brasil. Essa foi a opção relatada por vários passageiros entrevistados pela mídia francesa.

O estudante Luan Santos afirmou ao site do Le Figaro, ainda no Brasil, que "estava aliviado por poder embarcar" porque vai estudar em Portugal e precisa chegar ao país com uma certa antecedência. Luan escolheu passar pela França porque os voos entre Brasil e Portugal estão suspensos desde o final de janeiro e pelo menos até 15 de abril.

A medida impediu a viagem de franceses que já estavam com passagem marcada para o Brasil. Capucine, entrevistada pela RFI, que iria ao Rio de Janeiro a trabalho e aproveitaria para visitar a mãe, se sente 'privada de sua liberdade" e critica a decisão "autoritária" do governo francês. Outra turista francesa, também entrevistada pela RFI, garante que "ela tem mais risco de pegar covid na França, principalmente em cidades como Paris, do que no Brasil".

Passar por um outro país europeu, onde os voos com o Brasil são permitidos, como a Suíça e a Holanda por exemplo, é uma solução imaginada por vários viajantes. Mas as autoridades alertam que esses passageiros podem ser impedidos de pegar a conexão para a França, uma vez que é o local inicial de embarque que será levado em conta.

Voos de repatriação 

Até o dia 19 de abril, quando os voos ficarão suspensos, o governo francês estuda a adoção de medidas mais restritivas que permitiriam a retomada da ligação aérea. Entre as pistas estudadas, está um isolamento obrigatório em um hotel, na região do aeroporto, com as despesas pagas pelo viajante. Atualmente, a França recomenda o isolamento de 7 dias e um novo teste PCR no final deste prazo, mas não tem como controlar o cumprimento da medida.

A suspensão provocou críticas. A deputada francesa para a América Latina, Paula Fortaleza, declarou em entrevista à RFI que impedir os franceses que estão no Brasil de voltar para a França representa "um risco sanitário grande" para essas pessoas. Ela pede a imposição do sistema obrigatório de quarentena como solução.

Enquanto isso, o governo francês examina a organização de voos para repatriar os franceses, turistas ou residentes no Brasil, que querem voltar para a França. "Nossos cidadãos têm o direito constitucional de retornar ao nosso território", afirmou o secretário de Estado para Assuntos Europeus, Clément Beaune, à TV France 2.

"A culpa é da esquerda" acusa embaixador brasileiro 

O embaixador brasileiro na França, Luís Fernando Serra, concedeu duas entrevistas ao canal BFMTV, a primeira na noite desta terça-feira (13) e a segunda nesta manhã. O diplomata disse respeitar a "decisão soberana da França", mas minimizou o impacto da mesma ao lembrar que "a economia do Brasil não depende do turismo”.

Questionado pelos jornalistas, negou categoricamente a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro nessa crise. "Vocês pensam que o presidente Bolsonaro faz pouco? Que a culpa é do presidente? Essa é uma boa oportunidade para dizer que o Brasil já vacinou 31 milhões de pessoas e é o 5° país que mais vacinou no mundo segundo a OMS", apontou Serra.

"E as mortes, a decisão de não decretar lockdown, o caos nos hospitais?, perguntaram os apresentadores. "Proporcionalmente, em relação ao tamanho de sua população, o Brasil é o 19° país em número de mortes por um milhão de habitantes (...) A culpa dos hospitais lotados é da esquerda que não construiu hospitais durante os 24, 26 anos, que ficou no poder", respondeu o embaixador.

Sobre o lockdown, repetindo o que afirma Bolsonaro, ele explicou que a culpa é do STF. "O presidente Bolsonaro é solidário, mas quer que as pessoas trabalhem. Tem 35 milhões de brasileiros que vivem da economia informal e tem que sair de casa trabalhar. O Brasil não tem um sistema social como a França. Se não trabalharem, eles vão morrer de outra coisa, de fome, de depressão", insistiu Serra.

