Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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quarta-feira, 28 de maio de 2014
Ditadura cubana: os que a apoiam sao cumplices, mesmo Premio Nobel - Enrique Krauze sobre Gabo
Al Capone, para prefeito de Chicago, ou governador do Illinois. Faz sentido?
Luiz Moura, do PT, deputado estadual em São Paulo (cima), deve discursar hoje na Assembleia Legislativa. Ele vai tentar explicar o que fazia numa reunião com membros do PCC, o partido do crime.
Refresco a memória de vocês. Em março, no auge dos incêndios a ônibus na capital, a Polícia Civil estourou uma reunião que acontecia na sede da Transcooper, uma cooperativa de vans e micro-ônibus, em que se planejavam justamente os ataques. Lá estavam, acreditem!, 13 membros do PCC. E quem mais participava do encontro? Ninguém menos do que Luiz Moura, que é presidente de honra da Transcooper. Atenção, queridos leitores! Em três anos, essa cooperativa faturou, em contratos com a Prefeitura, R$ 1,8 bilhão. Sim, vocês leram direito: um bilhão e oitocentos milhões de reais! Há muito tempo a polícia investiga a infiltração do PCC no sistema de transportes da cidade. Só para registro: as dezenas de ônibus incendiados pertenciam, invariavelmente, às empresas privadas; nunca às cooperativas.
Luiz Moura é irmão do vereador Senival Moura, também do PT e igualmente ligado a associação de perueiros. Ambos são considerados subordinados políticos do secretário dos Transportes da cidade, o deputado federal petista licenciado Jilmar Tatto — aquele senhor que, durante greve recente de motoristas de ônibus, preferiu criticar a Polícia Militar. Tatto, ora vejam!, no papel ao menos, doou, sozinho, R$ 201 mil para a campanha de Moura, o homem que estava na reunião com o PCC. Entendo. Tatto prefere atacar outra sigla: a PM!
E o que vai dizer o deputado? Petista não é exatamente criativo em situações assim: vai jurar de pés juntos que não sabia que aqueles com quem se reunia eram membros da facção criminosa. Eles nunca sabem de nada. Os termos do discurso foram combinados numa reunião com a bancada petista nesta terça. O partido criou uma comissão interna para analisar o seu caso. Depois que a reunião veio a público, Tatto, o chefe político de Moura, preferiu silenciar.
Moura tem um biografia controversa. Foi condenado a 12 anos de cadeia por vários assaltos a mão armada. Não cumpriu pena porque fugiu e foragido permaneceu por mais de dez anos. Ao sair dessa forma particular de clandestinidade, solicitou e obteve o perdão judicial. Em 2005, assinou, imaginem, uma declaração de pobreza.
Cinco anos depois, na disputa eleitoral de 2010, já declarava bens superiores a R$ 5 milhões. Em 2012, disputou a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos. Nesse caso, seus bens eram de pouco mais de R$ 1 milhão. Qual vale? Não sei.
Na Assembleia, Moura é dado a praticas heterodoxas. Apresentou, por exemplo, o recibo de compra de combustível a que tem direito. O fornecedor, ora vejam!, é um posto de gasolina de que ele próprio é sócio.
Não é uma figura pequena no partido, não! Tanto é assim que, na festança de seu aniversário, a etrela foi ninguém menos do que Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. O vereador Jair Tatto, irmão do Jilmar, também estava lá. Compreensível! Não é todo diz que se tem a chance de prestigiar o presidente de honra de uma cooperativa que fatura R$ 1,8 bilhão em três anos em contratos com a Prefeitura. Padilha deve ser saber o que faz e por quê.
Padilha discursa animadaço na festa de aniversário do deputado que participou de reunião com membros do PCC
Texto publicado originalmente às 3h55
Venezuela: socialismo = delinquencia social
Venezuela: crise e escassez fazem roubos de alimentos
Veja.com,
Rubens Ricupero: a cegueira brasileira e o bom-senso mexicano
Rubens
Ricupero
Folha de S.Paulo, 26/05/2014
Nada
na política brasileira para a América Latina possui a urgência de conceder
finalmente ao México a prioridade que merece. Nesse sentido, é uma pena que
os ciclos políticos dos dois países estejam sempre fora de sincronia.
