O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A Culture of Growth: The Origins of the Modern Economy - Joel Mokyr

Published by EH.Net (November 2017)
Joel Mokyr, A Culture of Growth: The Origins of the Modern Economy. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2017. xiv + 403 pp. $35 (cloth), ISBN: 978-0-691-16888-3.
Reviewed for EH.Net by Claude Diebolt, Department of Economics, University of Strasbourg.
 I enjoyed this new book by Joel Mokyr, which is praiseworthy for its elegance and erudition. It tells the story of economic growth with “culture” — a mushy word for most of us — as the invisible hand. However, I regret the lack of in-depth consideration of the German language literature. Significantly more attention could also have been given to economic cycles. Werner Sombart, for example (Der moderne Kapitalismus and Der Bourgeois. Zur Geistesgeschichte des modernen Wirtschaftsmenschen), was the first to come to mind while reading this fantastic book. It also reminds me of George Akerlof and Robert Schiller’s Animal Spirits, where confidence, fear, a propensity to gamble, and follow-the-leader effect stories are presented as central to explain the decision making process. The Bourgeois Trilogy by Deirdre McCloskey is another seminal work in that spirit: ideas, not capital or institutions enriched the world. A growth theorist would probably also see strong connections between Mokyr’s latest effort and the unified growth theory initiated by Oded Galor.

The book is about the roots of the Industrial Revolution, the Great Enrichment, and radical changes in values, beliefs, and preferences. It is not about a mass movement. It is a phenomenon related to an elite: philosophers and scientists of course, but also engineers, instrument makers, and even industrialists who spawned the process. In any case, it is a minority of the population. Mokyr’s ambition is to understand and to explain how these beliefs and values emerged — why some people developed new ideas and why these ideas replaced the ones in place.
According to Mokyr, we know pretty much what happened, how it happened and where it happened, but we still do not know why it happened. Why, after thousands of years of stagnation, have a number of countries and regions of the world experienced an unprecedented increase in both the scale and speed of their economic growth? Why Europe and not China? Why England? Is it the result of happenstance? The Black Death perhaps? What about the influence of religion (Max Weber and the Protestant ethic?), of major intellectual and scientific personalities who changed the game (Martin Luther, Francis Bacon, Isaac Newton, Adam Smith, Charles Darwin)? What role should be given to natural resource saturation, innovation (the compass, gunpowder, printing) and capital accumulation, trade networks, market institutions and organizations, ideas, violence (battles, dynastic arrangements, power struggles…), women, etc.? For Mokyr, the Gordian knot is a Culture of Growth — a \”Useful knowledge,\” scientific and technological knowledge, the meeting of motivations and incentives, of attitudes and aptitudes toward Nature and the ability to persuade others. These are the key elements of the puzzle.
“No theory-no history! Theory is the pre-requisite to any scientific writing of history,” wrote Werner Sombart (1929) in the Economic History Review. I urge you to carefully read Joel Mokyr’s evolutionary approach to culture in the spirit of Schumpeter’s theory on Unternehmergeist. It will give you a fresh insight into one of the most fascinating questions in our field: the origins of the Great Enrichment. It will invite everyone to visit economic history with an optimistic vision for the future of the World!

Claude Diebolt is CNRS Research Professor of Economics at the University of Strasbourg and editor of the journal Cliometrica.
Copyright (c) 2017 by EH.Net. All rights reserved. This work may be copied for non-profit educational uses if proper credit is given to the author and the list. For other permission, please contact the EH.Net Administrator (administrator@eh.net). Published by EH.Net (November 2017). All EH.Net reviews are archived at http://www.eh.net/BookReview.

Desglobalizacao - Marcos Troyjo, Paulo Roberto de Almeida, Sergio Florencio (Ipea, 8/11)


A palestra “Reglobalização”, a ser  proferida  por Marcos Troyjo, Diretor do Centro de Estudos sobre Brasil, Rússia, Índia e China (BRICLab), da Columbia University, em Nova York, onde é Professor-adjunto de Relações Internacionais, será realizada no dia 08 de novembro próximo.
Os debates serão coordenados por Paulo Roberto de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisa em Relações Internacionais –IPRI/FUNAG e por Sérgio Abreu e Lima Florêncio, Diretor de Estudos e Relações Econômicas Internacionais -DINTE/IPEA.
Data e Local:  08 de novembro de 2017, Auditório do Divonzir Gusso, Setor Bancário Sul, quadra 1, bloco J, Edifício BNDES/IPEA-Brasília, das 15h às 17h30.
Solicito confirmação sobre sua participação, por meio do e-mail dinte@ipea.gov.br ou pelos telefones (61) 2026- 5527 ou 2026-5338.
Sua participação nos debates será muito bem vinda.
Atenciosamente,
Sergio Abreu e Lima Florencio.
Diretor de Estudos e Relações Econômicas Internacionais (DINTE/IPEA).