Mas se o embaixador fez questão de relativizar os 358 mil mortos pela covid no Brasil, ele não fez o mesmo com a vacinação. Proporcionalmente, o Brasil vacinou apenas 11,5% da sua população e está abaixo de 60ª posição mundial.

https://www.uol.com.br/nossa/noticias/rfi/2021/04/14/nossa-economia-nao-depende-do-turismo-diz-embaixador-brasileiro.htm

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Lista consolidada de trabalhos, 1993-1994 (formato abreviado), do n. 309 ao n. 470 (Brasília-Paris) - Paulo Roberto de Almeida

 Lista consolidada de trabalhos, 1993-1994 (formato abreviado)

Do n. 309 ao n. 470

 

 

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.compralmeida@me.com)

 [Objetivo: lista de consolidar trabalhos; finalidade: divulgação de inéditos e publicados]; atualizado em 30/12/2020.

 

 

1993: 

309. “Revista Brasileira de Política Internacional: Análise de Situação e Propostas ao Conselho Curador”, Brasília: 15 dezembro 1992, 9 p. 

310. “Brasile: Proceso Storico a un Grande Paese”, Brasília: 5 janeiro 1993, 8 p. Resenha do livro de Angelo Trento, Il Brasile: una grande terra tra progresso e tradizione, 1808-1990 (Firenze: Giunti, 1992, 204 pp.). Revista em 15/01/1993, para incorporar informação sobre o livro traduzido de Trento, Do Outro Lado do Atlântico: um século de imigração italiana no Brasil (São Paulo: Nobel-Istituto Italiano di Cultura di San Paolo-Instituto Cultural Italo-Brasileiro, 1989). Publicada, na versão original e sob o título “Brasil: Processo Histórico de um Grande País”, na revista Quaderni (São Paulo: Instituto Italiano de Cultura, Nuova Serie, nº 4, giugno 1993, p. 71-77). Relação de Publicados n. 132.

311. “O Brasil, a Integração do Mercosul e a Integração Europeia”, Brasília: 13 janeiro 1993, 11 p. Subsídios para discurso do Chanceler Fernando Henrique Cardoso na “Chattam House”, Londres, em sua viagem à Inglaterra (27/01/1993).

312. “A Política Externa e o Comércio Exterior Brasileiro”, Brasília: 14 janeiro 1993, 10 p. Subsídios para discurso do Ministro de Estado na “British-Brazilian Chamber of Commerce” (London, 27/01/1993).

313. “The Southern Common Market Integration Process, Mercosul: The Brazilian Perspective”, Brasília: 20 janeiro 1993, 12 p. Subsídios para discurso do Ministro de Estado na Canning House Conference “Latin American Integration: its potential and significance for business” (Londres 27/01/1993).

314. “O Mercosul dos Professores e Operários”, Brasília: 22 janeiro, 14 p. Artigo sobre a dimensão social do processo de integração. Publicado no Boletim de Integração Latino-Americana (Brasília: n. 8, janeiro-março 1993, p. 8-13). Relação de Publicados n. 119.

315. “O Mercosul para Aprendizes”, Brasília: 23 janeiro 1993, 5 p. Resenha de Janine da Silva Alves: Mercosul: características estruturais de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai: Uma análise de base exploratória de indicadores econômicos e sociais (Florianópolis: Editora da UFSC, 1992, 172 pp.). Publicado no Boletim de Integração Latino-Americana (Brasília: n. 8, janeiro-março 1993, p. 114-115). Relação de Publicados n. 120.

316. “Nota do Editor”, Brasília: 23 janeiro 1993, 3 p. Apresentação ao Boletim de Integração Latino-Americana (n. 8, janeiro-fevereiro 1993, p. i-ii). Relação de Publicados n. 118.

317. “O Mercosul na Agenda Diplomática do Brasil”, Brasília: 27 janeiro 1993, 9 p. Texto para volume organizado pelo IBGE, Mercosul: Sinopse Estatística (Rio de Janeiro: IBGE, 1993) enfocando o processo negociador nos dois primeiros anos do Tratado de Assunção.

(...)



460. “Relações econômicas internacionais do Brasil: ensaio de síntese histórica”, Paris, 14 novembro 1994, 5 p. Esquema de trabalho, segundo uma história linear das relações econômicas internacionais do Brasil, tendo como anexos uma cronologia comentada e uma lista de atos internacionais econômicos firmados pelo Brasil.