Agora
mesmo o México vive os primeiros tempos de um presidente jovem e dinâmico. Em
poucos meses, o país votou cinco ou seis reformas que se consideravam
impossíveis, inclusive a do petróleo.
Prepara
terreno para vigoroso ciclo de crescimento com base em algo inimaginável no
Brasil de hoje: um pacto negociado entre os três maiores partidos com vistas
apenas ao interesse nacional.
O
presidente Enrique Peña Nieto visitou o Brasil logo depois de eleito,
suprimiu a exigência de vistos, mostrou-se convencido de que deveríamos nos
tratar como sócios estratégicos preferenciais.
Nomeou
para isso uma embaixadora de luxo, Beatriz Paredes, intelectual respeitada,
ex-governadora de seu estado, ex-presidente do PRI, o partido no poder.
Havendo
vontade política, seria a pessoa ideal para inaugurar a relação privilegiada
que faz falta entre os dois países latino-americanos de maior população e
economia mais expressiva.
Infelizmente,
por aqui se vive clima de fim de reino, vazio de esperança e de sonho. O
Brasil parece imitar o pior do México do passado, quando o PRI mantinha
perpétuo controle do poder por meio da co-optação e da corrupção.
O
nosso monstruoso presidencialismo de coalizão pode contar com 80 % do
Congresso (em teoria), mas jamais seria capaz de aprovar um pacto em
favor do Brasil.
Quando
comecei a lidar como diplomata com os assuntos mexicanos, nos anos 1970,
possuíamos indústria e capacidade empresarial incomparavelmente mais
adiantadas.
Tudo
isso acabou. Hoje, o México é o maior exportador de automóveis para os EUA e
o terceiro maior para o resto do mundo. Enfrentou e venceu o choque de
competitividade da China: conseguiu a proeza de ter custo de trabalho 15%
inferior ao chinês.
Quatro
anos atrás era moda exaltar o Brasil, onde se tinha a impressão de que tudo
dava certo e descartar o México, à beira do colapso devido à guerra bárbara
que o governo parecia estar perdendo contra o narcotráfico.
Hoje
a situação se inverteu: o México ganha aplausos enquanto o Brasil só
comparece na mídia internacional em razão das atrocidades dos presídios ou da
incompetência nos preparativos da Copa.
Altos
e baixos desse tipo ora favorecem um país, ora o outro. O importante é não
ceder a uma rivalidade infantil e perceber que entre o maior latino-americano
da Aliança do Pacífico e o maior do Mercosul deve haver coordenação em
benefício mútuo e dos demais.
Não
será com a China e a Ásia que vamos integrar nossas cadeias produtivas. Com o
México, que já dispõe de acesso privilegiado ao mercado dos EUA e do Canadá,
o projeto seria exequível.
Desde
que não se repita o "diktat" da presidente Dilma que, em março de
2012, impôs ao México uma cota restritiva de automóveis, fazendo com os
mexicanos o que fazem conosco os argentinos. O resultado, dois anos depois, é
que não conseguimos mais vender automóveis nem à Argentina, nem ao México,
nem a ninguém.
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Brasil: o grande desperdicio economico, e uma sociedade que caminha para tornar-se inviavel
A matéria abaixo retrata um país a caminho de se tornar inviável.
Como me escreve um amigo, Roque Callage, "É o Estado improdutivo tomando o lugar da sociedade e arrogantemente, pagando os maiores salários, tirando dinheiro de quem produz. O País está começando a chegar ao fundo do poço, cobrando impostos cada vez maiores."
De fato é isso, e não parece que os brasileiros tenham tomado consciência dessa realidade.
Ao contrário, todos querem viver à custa dos demais, fazendo concursos públicos para terem estabilidade e ganhar mais.