Mandarinato: pagamento de R$ 39,5 milhoes em auxílio-moradia retroativo a juizes do RN

Os mandarins da nossa republiqueta que estão afundando a República.
Certas coisas -- essas coisas, como auxilio moradia de quase 4 mil reais, para quem já ganha praticamente no teto, senão extra-teto e acima do teto, ridículo, por sinal -- deveriam ser moralmente caracterizadas como CRIME HEDIONDO, e seus beneficiários deveriam ser processados como LADRÕES que são.
Pensem nisto: milhões de brasileiros pobres trabalham duramente, durante todo o ano, e deixam, praticamente, um terço, senão dois quintos do que ganham – os mais pobres talvez até 50% – para o Estado, sob a forma de impostos diretos e indiretos, apenas para que esses mandarins sem vergonha, esses marajás indecorosos tenham, além de um salári elevado, diversas prebendas, penduricalhos, gratificações, bonificações, que são INACEITÁVEIS sob qualquer ponto de vista.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1 de novembro de 2017

Ministro mantém pagamento de R$ 39,5 milhões em auxílio-moradia retroativo a juízes do RN
POR CONGRESSO EM FOCO | 01/11/2017 13:40
CATEGORIA(S): 
ECONOMIA BRASILEIRAJUDICIÁRIONOTÍCIASOUTROS DESTAQUES


http://static.congressoemfoco.uol.com.br/2016/12/Marco-Aur%C3%A9lio-e1509550230671.jpg
Nelson Jr. / SCO/STF

Apesar de afirmar ser contra o benefício, ministro entendeu que CNJ não cumpriu processo administrativo e concedeu liminar 
https://t.dynad.net/pc/?dc=5550003218;ord=1509552896880
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu decisão liminar para garantir o pagamento de auxílio-moradia a 218 juízes e desembargadores do Rio Grande do Norte. Os valores chegam a R$ 39,5 milhões, correspondente aos pagamentos desde 2012. O auxílio-moradia dos juízes e desembargadores é de R$ 4.377,73 ao mês.
Uma decisão de João Otávio de Noronha, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no início de outubro, determinava que os juízes e desembargadores que receberam os pagamentos devolvessem o dinheiro aos cofres públicos. De acordo com a Coluna do Estadão do jornal O Estado de S. Paulo, Marco Aurélio considerou que os montantes pagos já integram o patrimônio dos beneficiados e sustou a exigência da devolução.

Ao jornal, o ministro do STF afirmou que é contra o auxílio-moradia, mas que concedeu a liminar porque o CNJ não cumpriu o devido processo administrativo. Em sua decisão, o ministro também requer informações do Conselho Nacional de Justiça e parecer da procuradoria-geral da República.
Verba indenizatória

Por ser considerada uma verba indenizatória, o auxílio-moradia não é contabilizado como salário e não é descontado no chamado “abate-teto”, desconto para manter as remunerações dentro do teto constitucional do serviço público – atualmente estabelecido em R$ 33,7 mil, equivalente ao salário de um ministro do STF. Dessa maneira, os 218 magistrados potiguares receberam até R$ 211 mil referente ao auxílio-moradia desde 2012, de uma só vez, no mês de outubro.
Em entrevista ao Congresso em Foco no início de outubro, o presidente da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) defendeu que é preciso distinguir verba indenizatória de remuneração de magistrados. Segundo Jayme de Oliveira, o teto do funcionalismo tem sido respeitado, e os passivos que eventualmente ultrapassam os R$ 33,7 mil não podem ser contabilizadas como remuneração. Na realidade, são “passivos que têm de ser pagos”, afirmou ele.


Macro e microeconomia da diplomacia - Paulo Roberto de Almeida

Um trabalho antigo, mas do qual recebo, agora, o novo link, restaurado, pela editoria da revista.


308. “Macro e microeconomia da diplomacia”, Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 8, ISSN: 1519.6186; janeiro de 2002; links: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903; pdf para o artigo: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903/20992). Relação de trabalhos nº 839.


