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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Misterio dos blocos comerciais: a Alba existe

Desafio a me provarem que a Alba existe...

Bloco "liberal" deve ser contraponto a hegemonia do Brasil

Países latino-americanos da costa do oceano Pacífico pretendem assinar acordo comercial no dia 2 de maio
PATRÍCIA CAMPOS MELLO, DE SÃO PAULO
O Estado de S.Paulo, 25/04/2011

Chamado de AIP, deverá reunir Peru, Chile, México e Colômbia; analistas veem reação a grupo "bolivariano"

Em 2 de maio, os presidentes de Peru, Chile, México e Colômbia vão oficializar em Lima a criação de um novo bloco econômico que vem sendo chamado de Área de Integração Profunda (AIP), ou "bloco do Pacífico".
Um dos objetivos é ser um contraponto ao poder regional do Brasil e ao Mercosul.
O Brasil vê com ceticismo a iniciativa, capitaneada pelo peruano Alan García, presidente em fim de mandato.
O governo brasileiro aposta na guinada da política externa da Colômbia, que, sob a égide do presidente Juan Manuel Santos, reaproximou-se da Venezuela.
A Colômbia tem também se distanciado um pouco dos EUA, diante da resistência do Congresso americano em aprovar o acordo de livre comércio entre os dois países.
Mas Santos, em entrevista ao jornal "New York Times" em março, deixou claro o objetivo estratégico do novo bloco. "De certa maneira, o bloco vai contrabalançar o Brasil", disse.

ESTRIDÊNCIA
"Trata-se de uma reação instintiva dos vizinhos formar um contraponto ao Brasil, que é a grande potência regional; é um movimento de defesa natural", diz Amado Cervo, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. "Eles estão procurando outras vias para atração de investimentos, dando uma dimensão mais atraente a seus mercados."
A AIP reúne os países "liberais" da região, em oposição à Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), mais à esquerda, cria do venezuelano Hugo Chávez.
A AIP vai conectar 200 milhões de pessoas, 16 mil km de costa no Pacífico e mais de US$ 2,5 trilhão de PIB.

Ou seja, é um bloco que se aproxima das dimensões do Brasil, que tem aproximadamente 200 milhões de habitantes e US$ 2,2 trilhões de PIB. O AIP também é três vezes maior que a Alba.
Os países participantes já mantêm acordos de livre comércio entre si, com a exceção de Peru e México. Todos têm tratados com os EUA, exceto a Colômbia.
"A Alba é muito estridente, mas não traz muitos resultados práticos; já esse bloco pode ter resultados bem mais palpáveis", diz Shannon O"Neil, do Council on Foreign Relations.
"O acordo vai dar a esses países maior poder de barganha para negociar com o Brasil, por exemplo."
Para Cervo, esse novo bloco "só dá continuação a uma dispersão que existe hoje na América Latina".





País nega estar preocupado com aliança

DE SÃO PAULO

O governo brasileiro diz que não encara o novo bloco econômico como um concorrente para o Mercosul.
Para Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência, "alguns países vão querer dar um caráter mais político a esse bloco, criar um polo de oposição" ao Mercosul. "Mas eu não vejo a Colômbia tentando criar uma alternativa à Unasul ou ao Mercosul", disse.
Ele aproveita para dar uma alfinetada no presidente do Peru, Alan García.
"Para sabermos qual a transcendência desse bloco, deveríamos esperar as eleições de 5 de junho no Peru; qualquer decisão lá tem dois meses de validade."
O Brasil também mantém convite à Colômbia para integrar o Mercosul. Marco Aurélio esteve em Bogotá em fevereiro e levou ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e à chanceler, María Ángela Holguín, uma proposta para ingresso no bloco.
Ele afirma que a Colômbia "terá de avaliar suas opções".
Segundo o assessor, "não existe necessidade de contrabalançar o Brasil na região".
"Sim, temos problemas comerciais na região, a exuberância econômica brasileira causa tensões, mas nós tentamos equilibrar nossos superavits com os países e aumentamos investimentos brasileiros nessas nações."
Ele também aponta que o novo bloco poderia criar conflitos com a Comunidade Andina, formada por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
"Não sei o que acontecerá com a Comunidade Andina. O grupo irá liberar também os outros integrantes a fazer o que quiserem?", pergunta Marco Aurélio.
(PATRÍCIA CAMPOS MELLO)

9 comentários:

Fred disse...

"Trata-se de uma reação instintiva dos vizinhos formar um contraponto ao Brasil, que é a grande potência regional; é um movimento de defesa natural" Instintiva? Contraponto? Natural? Que curioso. Li na graduação um livro do Cervo no qual o Realismo (e todos os seus neos) era fortemente criticado pelo ilustre professor da UNB. Algo como "propaganda americana".

Anônimo disse...

Se a Alba existe...claro! Assim como existem a "Fadinha do Dente", o "Coelhinho da Páscoa", o "Papai Noel"(...talvez, por decreto, não exista na Venezuela; por tratar-se de um velhinho capitalista cooptado pelo "Império"...!), o "Pé Grande", o "ET de Varginha"(...Ou o "Chupacabras"...!), etc...!

Vale!

Anônimo disse...