461. “Relações econômicas internacionais do Brasil: Etapa Colonial”, Paris, 15 novembro 1994, 8 p. Cronologia comentada de eventos, processos e negociações relativas às relações econômicas internacionais do Brasil, com impacto no seu desenvolvimento, nas relações exteriores do País e na sua diplomacia econômica. Versão provisória, elaborada com base em Hélio de Alcântara Avellar: História Administrativa e Econômica do Brasil (2a. ed., Rio de Janeiro: FENAME, 1976); a ser reescrita, com base em novas fontes secundárias. Divulgada no blog Diplomatizzando (30/12/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/brasil-relacoes-economicas.html).

462. “La Recherche Urbaine au Brésil dans le cadre de la coopération avec la France”, Paris, 19 novembro 1994, 6 p. Texto elaborado para servir de alocução introdutória por representante da Embaixada no colóquio “La Recherche sur la Ville au Brésil”, no quadro das “Journées Internationales du Pir Villes” (CNRS, 28-29 novembre 1994). Não utilizado. Divulgado no blog Diplomatizzando (30/12/2020 ; link : https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/la-recherche-urbaine-au-bresil-dans-le.html).

463. “Le Brésil à l’Aube du XXIe siècle”, Paris, 23 novembro 1994, 6 p. Texto preparado para servir de palestra do Emb. Carlos Alberto Leite Barbosa em almoço na “Maison de l’Europe”. Divulgado no blog Diplomatizzando(30/12/2020 ; link : https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/le-bresil-laube-du-xxieme-siecle-1994.html).

464. “À guisa de prefácio”, Paris, 06 dezembro 1994, 4 p. Introdução à antologia pessoal de resenhas Vivendo com Livros(Paris: Editora Maíra, 1994, 406 pp.), expondo os objetivos da coletânea e resumindo meu itinerário de leituras. Relação de Publicados n. 170.

465. “O Estado da Nação no Limiar de um Novo Governo”, Paris, 8 dezembro 1994, 4 p. Artigo jornalístico sobre a agenda de temas do próximo Governo, nas frente interna e externa. Publicado, sob o título de “No Limiar do Novo Governo”, em O Estado de São Paulo (19/12/1994, p. 2). Divulgado no blog Diplomatizzando (30/12/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/o-estado-da-nacao-no-limiar-de-um-novo.html). Relação de Publicados n. 171.

466. “Données Générales concernant le Marché Commun du Sud”, Paris, 14 dezembro 1994, 5 p. Compilação de dados sobre o Mercosul, em perspectiva comparada, para informação jornalística e geral.

467. “Cadernos de Leituras”, Paris, 16 dezembro 1994, 14 p. Relação temática de obras anotadas e compilação dos títulos das obras resumidas ou resenhadas nos nove cadernos de notas elaborados a partir de 1971 na Bélgica, tratando de antropologia, marxismo, problemas agrários, sociologia, problemas brasileiros (3 cadernos), história social e bibliografia geral. Relação incluída como apêndice no volume Vivendo com Livros (Paris: Editora Maíra, 1994, 406 p.). Relação de Publicados n. 170.

468. “Nota Biobibliográfica”, Paris, 16 dezembro 1994, 3 p. Nota curricular com seleção de trabalhos publicados, para inclusão como apêndice no volume Vivendo com Livros (Paris: Editora Maíra, 1994, 406 pp.). Relação de Publicados n° 170.

469. “A agenda internacional do Governo FHC em 1995”, Paris, 20 dezembro 1994, 4 p. Artigo sobre os temas de política externa do novo Governo. Publicado no O Estado de São Paulo (Sábado, 07.01.95, p. 2). Divulgado no blog Diplomatizzando (30/12/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/a-agenda-internacional-do-governo-fhc.html). Relação de Publicados n. 173.