Macro e microeconomia da diplomacia

Paulo Roberto de Almeida
Autor de Formação da Diplomacia Econômica no Brasil

A política externa possui a sua própria economia, que poderia ser definida como a forma pela qual os diplomatas organizam seus recursos escassos (talentos, discursos, missões de representação, reuniões bilaterais, participação em foros multilaterais, enfim coqueteis e recepções), que poderiam ter usos alternativos, na produção de determinados “bens” diplomáticos (tratados, acordos, convênios de cooperação), em função de custos e benefícios percebidos no processo diplomático, segundo uma alocação “ótima” desses recursos. Esses bens ou “mercadorias” serão depois distribuídos para o consumo da sociedade que emprega esses diplomatas, sob a forma de melhores oportunidades de exportação, maior segurança externa, novas possibilidades de usufruir e de conceder cooperação externa, captura de talentos externos, fontes adicionais de financiamento, bref, qualquer resultado suscetível de maximizar o bem estar nacional.
Em função dessa definição ampla, pode-se ter uma macroeconomia da diplomacia – que trataria, mais bem, do produto bruto diplomático, do pleno emprego e da renda diplomática, sua distribuição entre os próprios, bem como das questões de concorrência entre diplomatas, ou do monopólio que alguns exercem sobre determinadas atividades – ou uma microeconomia, voltada, por exemplo, para a produtividade marginal do diplomata (ou seus rendimentos decrescentes), a economia de escala numa Secretaria de Estado, a especialização, a divisão do trabalho e a interdependência nas lides diplomáticas, bem como os fatores de depreciação de um diplomata, que só deveria normalmente intervir depois de uma análise atuarial sobre sua função de lucros e perdas (sem qualquer abuso contábil, entenda-se), embora em alguns casos se recomende uma forte injeção fiscal.
No plano internacional igualmente, o que aliás é o próprio da diplomacia, deve-se considerar as vantagens comparativas dos diversos serviços diplomáticos, os fluxos de capital diplomático de um país a outro, os mecanismos de câmbio diplomático (que podem implicar a desvalorização de alguns e a valorização de outros), as assimetrias existentes entre os diversos serviços, bem como a atuação dos governos, que influenciam o desempenho do produto diplomático ou seu posicionamento no cenário internacional (através de subsídios maciços, por exemplo). Nos tempos que correm, de globalização das relações exteriores e de neoliberalismo diplomático, já não são mais operacionais as antigas doutrinas socialistas da diplomacia, muito embora muitos ainda acreditem no caráter de classe da política externa, tanto que continuam a achar que os diplomatas são todos uns “punhos de renda”, que vivem de salto alto pulando de uma recepção para outra. Poucos se dão conta, entretanto, que com a depreciação das línguas e o acesso disseminado a recursos externos via Internet – afinal de contas, hoje em dia qualquer um fala inglês e até cachorro de madame já tem correio eletrônico –, o diplomata perdeu seu antigo monopólio (e fonte de lucros?), tendo seus salários tão depreciados que formou-se, nos estratos inferiores ou iniciais da carreira, um verdadeiro lumpesinato diplomático, verdadeiro exército industrial de reserva diplomático que moureja em condições pouco condizentes com sua antiga aura de fama e brilho.
Os exercícios que se seguem ostentam a preocupação de determinar como os fatores de produção da atividade diplomática têm seus preços fixados no mercado, o que conformaria, idealmente, uma teoria da distribuição diplomática. Na prática, porém, as relações de poder são tão ou mais importantes, na vida diplomática, que as relações de mercado, que são fortemente condicionadas pela intervenção dos governos, os patronos por excelência dos diplomatas, que não podem assim exercer livremente seus talentos (tanto porque o mercado para eles é imperfeito, com vários monopólios “naturais”). Tentaremos, sem embargo, examinar os modelos alternativos de distribuição diplomática, sabendo que alguns elementos – vaidade, compadrio, pistolões – terão de ser deixados de lado, uma vez que dificilmente são mensuráveis a ponto de permitir sua integração numa equação matemática ou numa curva de regressão. O autor espera contribuir mediante este esforço para a conformação de uma verdadeira teoria econômica da diplomacia, vertente pouco explorada da ciência econômica que ainda aguarda o seu Marx, o seu Keynes, o seu Hayek ou o seu Friedman (muito embora ela tenha tido entre nós essa figura híbrida que foi Roberto Campos). Essa teoria da economia diplomática deveria compreender, ademais das funções conhecidas em economia – basicamente derivadas das leis da oferta e da procura diplomática – uma teoria do crescimento diplomático, que enfocaria também os problemas de desenvolvimento dessa profissão hoje banalizada (com tratamento de itens específicos como a pobreza a qualidade de vida do diplomata, a discriminação de gêneros nos padrões ocupacionais e, eventualmente, no plano externo, a questão do tratamento preferencial e mais favorável para os diplomatas de menor desenvolvimento relativo).
Aqueles que discordarem dos cálculos econométricos do autor, podem contatá-lo no seguinte endereço: pralmeida@mac.com. Para maiores esclarecimentos sobre os fundamentos da teoria econômica aqui desenvolvida, recomendo consultar os manuais disponíveis no mercado, sendo que o “velho” livro introdutório de Paul A. Samuelson permanece supreendentemente atual (pelo menos para os padrões dos diplomatas), mas ele poderia ser utilmente complementado pela teoria do comércio diplomático estratégico de Paul Krugman.