Peru, Chile, Colômbia e México mostram agilidade para negociar integração e aprofundar os laços união. Já o Mercosul é travado pelo Paraguai que impede o ingresso da Venezuela. Os venezuelanos são impedidos de ingressar no Mercosul por mesquinharias dos paraguaios. Só temos a ganhar com a expansão do Mercosul, com petróleo e fortalecimento, mas que vergonha dos paraguaos, só estão no Mercosul para atrapalhar, já que Argentina, Brasil e Uruguai já aprovaram a entrada da Venezuela e não expandimos por culpa de hermanos paraguaios.Parabéns Peru, Chile, Colômbia e México pela rápida união formada.Vamos levar séculos com o Mercosul parado com essa mentalidade paraguaia.

Anônimo disse...

Peru, Chile, Colômbia e México mostram agilidade para negociar integração e aprofundar os laços união. Já o Mercosul é travado pelo Paraguai que impede o ingresso da Venezuela. Os venezuelanos são impedidos de ingressar no Mercosul por mesquinharias dos paraguaios. Só temos a ganhar com a expansão do Mercosul, com petróleo e fortalecimento, mas que vergonha dos paraguaos, só estão no Mercosul para atrapalhar, já que Argentina, Brasil e Uruguai já aprovaram a entrada da Venezuela e não expandimos por culpa de hermanos paraguaios.Parabéns Peru, Chile, Colômbia e México pela rápida união formada.Vamos levar séculos com o Mercosul parado com essa mentalidade paraguaia.

Anônimo disse...

Peru, Chile, Colômbia e México mostram agilidade para negociar integração e aprofundar os laços união. Já o Mercosul é travado pelo Paraguai que impede o ingresso da Venezuela. Os venezuelanos são impedidos de ingressar no Mercosul por mesquinharias dos paraguaios. Só temos a ganhar com a expansão do Mercosul, com petróleo e fortalecimento, mas que vergonha dos paraguaos, só estão no Mercosul para atrapalhar, já que Argentina, Brasil e Uruguai já aprovaram a entrada da Venezuela e não expandimos por culpa de hermanos paraguaios.Parabéns Peru, Chile, Colômbia e México pela rápida união formada.Vamos levar séculos com o Mercosul parado com essa mentalidade paraguaia.

Anônimo disse...

Peru, Chile, Colômbia e México mostram agilidade para negociar integração e aprofundar os laços união. Já o Mercosul é travado pelo Paraguai que impede o ingresso da Venezuela. Os venezuelanos são impedidos de ingressar no Mercosul por mesquinharias dos paraguaios. Só temos a ganhar com a expansão do Mercosul, com petróleo e fortalecimento, mas que vergonha dos paraguaos, só estão no Mercosul para atrapalhar, já que Argentina, Brasil e Uruguai já aprovaram a entrada da Venezuela e não expandimos por culpa de hermanos paraguaios.Parabéns Peru, Chile, Colômbia e México pela rápida união formada.Vamos levar séculos com o Mercosul parado com essa mentalidade paraguaia.

Paulo Roberto de Almeida disse...

Anônimo mercosulino,
Você parece estar mal informado. O Mercosul não é travado pelos paraguaios. A Venezuela não cumpriu, até agora, NENHUM dos requisitos formais para ser admitida no Mercosul, repito NENHUM. Ela foi admitida politicamente por aqueles mesmos que estão travando o Mercosul, com medidas contrárias ao espírito e à letra do Tratado de Assunção, a começar por medidas unilaterais e ilegais de salvaguardas arbitrarias de um grande sócio contra os interesses de um outro grande sócio.
Acho que voce deveria se informar melhor sobre o que vem ocorrendo no Mercosul.
Se os paraguaios bloquearem a Venezuela, vão estar fazendo um favor ao Mercosul, pois do contrário ele seria ainda mais desmantelado por um país que não tem, de fato, compromissos com a liberalização comercial e com a abertura econômica, que são princípios básicos do Mercosul...
Paulo Roberto de Almeida

Anônimo disse...

Peru, Chile, Colômbia e México mostram agilidade para negociar integração e aprofundar os laços união. Já o Mercosul é travado pelo Paraguai que impede o ingresso da Venezuela. Os venezuelanos são impedidos de ingressar no Mercosul por mesquinharias dos paraguaios. Só temos a ganhar com a expansão do Mercosul, com petróleo e fortalecimento, mas que vergonha dos paraguaos, só estão no Mercosul para atrapalhar, já que Argentina, Brasil e Uruguai já aprovaram a entrada da Venezuela e não expandimos por culpa de hermanos paraguaios.Parabéns Peru, Chile, Colômbia e México pela rápida união formada.Vamos levar séculos com o Mercosul parado com essa mentalidade paraguaia. Também queremos a Bolívia e o Equador no Mercosul.

Anônimo disse...

O Paraguai está fazendo chantagem para aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul. Se o governo da Venezuela fosse uma ditadura , sem a vontade popular, esse país já teria sido expulso da OEA, Unasul e outros blocos latinos americano. O papel do Paraguai é usar o Mercosul para fazer campanha em causa própria por divisões políticas no Paraguai. Uma minoria de políticos que sobrepõe a interesse maiores no Mercosul, como por exemplo a expansão desse bloco com benefícios ao povo venezuelano.