Essa mentalidade, que corresponde exatamente ao governo que temos, e ao tipo de hegemonia cultural que prevalece atualmente em toda a sociedade, vai inviabilizar o país, tornando-o cada vez menos avançado, pois que investindo pouco e consumindo recursos escassos.
O Brasil está a caminho da sua decadência e ainda não tomou consciência disso.
Paulo Roberto de Almeida
Mercosul-UE: mesmo se fosse so a Argentina, a negociacao nao prosperaria...
Em todo caso, o fracasso é o de menos atualmente.
O mais clamoroso é mesmo o ridículo a que se submetem diplomatas e técnicos de política comercial (que na verdade não existe, só existe a política).
Paulo Roberto de Almeida
Acordo comercial entre UE e Mercosul ‘patina’
Última reunião dos sul-americanos parar uma oferta conjunta aos europeus terminou sem conclusão, e acerto agora depende de solução política
Mauro Zanata - O Estado de S. Paulo
Piketty e as desigualdades: uma opiniao sensata
Venezuela: uma economia surrealista, de mal a pior: passagens aereas
Venezuela aerolíneas
Gobierno venezolano cancela deuda a seis aerolíneas
Caracas, 27 de mayo de 2014
- Ante la falta de pago de las divisas compañías como Alitalia o Air Canadá han optado por suspender operaciones en Venezuela, otras optaron por disminuir las frecuencias y varias han recurrido a mecanismos como la comercialización de los cupos en los vuelos en otros países.
- "Queremos informar que se realizarán mesas de trabajo con las aerolíneas para ajustar hacia abajo el precio en dólares de los pasajes", reveló el ministro venezolano para Transporte Acuático y Aéreo, Hebert García Plaza
“Concretado el pago total 2013 de las aerolíneasAeroMéxico, Insel Air, Tame Ecuador y Aruba Airlines“, informó en su cuenta de la red socialTwitter el ministro de Economía, Rodolfo Marco Torres.
“También concretamos el pago del año 2012 de las aerolíneas Avianca y Lacsa-Taca“, señaló poco después.
Según la Asociación de Líneas Aéreas en Venezuela (ALAV), el Gobierno del presidente,Nicolás Maduro, adeuda alrededor de 4.000 millones de dólares a las aerolíneas en concepto de ventas en bolívares de 2013 y 2014 no convertidas en dólares.
La Asociación de Transporte Aéreo Internacional (IATA) exigió el pasado 29 de abril al Ejecutivo venezolano que permita la repatriación de ese dinero y que lo haga “a un tipo de cambio justo”.
Ante la falta de pago de las divisas compañías como Alitalia o Air Canadá han optado por suspender operaciones en Venezuela, otras optaron por disminuir las frecuencias y varias han recurrido a mecanismos como la comercialización de los cupos en los vuelos en otros países.
“Queremos informar que se realizarán mesas de trabajo con las aerolíneas para ajustar hacia abajo el precio en dólares de los pasajes”, reveló el ministro venezolano para Transporte Acuático y Aéreo,Hebert García Plaza, también en su cuenta en esa red social.
“De esta forma, en conjunto, trabajaremos para llevar los pasajes aéreos a un precio real. Todo esto antes de ser pasados a Sicad II”, informó más adelante.
En Venezuela rige un control de cambio que deja en manos del Estado la compraventa de dólares y que trabaja con tres precios distintos, que oscilan entre los 6,3 bolívares por dólar, los alrededor de 10 del Sistema Complementario de Administración de Divisas (Sicad) I y los cerca de 50 del Sicad II.
A cuál de estas tasas tiene que ser cancelada la deuda en bolívares es uno de los problemas que se han planteado durante las reuniones que Gobierno y aerolíneas han mantenido en los últimos meses.
El presidente Maduro explicó la semana pasada la decisión de algunas aerolíneas de dejar de operar en el país arguyendo que había una reprogramación de sus vuelos “mientras pasa el Mundial de fútbol” y habían reorientado los vuelos que cubrían la ruta de su país para atender la demanda de Brasil