     Algumas questões de economia diplomática (tratamento sucessivo em capítulos).
1) O Itamaraty dispõe de um “monopólio natural” no terreno da política externa; não tem concorrentes no País, ou muito poucos;
2) Ele tem inegáveis “vantagens comparativas estáticas” para tratar dos assuntos que são os seus, mas outros serviços estão criando vantagens comparativas dinâmicas;
3) Ele apresenta “economias de escala”, que podem ser ainda mais otimizadas com a modernização de seus métodos de trabalho: ele faz bom faz uso de seus recursos escassos?
4) Quais “externalidades” influenciam o trabalho do Itamaraty?
5) Pode-se medir a “produtividade marginal” de um diplomata?
6) Quais seria a relação de “custo-benefício” do diplomata: a estabilidade é um asset ou uma liability?
7) Como poderia ser operado o “controle do fluxo produtivo” e o “ciclo dos produtos” no Itamaraty?; pode-se obter maiores ganhos com uma nova estrutura organizacional e nova apresentação dos produtos?; uma estratégia de marketing é aconselhável?
8) Como colocar em funcionamento a “defesa da concorrência” no Itamaraty?; ele pode operar segundo os princípios da “market contestability”?; havendo maior osmose/abertura em relação à sociedade civil sua relação capital-produto seria melhor?
9) Como apresentar a “contabilidade” do Itamaraty?: nos tempos dos velhos Relatórios do Império isso era mais fácil, agora é difícil obter-se até mesmo um “relatório aos credores”;
10) Crescimento zero da diplomacia?; como enfrentar a obsolecência das técnicas produtivas e a depreciação do capital diplomático?

Respostas tentativas a estas questões (por certo não exaustivas) nos próximos capítulos deste folhetim.

Paulo Roberto de Almeida
Washington, 14/12/2001; Relação de Originais n. 839; Relação de Publicados n. 308.
Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 8, ISSN: 1519-6186; janeiro de 2002; links: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903; pdf para o artigo: http://periodicos.uem.ßbr/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903/20992).

Post Western World, de Oliver Stuenkel, em chinês

Não sabia como se escreve o nome do professor Oliver Stuenkel em chinês?
Pois agora já sabe. É só olhar a capa do livro aqui reproduzida...



1. 'Post-Western World' is now available in Chinese, published by Beijing Mediatime
'Post-Western World' in Chinese (中国之治终结西方时代) was launched on October 1st and is now available on amazon.cn, along with the recently launched Chinese version of 'BRICS and the Future of Global Order' (金砖国家与全球秩序的未来), published by Shanghai People's Press. The Chinese version of 'Post-Western World', which includes an extra chapter on China's role in global order, has been reviewed by QiuShi, the political theory magazine published by the Central Party School and the Central Committee of the Communist Party of China (available here) and China Xioakang (available here). Both books will be presented at universities in Beijing, Tianjin, Shanghai and Guangzhou in December.