470. “A agenda internacional do Governo Fernando Henrique Cardoso: temas dominantes, linhas de continuidade”, Paris, 23 dezembro 1994, 10 p. Artigo sobre os temas de política externa do novo Governo. Encaminhado à revista Política Externa. Postado no blog Diplomatizzando (26/01/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/01/redescobrindo-ineditos-8-politica.html).

 

Fim da lista de 1993-1994; 

Brasília, 30/12/2020

Postado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/44804389/3829_Lista_consolidada_de_trabalhos_1993_1994_formato_abreviado_)


Ler a íntegra da lista no link acima.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Artista faz intervenção na embaixada do Brasil em Paris em protesto contra Bolsonaro - Daigo Oliva (FSP)


Artista faz intervenção na embaixada do Brasil em Paris em protesto contra Bolsonaro
Julio Villani pendurou panos pretos com mensagens como 'e daí?' na representação diplomática

Daigo Oliva
SÃO PAULOFSP, 21/05/2020
Na fachada da embaixada brasileira em Paris, panos pretos. O primeiro deles levava o " Junto à frase do presidente, dezenas de cruzes.
Ao lado da primeira mensagem, uma bandeira nacional às avessas. Em vez do fundo verde, preto. Em vez do círculo azul, vermelho. Em vez de "ordem e progresso", "caos e obscurantismo".
Assim Julio Villani protestou contra Bolsonaro nesta quinta (21). Num dos portões da representação diplomática, localizada próxima ao rio Sena, numa das regiões mais sofisticadas da capital francesa, o artista realizou a intervenção "Pano Preto na Janela", com manifestações contrárias ao mandatário.
Intervenção 'Pano Preto na Janela', do artista Julio Villani, no prédio da embaixada brasileira em Paris
Intervenção 'Pano Preto na Janela', do artista Julio Villani, no prédio da embaixada brasileira em Paris - Sandra Hegedus/Divulgação
Além do "e daí?" e da bandeira, colocou em outras quatro faixas nomes de povos indígenas em meio a chamas, uma série de advérbios de modo —arrogantemente, execravelmente, ignobilmente—, um chamativo #ForaBolsonaro e uma arma que atira contra a dignidade, a justiça, o respeito, a memória, a integridade e, por fim, o Brasil.
"O governo brasileiro fornece dia e noite material para alimentar esse e vários outros tipos de intervenção", afirma Villani, questionado sobre a escolha das palavras no ato. Em respostas curtas, o artista sustenta que as imagens falam por si e "não carecem de um discurso outro".
Manter as mensagens em português num protesto realizado na França pode soar contraditório, mas ele argumenta que foi a maneira de fazer um ato de presença no Brasil —e por isso a escolha da embaixada como local da manifestação—, "com os e como brasileiros que somos".
Foi elaborada, porém, uma breve explicação em francês do conteúdo de cada peça, além do contexto sobre o movimento que incentiva, no Brasil, pessoas insatisfeitas com as políticas de Bolsonaro a pendurar panos pretos nas janelas de suas casas.
Diferentemente de atos que jogaram tinta vermelha contra os prédios de representações diplomáticas do Brasil em Zurique e Londres, o artista ressalta que, por respeito ao patrimônio histórico e arquitetônico, o protesto foi desenhado para não causar danos ao edifício da embaixada, tanto que, relataram amigos a ele, os panos foram retirados horas depois de serem pendurados sem deixar vestígios.
Paulista de Marília, Villani vive entre Paris e São Paulo desde 1982. Tem sólida carreira internacional, com mostras em diversos países, como Itália, Espanha, Canadá e, claro, França. Segue a herança construtivista, modernista, e sempre foi atento à vanguarda cinética.
Além das seis faixas pretas, o artista também deixou uma sétima, mas com fundo branco, dimensões mais modestas e tipologia diferente. Com a estética das placas populares de vende-se, aluga-se ou trago seu amor de volta, o cartaz anuncia que "um outro Brasil é possível".
"Trata-se de um cartaz sobretudo caseiro, daquele tipo de coisa ao alcance de todos. É so fazer", afirma.
Procurado, o ministério das Relações Exteriores não respondeu, até o momento da publicação deste texto, à mensagem enviada pela reportagem a respeito da intervenção.