2. ‘Post-Western World’ reviewed in the New York Review of Books (NYRB)
Andrew J. Nathan of Columbia University reviewed 'Post-Western World' for the New York Review of Books (NYRB), available here. The book has previously been reviewed by International Affairs, Foreign Affairs and Foreign Affairs Latinoamerica. All reviews available hereREAD MORE

3. 'Brazil on the Global Stage: Power, Ideas and the Liberal International Order' reviewed in the Journal of Latin American Studies
Felipe Loureiro, professor at the University of São Paulo (USP), has written a critique in the Journal of Latin American Studies of "Brazil on the Global Stage: Power, Ideas and the Liberal International Order", a volume edited by Matthew M. Taylor and Oliver Stuenkel. READ MORE

terça-feira, 31 de outubro de 2017

E por falar em dia das bruxas... o que houve na historia? - Delanceyplace

Today's selection -- from Haunted by Leo Braudy. In James I's England, the witch became a powerful symbol of those hated forces that opposed the king. During the English Civil War, this notion persisted, with the self- described "Witchfinder General," Matthew Hopkins. He was responsible for the hanging deaths of more than 300 women between 1644 and 1646, roughly 40 percent of all witches ever executed in England:

"Maleficiumthe usual Latin word for witchcraft, was what witches were accused of, literally 'doing evil,' which often included copulating with the devil, kissing his ass, and other combinations of the diabolic and the sexual that are characteristic of the charge of trafficking with demons. ...

"During the sixteenth and the seventeenth centuries, scattered previous references to groups of witches called covens and a conclave of witches called the witches sabbath became much more widespread, with detail upon detail being added to the description of satanic orgies and conspiracy plans that supposedly happened there. When it was objected that otherwise poor old women scattered around the countryside had no way of getting to their infer­nal meetings, these theorists of witchcraft found it necessary to supply flying broomsticks as a ready transportation device. ...


Witches by Hans Baldung. Woodcut, 1508
"James I of England ... linked religious subversion with po­litical subversion, usurpation, and the attack on monarchical divine right au­thority in his book Daemonologie (1597). ...  In News from Scotland, published by James in 1591 and reprinted as part of Daemonologie, he details the confessions of some Danish witches that they tried to assassi­nate him first by poison and then by summoning up a storm to sink the ship in which he was returning to the British Isles from Denmark with his Danish­ born queen, Anne. ... 

"James was a patron of Shakespeare's acting company, and in Macbeth the playwright pays due deference to James's views with the tale of an erstwhile political usurper who dabbles in the black arts to gain his way. That the play was prob­ably written in the wake of the Witchcraft Act of 1604, which broadened earlier laws to include the penalty of death, as well as around the time of the thwarted Gunpowder Plot of Guy Fawkes to blow up Parliament (1605), suggests that on this occasion (and for the rest of the century) the diabolic forces are to be identified specifically with the Catholic threat to Protestant England.

"The pressures of war, along with the paranoia about one's enemies, created a fertile ground for witch-hunting to flourish. ... In England, for example, during the civil war conflicts in the 1640s between the king and Parliament, a young man in his twenties named Matthew Hopkins, calling himself the Witchfinder General, blazed through the east of England in strongly Puritan areas, accusing supposed witches of a pact with the devil even without evidence of maleficium. By the time he died of tuberculosis at the age of twenty-seven in 1647 he was responsible for hanging upward of three hundred women, according to some estimates more than the total of the previous century and a half -- around 40 percent of all the witches ever executed in England. 


Frontispiece from Matthew Hopkins: The Discovery of Witches (1647) showing witches identifying their familiar spirits
"In the year of his death, his Discovery of Witches was published, a book that became very influential in the New England witch trials that lasted from the late 1640s to the early 1690s [including the Salem witch trials]. ...

"The whole process [of witch hunts] resembles a kind of social pathology, a safety valve to compensate for fears of the unconventional sexuality of older, no longer fertile women who were without any defined social role and so occupied the bottom reaches of the gender hierarchy. Some of this sense of potential social upheaval lies behind the expanded usage of 'witch hunt' in the twentieth century to mean the search for any who criticize established authority."

To subscribe, please click here or text "nonfiction" to 22828.

Ex-chanceler do governo lulopetista critica o governo atual - Brasil 247

O instrumento por excelência do lulopetismo jornalístico, 247 (somando...) reproduz declarações do ex-chanceler dos dois governos lulopetistas e ex-ministro da Defesa no desastrado governo da sucessora.
Má-fé, mentiras e deformações recheiam suas declarações, o que já é típico de quem afundou na submissão sem limites a um dos governos mais corruptos da nossa história, senão do hemisfério, quiçá do mundo.
Essa coisa de "projeto anti-nação" é típico dos comunistas de antigamente, distilando um stalinismo rastaquera, e obviamente mentiroso.
Um papel lamentável de quem serviu a diplomacia brasileira, mas de maneira oportunista preferiu colocar a mentira a serviço de interesses inconfessáveis
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 31 de outubro de 2017

Todo mundo pergunta onde está o Brasil, diz Celso Amorim
 https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/324478/Todo-mundo-olha-hoje-e-pergunta-onde-est%C3%A1-o-Brasil-diz-Celso-Amorim.htm
Ex-ministro das relações Exteriores, Celso Amorim fez um diagnóstico sombrio da atual política internacional brasileira;  segundo o diplomata, o País era chamado para facilitar conversas na America Latina, na África e no Oriente Médio; “O Brasil estava a frente dessas conversas. Agora, não está nem a reboque. Está parado lá atrás. Todo mundo olha hoje e pergunta: onde está o Brasil? O Brasil hoje vai nas reuniões dos organismos internacionais para cumprir tabela, não apresenta nenhuma iniciativa"
Brasil 247, 27 de Outubro de 2017 às 06:50 // TV 247 no Youtube Youtube
Por Marco Weissheimer, do Sul 21
O Brasil deixou de ter uma política externa e um projeto nacional. Na verdade, o que existe hoje é um projeto anti-nação, um assustador processo de desnacionalização e de destruição de ativos nacionais. O diagnóstico é do ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que participou nesta quarta-feira (25) da sétima edição do Fórum de Grandes Debates, promovido pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Amorim foi recebido, no final da tarde, pelo presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), conversou com jornalistas e, logo e seguida, proferiu uma conferência no auditório Dante Barone. O ex-chanceler do governo Lula criticou os rumos da política externa brasileira no governo Temer que, segundo ele, abandonaram completamente o protagonismo que o Brasil vinha exercendo nos últimos anos, voltando a assumir uma postura subalterna aos interesses econômicos e políticos de Washington.
Na avaliação de Celso Amorim, a política externa brasileira praticamente desapareceu. “O Brasil tem participado de certas reuniões, meio na lógica de cumprir tabela. Não se tem notícia de nenhuma iniciativa importante, como houve sobretudo no governo Lula. Pode ser que tenha alguma coisa acontecendo e o problema seja com o porta-voz que não está comunicando”, ironizou. “Nas poucas coisas em que parece haver uma orientação”, acrescentou, “eu não concordo com ela”. Celso Amorim citou o exemplo da Venezuela:
“Você pode ter a preferência que quiser, mas não pode, em uma situação grave envolvendo um país vizinho ao nosso, se dar ao luxo de não contribuir para a construção de um diálogo. Eu fico chocado quando ouço que o Brasil não pode participar de uma mediação na Venezuela porque tomou partido. Acusavam o presidente Lula de ter uma política externa ideológica, mas o Brasil ouvia a oposição da Venezuela da mesma forma que ouvia o governo. Quando havia uma disputa entre a Venezuela e a Colômbia, que tinha um governo de centro-direita, o Brasil participava tentando construir uma situação de diálogo, pois nos interessava a paz e esta se baseia no diálogo. O que o país não pode é se auto-excluir do diálogo, o que aconteceu confessadamente”.
O Brasil, acrescentou Celso Amorim, era chamado para facilitar conversas na America Latina, na África e no Oriente Médio. “O Brasil estava a frente dessas conversas. Agora, não está nem a reboque. Está parado lá atrás. Todo mundo olha hoje e pergunta: onde está o Brasil? O Brasil hoje vai nas reuniões dos organismos internacionais para cumprir tabela, não apresenta nenhuma iniciativa. Nós sempre tínhamos uma iniciativa nova. O próprio G-20 nasceu, entre outros fatores, pelo papel que o Brasil passou a desempenhar no cenário internacional. O nosso país tinha um papel muito importante no cenário internacional, tanto na parte econômica como na parte política. O Brasil foi chamado para intervir em questões envolvendo o Oriente Médio. Muita gente questionou o envolvimento do Brasil no Irã. Mas não foi o Brasil que quis se envolver no Irã. O presidente do Estados Unidos, Barack Obama, pediu que o Brasil ajudasse, apenas para dar um exemplo”.

Celso Amorim falou sobre as relações entre a política externa e o desenvolvimento, na Assembleia Legislativa. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Falando sobre o cenário internacional, Celso Amorim avaliou que o mundo pode estar entrando, mais do que na era Trump, na “era Xi”, uma referência ao novo presidente da China, Xi Jinping. O grande fato novo, enfatizou, é o crescimento da China, não só o crescimento econômico, mas a disposição desse país em assumir uma postura de liderança. O ex-chanceler lembrou que, na primeira reunião dos BRICS (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), a China não mostrava muito engajamento, ao contrário do Brasil e da Rússia. Hoje, a China desempenha um papel central, sendo a sede, inclusive, do banco dos BRICS. “No último congresso do Partido Comunista chinês ficou claro não só o fortalecimento do presidente Xi, como também uma disposição de atuar com liderança”.
Questionado sobre o futuro dos BRICS a partir da mudança política ocorrida no Brasil, Celso Amorim disse não acreditar que o país saia dessa iniciativa. “Por mais subserviente que a nossa classe empresarial possa ser, há fortes interesses econômicos em jogo, como os do agronegócio que exporta muito para esses países. Por mais voltado ideologicamente para Washington que possa ser o atual governo, não vejo a possibilidade de o Brasil sair dos BRICS. Acho que há aí um mínimo de pragmatismo que não permite que eles saiam. Só não vão tomar nenhuma iniciativa, até porque não têm nenhuma credibilidade para lançar alguma coisa nova. Vão indo na rabeira. Hoje, nestes encontros internacionais, ninguém quer tirar foto com o Temer. Na época do Lula, todo mundo queria aparecer na foto com ele”.
Amorim manifestou preocupação, por outro lado, com a destruição dos ativos nacionais, que estão sendo entregues a outros países. Para ele, o que está ocorrendo no governo Temer não é propriamente uma privatização, mas sim uma desnacionalização. “Comparando com o que está acontecendo hoje, Roberto Campos seria considerado um desenvolvimentista desvairado. “Muitos dos nossos ativos estão sendo comprados por estatais de outros países. O que não presta é a estatal brasileira, a estatal de outros países serve? As empresas brasileiras ficaram sob suspeita com essa questão da Lava Jato, de uma maneira que não se vê em país nenhum. A Volkswagen teve um problema sério recentemente com a falsificação de resultados envolvendo um software de meio ambiente. Você ouve falar que a Alemanha está destruindo a Volkswagen por isso? Aqui há uma autoflagelação que está a toda velocidade”.

“Quando os Estados quiseram vender os aviões F-18 para o Brasil teve carta da Condolezza Rice, da Hillary Clinton”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Na opinião do diplomata, a Lava Jato acabou provocando a criminalizando coisas que são absolutamente normais como oferecer subsídios para um investimento na África, por exemplo. “Está sendo colocado como tráfico de influência uma coisa que todos os países fazem. Pergunte ao rei da Suécia, ao presidente da França ou ao presidente dos Estados Unidos o que eles fazem? Quando os Estados quiseram vender os aviões F-18 para o Brasil teve carta da Condolezza Rice, da Hillary Clinton. Essas coisas são normais. No Brasil, tudo isso foi criminalizado. Fico até com pena dos diplomatas brasileiros. Eu não sei o que eu faria se eu fosse um diplomata brasileiro no exterior diante de uma oportunidade comercial para uma empresa brasileira. Ele vai pensar: melhor não falar nem fazer nada, senão vão dizer que estou sendo corrompido”.
Celso Amorim questionou também alguns mitos que ficam sendo repetidos pela grande imprensa como se fossem verdade, como o suposto fracasso do Mercosul. “Uma das mentiras mais repetidas é que o Mercosul deu errado. Desde a criação do Mercosul até 2014, o comércio envolvendo os países do bloco cresceu 12 vezes, enquanto, no mesmo período, o comércio mundial cresceu cinco vezes. Que fracasso é esse?”.

A maior obra da gestão econômica lulopetista: a Grande Destruição 

A maior obra de Dilma Rousseff

Economia 30.10.17

O Comitê de Datação de Ciclos Econômicos da FGV, Codace, concluiu hoje que a recessão brasileira chegou ao fim no último trimestre de 2016.

Iniciada no segundo trimestre de 2014, ela durou 11 meses –a mais longa desde o período Sarney/Collor– e fez o PIB do país desabar 8,6%, semelhante à retração verificada entre 1981 e 1983, com a ditadura militar já nos estertores.

Essa é a grande obra da “nova matriz econômica” de Dilma Rousseff. Agradeçam à Gerente.